AUTOATENDIMENTO

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O MEU O NOSSO CEMITÉRIO DE CRUZES DE CADA DIA

Filosofando

Todas as quintas

Odion Monte













- Em cada dia de nossas vidas carregamos a nossa cruz e as cruzes do mundo, parece que o criador quando criou o mundo, e sua cria, criou também uma cruz para cada um de nós, pra que cada um pagasse pelo débito de ter sido criado por ele.


- Quando ainda não tínhamos a capacidade de pensar, quando éramos nômades, e andávamos sem “eira” nem “beira”, perdidos, sem saber aonde ir ou aonde chegar, com a maior ingenuidade, que o ser humano pode ter.- Quando apenas pensávamos em encontrar o que comer para saciar a nossa fome, não tínhamos a menor capacidade de conhecimentos, a vida era sem sentido futuro, éramos apenas bandos perdidos a vagar por um longo tempo até que a própria natureza se encarregasse de nos levar, isso para nós era simples, normal e sem finalidade.

- Mas chegou o criador nos deu o discernimento, começamos a pensar, a ver o amanhã, a ter malicia, a ter desejos, a querer sempre mais. Aí ele na sua imensa sabedoria, pensou, vou lhes dar uma cruz para cada problema, assim vocês aprenderão a ser mais humildes e sensatos, a desejar o simples do mundo, que é o que lhes dei de graça! A vida.

- Então, hoje temos um cemitério de cruzes e não sabemos se podemos ou não carrega-las, ou até quando vamos arrastá-las. É a cruz do nascer, a cruz do viver, a cruz das dificuldades, a cruz dos problemas familiares, a cruz da fome, a cruz da incoerência, a cruz do casamento, a cruz da separação, a cruz de ter família, a cruz de perder a família, a cruz da riqueza, a cruz da pobreza, a cruz de ter filhos, a cruz de não poder ter filhos, a cruz das guerras, a cruz das drogas, a cruz da felicidade, a cruz da infelicidade, a cruz da bondade, a cruz da maldade, e cruzes, cruzes, cruzes, cruzes, cruzes, cruzes e mais cruzes, são infinitas as nossas cruzes.

- Depois que o filho do homem carregou a cruz de todos, nos foi dado um cemitério de cruzes, não sei se é teste, ou uma simples brincadeira, ou uma forma carrasca de nos castigar pelo que fizemos com ele, jogamos todas as nossas cruzes encima dele, e o matamos, e agora estamos pagando por tudo o que fizemos.


- Cruz, cruz, cruz, cruz... E ainda na nossa infinita vida, nos é colocada uma cruz sobre nossa cabeça, para simbolizar o nosso sofrimento, ou para que eternamente não esqueçamos o que de mal fizemos, nos dão eternamente o símbolo da cruz...

Odion Monte - contador, especialista em Filosofia Política pela Universidade de Teologia e Filosofia de Rio Branco - Acre (SINAL).É ainda, especialista em Pericia Judicial – UCG – Universidade Católica de Goiás - Bel. em Ciências Contábeis - FIRB/FAAO/AC Artigos anteriores:








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