Ex-deputado federal diz que assassinato de 'Baiano' foi cometido por Alípio Ferreira, que hoje está morto
Ricardo Brandt, de O Estado de S. Paulo
RIO BRANCO, AC - O ex-deputado Hildebrando Pascoal acusado pelo "crime da motosserra" está sendo interrogado na tarde desta terça-feira, 22, no segundo dia do júri popular, que acontece em Rio Branco, no Acre. Ele negou ter sequestrado, torturado e matado o mecânico Agilson Firmino dos Santos, o "Baiano", em vingança a morte de seu irmão Itamar Pascoal, em 1996. Preso há dez anos, ele negou até agora não só a autoria do "crime da motossera", mas também atribuiu todas as denúncias que pesam contra ele à uma perseguição política. "Sou um preso político."
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Entenda o caso Hildebrando Pascoal
Segundo Hildebrando, o autor do crime foi Alípio Ferreira, que está morto. O policial e ex-vereador, dono do galpão onde a vítima foi assassinada, era pessoa de confiança do ex-parlamentar.
O julgamento que começou na segunda-feira, 21, foi interrompido por volta das 22 horas e retomado por volta das 9 horas desta terça. A previsão é que dure até quarta-feira, 23. Depois de fazer uma autodefesa, que durou quase seis horas, o acusado passou por um interrogatório. O ex-parlamentar e ex-coronel da Polícia Militar é acusado de ter comandado entre as décadas de 80 e 90 um grupo, batizado pela polícia, como "esquadrão da morte".
No julgamento desta terça-feira, 22, ele negou também que tivesse sido o autor do assassinato de "Baiano" e voltou a adotar a estratégia de tentar desqualificar seus acusadores. "Eu tinha interesse no 'Baiano' vivo para saber onde estava o assassino do meu irmão", afirmou referindo-se a José Hugo, o "Mordido", que disparou com o Itamar Pascoal. Entre os dias 1 e 2 de julho de 1996, a vítima, ainda viva, teve os olhos perfurados, braços, pernas e pênis amputados com uma motosserra, um prego na testa e o corpo cravado por balas. Para o Ministério Público Estadual o crime foi uma vingança comandada pelo ex-deputado.
Hildebrando está preso desde 1999 por outros crimes e já foi condenado por dois assassinatos de testemunhas que prestaram depoimento nestes processos. Sua pena, somada, chega a 88 anos de prisão - dos quais, cumprirá no máximo 30.
Na segunda-feira, 21, no banco dos réus, ele enfrentou pela primeira vez a viúva de "Baiano", Evanilda Lima de Oliveira, seus filhos Emanuele e Everson, e o bispo Dom Moacir Grecchi. Os quatro deram os mais contundentes depoimentos do júri.
Ao todo, foram ouvidas 15 testemunhas (de acusação, de defesa e do juiz) no primeiro dia do julgamento. Todas confirmaram, direta e indiretamente, a tese do Ministério Público Estadual de que nos primeiros dias de julho de 1996, Hildebrando Pascoal, seus familiares e policiais ligados a eles empreenderam uma "caçada" para encontrar e executar o assassino de seu irmão.
Segundo Hildebrando, o autor do crime foi Alípio Ferreira, que está morto. O policial e ex-vereador, dono do galpão onde a vítima foi assassinada, era pessoa de confiança do ex-parlamentar.
O julgamento que começou na segunda-feira, 21, foi interrompido por volta das 22 horas e retomado por volta das 9 horas desta terça. A previsão é que dure até quarta-feira, 23. Depois de fazer uma autodefesa, que durou quase seis horas, o acusado passou por um interrogatório. O ex-parlamentar e ex-coronel da Polícia Militar é acusado de ter comandado entre as décadas de 80 e 90 um grupo, batizado pela polícia, como "esquadrão da morte".
No julgamento desta terça-feira, 22, ele negou também que tivesse sido o autor do assassinato de "Baiano" e voltou a adotar a estratégia de tentar desqualificar seus acusadores. "Eu tinha interesse no 'Baiano' vivo para saber onde estava o assassino do meu irmão", afirmou referindo-se a José Hugo, o "Mordido", que disparou com o Itamar Pascoal. Entre os dias 1 e 2 de julho de 1996, a vítima, ainda viva, teve os olhos perfurados, braços, pernas e pênis amputados com uma motosserra, um prego na testa e o corpo cravado por balas. Para o Ministério Público Estadual o crime foi uma vingança comandada pelo ex-deputado.
Hildebrando está preso desde 1999 por outros crimes e já foi condenado por dois assassinatos de testemunhas que prestaram depoimento nestes processos. Sua pena, somada, chega a 88 anos de prisão - dos quais, cumprirá no máximo 30.
Na segunda-feira, 21, no banco dos réus, ele enfrentou pela primeira vez a viúva de "Baiano", Evanilda Lima de Oliveira, seus filhos Emanuele e Everson, e o bispo Dom Moacir Grecchi. Os quatro deram os mais contundentes depoimentos do júri.
Ao todo, foram ouvidas 15 testemunhas (de acusação, de defesa e do juiz) no primeiro dia do julgamento. Todas confirmaram, direta e indiretamente, a tese do Ministério Público Estadual de que nos primeiros dias de julho de 1996, Hildebrando Pascoal, seus familiares e policiais ligados a eles empreenderam uma "caçada" para encontrar e executar o assassino de seu irmão.
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