O assessor do senador Viana - Tião Maia - não gostou do artigo que escrevi ontem. (Quem manda no Acre? A Rede Globo ou Povo Acriano? ). No lugar de argumentos e respeito às opiniões alheias – como manda as boas regras democráticas – , ele preferiu um ataque sórdido e desesperado.
Para Tião, o povo acriano não manda em nada. Quem manda são as instituições. Inclusive os institutos de pesquisas que, segundo o assessor, garante a vitória de seu grupo num referendo ainda incerto.
Enquanto Tião acredita na vitória de um grupo, acredito na vitória do povo brasileiro. (Em um próximo artigo, explicarei o porquê).
Maia deve ser adepto de Émile Durkheim, o teórico que atribui o sucesso e o fracasso social ao funcionamento institucional.
Prefiro a teoria de Max Weber, que confiava na atitude individual para somar com a força geral. Foi assim que Jesus Cristo revolucionou o mundo com a sua mensagem de amor e paz.
A contribuição do grego Sócrates assegurou o pensamento lógico. A genialidade de Albert Einstein transformou o “mundo da ciência” e, consequentemente, agilizou a vida prática contemporânea com suas inúmeras facilidades tecnológicas.
No Acre, Chico Mendes mudou a maneira de como o mundo observava a Amazônia.
Acredito que quem deve mandar no Acre, como sugere meu artigo, é o povo do Acre: José, Maria, Eduarda, Cléber, Willian... O professor, o advogado, o catador de latinhas, o jornalista. E todos os mais de 600 mil habitantes do Estado.
Já o assessor do senador petista acredita que quem manda no Acre é o governador, os senadores, os deputados, os juízes.
É compreensível que pense assim. Isso tem raízes históricas e culturais. O autoritarismo sempre imperou no Brasil.
Por que o povo do Acre não pode opinar sobre suas próprias vidas?
O acriano tem, sim, o direito de decidir sobre que hora deve acordar. Tem o direito de decidir se as crianças e adolescentes do Acre têm os mesmo direitos das crianças e dos adolescentes de outros Estados. Devem ser igualmente respeitados em sua condição psicológica de formação de caráter.
Mudar o horário, como fez a “Lei Viana”, é tentar burlar o fuso natural do Acre. Que fique bem claro: nunca conseguirão!
O senador Tião Viana e a Rede Globo podem até serem instituições recheadas de poder, mas não são Deus para mudar o tempo natural.
Repito do artigo anterior: No Acre, “oito horas não são oito horas, são sete”. E insistir na mudança de horário representa apenas o “jeitinho brasileiro” de sempre descumprir as leis. No caso, descumprir uma medida prevista desde 1990 pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que passou a vigorar recentemente com a Portaria 1.220/07.
Em vez de Tião Maia lembrar-se do prejuízo causado às nossas crianças, optou por enveredar-se por questões paroquiais e fora do foco, como: disputas eleitorais entre oposição e governo e, até, uma suposta campanha contra a Uninorte.
Esquece-se de que é o governo do PT, do qual ele é servo, que aponta aquela faculdade como de ensino insatisfatório, e não o Blog Edmilson Alves, que apenas repercute as informações do MEC.
Para o desinformado assessor, nos países mais desenvolvidos socialmente, como por exemplo a Suécia, as crianças são protegidas pelo Estado da programação veiculada pela TV.
Lá é proibido, inclusive, propagandas na televisão dirigida às crianças. A intenção do governo sueco é evitar que estas se transformem em consumidores descontrolados.
Nações como a Suécia há tempos compreenderam que a educação de uma criança é dever não só da família, mas também de toda a sociedade. Simplesmente 88% daquela população, que tem alto nível educacional, apóia a decisão governamental.
Entretanto, no Brasil atitudes como a da “Lei Viana” preferem expor as nossas crianças aos devaneios e à fome insaciável dos mercados. Para isso, usam toda a população de um Estado para patrocinar as ambições do grupo Globo.
É de envergonhar como alguém que se diz jornalista e, ainda, assessor de um senador da República que chegou a pleitear à presidência do Senado possa se dirigir a um cidadão com palavras de baixo calão e extrema agressividade.
Isso só pelo fato de este blogueiro possuir opinião divergente da do grupo que ele integra.
É uma pena que Tião Maia pense viver na China ou Coréia do Norte – nas quais prevalece ditaduras sanguinárias. Alguém precisa informar-lhe que o Brasil já superou a ditadura militar e o imperialismo.
Aguarde. Ainda hoje irei publicar o conteúdo escrito pelo assessor de Tião Viana