AUTOATENDIMENTO

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Cartão vermelho de Suplicy incomoda até aliados


Lá se vão quase 26 anos desde que o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) virou atração pela primeira vez no Congresso, ao estrear seu estilo performático na tribuna da Câmara. A pretexto de questionar um decreto-lei salarial do governo de José Sarney, o então deputado Suplicy subiu à tribuna levando dois caminhões de brinquedo, um deles carregado de tomates. A performance do cartão vermelho para o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), acabou desagradando correligionários, aliados e adversários do senado peemedebista.

"O que ele fez agora foi a reedição dos tomates do Delfim com atraso duplo: no tempo e no senso de oportunidade", definiu o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), para quem a vontade de Suplicy de "aparecer" é maior do que seu desejo de preservar a instituição. Embora considere que o episódio seja "típico" do parlamentar petista, o líder confessou surpresa com a atitude dele.
A bancada petista também foi surpreendida. Suplicy avisou aos companheiros e ao líder Aloizio Mercadante (SP) que faria um discurso pedindo a renúncia de Sarney, mas não contou a ninguém sobre o gesto teatral de empunhar um cartão vermelho para o presidente da Casa. Os colegas não gostaram, mas evitaram comentar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A CASA CAIU

Filosofando
Todas as quintas

Odion Mote

Como em uma frase criada por um grande árbitro de futebol onde ele sempre fala que “a regra é clara”, não quero aqui criar nenhuma frase de efeito, mas e história mostra que realmente os fatos sempre são reais, que todo império que chega ao seu apogeu, a tendência é a decadência, e isso é histórico, se fossemos aqui relatar a todos, uma lauda seria pouco, mais para mostrar a verdade da historia que nos mostra, que o império romano quando chegou ao seu apogeu, findou pela falta de ética, moral, e uma infinidade de corruptos e assassinos, que matavam uns aos outros para obter o poder.

É, mas nem bem saímos de uma ditadura militar, que nos escravizou, e nos assassinou por longos anos de uma forma cruel e sem nenhuma piedade. Onde se perdeu muitos camaradas e companheiros, até que chegássemos a uma frágil democracia em que vivemos hoje, vemos no picadeiro do senado federal, os senadores que através do voto da população se acha no direito de adentrar aquela casa, para se chicotearem uns aos outros sem o menor respeito pelo eleitor, não diria nem eleitor, pelo povo brasileiro que depois de sofrer por muitos anos em uma cruel ditadura, agora sofre pelas palavras das línguas felinas dos senadores, onde publicamente se chamam de trombadinha do poder, isso parece mais brincadeira, é simplesmente ridículo.


É triste ver que um grande líder sindicalista, onde outrora gritava aos quatro cantos do país pela liberdade, pela ética, pela moralidade, por transformações, por mudanças radicais, e quando se consegue algo novo, se chega ao topo, ao apogeu, hoje se torne um simples boneco de marionete do poder, e tal qual Pôncios Pilatos, lava as mãos e venda os olhos para o lamaçal que entrou no senado federal. Mas a casa começa a cair, hoje vemos que pessoas corretas, com ética profunda, com princípios morais inabaláveis, pulam do barco que afunda, do telhado de vidro, da casinha de sapê que começa a incendiar, é como fala os policiais aos traficantes, “a casa caiu”, ou está caindo, e aqueles que não querem se machucar com a queda do telhado de vidro, ou se queimar com o fogo, e ainda morrer afogado, saí para não ir junto, realmente “a casa caiu”, e mais cedo do que se imaginava, o império está se rompendo, rápido em...! E como diz o espetacular jornalista “isto é uma vergonha!!!!!!!!!

Odion Monte - contador, especialista em Filosofia Política pela Universidade de Teologia e Filosofia de Rio Branco - Acre (SINAL).É ainda, especialista em Pericia Judicial – UCG – Universidade Católica de Goiás - Bel. em Ciências Contábeis - FIRB/FAAO/AC
Artigos Anteriores:

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

'Envergonhados' do PT são criticados em festa do partido


Dirigentes do PT, ministros, senadores e deputados transformaram ontem o lançamento da candidatura de José Eduardo Dutra ao comando do partido numa manifestação de desagravo à ética petista. Uma semana depois de o PT ter ajudado a absolver o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), os petistas tentaram demonstrar unidade para reagir aos ataques da oposição e defender a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), pré-candidata da legenda à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.



Marcado por discursos exaltados, o ato da corrente "Construindo um Novo Brasil" - antigo Campo Majoritário do PT - também acabou adquirindo tom de censura à saída dos senadores Marina Silva (AC), de malas prontas para o PV, e Flávio Arns (PR). Depois de dizer que para trabalhar no Senado era preciso ganhar adicional de "insalubridade e periculosidade", a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), líder do governo no Congresso, afirmou não existir maior corrupção do que submeter a população à miséria.


"Para os envergonhados que saíram do PT, quero dizer que tenho muito orgulho de ser petista", afirmou a parlamentar catarinense, sob aplausos da plateia. "Quando um partido consegue enfrentar a crise diminuindo a pobreza, temos de ter orgulho da ética petista." Ideli concluiu o seu discurso desejando um Senado "menos insalubre e menos perigoso". Ex-presidente da BR Distribuidora, Dutra chamou os que apontam o dedo para criticar a perda de substância ética do PT de "profetas do apocalipse". Depois, citou todos os presidentes do PT, desde a fundação do partido, para dizer que quer estar à altura deles. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acre registra primeira morte por gripe suína

A Secretaria de Saúde do Acre confirmou ontem a primeira morte causada pelo vírus da gripe suína. O resultado foi enviado pelo Instituto Adolfo Lutz na noite de segunda-feira, ao Laboratório Central (Lacen). Clóvis Pinheiro Rosas, de 29 anos, contraiu o vírus em Manaus, no Amazonas, e morreu na madrugada do dia 17 deste mês, no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, após ter uma crise de insuficiência respiratória.

Apensar da gravidade da gripe A (H1N1), no Pronto Socorro de Rio Branco, no centro da cidade, o atendimento é precário. Há pessoas que, mesmo, com suspeita de ter contraído o vírus saí daquele hospital sem nenhum atendimento médico. Não é díficil fazer a ficha de consulta e passar pela triagem prévia. Mas na hora do atendimento médico, são horas de fila e casos de pacientes que desistem e voltam pra casa, sendo obrigados a se automedicarem.



Texto adaptado
Agência Estado

Alunos de jornalismo têm aula expositiva sobre produção fotográfica

Os acadêmicos do sexto período de jornalismo do Instituto de Ensino Superior do Acre – Iesacre – participaram, ontem, de uma aula expositiva com o fotógrafo e arquiteto Paulo Sérgio Jivago, 34 anos. No encontro, os alunos tiveram a oportunidade de apreciar os procedimentos que envolvem a produção fotográfica.


Jivago: experiência com fotográfia publicitária e fotojornalismo (foto: Rosangela Santos)

Iluminação adequada, tipos de luz, diferenças entre máquinas fotográficas – digitais, semiprofissionais e profissionais. Foram alguns dos temas abordados por Jivago, que é responsável pela produção fotográfica de catálogos do Sebrae. Em seu currículo de mais de 10 anos de atuação na área, apresenta trabalhos publicados em fotografias de publicidade, moda, jornalismo e outros.

Segundo a professora de fotojornalismo do Iesacre, Concita Cardoso, o evento faz parte do cronograma de aulas práticas da disciplina, uma reivindicação antiga dos acadêmicos.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Encontradas quatro roldanas da ponte metálica

Tatiane Campos

Antigo mecanismo para suspensão da ponte foi encontrado soterrado próximo ao Mercado dos Colonos. Peças serão tratadas e ganharão monumento

O trabalho de limpeza do entorno do Mercado dos Colonos para a obra de urbanização revelou um pedacinho da história do Acre: as quatro roldanas que eram instaladas na ponte metálica para a elevação das duas partes, permitindo a passagem de navios. "Quando a ponte passou a ser fixa, as peças foram deixadas na margem do rio e acabaram soterradas. Sabíamos que pelo menos duas delas estavam por ali, mas não pensávamos que iríamos encontrar as quatro", disse o secretário de Obras Públicas, Eduardo Vieira.


A ideia agora é transformar as roldanas num monumento, que será instalado entre o Mercado Velho e o acesso à ponte metálica. "Consultamos um escultor que trabalha muito com metal e pedimos uma proposta de arte", declarou o secretário.

As roldanas serão retiradas do local e tratadas, e o monumento deve ser entregue junto com as obras da ponte metálica e o Mercado dos Colonos.

Sobre a ponte - A ponte Juscelino Kubitscheck, mais conhecida como ponte metálica, foi encomendada para a Companhia Siderúrgica Nacional em 1957, com a pretensão de ser a maior obra de engenharia já feita na região.

A ponte foi trazida de balsa até Boca do Acre, no Amazonas, onde encalhou e ficou por anos seguidos. Parte da estrutura veio em um lote pré-moldado e foi deixada nos barrancos do rio Acre. "Na época os grandes navios a vapor ainda navegavam pelo rio Acre, fazendo o comércio entre os seringais. Por isso, o projeto inicial da ponte previa que seu vão central fosse elevadiço, para que os navios a vapor pudessem navegar pelo rio tranquilamente. O problema é que, quando a ponte foi remontada, já no inicio dos anos 70, a realidade era outra", explica Sueli Melo, do Patrimônio Histórico.

Na gestão do governador Jorge Kalume, a ponte Juscelino Kubitscheck foi resgatada de Boca do Acre, sendo de fato erguida em Rio Branco. As colunas das roldanas para a construção da ponte suspensa foram erguidas, mas no rio Acre já não passavam os antigos navios a vapor para o comércio da borracha. O antigo projeto nasceu, portanto, ultrapassado.

"Poucos anos depois de construída a ponta da ponte, que fica no Segundo Distrito da cidade, ruiu, metade dela caiu no rio Acre. O barranco que hoje já esta reconstituído à época tinha derretido e a ponte então foi parcialmente desmontada, ficando as partes constituintes da roldana desmontadas e jogadas à beira do rio Acre no lado do Primeiro Distrito", conta Sueli.

Uma outra ponte alvenaria foi erguida e a antiga ponte de metal ficou ultrapassada. Sua estrutura de elevação - que incluía as roldanas que estavam enterradas nos barrancos próximos ao Mercado dos Colonos - foi completamente retirada, sendo reconstruída entre o fim dos anos 70 e início dos anos 80, ganhando o aspecto que tem hoje.

"O projeto da ponte metálica foi pensado para uma época em que grandes navios a vapor percorriam o rio Acre, por isso ela possuía grandes roldanas que deveriam suspender o vão central. Os anos passaram, a economia da borracha entrou em decadência e os grandes navios a vapor viraram história do passado. A estrutura que iria suspender a ponte também", comenta Sueli.


Agência de Notícias do Acre

Sena agradece a decisão do TRE

Jaidesson Peres

Ao contrário de outras decisões, hoje o Tribunal Regional Eleitoral fez jus à campanha do ano passado contra a compra de votos. Apesar de uma decisão apertada, quando três membros votaram contra a cassação e três a favor, Arquilau de Castro Melo, presidente do TRE, sensato e preocupado com a democracia, preferiu manter a decisão da corajosa juíza de Sena Madureira.

Sabemos que em Sena Madureira, assim como em todo o Estado, a compra de votos é uma prática corriqueira. São muitos os politiqueiros que se utilizam da ignorância e da pobreza dos eleitores. Ganham os pleitos por meio do dinheiro, das riquezas!


Mas, para a alegria dos que não concordam com a corrupção e com essa plutocracia que se instalou em nossa terra, a Justiça cassou o mandato do prefeito que mais envergonhou os sena-madureirenses, do prefeito que mais acumula denúncias em sua gestão. Foi uma vitória para a democracia, não para a oposição!

A livre e espontânea vontade da população deve prevalecer sobre qualquer tipo de esquema ou fraude. Não podemos dar tempo para pessoas acusadas de desviar nosso dinheiro, de gerir mal os recursos públicos.

Creio que, a partir de hoje, remediou-se um câncer maldito que apodrece a democracia. Ficará na história essa decisão. Teremos orgulho de contar a nossos filhos e netos, futuramente, que em Sena Madureira não há espaço para práticas ilícitas na política. Que venham novos ares!

Saída de Marina é maior problema do PT para 2010, diz jornal inglês



Um artigo publicado nesta terça-feira pelo site do jornal inglês The Guardian destacou a saída da senadora Marina Silva (AC) do PT como "o maior problema a abalar" a sucessão presidencial no Brasil e a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Na opinião do colunista Conor Foley, Marina era a segunda maior personalidade internacional do PT depois de Lula e sua candidatura à Presidência em 2010 pelo PV pode não sair vitoriosa, "mas fatalmente irá enfraquecer" a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Roussef.
O colunista também afirma que a candidatura de Dilma, a qual o PT espera que "se contagie com a crescente popularidade internacional de Lula", ainda está atrás dos dois potenciais candidatos do PSDB: o governador de Sâo Paulo, José Serra, e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves.


O artigo do jornal inglês, intitulado "Brasil depois de Lula", enumera os "impactos" sofridos pelo PT nas últimas semanas. Entre eles, as acusações de corrupção no Senado contra o presidente José Sarney (PMDB-AP), definido pelo colunista como "o resumo do que muitos brasileiros consideram o pior da política do seu País". O artigo também comenta o fato do PT ter exigido dos seus senadores que apoiassem Sarney, o que provocou a saída de diversos políticos do partido, entre eles Marina Silva.


Na opinião do colunista, Marina representa "uma ligação mais profunda e emocional com as raízes do PT" do que os dissidentes do partido da época do escândalo do mensalão, como a deputada federal Luciana Genro (Psol-RS) e a ex-senadora Heloisa Helena (AL). Neste sentido, destaca dados da biografia de Marina, como o analfabetismo até o início da adolescência, o fato que ela se filiou ao partido junto com o sindicalista Chico Mendes, assassinado no Acre em 1988, e que foi a senadora mulher mais jovem já eleita no Brasil.


Por fim, o colunista conclui afirmando que o PT "sempre foi mais fraco do que o seu carismático líder", mas que a perda de Marina Silva "torna ainda mais difícil para o partido definir o que ele ainda representa".

Redação Terra

Debate sobre jornada de trabalho termina sem consenso

O debate sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/95, que reduz de 44 para 40 horas a carga horária semanal, sem diminuição do salário, terminou hoje no plenário da Câmara de Deputados sem um consenso sobre o impacto da aprovação da medida para o mercado de trabalho.
Na avaliação dos trabalhadores, a diminuição das horas trabalhadas é fundamental para o aumento da geração de empregos no país. Por outro lado, os empresários disseram que existem dúvidas sobre se esse objetivo realmente será atingido.

O presidente da Câmara, Michel Temer, destacou que o projeto é bastante polêmico e, portanto, era necessário o debate para que, depois, ele seja colocado em votação. Por enquanto, não há data para que isso aconteça. Segundo Temer, a votação ainda deverá ser discutida em reunião com os líderes de governo.


Para o deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP), os pontos da proposta que podem ser negociados com os empresários são o prazo para viabilização da redução da jornada de trabalho e a hora extra. A PEC 231/95 prevê uma elevação do valor da hora extra de 50% para 75%. "Vamos trabalhar para tentar fazer um acordo", afirmou Vicentinho.


Para a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, a diminuição da jornada de trabalho vai provocar um aumento no custo da produção, que acabará sendo repassado para todos os brasileiros. "Não podemos perder o foco. Precisamos saber o benefício disso", destacou. "Estamos acostumados em ver atitudes populistas. Não podemos permitir que enganem os brasileiros", completou. "Não adianta fazer 'economágica'", disse ainda Kátia Abreu.
Agência Estado

'PSDB já está fora' do Conselho de Ética, diz Guerra

O PSDB deve formalizar hoje à tarde sua retirada do Conselho de Ética do Senado. O presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE), que integra o colegiado, informou que "o PSDB já está fora do Conselho". Além do parlamentar pernambucano, os tucanos têm outra vaga de titular, ocupada pela senadora Marisa Serrano (MS), e uma suplência exercida pelo líder da bancada na Casa, Arthur Virgílio (AM).

Segundo Guerra, a bancada do PSDB vai se reunir no tradicional almoço das terças-feiras, no gabinete do senador Tasso Jereissati (CE), mas há um consenso em relação ao Conselho de Ética. "No formato como está e com essa orientação representando maiorias e minorias, com interesses partidários, o Conselho não serve mais", disse.

Embora senadores da base aliada e da oposição já tenham defendido a extinção do colegiado, o PSDB e o DEM estão discutindo uma proposta alternativa. A ideia é manter o Conselho de Ética em funcionamento com apenas um representante de cada partido para acabar com a luta política interna. Na visão dos tucanos, o colegiado se transformou em um terreno loteado entre os partidos. O senador Tião Viana (PT-AC) foi um dos que chegou a defender a extinção do colegiado, mas, em conversa com PSDB e DEM, revelou que já recuou desta ideia e aceita discutir um novo formato.

Agência Estado

Bolívia abre mão de prazo para remoção de brasileiros da fronteira


FABIANO MAISONNAVE
enviado especial da Folha de S.Paulo a La Paz

Atendendo a um pedido do colega Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente Evo Morales concordou em não exigir mais a saída até dezembro dos brasileiros que vivem ilegalmente na zona de fronteira, conforme estava inicialmente previsto em acordo bilateral.

Segundo a Folha apurou, Lula, por sua vez, também se comprometeu com Morales em ajudar os brasileiros que queiram regressar ao Brasil. Os dois se reuniram no último sábado (22), em Villa Tunari (Bolívia).

Na prática, a conversa deve gerar a revisão do projeto original, que incentiva os brasileiros ocupando terras na faixa de 50 km da fronteira boliviana (o que a lei local proíbe) a se mudarem para outras áreas mais no interior da Bolívia.

No departamento amazônico do Pando (norte da Bolívia), onde está a maior parte dos brasileiros em zona de fronteira, o projeto provocou forte descontentamento. Os brasileiros têm resistido a se mudar para dentro do inóspito interior boliviano, e muitos preferem cruzar a fronteira de volta.

A tensão na área aumentou ainda mais com a transferência, no início do mês, de centenas de colonos bolivianos trazidos de outras área do país pelo governo Morales.

Entre os brasileiros, há o temor de perder benfeitorias, como casas e plantações, para os recém-chegados.

A maior parte dos brasileiros é formada por famílias pobres do Acre que vivem da extração da castanha e da borracha, além de praticar agricultura em pequena escala.

Muitos estão há décadas na Bolívia, mas a grande maioria nunca regularizou a sua situação e não fala espanhol, devido à grande presença de brasileiros e ao isolamento da região com o restante da Bolívia.

As estimativas das famílias brasileiras na região variam de 400 a mil famílias. No próximo mês, a OIM (Organização Internacional para as Migrações) planeja um cadastro definitivo de quem deve sair da região.

Fruto do acordo entre Brasília e La Paz, a OIM, organização internacional cuja sede regional fica em Buenos Aires, recebeu R$ 20 milhões do governo Lula para realizar o trabalho de reassentamento dos brasileiros, mas quase nada foi realizado até agora.

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, Morales demonstrou estar satisfeito com a visita de Lula, cujo ponto alto foi a concessão de uma linha de crédito de US$ 332 milhões do BNDES para a construção de uma rodovia. "[O Brasil] é um dos países que lideram a região por sua participação na integração da América do Sul e da América Latina", afirmou o boliviano.

Fidel diz que direita racista bloqueia avanços de Obama


HAVANA (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está tentando realizar avanços positivos para seu país, mas é combatido a cada passo que dá por direitistas que o odeiam por ser negro, escreveu na terça-feira o ex-líder cubano Fidel Castro.

Em uma coluna surpreendentemente conciliatória sobre Obama, Fidel disse que o presidente herdou muitos problemas de seu antecessor George W. Bush e que está tentando resolvê-los, mas que a "poderosa extrema direita não se resigna a nenhuma medida que em um grau mínimo diminua suas prerrogativas".

Fidel Castro escreveu que Obama não pretende mudar o sistema político e econômico dos EUA, mas "apesar disso, a extrema direita o odeia por ser afroamericano, e combate o que o presidente faz para melhorar a imagem deteriorada do país".

"Não guardo a menor dúvida de que a direita racista fará o possível para desgastá-lo, obstaculizando seu programa para tirá-lo do jogo por uma ou outra via, com menor custo político possível ... Tomara que eu me engane!", escreveu o ex-governante em sua coluna na página na Internet www.cubadebate.cu.

Fidel Castro escreve para meios estatais cubanos e tem criticado duramente Obama em certas ocasiões, ocasionalmente o elogia e também já disse que o observa rigorosamente para ver se é sincero com relação ao que disse sobre mudar a política do seu país com Cuba.

Obama declarou que pretende colocar um fim nos 50 anos de hostilidades entre Washington e a ilha caribenha e aliviar o embargo comercial que seu país impôs ao governo comunista.

O presidente dos EUA, no entanto, já disse que o embargo só será retirado se Cuba mostrar progressos com relação aos direitos humanos e os presos políticos, dois temas que o presidente Raúl Castro se propôs a discutir.

Fidel, com 83 anos, governou Cuba durante 49 anos depois de chegar ao poder com a revolução de 1959, mas deixou a presidência no ano passado, que passou a ser ocupada pelo seu irmão Raúl.


(Por Jeff Franks)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Tião Viana diz que patrimônio omitido foi declarado no IR de sua mulher


da Folha Online, em Brasília


O senador Tião Viana (PT-AC) divulgou nota nesta segunda-feira para explicar a acusação de que teria ocultado da Justiça Eleitoral, em 2008, um terreno em condomínio residencial de Rio Branco (AC). Viana afirma, na nota, que obedeceu à legislação eleitoral uma vez que o imóvel está em nome da sua mulher e consta na declaração dela do Imposto de Renda.


"O senador Tião Viana tem a declarar que cumpriu a lei 9.504, que diz, em seu artigo 11, que o candidato deve apresentar sua declaração de bens e foi o que ele fez à Justiça Eleitoral. Quanto ao terreno, adquirido à época pelo valor de R$ 30 mil, o senador esclarece que o mesmo foi comprado por sua esposa e encontra-se registrado em cartório, constando de todas as declarações de renda da mesma", diz a nota.


Leia também:





Reportagem da Folha publicada nesta segunda-feira afirma que, em sua campanha para senador, em 2006, Viana não declarou um terreno que comprara dois anos antes no melhor condomínio residencial de Rio Branco, cujo valor foi registrado em R$ 30 mil; e no qual construiu uma casa, concluída em maio de 2007, que foi avaliada, pela prefeitura, em R$ 600 mil.

A assessoria do senador alegou que o terreno não foi declarado à Justiça Eleitoral porque pertencia à sua mulher, Marlúcia Cândida Viana. Mas, como o senador é casado em regime de comunhão total de bens, o imóvel pertence aos dois, segundo tributaristas ouvidos pela Folha.
José Sarney (PMDB-AP) não informou à Justiça Eleitoral a casa onde mora, em Brasília, avaliada em R$ 4 milhões, e atribuiu a omissão, primeiro, a um erro de seu contador e, depois, a mero "esquecimento".


Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, a legislação eleitoral não prevê punição para candidatos flagrados nesta situação. O artigo 11 da lei 9.504 (que define as normas para as eleições), apenas lista, entre os requisitos para o registros das candidaturas, a necessidade de apresentação de declaração de bens assinada pelo candidato.

Presidentes latinos, cada vez mais apegados ao poder


Com apoio do Estados Unidos, Alvaro Uribe, presidente colombiano quer terceiro mandato.

Clique aqui e leia contéudo completo

Votação do Estatuto da Igualdade Racial divide movimento negro