Pilhas e baterias são portadores de energia móvel e podem conter metais pesados como cádmio, mercúrio, nióbio e nitrato de prata. O último é conhecido, entre os cientistas, como “grafite da morte”. Estes portadores, quando velhos ou defeituosos, representam graves riscos ao homem e ao planeta, por isso é indispensável a correta destinação deste lixo.
Existem exceções, visto que algumas pilhas e baterias permitem lançamento no lixo comum. Elas são identificadas nas embalagens do produto de acordo com a Resolução 257/99 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. No entanto, com a enxurrada de produtos importados, principalmente da China, é difícil identificar os itens que podem ir ao lixo habitual. Em geral, as informações do produto são em língua estrangeira e, mesmo as nacionais, causam dúvidas.
É costume do consumidor descartar a embalagem e ficar apenas com o produto. Já que as pilhas nada informam quanto à destinação final, o usuário corre o risco de não lembrar se deve ou não jogá-las no lixo doméstico. É o caso da estudante Priscila Santos, 17 anos, “não dá pra saber, pois não guardo embalagens”, declara. Nesses casos, surge a necessidade de reforçar: se você tiver dúvidas quanto ao destino final, o ideal é devolver aos postos de venda. [Por lei, todos que comercializam produtos como pilhas e baterias, com metais pesados, devem recolher o produto].
Atitude como a do jovem Renan Santos, 16 anos, o qual confessa quebrar pilhas, é reprovável e não deve ser seguida por ninguém. Depois de tomar conhecimento do correto procedimento – devolver nos pontos de coleta ou venda –, Renan prometeu cumprir as regras ambientais e proteger a saúde.
A mesma promessa foi reiterada pelos seus colegas, todos com idade entre 16 e 18 anos, e alucinados pelos modernos aparelhos com tecnologia móvel.
Outro exemplo reprovável vem de supermercados que ignoram a própria responsabilidade pelo recolhimento. No Araújo, o subgerente Paulo Sarquiz e no Varejão Popular, a proprietária Marilena Melo, respectivamente, atribuíram aos órgãos governamentais a suspensão do recolhimento que faziam em suas lojas. Na Casa dos Cereais, o auxiliar de pessoal, Erivaldo Braga, criticou os fornecedores pela falta de apoio. No final, para o bem da saúde pública e do planeta, todos se comprometeram a resolver o problema.
Em Rio Branco, Antonieta Melo, técnica de educação ambiental do Instituto de Meio Ambiente do Acre – IMAC - comanda a equipe responsável pelo recolhimento dos acumuladores de energia. Ela percorre os postos de coleta, dentre eles a escola municipal Anice Adib Jatene, no bairro Conquista. “Na coleta de maio recolhemos 140 quilos em duas escolas” relata Antonieta. A destinação final desses lixos é o aterro sanitário da capital acriana, no qual existe um reservatório especial, preparando para isolar esses resíduos tóxicos.
Edmilson Alves
Walter Willer Gotelip Cabral
Wellington Aguiar
Trabalho apresentado com item avaliativo da disciplina Jornalismo Especializado – Meio Ambiente – ministrada pelo docente Evaldo Ribeiro do Instituto de Ensino Superior do Acre – IESACRE.