O brasileiro está menos confiante desde que a crise econômica mundial se tornou mais aguda, mas nem por isso pensa em abandonar os gastos e aumentar as aplicações. É o que mostra pesquisa global Nielsen sobre a confiança do consumidor, feita com 25.140 usuários de internet em 50 países. Em outubro do ano passado, quando foi realizado o levantamento anterior, o índice de confiança do brasileiro era de 109 e agora diminuiu para 88. Apesar da queda de 19 pontos, ainda é acima da média vista nos países da América Latina, de 82 pontos.
A média global é de 77 (queda de sete pontos porcentuais em relação ao segundo semestre de 2008), a dos Estados Unidos é de 80 e da China, de 89 pontos. Apenas Dinamarca e Indonésia não caíram abaixo da média apontada no índice. E dos países que formam os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), só a China não teve queda de dois dígitos.
Ao todo, 77% dos brasileiros admitem que o País está em recessão, a mesma média global. Para 65% dos entrevistados, a situação não deve mudar em 12 meses (a partir de maio, quando a pesquisa foi feita). A média latino-americana é mais baixa, 58%, e a global é de 52%. Só 18% acreditam que o Brasil sairá da recessão econômica até o primeiro semestre de 2010.
Apesar dessa consciência de que a melhora não está tão próxima de ocorrer, 81% dos entrevistados do Brasil disseram que as perspectivas de emprego nos próximos meses são excelentes ou boas (ante 74% aferidos como média na América Latina). Talvez por esse motivo 57% afirmaram ter uma percepção excelente ou boa quanto as finanças pessoais no médio prazo (ante uma média mundial de 42%). Ou seja, a crise existe, mas as dificuldades parecem estar distantes do dia a dia do brasileiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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