AUTOATENDIMENTO

domingo, 3 de maio de 2009

Rede estadual no fim da fila da educação


deu em o globo

Demétrio Weber


A falência das redes públicas estaduais de ensino é o resultado que emerge dos últimos números do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2008). Entre as mil escolas do país com piores notas no último exame, realizado ano passado, 965 são das redes estaduais. Na ponta de cima do ranking ocorre o inverso: os colégios estaduais são apenas 36 entre os mil com melhor desempenho. Ou seja, somente 3,6%, embora 85% dos estudantes de nível médio no país frequentem estabelecimentos mantidos por governos estaduais. O segmento privado domina o topo da lista, com 905 dos mil melhores resultados.


As notas do Enem por escola estão disponíveis, a partir de hoje, na página do Ministério da Educação (MEC) na internet (mediasenem.mec.gov.br). Elas retratam a crise nas redes estaduais de ensino, justamente a instância responsável pelo ensino médio. Isso tudo acontece no momento em que o MEC propõe a substituição dos vestibulares por um novo Enem.


No ano passado, fizeram o exame 2,9 milhões de candidatos, sendo 1,1 milhão de jovens que estavam no último ano do ensino médio. Eles frequentavam estabelecimentos de ensino regular, profissionalizante ou de educação de jovens e adultos, a chamada EJA (antigo supletivo).


O Enem é voluntário e avaliou alunos de 20.174 escolas públicas e privadas (só entram no ranking escolas em que pelo menos dez alunos fizeram a prova). Dos mil colégios com piores notas, incluindo os de EJA, 993 são públicos (965 estaduais e 28 municipais) e sete particulares.

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