AUTOATENDIMENTO

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Painel de grafite traz novo colorido à Nova Avenida Ceará


Grafiteiros pintam paisagem de Rio Branco do século passado no espaço de convivência da 3ª etapa das obras que serão inauguradas neste 6 de Agosto pelo governador Binho Marques

Edmilson Ferreira

Quatro artistas do grafite pintam o painel do espaço de convivência da 3ª etapa da Nova Avenida Ceará. Liderados por Babú, artista urbano e ativista comunitário, o grupo reconstrói em grafite paisagens e personagens típicos de Rio Branco das primeiras décadas do século passado. "São do período da construção de elementos como o Mercado Velho", disse Babú.


As obras da 3ª etapa da Ceará serão inauguradas nesta quinta-feira, 6 de Agosto, pelo governador Binho Marques.


São dois espaços de convivência construídos na Nova Avenida Ceará. Esses equipamentos alteraram completamente a paisagem na região e, somando-se ao projeto de paisagismo, traz sensação de bem-estar a quem passa pela região.

Juntas, somam mais de 2,1 mil metros quadrados. Na praça da rua Piauí é possível encontrar exemplares antigos de mangueiras, palmeiras de açaí e ouricuri. Hoje, ampliou-se a presença de plantas agregando espécies exóticas e muitas tropicais, como as helicônias. A segunda área é cortada por um braço do Igarapé da Maternidade, cujo leito foi alterado para melhorar a drenagem na região.


O painel que está sendo grafitado pelo grupo de Babú possui cerca de 100 metros quadrados e ainda não tem nome. Babú diz não ter o hábito de batizar suas obras. Recentemente ele e seu grupo ministraram oficina de grafitagem aos reeducandos da Unidade de Recuperação Social Francisco d´Oliveira. A inauguração da Nova Avenida Ceará (3ª etapa) faz parte da programação comemorativa ao Início da Revolução Acreana.

QUANDO OS RATOS AUMENTAM O QUEIJO DIMINUI

Filosofando
Todas as quintas
Odion Monte

Esses animais roedores são um inferno por todos os lugares onde estão, sua proliferação é tamanha que chegam a uma quantidade grandiosa, que muitas vezes invadem os celeiros de cereais, as plantações, os esgotos, as residências, e algumas vezes até parte de pequenas cidades, de tamanha rapidez como se prolifera, se tornando uma praga por algumas vezes, e nem os venenos que o homem cria consegue exterminar tal espécie de roedores que incomodam bastante.

Assim são os maus políticos que todos os dias aumenta a quantidade, na busca desesperada de um pedaço de queijo, seja no senado, nas câmaras: Municipais, Estaduais ou Federais, pois assim sentem que sem ser preciso trabalhar, ou nada fazer vão enricar mais rápido, e invadem a tudo, tal qual os ratos, seja pelos meios de comunicação, escrita, televisionada e falada, sem pedir permissão nenhuma, e roubam o voto dos que sem conhecimento nenhum, lhe garanta ser um parlamentar.

Mas esta imensa praga de maus políticos não acaba nunca, não há veneno que os mate, pois quando morre um, vem cem em seu lugar, e a única forma de sermos curados desse grande mau que assola a sociedade, é única, só se terá a cura definitiva através da vacina da educação, onde a sociedade poderá ser mais sensata na escolha dos seus roedores representantes, pois uma vez que tudo acaba em pizza, e pizza é feita de queijo, difícil eliminá-los por completo, sem uma vacina. Assim são esses ratos de plenária, quanto mais aumentam, maior sua fome, e menor o queijo a ser dividido.


Odion Monte - contador, especialista em Filosofia Política pela Universidade de Teologia e Filosofia de Rio Branco - Acre (SINAL).É ainda, especialista em Pericia Judicial – UCG – Universidade Católica de Goiás - Bel. em Ciências Contábeis - FIRB/FAAO/AC
Artigos anteriores:

No aniversário da Revolução Acriana governador faz programa especial

Nesta quinta-feira 6 de agosto o Acre comemora sua incorporação ao território brasileiro

Viviane Teixeira


O governador Binho Marques fala da importância da Revolução Acriana em edição especial do Programa Dois Dedos de Prosa. A entrevista foi ao ar nesta quinta-feira, 06 de agosto, dia em que se comemora o início da Revolução.

Marques ressaltou que normalmente se comemora a vitória, e que no Acre o dia que marca o início da Revolução é mais comemorado em razão da importância do envolvimento de seringueiros em uma revolução sem o apoio do governo brasileiro. “Foi uma atitude muito heróica, não foi o Brasil que lutou contra a Bolívia, e sim as pessoas que moravam aqui. Foram cem anos de muita luta”, enfatiza.

O governador falou ainda que a revolução continua no Estado, com a preocupação de resgatar a identidade e auto-estima do povo acreano. “Essa revolução continua especialmente na educação, nos projetos econômicos que teem distribuição de renda e na possibilidade de que tenhamos um lugar muito especial no planeta com justiça social, respeito pela natureza e desenvolvimento econômico”.

O programa Dois Dedos de Prosa, veiculado nas principais emissoras de rádio do Acre, vai ao ar todas as segundas-feiras às 7h30 e 11h30, e também pode ser ouvido no site do Portal do Governo e na Agência de Notícias.


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Binho Marques imita Lula e lança programa de rádio

Veja novas fotos dos índios isolados do Acre

Do Globo Amazônia


Embora saibam da existência do homem branco, os isolados evitam o contato com o mundo externo.


Novas fotos de índios que nunca tiveram contato com o mundo externo foram divulgadas pelo governo do Acre. Esses indígenas sabem da existência do homem branco mas não buscam contato, e é política da Fundação Nacional do Índio (Funai) não contatá-los enquanto não busquem isso por iniciativa própria.


Veja galeria de fotos dos índios isolados


As fotos foram tiradas em sobrevoo feito em julho em uma área remota do Acre. O indigenista da Funai José Carlos Meirelles voltou à região acompanhado do assessor Especial dos Povos Indígenas do Governo do Acre, Francisco Pianko. “Faz uns vinte anos que sabemos onde esse povo mora. Uma vez por ano fazemos um sobrevoo para ver como eles estão”, conta Meirelles.


Meirelles teve informações de que os isolados estão roubando objetos como machados, panelas e facões de seringueiros e outros índios. Por isso, ele atirou algumas dessas ferramentas para que os isolados não precisem buscá-los de outra forma, evitando que entrem em conflito com habitantes da região. “Fomos jogar alguns objetos que eles necessitam, aproveitamos e tiramos as fotos”, explica Meirelles.


O indigenista conta que não se sabe que língua falam, nem como se autodenominam. “Só saberemos quando eles fizerem contato”, diz Meirelles. Os índios vivem em três reservas contíguas próximas à fronteira com o Peru que têm, juntas, 6.230 km².


Com essa área protegida, o grupo fotografado não sofre pressão, por enquanto, de populações do entorno. “Acontece o inverso. Como esses índios estão há 20 anos sendo protegidos, a população deles dobrou”, conta. Nessa região vivem atualmente pelo menos 500 índios isolados. Outro grupo que vivia no Peru, pressionado por madeireiros, se mudou para o local. Ainda não está claro se isso pode causar algum tipo de conflito entre os indígenas.

Hiroshima lembra 64 anos da bomba atômica e pede mundo desnuclearizado

HIROSHIMA, Japão (AFP) - A cidade japonesa de Hiroshima lembrou nesta quinta-feira o 64º aniversário do primeiro bombardeio atômico do mundo, que deixou 140 mil mortos, em 1945.

O prefeito de Hiroshima aproveitou a ocasião para pedir a abolição por completo das armas nucleares até 2020.

Cerca de 50.000 pessoas, incluindo os sobreviventes do Holocausto nuclear, participaram na cerimônia no monumento dedicado aos 140.000 mortos pelo ataque lançado pelos Estados Unidos em 6 de agosto de 1945.
O primeiro-ministro japonês, Taro Aso, se encontrava presente, assim como os representantes de 60 países.
"Prometo novamente hoje que o Japão estará na vanguarda da comunidade internacional pela abolição das armas nucleares e a manutenção de uma paz eterna", afirmou Aso ao término da cerimônia.

O prefeito Tadatoshi Akiba elogiou em seu discurso a posição antinuclear do presidente americano Barack Obama.

A cerimônia foi realizada a alguns metros da Cúpula de Genbaku, um ex-salão de exposições do qual resta apenas a estrutura calcinada. Este foi o único edifício que ficou em pé depois da explosão da bomba.

O prefeito recordou as palavras de Obama, que afirmou que, como a única potência a ter utilizado a bomba atômica, os Estados Unidos têm a "responsabilidade moral de atuar para obter um mundo sem armas nucleares".

"A abolição das armas nucleares é o desejo não apenas dos 'hibakusha' (sobreviventes do bombardeio), como também de uma ampla maioria de pessoas e nações neste planeta", indicou.

"Nós nos referimos a nós mesmos, a grande maioria global, como a 'obamaioria' e pedimos ao resto do mundo que se una a nossa causa para eliminar todas as armas nucleares até 2020", acrescentou Akiba.
Taro Aso admitiu que não acredita numa abolição das armas nucleares, pouco depois de ter prometido às vítimas de Hiroshima que o Japão sempre será um dos líderes da luta contra a desnuclearização do planeta.

"Um mundo sem armas nucleares só poderá existir se todas as bombas nucleares desaparecerem de vez do planeta", estimou Aso durante uma coletiva de imprensa depois de pronunciar o discurso de Hiroshima.

O governo americano jamais pediu desculpas pelas vítimas inocentes do ataque.

Enquanto isso, prossegue o debate entre historiadores e políticos para determinar se os dois ataques atômicos eram necessários para pôr fim à guerra ou se tratava de testar uma nova arma e estudar os efeitos sobre a população.

Segundo pesquisa publicada esta semana pela Universidade de Quinnipiac (Connecticut, nordeste), quase dois terços dos americanos continuam pensando que os Estados Unidos tiveram razão em recorrer à arma atômica.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Conselho de Ética arquiva 4 ações das 11 contra Sarney

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque (PMDB-RJ), arquivou nesta quarta-feira quatro das 11 ações apresentadas contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), por quebra de decoro parlamentar.

Foram negadas uma representação protocolada pelo PSOL e três denúncias apresentadas individualmente pelo líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM). Uma representação ingressada pelo PSOL contra o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), também foi engavetada. A oposição afirmou que recorrerá ao plenário do colegiado das decisões.

Segundo Duque, que tem a prerrogativa de rejeitar os processos se considerá-los sem embasamento jurídico, as ações não têm amparo no regimento da Casa e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

"A representação ou ação não podem ser mera coletânea de recortes de jornais, sobretudo se estes se apoiam em mera suposição", destacou Duque, aliado incondicional de Sarney, ao apresentar os votos.

As ações protocoladas contra o presidente do Senado o acusam de praticar irregularidades na Fundação José Sarney e mentir ao dizer não ser responsável pela entidade.

Também foram arquivados uma representação que o culpa pela edição de atos secretos --mesma acusação feita contra Renan-- e uma denúncia por suposta facilitação de ofertas de crédito consignado a servidores do Senado feitas por um neto.

(Reportagem de Fernando Exman)

Documentos judiciais revelam detalhes sobre filme com Jackson


Por Alex DobuzinskisLOS ANGELES (Reuters) - A Columbia Pictures e a empresa de shows AEG Live chegaram a um acordo para aproveitar ensaios da turnê "This Is It" em um filme com Michael Jackson, segundo documentos judiciais. Os ensaios foram gravados dias antes da morte do "Rei do Pop", em junho.

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Na quarta-feira, o programa de TV Entertainment Tonight noticiou que a família de Jackson havia assinado os documentos necessários para que o cantor de "Thriller" seja enterrado no cemitério Forest Lawn, em Los Angeles.

Os planos para o sepultamento continuam envoltos em mistério. Uma cerimônia pública já foi realizada em Los Angeles, mas o corpo ainda não pode ser enterrado enquanto não saírem exames toxicológicos relacionados à investigação policial sobre a morte dele e sobre o envolvimento de médicos que receitavam medicamentos ao cantor. Não há data prevista para a divulgação do laudo.

Queimadas agrícolas serão proibidas no Acre a partir de 2012

Luciana Mandler

A utilização de queimadas nas fazendas do Acre será proibida a partir de 2012. A data foi determinada pela Justiça depois de uma ação proposta pelo Ministério Público.

O uso do fogo é tradição entre os pequenos agricultores da região, mas por causa do descontrole e da falta de fiscalização, a prática vem trazendo danos ambientais.



Na Ação Civil Pública, os procuradores alegaram a total complacência dos órgãos públicos com autorizações indevidas para queima e ausência de fiscalização e punição dos infratores que fazem o uso do fogo no Estado.

Para o procurador da Repúlbica Anselmo Cordeiro Lopes, responsável pela ação, não é possível aceitar mais essa situação. “Não há mais espaço para a autorização responsável de queima na floresta amazônica, em especial no Acre, considerando todas as perdas que já ocorreram em razão dessas práticas”, disse.

Pela decisão da Justiça federal, este ano o Instituto de Meio Ambiente do Acre poderá liberar até três hectares de queimadas para a agricultura familiar em cada propriedade. No ano que vem, a área será reduzida para um hectare.

Em 2011, a proibição valerá para 13 dos 22 municípios do estado. Esses 13 municípios são os que mais realizam queimadas.

Para Sebastiana Miranda, presidente da Fetacre, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado, o prazo de três anos dado para os produtores se adaptarem as exigências é pequeno. “Hoje se inicia, mas tem que ter todo um planejamento que não vamos conseguir resolver em dois, três ou quatro anos”, disse.“Eu sou a favor tanto da lei como do produtor rural evitar queimadas. Mas também sou muito a favor que os governos também tenham a responsabilidade de antes de aplicar uma lei dar condições para o produtor rural viver dignamente, com terra, com mecanização agrícola”, disse agricultor Jurivaldo Nascimento Silva.

A ação do Ministério Público se baseou no artigo 225 da Constituição federal e no artigo 27 do Código Florestal. Segundo o secretário do Meio Ambiente do Acre, Eufran Amaral, o Estado não é contra o fim das queimadas e vai acatar a decisão. Mas, por considerar o prazo curto, o governo recorreu ao Superior Tribunal de Justiça e pede que as medidas passem a valer somente em 2014.

Críticas são 'campanha para desestabilizar', diz Sarney


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse esta tarde, em discurso no plenário, que acreditava que as críticas que fizeram a ele no início do seu mandato como presidente da Casa eram apenas "rescaldos da eleição". Mas, depois, disse ter percebido haver "uma campanha" para desestabilizá-lo. "Avaliei que as críticas que me fizeram eram só rescaldos da eleição. Mas, depois, percebi que eram mais profundas e faziam parte de uma campanha para desestabilizar", afirmou.

Ele disse que, quando foi eleito presidente, tinha amigos e que deve a eles zelo, mas que jamais colocou o Senado em segundo plano. "O meu temperamento sempre foi de um homem de diálogo, de convívio pacífico, de respeito aos outros e às suas ideias e posições, mas isso, ao longo da minha vida, nunca me fez abandonar a firmeza quando ela tenha sido necessária", disse. Sarney aproveitou também o início de seu discurso para relembrar sua trajetória política como ex-presidente da República e governador do Maranhão. Ele fez questão de ressaltar que apoiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a ditadura militar, mesmo não o conhecendo pessoalmente na época.

"Quando Lula foi atacado, não o conhecia e, mesmo sendo seu adversário, escrevi um artigo na 'Folha de S.Paulo' defendendo sua biografia com o título 'A Lula o que é de Lula', dizendo que ele não podia ser acusado do que estava sendo acusado", disse. O presidente do Senado disse que hoje apoia o governo do presidente Lula por ter sido convidado pelo petista.

Sarney lembrou ainda que, uma semana depois do golpe militar, em clima de grande apreensão e temor, ele foi o único deputado a defender em discurso na tribuna da Câmara o mandato dos deputados que haviam sido cassados. "Aqui na Casa ninguém pode ser cassado fora dos termos previstos na Constituição", disse Sarney, relembrando seu discurso da época. "Não era fácil naquele tempo tomar uma posição dessa natureza. No AI-5, fui o único governador que não o apoiou", disse.

Concessão de bases aos EUA pode provocar guerra, diz Chávez


CARACAS (Reuters) - A concessão de bases militares colombianas para uso dos Estados Unidos podem desatar um confronto na América do Sul, disse nesta quarta-feira 5 o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

"Essas bases poderiam ser o início de uma guerra na América do Sul. Se trata dos 'yankees', a nação mais agressiva da história da humanidade", disse o presidente venezuelano em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros.

(Reportagem de Ana Isabel Martinez)

Sarney rebate denúncias e afirma que vai resistir

BRASÍLIA (Reuters) - Em novo discurso de defesa, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), procurou rebater nesta quarta-feira as denúncias feitas contra ele e disse que vai resistir, permanecendo à frente da instituição.

"Não tenho senão que resistir. Foi a única alternativa que me deram", disse Sarney no plenário do Senado.

"Todos aqui somos iguais. Nenhum senador é maior que outro e por isso não pode exigir de mim que cumpra sua vontade política de renunciar. Permaneço pelo Senado, para que ele saiba que me fez presidente para cumprir o meu mandato", sentenciou o senador.

Com a utilização do recurso de transparências, Sarney negou ter cometido nepotismo, mesmo com a existência de parentes em uma lista de servidores do Senado citados por ele.

"É uma campanha pessoal sem respeitar a minha privacidade e os meus 55 anos de vida pública", lamentou.

Citou as acusações contra a administração do Senado, como o uso de atos secretos (medidas não publicadas), para dizer que "nesses seis meses que assumi o Senado só fiz corrigir erros e tomar medidas saneadoras".

Ele também evocou sua trajetória política como presidente da República (1985-1990), governador (1966-1971) e congressista para indicar coerência. Afirmou, por exemplo, que quatro dias após o golpe militar de 1964 defendeu o mandato dos parlamentares. O que se viu depois é a adesão de Sarney ao partido que apoiou a ditadura, a Arena.

Pouco antes do discurso, a reunião do Conselho de Ética do Senado foi suspensa por ter sido agendada para o mesmo horário. O órgão recebeu 11 denúncias por quebra de decoro parlamentar contra Sarney e ria indicar o destino de cinco acusações.

Ao final do discurso de Sarney, seus aliados, como o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), tentaram esvaziar o plenário, retomando o Conselho de Ética. O objetivo foi evitar a repercussão do discurso de Sarney pela oposição, que não teve sucesso.
(Reportagem de Fernando Exman)

Berzoini tenta evitar que Marina Silva deixe o PT

Valor Econômico

BRASÍLIA - O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), disse que não existem razões para que a senadora Marina Silva (PT-AC) deixe o partido para filiar-se ao Partido Verde (PV). Marina vem sendo assediada pelo PV, que com ela já manteve uma reunião de quatro horas para analisar resultados de uma pesquisa apontando a senadora com 10% a 14% de intenção de voto para presidente da República em 2010, em diferentes cenários.

Berzoini disse não ter conversado ainda com a senadora, mas que ela é muito importante para a história do partido. " Ela é fundadora do PT, um símbolo nas lutas ao lado de Chico Mendes " , recordou.

Para Berzoini, Marina é importante não apenas para o PT, mas para o Acre. " Ela foi fundamental para que o Acre deixasse de ser dominado pelo crime organizado e passasse a ser um Estado onde a democracia virou uma regra " , elogiou o presidente petista, numa demonstração de que a eventual candidatura da senadora à Presidência preocupa o partido. " Espero que ela reflita sobre isso antes de tomar uma decisão " .

O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), considera natural que o PV queira articular uma aliança com os aliados, mas acha pouco factível que Marina aceite deixar o partido para rumar em uma candidatura presidencial por outra legenda. " Ela precisará examinar sua consciência e pesar bem antes de tomar uma decisão como esta " .

Marina desgastou-se muito durante sua gestão no Ministério do Meio Ambiente, comprando brigas com vários companheiros de Esplanada, incluindo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes e a chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff, para quem perdeu todas as batalhas. Para Vaccarezza, contudo, Marina não pode alegar decepção com o governo para tomar alguma decisão. " Ela ficou seis dos oito anos do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É co-responsável por qualquer decisão tomada ao longo deste tempo " .

Para o líder do PT na Câmara, a decepção poderia ser um argumento se ela tivesse ficado um, dois, três meses no cargo. " Mas ela ficou 75% do mandato do presidente Lula " , frisou o deputado. Berzoini foi bem mais polido, afirmando ser natural a divergência interna. " Eu fui companheiro de Ministério de Marina. Sei que ela vai ponderar isto no momento oportuno " .

Sobre possíveis divergências partidárias - há quem alegue que Marina disputa espaço político estadual com os irmãos Jorge e Tião Viana, respectivamente ex-governador e atual senador acreanos pelo PT -, Berzoini afirmou que os embates internos são uma característica marcante no partido. " Sabemos que esta é uma realidade em qualquer legenda. O PT tem o costume de expor mais estas divergências, mas não vejo nada que justifique um pedido de desfiliação de Marina " .

A senadora não se manifestou sobre o assunto. Ela viajou a São Paulo para participar da abertura do Congresso da CUT. Por intermédio da assessoria, contudo, veio apenas a confirmação do encontro com a Executiva Nacional do PV, na quarta-feira passada e a informação de que ela " avalia convite feito pelo partido aliado " . Não existe definição de quando a senadora acreana responderá, mas, pelo cronograma eleitoral, se ela quiser mudar de legenda para disputar em 2010 terá que fazê-lo até o início de outubro.

(Paulo de Tarso Lyra Valor Econômico)

Kassab quer pagar extra de 100% a PM para evitar 'bico'

O prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) enviou ontem à Câmara Municipal um novo texto que cria gratificações de até 100% sobre o salário de oficiais da Polícia Militar (PM) que trabalham em batalhões da capital paulista. A gratificação via município para um servidor estadual da corporação já é adotada em São Caetano, no interior paulista, e vale somente para os profissionais ativos. O governo defende que o bônus poderá acabar com os "bicos" realizados por policiais fora do horário de trabalho para aumentar seus vencimentos.


Pelo projeto, a gratificação de 100% será aplicada para as seguintes patentes: coronel, tenente-coronel, major, capitão, 1º tenente e 2º tenente. O índice de até 70% poderá incidir sobre os vencimentos de subtenente, 1º sargento, 2º sargento, 3º sargento, cabo e soldado.

De acordo com uma pesquisa de 2007 da Associação de Cabos e Soldados, 80% dos 70 mil policiais do Estado - ou 56 mil PMs - faziam serviço extra para complementar o salário. Na capital, conforme cruzamento de dados de escala de trabalho, remuneração e o relato de funcionários da PM, havia três vezes mais policiais fazendo bico do que no patrulhamento de rua. No projeto, o governo municipal não fez uma estimativa do impacto que as gratificações podem causar no orçamento. Se a proposta for aprovada pelo Legislativo, um decreto da Prefeitura terá de regulamentar como serão feitos os pagamentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com medo de Lula PT diz que não assinará nota da oposição contra Sarney

O líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), disse à Agência Estado que a bancada de senadores do PT não endossará a proposta feita pela oposição de assinar uma nota conjunta pedindo o afastamento de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado. Segundo Mercadante, "não há identificação" para o PT assinar uma proposta feita pelo PSDB e pelo DEM, embora a posição da bancada petista seja pelo afastamento temporário de Sarney do comando do Senado. "O PT mantém sua postura, defendemos a licença do presidente Sarney como ato de grandeza. Mas não há identidade entre o PT e a oposição para assinarmos uma nota juntos", disse o líder petista.


Mercadante explicou que fez questão de participar da reunião de hoje de manhã com os líderes do DEM, PSDB, PDT e PSB, para "reverter o clima de guerra, de confronto, e restabelecer o debate", mas acrescentou que sua presença no encontro não o obriga a fechar um acordo com a oposição. Durante a reunião entre os líderes dos partidos, a oposição defendeu a unidade de todos para pressionarem Sarney a renunciar à presidência do Senado. Como a proposta não foi aceita pelo PT e pelo PSB, os líderes da oposição sugeriram que o pedido de renúncia fosse substituído por uma sugestão de afastamento temporário.

Ainda assim, Mercadante e o senador do PSB Renato Casagrande (ES) pediram um tempo para consultar suas bancadas antes de dar o aval à nota. O senador Antônio Carlos Valadares (SE), líder do PSB, disse à Agência Estado que foi procurado pelo líder petista e que, "de comum acordo", decidiram não assinar a nota.

De acordo com Valadares, os senadores da base aliada ao governo que defendem a licença de Sarney do comando do Senado tentarão fazer valer sua posição no Conselho de Ética, onde Sarney responde a 11 ações, inclusive acusado de quebra de decoro parlamentar. "O discurso deve ser levado para o Conselho de Ética. Radicalizar os discursos em plenário não resolverá a crise", disse Valadares.
Agência Estado

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cinco partidos devem pedir afastamento de Sarney


Senadores do DEM, PT, PSDB, PDT e PSB que defendem o afastamento de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado reagiram à ofensiva promovida pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Fernando Collor (PTB-DF) e pretendem unir forças para obrigar o Sarney a se afastar da presidência do Senado. Em reunião que terminou no começo da tarde os líderes desses partidos decidiram pressionar pela saída de Sarney do comando do Senado - desta vez, não em discursos individuais, mas por meio de nota, assinada pelas cinco legendas, que o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), apelidou de "frente pela dignidade do Senado". O fechamento do acordo depende ainda do consentimento do senador Antonio Carlos Valladares (PSB-SE) e de uma decisão do líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), que deverá consultar a bancada.


Ontem, Collor e Calheiros engrossaram o discurso em defesa a Sarney e trocaram acusações com o senador Pedro Simon (PMDB-RS), quando o parlamentar gaúcho pediu a renúncia de Sarney do comando da Casa. Calheiros disse que Simon acusava José Sarney porque era ressentido por não ter sido indicado pelo PMDB para ser vice-presidente na chapa de Tancredo Neves, em 1984, quando Sarney foi indicado em seu lugar. Collor chegou a pedir que Simon "engolisse as palavras", quando o gaúcho citou um evento de sua trajetória política.

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), disse que a atitude dos senadores que apoiam Sarney foi "condenável". "O Brasil merece o respeito à figura do senador Pedro Simon", disse Guerra. "Não ameaçamos ninguém, e não aceitamos ameaça de ninguém. Isso não é conversa de democrata, é conversa de mafioso". Na avaliação de Arthur Virgílio (AM) a "radicalização" dos discursos de Calheiros e Collor, ontem, em plenário, "foi um tiro no pé". "Foi um grande tiro pela culatra, não podia ter sido um tiro mais certeiro no pé. A opinião pública toda assistiu e percebeu que era a briga entre os 'the bads' e os 'the goods'".

Agência Estado