AUTOATENDIMENTO

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Grupo de intelectuais lança Plínio Sampaio para Presidência




Haroldo Ceravolo Sereza
Do UOL Notícias
Em São Paulo


Um grupo de intelectuais lança, neste sábado, um manifesto criticando a polarização PT-PSDB, a senadora Marina Silva (PV) e apoiando o nome de Plínio de Arruda Sampaio para o cargo de presidente da República.

"A classe trabalhadora não pode ficar refém da falsa polarização entre a candidatura do governo Lula versus a do bloco PSDB/DEM, pois, com pequenas diferenças, seus programas têm por mote a salvação do capital diante da crise e ataques à classe trabalhadora", diz o texto "Construir um projeto socialista para o Brasil".


Além disto, o texto lembra a presença de Zequinha Sarney, deputado federal pelo Maranhão e filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB) na direção do PV.

Assinam o manifesto o geógrafo Aziz Ab'Sáber, o crítico literário Alfredo Bosi, o geógrafo Ariovaldo Umbelino, d. Tomás Balduíno, bispo emérito de Goiás Velho e fundador da CPT (Comissão Pastoral da Terra), e a socióloga Heloísa Fernandes, professora da USP e colaboradora da Escola Nacional Florestan Fernandes (ligada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra), entre outros nomes.

O lançamento da pré-candidatura de Plínio é decorrência, em boa medida, da tentativa frustrada do PSOL de fazer a ex-senadora e hoje vereadora por Maceió Heloísa Helena a disputar o cargo.

Heloísa, que em 2006 disputou a Presidência, é o nome com maior densidade eleitoral do partido. Na mais recente pesquisa realizada pelo Datafolha, ela alcançou 12% das intenções de voto. Mas sua prioridade, no momento, é outra: voltar ao Senado por Alagoas.


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Durante o Congresso do PSOL em agosto, quase todas as correntes defendiam o nome de Heloísa Helena para presidente, mas ela resistiu a assumir a candidatura e deu declarações favoráveis a entendimentos com Marina.

A corrente vitoriosa no encontro, ligada ao deputado federal Ivan Valente (SP), defendia o nome de Heloísa, que foi reconduzida à presidência do partido, mas que apoiou o grupo da deputada federal Luciana Genro (RS), derrotado.

O manifesto dos intelectuais, que inclui nomes não ligados ao PSOL, busca fortalecer o nome de Plínio, que já disputou o governo de São Paulo duas vezes (pelo PT em 1990 e pelo PSOL em 2006).

O manifesto afirma ainda que a crise econômica mundial coloca desafios que não poderão ser enfrentados "se não houver articulação entre os partidos de esquerda anticapitalistas, os movimentos sociais anti-sistêmicos, os sindicatos autônomos e classistas e a juventude engajada na luta política e cultural". Leia a íntegra e a lista de apoiadores
Texto defende "um projeto socialista para o Brasil"

O texto também avalia que a pré-candidatura de Plínio possui "enorme potencial de aglutinação de forças políticas e sociais, avanço no debate programático e acúmulo estratégico na direção de um projeto socialista para o Brasil".

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