Lais Lis, do R7 em Brasília
Sala na gráfica onde prova foi furtada foi aberta sem que o ministério tivesse conhecimento, diz Fernando Haddad; empresa pertence ao grupo Folha
O plano de segurança que havia sido traçado para a impressão do Enem foi mudado sem conhecimento do Inep (órgão federal responsável pela prova), disse hoje o ministro da Educação, Fernando Haddad. Ele participou de uma audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, na manhã desta quarta-feira (14).
Segundo o ministro, uma sala foi aberta na gráfica Plural, em São Paulo, para que o Enem fosse manuseado e embalado sem que o órgão federal soubesse. O novo ambiente não não era seguro, afirmou Haddad:
- Após o episódio, tomamos conhecimento da abertura de um ambiente sem segurança. Tudo indica que foi nesse local que ocorreu o delito. (...) Segundo servidores, o Inep nem sabia da existência desse ambiente.
A decisão de abrir a sala foi do Connasel, consórcio que havia sido contratado para cuidar da logística, impressão e segurança da prova, de acordo com o ministro. A prova teria sido furtada do local por Felipe Pradella, Felipe Ribeiro e Marcelo Senna, funcionários temporários contratados pelo consórcio - eles foram indiciados pela Polícia Federal.
O Connasel foi responsável por contratar os funcionários para embalar os exames. A prova, inicialmente, deveria ser enviada ao Rio para ser embalada, mas esse plano foi alterado de última hora.
Não havia fiscalização em tempo integral para o que ocorria nesta sala, diz Haddad. A PF está concluindo a investigação criminal, mas o ministro afirma que o Inep está fazendo a investigação administrativa. Com isso, será possível apontar responsáveis pelo vazamento, que deverão pagar pelos prejuízos.
A gráfica Plural, resultado de uma parceria entre o grupo Folha e a Quad/Graphics USA, foi procurada mas ainda não se pronunciou.
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