Taís Fuoco
SÃO PAULO (Reuters) - A Oi, que concluiu em janeiro a compra da Brasil Telecom, começa a vender celular pré-pago a partir de sexta-feira na região da empresa adquirida.
A marca Brasil Telecom deixará de existir oficialmente em 17 de maio, mas a linha de produtos da Oi chega na região paulatinamente, até setembro, explicou a companhia nesta quinta-feira, 23. Depois do pré-pago, virão celular pós-pago, banda larga e telefonia fixa.
Sempre que um produto Oi for lançado na região, a Brasil Telecom deixará de vender o item equivalente. "O objetivo é fazer o lançamento em fases, até para não confundir o cliente", explicou o diretor de mercado da Oi, João Silveira, em teleconferência com os jornalistas.
Com o lançamento do serviço pré-pago, a Oi completa operação nacional na telefonia móvel. Em um mês, sua expectativa é conquistar 1 milhão de clientes na área da Brasil Telecom.
De acordo com o executivo, tipicamente, do volume conquistado, 60 por cento vêm de outras operadoras e os demais 40 por cento são novos assinantes de celular. Na região da Brasil Telecom ele também espera essa proporção.
A exemplo do que fez quando estreou em São Paulo, no ano passado, a oferta da Oi inclui bônus diário de 20 reais, ou 600 reais por mês, a partir de uma recarga mínima (1 real).
A Brasil Telecom tem algo como 6 milhões de clientes de telefone móvel, perto de 8 milhões de linhas fixas e 2 milhões de assinantes de banda larga.
R$1 BI PARA AMPLIAR COBERTURA
Para garantir a infraestrutura de rede aos novos clientes que espera conquistar, a Oi vai reforçar o número de estações radiobase na região da Brasil Telecom, que inclui 10 Estados nas regiões Centro-Oeste, Norte e Sul e o Distrito Federal.
Dos 2 bilhões de reais que pretende investir este ano na telefonia móvel, a Oi reservou metade --1 bilhão de reais-- para reforçar a cobertura da Brasil Telecom, de acordo com Silveira.
Só na região Sul, disse ele, "a cobertura vai ser ampliada em 35 por cento". O mesmo vai ser feito em outras área em que a companhia perceber "lacunas" de cobertura, afirmou.
Silveira preferiu não fazer estimativas de conquista de novos clientes, mas ressaltou que a intenção é alcançar a mesma participação de mercado que a Oi tem hoje em sua área original. "Temos certeza de que vamos conquistar o mesmo patamar de market share da região I, que é de 30, 31 por cento", afirmou.
MARCAS DISTINTAS NA INTERNET
Por exigência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Oi só não poderá unificar a marca das duas companhias na Internet.
Por isso, o provedor iG, que pertencia à Brasil Telecom, será mantido, assim como o provedor da Oi. "Manteremos não só as duas marcas, mas as duas operações em separado conforme o acordo com o Cade", reiterou Silveira.
(Edição de Alberto Alerigi Jr.)
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