Em vez de derrubar a mata para criar gado, muitos seringueiros arriscam a sorte nas áreas urbanas. Em Xapuri, a parte mais pobre da cidade é separada por um rio. O bairro da periferia é conhecido pelo nome do seringal que antes lá existia: Sibéria, região para onde ia a borracha local produzida durante a Primeira Guerra Mundial. A comunidade é formada por ex-seringueiros e sofre com a falta de condições básicas, como esgoto.
150 a 200 árvores têm uma “estrada” de seringueiras. O trabalhador leva cerca de 4 horas só para fazer os cortes e depois tem que passar recolhendo o látex.
4,10 reais é o que paga a Natex pelo litro de látex. Segundo a fábrica, a maioria das famílias consegue tirar 2 salários mínimos com a produção.
75 centavos é o que seringueiros que estão distantes ou não conseguiram se cadastrar chegam a receber por quilo de borracha coagulada. Apenas 10% vende para a fábrica.
7 reais é o que seringueiros conseguiram por uma lata de 10 quilos de castanha em março de 2009. Com a crise, o preço despencou. Em 2008, a lata custava quase R$ 20.
150 reais por mês era a renda da maioria dos habitantes do bairro Sibéria, segundo estimativa da associação de moradores local em maio de 2008.
Fonte e autor: Folha Universal On-line
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