AUTOATENDIMENTO

quinta-feira, 9 de abril de 2009

MEC propõe datas para novo ENEM

Dias 3 e 4 de outubro são as datas sugeridas

Francisco Leali e Demétrio Weber

BRASÍLIA - O Ministério da Educação (MEC) propôs às universidades federais que o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), teste que poderá substituir os vestibulares, seja realizado nos dias 3 e 4 de outubro, um sábado e um domingo. Nas instituições que aderirem ao sistema, os candidatos deverão inicialmente fazer inscrição em até cinco cursos da mesma universidade ou de outras. Mas terão liberdade para fazer novas escolhas, caso a nota no exame não seja suficiente para garantir vagas opções iniciais.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira, pelo ministro Fernando Haddad. Ele comentou o termo de referência encaminhado ontem à noite à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), entidade que reúne 58 reitores. O ministro voltará a discutir o assunto com a Andifes na semana que vem e espera uma resposta das universidades até o fim do mês.

Ele explicou que haverá duas modalidades de participação no novo Enem: na primeira, semelhante ao que já ocorre com o atual Enem, o exame poderá contar pontos ou substituir a primeira fase no vestibular de cada universidade; na segunda, que exigirá a adesão da universidade, o novo teste substituirá integralmente o vestibular e ficará responsável pelo processamento de dados referentes à seleção dos estudantes.

Nas universidades que aderirem, a inscrição dos candidatos será feita pela internet, após a divulgação dos resultados do novo Enem. Com as notas em mãos, todos poderão verificar se sua pontuação é alta o suficiente para ficar com a vaga. Ao perceber que as vagas já foram preenchidas por candidatos com notas mais altas, o estudante poderá escolher novo curso. O período para trocas deverá durar cerca de duas semanas.

- Até o último segundo de inscrição, ele pode alterar as suas opções - disse Haddad.
Na proposta do MEC, cada universidade terá liberdade para definir pesos diferenciados a cada item da prova: língua portuguesa e estrangeira; redação; matemática; ciências humanas; e ciências naturais. O novo sistema também será capaz de levar em conta, a pedido de cada instituição, critérios relativos a ações afirmativas, como cotas raciais ou sociais.

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