AUTOATENDIMENTO

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Lula defende uso livre da Internet

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje o uso livre da Internet em campanhas eleitorais, um dos principais temas da reforma eleitoral em discussão no Senado. "Seria impossível imaginar que você vai controlar a Internet (nas campanhas). O que é importante é seguir um critério, não permitir determinadas coisas na Internet. Eu assisti à CPI da Pedofilia e o que precisa, ao invés de proibir, é responsabilizar quem usa a Internet", afirmou o presidente em entrevista que durou uma hora às rádios locais de Boa Vista.

Para Lula, é necessário manter a liberdade de expressão e comunicação. "Eu já fui muito vítima disso, então vamos dar aos internautas o direito de descobrir mais coisas e a vantagem do Brasil é que este País tem mais democracia do que a maioria dos países", disse.
Reserva indígena - Lula esteve na capital de Roraima pela primeira vez como presidente। A comitiva presidencial foi recebida por cerca de 50 arrozeiros inconformados com a demarcação da reserva indígena da Raposa Serra do Sol. A manifestação foi dispersada pela Polícia Federal, que foi atacada com ovos e chutes. Lula não viu o protesto.

Ainda na entrevista às rádios, Lula disse que a demarcação não é para ser discutida, mas cumprida. "Há uma decisão da Suprema Corte que diz o que é para fazer nessas terras. Não depende dos ministros, não depende do presidente da República. A gente cumpre e acabou".
"Depois da demarcação da Raposa Serra do Sol, se tiver outra área que tiver de ser demarcada, vamos demarcar। O que precisa é desenvolver Roraima porque a área não demarcada é equivalente ao Estado de Sergipe".

Bloco - O presidente também reafirmou seu desejo de ver a Venezuela como integrante do Mercosul। "Acho que tem um equívoco de gente que pensa que a Venezuela não deve entrar no Mercosul. Não só porque a Venezuela é parceira do Brasil, mas porque a Venezuela é um país forte e precisamos de um grande bloco financeiro no continente."

Lula antecipou que em setembro foram criados 150 mil empregos no País, o que para ele demonstra que o Brasil "sentiu pouco" a crise econômica mundial. "O Brasil foi o último a entrar e o primeiro a sair dessa crise".
O Tribunal de Justiça do Acre realizará entre os dias 14 e 18 de setembro, 400 audiências de conciliação, envolvendo nove Comarcas do Estado: Rio Branco, Bujari, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Feijó, Mâncio Lima, Sena Madureira, Tarauacá e Xapuri. Essas audiências tentarão solucionar conflitos relacionados a processos distribuídos até 31 de dezembro de 2005, que é a Meta 2, uma das dez metas estabelecidas para o Judiciário brasileiro alcançar este ano.

Marina Silva fala sobre possível candidatura ao El País

A senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva ainda não confirma sua possível candidatura à presidência nas eleições de 2010, mas em entrevista concedida ao jornal espanhol El País, ela afirmou que, se disputar, pretende ir pelo menos para o segundo turno.

Questionada com relação a quem daria seus votos no segundo turno - se ao candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou à oposição -, Marina respondeu: "Não posso falar como candidata, mas acredito que o debate deve ser sobre ideias e que deve prevalecer a ética. Eu jamais mentiria sobre a honra de alguém para vencer uma eleição. De um ponto de vista político, creio que, se eu me candidatar, será com a aspiração de chegar ao segundo turno", respondeu.
Na entrevista, disponível na página do El País na internet, Marina Silva defendeu a preservação dos ganhos conquistados nos últimos 16 anos pelo Brasil, desde "o equilíbrio fiscal e a estabilização da moeda à grande inovação introduzida por Lula, que foi a distribuição de renda".
Sobre sua especialidade, a questão ambiental, Marina declarou que "a Amazônia não é um santuário inviolável" e o objetivo deveria ser aliar preservação do ambiente e desenvolvimento econômico।

"O problema de assumir a economia sustentável como estratégia é algo complicado e não existe até hoje em lugar nenhum do mundo. Nenhum partido assume completamente (essa bandeira). O que eu e o Partido Verde estamos fazendo é inovador e não podemos satanizar os outros por não o terem feito ainda", observou. Ainda assim, defendeu Marina, "é possível para o Brasil dar esse passo".

sábado, 12 de setembro de 2009

Acadêmica de jornalismo entrevista Bocalom, pré-candidato ao Governo do Acre

A acadêmica de jornalismo do Instituto de Ensino Superior do Acre - Iesacre - Maria Otacília de Freitas Ribeiro entrevista o pré-candidato a governador do Acre, Tião Bocalom. Aperte o play e confira conteúdo em áudio.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

11 de setembro: um minuto de silêncio pelas vítimas de atentado



WASHINGTON, EUA (AFP) - O presidente Barack Obama encabeçou nesta sexta-feira um minuto de silêncio para recordar as quase 3.000 vítimas dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, em seu oitavo aniversário.



Exatamente às 8H46 locais (9h46 de Brasília), a hora em que o primeiro avião sequestrado por militantes da rede terrorista Al-Qaeda bateu contra uma das duas Torres Gêmeas do World Trade Center, Obama e sua esposa Michelle observaram um minuto de silêncio na Casa Branca.
Todo o país recordou as vítimas dos atentados contra as Torres Gêmeas, o Pentágono e um quarto avião que caiu na Pensilvânia.


Junto ao memorial das vítimas que morreram no Pentágono, Obama afirmou que os Estados Unidos jamais cederão em sua luta contra a Al-Qaeda e que mesmo o passar dos anos não aliviam a dor pelos ataques de 11 de setembro de 2001.


"O passar do tempo não consegue diminuir a dor e perda daquele dia", afirmou.
No Marco Zero de Nova York, onde estavam localizadas as torres, voluntários leram os nomes das 2.752 pessoas mortas no pior ataque terrorista da história.


"Jamais esqueceremos as imagens dos aviões se chocando contra os edifícios, da fumaça saindo das ruas de Manhattan, das fotos dos desaparecidos nas mãos de seus familiares", destacou o presidente em uma carta aos nova-iorquinos.


"Jamais esqueceremos a raiva e a dor que sentimos", acrescentou.
"Hoje, mais uma vez, os nomes daqueles que morreram serão lidos por seus familiares", afirmou, por sua parte, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, ao iniciar a cerimônia no sul de Manhattan, sob chuva.

Helicóptero com suposta 'estrela do PT' inicia operações

Teve início hoje a operação do helicóptero que para o procurador da República, Ricardo Gralha, possui uma estrela vermelha que representa favorecimento ao Partido dos Trabalhadores (PT)


Na imagem divulgada pela Agência de Notícias do Acre percebe-se que, proporcionalmente, a estrela do helicóptero é maior do que a estrela da bandeira, como indica o MPF


Comandantes das regionais e delegados de Rio Branco participam de sobrevoos para conhecer melhor as áreas de atuação

Desde que foi entregue oficialmente pelo Governador Binho Marques para reforço das políticas de segurança e cidadania no Acre, no encerramento do desfile de 7 de setembro, o helicóptero Esquilo AS 350 Comandante João Donato já executa as primeiras ações na capital.


No início desta semana começou o treinamento dos três oficiais acreanos - o major Albuquerque, Capitão Clayton e o capitão Negreiros como pilotos, e 12 militares e policiais civis como tripulantes, todos em treinamento por pilotos oficiais da Força Nacional de Segurança.


Ao mesmo tempo, os comandantes e delegados da capital que atuam nas 5 diferentes regionais de segurança pública de Rio Branco participaram dos sobrevoos para ter uma melhor visão das áreas onde atuam.


De acordo com a Secretária de Segurança, Márcia Regina, esta é uma forma de aprimorar as estratégias de policiamento e otimização do emprego das viaturas nos bairros da capital. "Nós não podemos desenvolver as mesmas ações na 1ª regional na 2ª, ou vice-versa, assim como nas demais. Rio Branco mudou muito sua dinâmica territorial, econômica e social nos últimos anos. Hoje, temos mais população na área urbana do que na área rural, por exemplo. E os sobrevoos permitem uma visão melhor dos territórios.


Agora, com a entrega de novos equipamentos e viaturas para reforçar a segurança em cada regional, é importante que os comandantes e delegados conheçam as áreas para otimizar essa atuação e realizar o melhor policiamento, atendendo com maior eficiência a comunidade".


Em um sobrevoo na manhã desta sexta-feira, 11, o Tenente Coronel Paladino, Comandante do 3º Batalhão, sobrevoou ao lado da Delegada de Polícia Civil Wânia Lilian, alguns trechos da capital. Do alto do helicóptero, é possível avistar cada rua e suas residências com precisão. E com uma velocidade que pode atingir até 246 km/h, pode-se chegar de uma ponta à outra da cidade em questão de minutos. O helicóptero possui um contato direto com o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), para acionar o patrulhamento ou ajudar em ocorrências.

"A aquisição do helicóptero por parte do Governo do Estado é de fundamental importância para as atividades ligadas à Segurança Pública, porque proporciona um planejmanento com mais eficiência e eficácia as atividades de policiamento. E é importante também essa participação de todos: do comando da Polícia Militar, assim como o Comando da Polícia Civil, para que nós possamos fortalecer ações e operações cada vez mais integradas", afirma o Tenente Coronel Paladino.


Para a delegada Wânia Lilian, o equipamento veio em boa hora. "Já fizemos dois sobrevoos até agora e pudemos constatar como ele é útil. Dentro dele temos uma visibilidade muito além da que a gente tem no chão, para identificar, por exemplo, as rotas de fuga dos infratores".
Neste primeiro momento, os sobrevoos estão sendo realizados na capital, mas a previsão é de que em breve o mesmo trabalho seja feito com os comandantes das demais regionais do Acre, em todo o território estadual.


Agência de Notícias do Acre

Texto adaptado


Leia também:

MPF diz que Governo do Acre ataca a imagem pessoal de agentes públicos

Governo diz que não vai retirar estrela, que está na bandeira do estado

Procon lança Cadastro de Reclamações Fundamentadas

Annie Manuela

Empresas de telefonia e de fornecimento de energia estão no ranking das mais reclamdas pelos consumidores

A diretora estadual do Procon/AC, Francis Mary, e o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Henrique Corinto, divulgaram nesta sexta-feira, 11, na sala de vídeo do SESC, o Cadastro de Reclamações Fundamentadas de 2009. O documento é composto pelo registro das empresas mais reclamadas no período de setembro de 2008 a agosto de 2009 com o total de 2.906 reclamações.

A divulgação anual do cadastro é prevista pelo artigo 44 do Código de Defesa do Consumidor e deve ser realizada simultaneamente por todos os Estados da Federação. O ranking composto pelos fornecedores de produtos e serviços Sony Ericsson; Oi - Fixo; Eletroacre; SAERB; Claro; Oi - Celular; Banco Pine; Nokia; Finivest e Tim - Celular foram os dez primeiros colocados na lista do Cadastro de Reclamações Fundamentadas de 2009.

O cadastro também conta com listas mais detalhadas do ranking de cada setor, como: assuntos financeiros; produtos; serviços essenciais; saúde; habitação e serviços privados.

Os dados ajudarão os cidadãos a atestar a qualidade dos bens que são oferecidos e se prevenir contra empresas que estão inseridas no cadastro. Para mais informações, acesse o site do PROCON/AC www.procon.ac.gv.br.

Cursos de Letras e Pedagogia da Ufac/Juruá estão entre os melhores do país

Flaviano Schneider

Mais de 90% dos alunos da instituição provêm de escolas públicas, provando os resultados dos investimentos feitos pelo Governo do Estado no setor

Os cursos de Pedagogia e Letras da Universidade Federal do Acre em Cruzeiro do Sul tiveram ótimos resultados no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) que avalia a formação de estudantes de nível superior.

Eles obtiveram a nota 4 num certame em que a nota máxima é 5. O exame, realizado no ano passado, avaliou 7.329 cursos em 30 áreas em todo o país. Mais de um terço dos cursos analisados obtiveram desempenho insatisfatório (notas 1 ou 2).


Para o coordenador em exercício do curso de Letras, Mauro Uchoa e a coordenadora do curso de Pedagogia, Ete Feitosa, o resultado do exame tem um grande significado para a região do Juruá, pois mostra que a universidade está colocando no mercado de trabalho pessoas competentes, na maioria professores, que ajudam a promover a melhoria do ensino, tanto do Médio quanto do Fundamental.


Um total de 69 alunos de Letras e 101 de Pedagogia participaram do Enade. O curso de Letras/Português existe em Cruzeiro do Sul desde 1989; em 1992 surgiu o Letras/ Inglês e, finalmente, em 2008 o Letras/Espanhol. Atualmente os três cursos têm 189 alunos. O curso de Pedagogia tem 17 anos de existência e já formou 14 turmas, mais de 400 professores, muitos deles atuantes no magistério na região.


O curso de Letras chegou a estar ameaçado de fechar as portas poucos anos atrás, devido aos maus resultados obtidos no ‘Provão' (exame anterior ao Enade) e à infraestrutura deficiente. A volta por cima no Enade/2008, encheu de orgulho a equipe de professores e aponta que o Ensino Superior no Juruá está em franca evolução.


Qualificação dos professores
Para Ete Feitosa o sucesso dos cursos no Enade deve-se à qualificação dos professores, que vem melhorando ano a ano e ao empenho dos estudantes, que passaram a demonstrar maior interesse em participar do exame. Em anos anteriores não havia empenho e houve um movimento de conscientização que surtiu efeito. Outro ponto que ela considera importante foi o trabalho desenvolvido pelos professores e alunos na preparação para o Enade - "com atividades fora do horário escolar" - frisou a cordenadora.


O coordenador Mauro atribui o sucesso da Ufac/Juruá a um conjunto de ações desenvolvidas pela instituição especialmente a partir de 2006. Ele lembra que na época do ‘Provão', as notas dos dois cursos não eram boas mas então começaram os investimentos na infraestrutura, na qualificação dos professores e aquisição de novos livros para a biblioteca.


Ele chama a atenção também em relação ao empenho dos alunos do vale do Juruá. "Estamos orgulhosos de nossos alunos. Eles realmente entram no curso de Letras objetivando uma melhor formação e o desenvolvimento da região", disse.


Mauro destaca ainda o empenho dos professores em se qualificar: "Os nossos professores estão empenhados em se qualificar e assim melhorar o nível do curso e os alunos querem cada vez mais uma melhor formação. O curso de Letras começou com professores graduados e hoje temos doutores no nosso quadro; a maioria dos professores são mestrandos e aqueles que são apenas graduados têm título de especialista ou estão batalhando a pós-graduação".


A transformação da Ufac do Juruá em Ufac/Floresta, projeto defendido e apoiado pelo Governo do Estado, também repercutiu favoravelmente no ambiente geral. Em 2006 começaram os novos cursos: Engenharia Florestal, Ciências Biológicas e Enfermagem e em 2008 os cursos de Letras-Espanhol, Ciências Biológicas e Educação Superior Indígena. Em 2007, foi inaugurado o novo campus e asfaltada a estrada que leva a ele.


A nova Ufac em Cruzeiro do Sul é o paraíso dos estudantes oriundos de escolas públicas, condição de mais de 90% deles. O número de alunos que ingressam na universidade é motivo de uma saudável disputa entre as três escolas de Ensino Médio de Cruzeiro do Sul: Escolas Dom Henrique Ruth, Craveiro Costa e Flodoardo Cabral. E mostra o resultado positivo dos investimentos em educação realizados pelo Governo do Estado nos últimos anos.

Agência de Notícias do Acre

Pela imediata privatização da revista Veja


Altamiro Borges - Blog do Miro


Numa conversa descontraída no aeroporto de Brasília, o irreverente Sérgio Amadeu, professor da Faculdade Cásper Libero e uma das maiores autoridades brasileiras em internet, deu uma idéia brilhante. Propôs o início imediato de uma campanha nacional pela privatização da Veja. Afinal, a poderosa Editora Abril, que publica a revista semanal preferida das elites colonizadas, sempre pregou a redução do papel do Estado, mas vive surrupiando os cofres públicos.

“Se não fossem os subsídios e a publicidade oficial, as revistas da Abril iriam à falência”, prognosticou Serginho.




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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

TVs devem obedecer classificação e fuso horário, diz STJ


da Folha Online


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Senado muda fuso horário brasileiro para atender à Globo


O STJ decidiu nesta quinta-feira, de forma unânime, que as emissoras terão de obedecer a classificação etária de programas de acordo com o fuso horário de cada Estado, informa a coluna Ooops!, do UOL.

Ainda cabe recurso e as emissoras devem recorrer, mas a decisão, que certamente vai irritar e causar dor de cabeça operacional à maioria das TV's abertas, entra em vigor assim que for publicada no "Diário Oficial" (provavelmente na segunda-feira).

Para entender a decisão: hoje a Globo exibe uma novela classificada como imprópria para antes das 21h, ao mesmo tempo, em São Paulo e no Acre. Só que em Rio Branco ainda são 20h --o que fere a classificação etária. A decisão do Superior Tribunal de Justiça põe fim a essa prática.

Cada TV terá de adequar a classificação de seus programas a cada região do país, não importa o lugar. As emissoras rebatem e afirmam que, além de complicar, isso também encarece a operação de transmissão.

Lula dá a entender que Marina representa a continuidade do seu governo

JB Online

RIO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu, em entrevista à rádio Verdes Mares AM, em Fortaleza (CE), que a pré-candidata à Presidência da República pelo PV, Marina Silva, representa a continuidade de seu governo. Lula confessou que a eleição vai ser disputada, mas destacou Marina, Ciro Gomes e Dilma Roussef, como representantes de um momento rico na política brasileira.

- Se a disputa se der entre Ciro (Gomes, PSB) e Dilma, se a disputa der entre Marina (Silva, PV), Dilma e Ciro, eu acho que já é um avanço extraordinário para o Brasil. O que nós precisamos é fazer o povo brasileiro compreender que você não pode arriscar a votar em alguém que não dê continuidade às coisas que estão sendo feitas neste País - justificou Lula.

Marina Silva foi uma das fundadoras do PT, partido no qual se filiou em 1986. Depois de ser vereadora, senadora, deputada estadual, virou Ministra do Meio Ambiente no governo Lula, em 2003. Como ministra, entrou em conflito com os governadores de Mato Grosso e de Rondônia, além de ter enfrentado divergências com a Chefe da Casa Civil, Dilma Roussef. Por não conseguir sustentar sua bandeira ambiental, Marina pediu demissão em 2008. Após um ano de lutas internas no PT, em agosto de 2009, resolveu sair do partido e se filiou ao Partido Verde (PV).

Lula disse que a ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT, Dilma Roussef, deverá escolher quem será seu vice. Apesar da disputa, o presidente apostou na base do governo como vitoriosa:

- Eu confesso que vai ser uma eleição disputada. Acho que nós vamos disputar as eleições em um momento muito bom e eu penso que a base do governo vai ganhar as eleições - apostou.

Marina questiona rapidez em acordo com França

WILSON TOSTA - Agência Estado

RIO - Virtual candidata do PV à Presidência da República, a senadora Marina Silva (AC) criticou hoje a aprovação, segundo ela sem debate, pelo Congresso Nacional, do acordo pelo qual o Brasil comprou da França helicópteros e submarinos, em negociação feita pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy.
A parlamentar afirmou que o acerto com os franceses "entrou como (projeto) extra pauta" no Legislativo e foi aprovado "de força açodada. "Uma coisa como essa não se faz dessa forma", declarou.
Marina evitou, contudo, criticar diretamente o conteúdo dos contratos, que resultarão no aumento do poderio militar brasileiro, inclusive com a construção de um submarino a propulsão nuclear - tabu para os partidos verdes de todo o mundo."Olha, não diria que a gente possa fazer um julgamento a priori", disse a senadora, após cerimônia de lançamento do material de divulgação da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010, aos pés do Cristo Redentor.
"Obviamente, existem as prioridades, existe um olhar estratégico para as necessidades do País, que podem ser atendidas nas diferentes áreas. O problema é quando essa hierarquização não é feita de forma transparente, com as pessoas sabendo exatamente o que foi feito." Para ela, "há que ter transparência".
"Se há possibilidade de ser entendido pela sociedade, se faz o julgamento. Infelizmente, sequer o debate houve."Marina elogiou o crescimento do investimento social federal - de R$ 8 bilhões para R$ 30 bilhões a mais por ano, durante o atual governo em relação ao anterior -, mas ressaltou que o desafio é "tirar as pessoas da dependência" e colocá-las "na inclusão produtiva". "A economia do século 21 precisará de investimentos.
E ela combinará três coisas: a melhoria da vida das pessoas, preservação dos recursos naturais e a geração de oportunidades de vida para a maioria da população do planeta", pregou.
A Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010, com apoio das Igrejas Católica, Ortodoxa e denominações protestantes, tem como tema "Economia e Vida", e como lema "Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro" (Matheus, 6, 24).
O texto-base tem críticas aos problemas sociais brasileiros, à falta de assistência aos pobres e às igrejas que têm como prioridade arrecadar recursos dos fiéis.
A campanha será lançada na Quarta-Feira de Cinzas.Candidatura - Apesar de abraçada por eleitores que a estimulavam a concorrer à Presidência, a senadora voltou a dizer que só decidirá se concorrerá à Presidência em 2010.
Ela criticou a antecipação da campanha eleitoral, que, afirmou, causa problemas à administração pública. Mais cedo, Marina participara de almoço na casa do empresário João Augusto Fortes, na Fonte da Saudade, na zona sul do Rio, com cerca de 30 pessoas, entre elas a atriz Letícia Sabatella e o ex-ministro da Cultura Gilberto Gil. Gil reafirmou seu apoio à candidatura da senadora.

Votação da reforma eleitoral fica para próxima semana


Ficou para a próxima semana, provavelmente terça-feira, a conclusão da votação da proposta que altera a legislação eleitoral. O objetivo é aprová-la agora de modo a entrar em vigor já em 2010.

Inicialmente, os senadores tinham previsto concluir a votação na manhã de hoje, o que não ocorreu porque o plenário do Senado já estava reservado para sessão em homenagem à Associação dos Magistrados Brasileiros. A sessão foi remarcada para esta tarde, mas nenhum dos relatores da proposta - Marco Maciel (DEM-PE) e Eduardo Azeredo (PSDB-MG) - compareceram ao plenário para dar continuidade à votação.

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) responsabilizou o presidente do Senado pela não conclusão da votação. É que na sessão de ontem, Sarney deixou o comando da sessão e subiu à tribuna do plenário para pedir a retirada da proposta que determina a obrigatoriedade de realização de uma nova eleição para os governadores e prefeitos que tiverem os mandatos cassados nos dois primeiros anos de governo. Em abril deste ano, a ex-senadora Roseana Sarney (PMDB), filha de Sarney, assumiu o governo do Maranhão depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato do governador eleito Jackson Lago (PDT).
Agência Estado

JN, 40 anos: Cada um conta o que quer contar

Diogo Moyses - Terra Magazine


Muitos leitores devem ter notado que a TV Globo passou as duas últimas semanas celebrando o aniversário de 40 anos do Jornal Nacional. Desde a sua criação, o telejornal global é, de longe, a principal fonte de informação de milhões de brasileiros.

Bonner e Fátima Bernardes fizeram questão de nos lembrar das tantas glórias conquistadas pelo JN e pelo jornalismo da emissora. Matérias intermináveis - intermináveis mesmo, de quase 15 minutos - exaltaram os feitos do telejornal. Os mais antigos repórteres (os que certamente melhor cumprem ordens do patrão) foram chamados à bancada e, ao vivo, recordaram as coberturas dos fatos que marcaram a história recente do país.

Telespectadores desavisados, desconhecedores de episódios importantes da vida nacional, talvez até tenham ficado com lágrimas nos olhos.

É fato incontestável que o Jornal Nacional consolidou-se desde a década de 1970 (estreou em 1969) como símbolo do poder das Organizações Globo. Com uma estrutura quatro, cinco ou seis vezes maior do que os telejornais de suas concorrentes, ainda hoje bota medo na maioria dos políticos, que temem ser alvos de abordagens, digamos, pouco simpáticas. Quando as menções são positivas, aí é só festa. Dá até pra pensar em vôos mais altos. Símbolo maior desse poder é o fato de seu lobista-chefe ser chamado de "senador" nos corredores do Congresso Nacional. Sem nunca ter sido candidato nem eleito para cargo algum, desfruta de poderes que nenhum parlamentar possui.

O JN tem todo o direito de comemorar o que bem entender. Aliás, a Globo é perita em se auto-promover. Já fez isso em diversas ocasiões e continua a fazer com competência, posando de defensora da cultura nacional e da liberdade de expressão, além da já manjada face "solidária" que os Crianças Esperanças da vida buscam construir.

O perigo iminente disso tudo é que, em um país pouco conhecedor da biografia de seus meios de comunicação, corre-se o risco de reescrever a história. O temor não se faz em vão: como historiadores cansam de afirmar, a memória coletiva muitas vezes é fruto do legado dos mais fortes.

Mas voltemos ao nosso tema. Como era previsível, o JN tratou de lembrar das tantas ocasiões nas quais noticiou fatos da vida política, econômica, cultural e esportiva do país.

Esqueceu-se, no entanto - e ao acaso isso não pode ser creditado -, de recordar os momentos em que o telejornal global foi ele mesmo sujeito da história.

Ficou de fora da retrospectiva, por exemplo, que o surgimento e fortalecimento da TV Globo deu-se a partir de um acordo ilegal com o grupo estrangeiro Time-Life, que foi inclusive objeto de CPI no Congresso Nacional.

Esqueceram de dizer que a emissora foi criada e se fortaleceu com o apoio decisivo dos sucessivos governos militares. E que seu jornalismo, em especial o JN, ignorou solenemente as torturas, os desaparecimentos e as mortes dos que lutavam contra a ditadura, como se não tivessem acontecido.

O resgate histórico deixou de lado a tentativa de ignorar o movimento pelas eleições diretas nos primeiros anos da década de 1980, assim como a participação da emissora na tentativa mal sucedida de fraude nas eleições para o governo do Rio de Janeiro, com o objetivo de evitar a posse de Leonel Brizola.

A memória seletiva igualmente deu conta de apagar a participação decisiva do JN na eleição de Fernando Collor em 1989, quando a emissora editou de forma canalha o último debate entre Collor e Lula, além de utilizar contra o candidato petista as acusações lunáticas de sua ex-mulher e o seqüestro do empresário Abílio Diniz.

Nos anos seguintes, de forma nem um pouco sutil, foi linha de frente na consolidação da idéia - hoje comprovadamente furada - de que o neoliberalismo e a privatização de empresas estatais eram o único caminho a seguir, impulsionando a eleição e reeleição de FHC à Presidência.

Há ainda uma série infindável de episódios mais recentes que poderiam ser acrescentados à lista, como a cobertura favorável ao tucano Alckmin nas últimas eleições presidenciais. Ao contrário de outras tentativas, a tática não deu certo, graças à multiplicação das fontes de informação e, quem sabe, ao aumento da consciência política das classes menos favorecidas.

Fato é que, ao longo de toda a sua história, a Globo consolidou-se como os olhos e ouvidos da atrasada elite brasileira, cerrando fileiras contra movimentos sociais e quaisquer políticas distributivas. Em Brasília, seu "senador" é sempre recebido com afagos. Tapetes vermelhos se estendem aos seus pés. E assim, políticas que visam democratizar as comunicações do país são enterradas antes mesmo de nascerem.

É normal, compreensível até, que o JN tente recontar a sua própria história. O que não pode acontecer é que a história não contada por ele seja esquecida por nós.

* Diogo Moyses é jornalista e radialista especializado em regulação e políticas de comunicação, pesquisador do Idec - Instituto Brasileira de Defesa do Consumidor e autor de “A convergência tecnológica das telecomunicações e o direito do consumidor”. Também é membro do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação.

Blogueiros podem fazer campanha eleitoral

O Senado retoma neste momento a votação de alguns pontos da reforma eleitoral como a obrigatoriedade de realização de uma nova eleição para os governadores e prefeitos que tiverem os mandatos cassados, nos dois primeiros anos de governo, pela Justiça Eleitoral. O texto base, aprovado ontem (09), regulamenta como os sites devem se comportar nas eleições.

De acordo com o texto, nos sites de notícias, fica permitida a propaganda paga somente para candidaturas à Presidência da República. As empresas de comunicação na internet ou páginas próprias de provedores ficam proibidas de fazer campanha ou propaganda eleitoral de graça e não poderão usar imagens de pesquisas oficiais ou informais com entrevistas com eleitores.

Já os blogs assinados pelos autores, páginas pessoais como orkut ou de mensagens instantâneas como twitter e correios eletrônicos, podem fazer campanha. Jornais impressos continuam reproduzidos na internet integralmente como é hoje. A liberdade de expressão ficou garantida nas colunas e nos direitos de resposta.

Para o jornalista e colunista político, Luiz Carlos Moreira Jorge, se houver total liberdade “a grande vitória será da democracia”. Ele acredita que na Câmara Federal, o texto seja alterado para derrubar restrições ainda existentes como a proibição aos sites jornalísticos de emitir opinião ou dar “tratamento privilegiado” a qualquer candidato. O mais experiente colunista político do Estado disse que nesse caso “a cobertura jornalística” fica prejudicada.