AUTOATENDIMENTO

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

STF deve livrar Palocci e abrir caminho para 2010


Pizza à moda do Supremo


O deputado e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP) deve se livrar nesta semana, no Supremo Tribunal Federal (STF), da suspeita de que teria ordenado a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o que ajudaria seus planos políticos para o ano que vem. Por tabela, também deverão se livrar da acusação o ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF) Jorge Mattoso e o ex-assessor de imprensa de Palocci no Ministério da Fazenda, o jornalista Marcelo Netto, suspeitos de envolvimento na quebra do sigilo.

Segundo informações obtidas pela reportagem, a maioria dos ministros vai concluir que não há provas materiais de que Palocci tenha mandado subordinados quebrarem o sigilo do caseiro. Em 2006, Francenildo revelou ao jornal O Estado de S. Paulo, em entrevista exclusiva, que Palocci frequentava reuniões com lobistas numa casa em Brasília.


Uma decisão do STF concluindo pela inocência de Palocci ajudaria seus planos políticos. O deputado do PT é considerado uma espécie de "curinga" pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Atualmente, é cotado tanto para substituir o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro - que assumirá uma cadeira no Tribunal de Contas da União (TCU) -, como para ser candidato ao governo de São Paulo.


Em entrevista dada ao jornal, o caseiro disse que Palocci frequentava as reuniões em uma mansão em Brasília nas quais ocorriam partilha de dinheiro que chegava numa mala. Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bancos, ele afirmou que Palocci era chamado no local de "chefe". Dias depois da entrevista, Francenildo teve sua conta na CEF violada. Surgiram suspeitas de que a quebra do sigilo tinha sido determinada pelo ministro da Fazenda. Como consequência, Palocci, na época um dos principais ministros da equipe de Lula, caiu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 23 de agosto de 2009

Dado Dolabella é o vencedor de a Fazenda



Com 83% dos votos do público, Dado Dolabella conquistou o título de campeão do reality show A Fazenda, da Rede Record. Como prêmio, ele levará para casa R$ 1 milhão.
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Dado disputava a final com Danni Carlos, que ganhou um carro dos patrocinadores do programa.

O envelope com o resultado final das votações chegou ao palco nas mãos de Gugu Liberato, recentemente contratado pela emissora. A final do programa reuniu os ex-participantes (chamados de ex-peões), familiares, amigos e fãs em uma festa com show da dupla Pedro e Thiago (Pedro Leonardo foi o quarto colocado no programa) e participações especiais de Carlinhos, Babi e Jonathan nos vocais.

Dado recebeu o cheque de R$ 1 milhão das mãos de Britto Jr, apresentador do programa. Ele comemorou a vitória com a noiva Viviane Sarahyba, que em poucos meses dará a luz a Valentin, primeiro filho do casal e com a mãe, a atriz Pepita Rodrigues.
Agência Estado

Planalto vai tirar Dilma de cena e reforçar blindagem

Alvo de constantes estocadas da oposição, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sairá de cena por no mínimo uma semana, em setembro, após o anúncio do marco regulatório do pré-sal, no próximo dia 31.
As férias da ministra, pré-candidata do PT à Presidência, coincidem com a nova estratégia do Planalto para reforçar sua blindagem. A partir de agora, líderes do PT e do governo no Congresso, dirigentes petistas e até ministros ficarão responsáveis por uma espécie de "comitê" da pronta resposta na Esplanada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer que a concorrente do PT apareça apenas em agendas positivas, como o anúncio do novo modelo de exploração do petróleo, daqui a oito dias.

Lula constatou que Dilma continua "assoberbada" de trabalho e não pode mais acumular a gerência do governo com a coordenação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os projetos sobre o pré-sal e as atividades de campanha. O descanso foi sugerido pelos médicos logo depois que a ministra terminou, na semana passada, o tratamento de radioterapia para combater um câncer no sistema linfático.
Dilma está preocupada com o bombardeio na sua direção. Em reunião realizada na quarta-feira, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)- sede provisória do governo -, a ministra negou diante de colegas e dirigentes do PT que tenha feito qualquer solicitação à então secretária da Receita Federal Lina Vieira. Demitida do cargo, Lina acusou Dilma de ter pedido a ela para "agilizar" investigações do Fisco sobre a família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).


Convocada pelo chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, para definir o roteiro que seria cumprido poucas horas depois pelo PT no Conselho de Ética, a fim de salvar Sarney, a reunião daquele dia também tratou da blindagem de Dilma. A avaliação foi de que os ataques à chefe da Casa Civil vão crescer e é preciso protegê-la. Dilma disse não entender por que Lina quis arrastá-la para nova crise. "Eu nem sabia que ela seria demitida", afirmou. Para o Planalto, o depoimento de Lina à Comissão de Constituição de Justiça do Senado, na terça-feira, exibiu uma mulher "contraditória e evasiva", que não conseguiu provar as acusações.


Mesmo assim, o governo está convencido de que é necessário tomar providências para evitar que a oposição cole em Dilma o carimbo de "mentirosa". A ordem é partir para o confronto e, se o alvo for relacionado a alguma medida administrativa, comparar com a gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). "Faz tempo que nossos adversários querem desconstruir a imagem da Dilma", afirmou o presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP). "Quem tem de fazer o contraponto na política somos nós, e não ela."


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 22 de agosto de 2009

Lula cobra de Morales legalização de brasileiros


Sydney Munn

Presidente ainda defendeu a recondução de Manuel Zelaya ao cargo em Honduras


Em discurso neste sábado na cidade boliviana de Chimoré, o presidente Lula cobrou o companheiro Evo Morales pela legalização dos brasileiros que moram no país, principalmente os que vivem nas áreas de fronteira. O presidente brasileiro lembrou que assinou um decreto em julho deste ano anistiando os estrangeiros que viviam ilegalmente no Brasil.


Lula disse ainda que, desde 2005, cerca de 50 mil bolivianos foram beneficiados com a decisão. "Estou seguro que a regularização dos brasileiros na Bolívia também será tratada com carinho pelo governo boliviano", afirmou.


De acordo com Lula, o Brasil deu exemplo anistiando estrangeiros com situação ilegal no país em plena crise. “A crise econômica é responsabilidade dos ricos e não dos pobres", emendou.Lula defendeu ainda a recondução do presidente de Honduras, Manuel Zelaya, ao cargo. "Devemos condenar o retrocesso político em Honduras e exigir o retorno imediato e incondicional do presidente Zelaya”, concluiu.

SP, RJ e DF protestam contra permanência de Sarney


Sydney Munn

Caras pintadas, nariz de palhaço e caixas de pizza fizeram parte das manifestações deste sábado


Protestos organizados pela internet contra José Sarney marcaram o sábado em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Na capital paulista, cerca de 300 estudantes participam de uma manifestação contra a permanência de Sarney na presidência do Senado.


Após reunirem-se no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, os manifestantes seguiram em passeata. Muitos utilizavam a cara pintada, relembrando o movimento contra o ex-presidente Fernando Collor.


O grupo ficou reunido por cerca de meia hora no edifício Solar de Vila América, na Alameda Franca, onde Sarney possui 3 apartamentos. Na capital federal, cerca de 35 estudantes protestaram por cerca de uma hora em frente à residência de José Sarney, no Lago Sul, em Brasília, com nariz de palhaço, caixas de pizza, panelas e colheres de pau.


Sarney não estava em casa, mas cinco viaturas da Polícia Militar e seguranças do Senado acompanharam o protesto, que ocorreu sem nenhum problema.


No Rio de Janeiro, a manifestação ocorreu no Flamengo, em frente à casa do Presidente do Conselho de Ética, senador Paulo Duque. Três caixas de pizza vazias foram deixadas no chão de mármore da entrada do prédio. Com faixas, panelas, apitos e um carro de som, o grupo ficou no local por uma hora e meia. O comando do 2.º Batalhão da PM mandou 8 policiais armados de fuzis, que pediram aos manifestantes que não ocupassem a calçada do prédio e que desligassem o carro de som.


Jovem Pan

Veja o que muda nas farmácias e drogarias


Site e sistemas da Anvisa ficarão fora do ar

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que o site eletrônico e todos os sistemas e serviços informatizados providos pela Agência, inclusive a sua Intravisa, ficarão indisponíveis do dia 28 de agosto (sexta-feira), a partir das 20h, até o dia 30 (domingo).


De acordo com a Gerência Geral de Gestão de Tecnologia da Informação (GGTIN), a interrupção se deve a migração dos servidores de informática para o novo Centro de Processamento de Dados, instalado no Complexo da Anvisa, em Brasília.

O novo ambiente, com sala-cofre certificada com marca de segurança da ABNT, estará protegido contra ameaças físicas e paradas não programadas ou perda de informações.


Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa

SNGPC: Lista de inconsistências é atualizada

Informe da Anvisa
A Coordenação do SNGPC destaca que um medicamento ou insumo é considerado inconsistência quando as informações buscadas pelo sistema, através do número de registro (medicamentos) ou DCB (insumos), estiverem diferentes das existentes na embalagem do medicamento ou quando os dados não são encontrados pela base de dados no momento da entrada do inventário.

Atualmente, apenas três medicamentos são tidos como inconsistências: CICLOPLÉGICO, ZYBAN, e Carbamazepina (genérico da empresa Abbott).
A movimentação destes deve ser mantida através de escrituração por meio de livro de registro até a correção na base de dados utilizada pelo sistema.

Outros casos que eram considerados inconsistências e já foram resolvidas são: EFEXOR, FENOCRIS, LORAX, NORDITROPIN, VENLAXIN, CELEBRA e ROHYDORM. A movimentação de tais medicamentos deve ser informada através do SNGPC normalmente. Lembrando que, caso a drogaria tenha estes medicamentos em estoque, o Responsável Técnico deve aguardar o esgotamento deste estoque, escriturando suas movimentações no livro e, assim que ocorrer uma nova compra deste produto, lançar normalmente como entrada no arquivo de movimentação XML.
O endereço permanente de acesso ao Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) é http://www.anvisa.gov.br/hotsite/sngpc/index.asp

Lula deseja sorte a Marina em sua escolha longe do PT


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desejou que a senadora Marina Silva (AC) seja feliz na opção que fez, de deixar o PT, com a promessa de entrar no Partido Verde (PV) e disputar a sucessão dele no ano que vem. E levantou dúvidas sobre a possibilidade de ela dividir o eleitorado petista e tirar votos da candidata oficial, Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, lançada por Lula dois anos antes da eleição.

"A única coisa que desejo para a Marina é paz e tranquilidade, que ela acerte na nova vida dela e que seja feliz", disse Lula na saída do hotel em que pernoitou, em Rio Branco, de onde seguiu para um encontro com o presidente da Bolívia, Evo Morales. Ele afirmou não ter estranhado o fato de estar no Acre e, desta vez, ao contrário das anteriores, estar longe Marina. "Sem problemas. Já vim aqui muitas vezes e a Marina não estava".

Em seguida, o presidente levantou dúvidas sobre a capacidade de Marina de dividir a legenda. Disse que nem ele consegue fazer isso. "É muito difícil dividir o eleitorado do PT. Acho que nem eu divido. Petista é igual a flamenguista e corintiano, não se divide nunca". O presidente afirmou ainda que não podia manifestar opinião a respeito da decisão do senador Aloizio Mercadante (SP), que anunciou a renúncia, em "caráter irrevogável", da liderança do PT no Senado, e desistiu da ideia. "Não vi o discurso (dele), não vi".

Lula passou parte da tarde de sexta-feira em Rio Branco, onde visitou um canteiro de obras de casas populares feitas pelo governo do Acre, e participou da cerimônia de assinatura de autorização da Caixa Econômica Federal para o financiamento de construção de 4 mil residências. Somadas a outras 6 mil que o governo acreano está fazendo, serão 10 mil casas. "É o maior programa de construção de casas populares da história do Estado", comemorou o governador Binho Marques (PT), ao lado de Lula.


Agência Estado

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Rio Branco: apenas três drogarias mantêm farmacêuticos no atendimento ao público


Com a nova resolução da Anvisa, todas as farmácias e drogarias terão que adaptar-se até fevereiro de 2010


Na capital do Acre, Rio Branco, apenas três drogarias do setor privado mantêm farmacêuticos no atendimento ao público consumidor de medicamentos. São as drogarias: Globo do Bosque, Pague Menos do Centro e Araújo do Aviário. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa –, cabe ao profissional zelar pela manutenção da qualidade e segurança dos produtos ofertados.

“Temos que fazer poucas mudanças para adaptar-nos às novas regras”, comenta o farmacêutico da Drogaria Globo, Geraldo Selhorst, 57 anos, que cumpre uma carga horária que, às vezes, chega a passar das oito horas diárias. Geraldo terá que providenciar uma nova farda para se diferenciar dos demais funcionários, é o que diz a nova legislação.
Geraldo Selhorst. Farda que identifica o farmacêutico faz parte das novas exigências da Anvisa




A resolução de número 44, publicada nesta segunda-feira 17, pela Anvisa, prevê mudanças profundas nas drogarias e farmácias. Vai da obrigação de uso de toalhas descartáveis nos banheiros, passando por exigências de que funcionários usem uniformes devidamente limpos, culminando na proibição da venda de objetos estranhos às drogarias como, por exemplo, refrigerantes e chocolates, que são produtos corriqueiros na maioria desses estabelecimentos comerciais.

A farmacêutica Ana Valéria de Souza, 27 anos, acredita que o acordo salarial entre técnicos e donos de drogarias será o maior desafio. “Muitos bioquímicos e farmacêuticos são empregados do governo [estadual e/ou municipal]. Restarão alguns poucos disponíveis no mercado, e estes terão que ter um salário bem atrativo para passar oito horas diárias à frente de uma drogaria”, analisa.

“Três salários mínimos é o que ganha a maioria desses profissionais [farmacêuticos]. Eles não chegam a cumprir sequer uma única hora em todo o mês. Apenas assinam os papéis, pegam o dinheiro e vão embora”, afirma um dono de drogaria que pede para não ser identificado.

Há três meses, a Drogaria Bela Farma batalha para contratar um farmacêutico, e não consegue. “Já enviei duas cartas ao Conselho Regional de Farmácias, e ainda estou sem resposta”, informa o proprietário da Bela Farma, José Maria Assis Alencar, 34 anos.

“O fato de apenas três drogarias, no universo de quase uma centena, possuir farmacêutico de plantão deflagra a ausência de uma política pública de saúde para o setor. Os empregos existem, o que falta são profissionais qualificados dispostos ao trabalho”, lembra outro proprietário de uma drogaria no bairro Floresta.


O Acre não dispõe de curso superior de farmácia. Como o Estado não forma profissionais na área - não resta alternativa -, tem que importá-los de outros Estados. É o que planeja fazer Edson Oliveira, 35 anos, proprietário da Rede Drogaria Popular. “Se for necessário, irei a São Paulo contratar. Mas o que quero mesmo é empregar pessoas do nosso Acre. Alguns dos nossos farmacêuticos acabaram de passar no concurso do Estado. Mas garanto que, dentro do prazo de seis meses, cumpriremos as novas regras”, declara.

O proprietário da Drogaria Pague Menos do Bosque, Marcos Roberto, 29 anos, avalia que todas as drogarias do Acre terão dificuldades para cumprir as novas regras. “É necessário um entendimento entre todos: drogarias, Anvisa e farmacêutico”, finaliza.

Faça download:

resolução RDC 44/09 (PDF)

Veja quais são os medicamentos que podem ficar ao alcance do consumidor (PDF).

Saiba quais produtos podem ser comercializados (PDF)

Leia também:

Anvisa anuncia novas regras para farmácias e drogarias

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Lula elogia Marina e descarta crise no PT



BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que não há crise no PT do Senado, a despeito da defecção de dois importantes senadores do partido, e exaltou sua relação de 30 anos com Marina Silva (AC).

Marina, potencial adversária do governo nas eleições de 2010, despediu-se da bancada na véspera.

Ela e o senador Flavio Arns (PR) deixaram a legenda em meio a uma das maiores crises éticas do Senado.

Arns saiu porque não concordou com a posição claudicante do partido em relação ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e alvo de diversas denúncias. Marina saiu porque estava insatisfeita e deve se filiar ao PV e lançar seu nome à sucessão contra a ex-colega de Esplanada Dilma Rousseff.

"Eu não vejo crise no PT", respondeu Lula em entrevista a rádios do Rio Grande do Norte.

A possível entrada de Marina na disputa deve complicar os planos do presidente de ter uma eleição plebiscitária no ano que vem. A candidatura dela poderia, ainda, puxar o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), interessado em concorrer, mas de uma ala muito próxima ao presidente.

Ex-ministra do Meio Ambiente, a senadora deixou o posto decepcionada com o pragmatismo do governo na questão ambiental.

"Todo mundo sabe que a minha relação com a Marina é uma relação superior à relação partidária. Conheço a Marina há 30 anos, não são 30 dias", disse o presidente.

"Mas se a pessoa quer sair de um partido e não está confortável, eu acho que é um direito da pessoa. A minha relação com a Marina não muda absolutamente nada e continuo gostando dela e continuo achando um quadro extraordinário."

Diversos especialistas afirmam que a senadora tem potencial de tirar mais votos de Dilma do que do governador José Serra (PSDB), oposicionista e líder nas pesquisas eleitorais até agora

(Texto de Natuza Nery)

Julgamento de Nilson Areal é adiado para terça-feira 25

O julgamento de Nilson Areal (PR), prefeito do município de Sena Madureira, foi adiado para próxima terça-feira 25 pelo Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC). Nilson é acusado de compras de votos.

O deputado Mazinho Serafim (PSDB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa durante a sessão desta quarta-feira, 19, para falar sobre o caso. O parlamentar disse ter em mãos depoimentos que confirmam a compra de votos por parte do administrador nas ultimas eleições, e disse acreditar que os juízes do Tribunal Regional Eleitoral terão a sabedoria necessária para dar ao julgamento a decisão seja justa.

Testemunhas dizem que Nilson Areal doou telhas em troca de votos



Jaidesson Peres

Depois de terem modificado parcialmente a versão dos fatos em juízo, as irmãs Ana Paula Martins de Oriar e Ana Maria Martins de Oriar resolveram levar em frente as acusações que pesam contra o prefeito de Sena Madureira, Nílson Areal, por compra de votos em troca de telhas. Em depoimento prestado à Polícia Federal no mês de junho, no mesmo dia em que a juíza Thais Queiroz Borges cassou o mandato de Areal, as irmãs Oriar declararam que, de fato, as telhas foram entregues na residência de seu pai, José Pereira de Oriar, e quem as doou foi o prefeito. Na ocasião, as mulheres disseram que o motivo para terem mudado a versão dos fatos perante a Justiça se deve a um homem conhecido por Chico Conegune, o qual teria pedido para não incriminar Nílson Areal.

O acontecimento em questão reporta-se à denúncia anônima de 29 de setembro de 2008 pela qual se apreendeu uma caminhonete Toyota no bairro Ana Vieira, placa MZT 6366, dirigida por Everaldo Pinheiro Gomes Martins e Ednilson Alencar de Almeida, em que havia 155 telhas de amianto. O veículo pertencia à Cerâmica Silveira e, segundo a apuração da PF, estava sendo usado para distribuir telhas aos eleitores do bairro Ana Vieira, a mando do então candidato Nílson Areal.

Por meio de informações do motorista da caminhonete, os agentes da PF recolheram ainda mais 20 telhas de amianto pertencentes a José Pereira de Oriar, as quais supostamente teriam sido entregues e doadas por Nílson Areal às suas filhas - Ana Paula Martins de Oriar e Ana Maria Martins de Oriar. Também o motorista informou que já tinham sido entregues outras 15 telhas a Benedita Silva Ferreira e a Marivaldo de Souza Ferreira, dessa vez oferecidas pelo cabo eleitoral Antônio Pereira da Silva.

Outro fato incluso na investigação da PF se refere à doação de 180 reais, atribuída a um partidário chamado Francisco Joaquim de Lima, dirigida a Luciano da Silva Araújo para comprar 20 telhas na Cerâmica Silveira.

Conforme o parecer da juíza de Sena Madureira, uma reunião política se realizou na casa de uma senhora identificada como Juliana, no bairro Ana Vieira (às vésperas das eleições), onde estava o prefeito Nílson Areal. As irmãs Oriar aproveitaram a oportunidade para pedir ao prefeito telhas para cobrir a casa delas. O prefeito logo negou, mas depois afirmou que poderia conceder o pedido. Areal teria perguntado se confiaria nelas, quando uma teria dito que os votos estavam garantidos e não contaria nada a ninguém.

Nos três depoimentos, as irmãs Oriar mostraram contradição em relação ao documento que permitia a posse das telhas. A versão mais verossímil, segunda a juíza, seria a do pai delas, José Pereira de Oriar. Ele sustentou que as filhas chegaram de uma reunião na qual estava o prefeito e entregaram a elas um documento pedindo-lhe para solicitar na Cerâmica Silveira a entrega das telhas. José foi à cerâmica com o documento, e o entregou aos funcionários, depois voltou a recebê-lo quando as telhas chegaram à sua casa.

Em juízo, outra testemunha repete que foi visitado por Areal, o qual entregou um papel para autorização de entrega das telhas pela Cerâmica Silveira. Sebastião Freire Dias conta que entregou o documento ao comércio para entrega na residência de Francisco Faustino, entretanto as telhas não chegaram ao lugar indicado. De acordo com Sebastião, o prefeito nessa ocasião visitava a casa da irmã dele, onde não pediu votos, nem distribuiu “santinhos”. Relata o pedido de 50 reais que fez a Areal, sendo que o dinheiro foi entregue no mesmo dia, por um rapaz desconhecido.

Quanto à Cerâmica Silveira, um fato chama a atenção. A empresa é propriedade de Antônio Gadelha da Silveira, famoso na cidade pelo apelido de “Paciência”. Paciência é dono também da construtora Konstruir e aliado incondicional de Nílson Areal. As duas empresas são responsáveis pelo fornecimento de material de construção à Prefeitura. Além do mais, Chico Conegune, o que se empenhou para que a família Oriar mudasse de opinião no interrogatório, é um empresário que executa várias obras da Prefeitura.

Areal venceu as eleições contra a sua adversária Toinha Vieira por 9.555 votos, mas tem seu mandato sub judice em decorrência da suspeita de compra de votos. O julgamento do mérito do recurso impetrado pela coligação Frente Popular de Sena ocorre nesta quinta-feira, 19. Questionou-se ainda o resultado das eleições em Sena Madureira em razão dos fortes indícios de fraudes no processo eleitoral.

Mazinho destaca julgamento de Nilson Areal

Mircléia Matos

O deputado Mazinho Serafim (PSDB) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa durante a sessão desta quarta-feira, 19, para falar sobre o julgamento do prefeito Nilson Areal (PR) prefeito do município de Sena Madureira, que acontecerá na tarde desta quinta-feira, 20, no Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC).


O parlamentar disse ter em mãos depoimentos que confirmam a compra de votos por parte do administrador nas ultimas eleições, e disse acreditar que os juízes do Tribunal Regional Eleitoral terão a sabedoria necessária para dar ao julgamento a decisão seja justa.


“Esses depoimentos não estavam inclusos nos processos, ainda não sei se vão ser acatados, mas ontem fui ate o TRE, ao gabinete da desembargadora Evan Evangelista, e protocolei esses depoimentos para que amanhã ela possa tirar suas próprias conclusões sobre o assunto”, disse.



Quanto à saída da senadora Marina Silva do Partido dos Trabalhadores (PT), Serafim também se manifestou: “Para nós não muda nada, muda para Frente Popular que tanto fala que a oposição é desunida. Essa saída da Marina apenas reforça a desunião que existe na FPA, porque a vida dos seringueiros e ribeirinhos continua a mesma coisa, pois as dificuldades são enormes para esse povo. Apenas digo que quando a imprensa nacional vir ao Acre mostrará apenas a verdadeira casa de uma senadora que passou pelos ministérios e nada fez para mudar a realidade do seu povo”, finalizou.


Agência Aleac

Binho diz que amizade com Marina é inabalável, mas seu voto é do PT

Em coletiva nesta quinta-feira, governador falou sobre a saída da Senadora do Partido dos Trabalhadores

Tatiana Campos


Desde a campanha para o Centro Acadêmico de História, na Universidade Federal do Acre, entre 1982 e 1983, esta será a primeira vez que o Arnóbio Marques, ou "Binho", hoje governador do Acre, não acompanhará Marina Maria Osmarina Silva de Lima nas decisões políticas.
Marina Silva, militante e fundadora do Partido dos Trabalhadores no Acre, da Central Única dos Trabalhadores e de um sonho, o de ver o Acre desenvolvido de forma sustentável e com respeito à floresta, não terá o voto do amigo, irmão e compadre Binho, caso seja candidata a presidente da República pelo Partido Verde (PV).

Durante coletiva na manhã desta quinta-feira o governador do Acre precisou abrir o coração para falar sobre a saída de Marina do PT e uma possível candidatura dela à presidência. Abriu o coração porque pela primeira vez em mais de trinta anos de amizade, a escolha política partidária não é a mesma entre os dois.

"Ela não rompeu com o PT, não rompeu com o projeto. O que ela quer é exatamente o que nós queremos. O que pode se diferenciar é o caminho para chegar lá. Para mim, o caminho é este que estou seguindo. É continuar no PT, partido que abriga a minha história.
Tentei convencer a Marina disso e não consegui", disse Binho, se apressando para explicar aos jornalistas de outros Estados que no Acre as coisas são diferentes, embora difícil de entender. "Há uma compreensão desse fato entre todos do partido e isso é algo perfeitamente possível. Marina é muito querida. A amizade, admiração e o respeito continuam intactos. Não serão tocados pela saída dela do PT".

Marina Silva não se convenceu a não deixar o Partido dos Trabalhadores, mas um sentimento é unânime entre os colegas que ficam: o respeito por Marina e por suas decisões. "Primeiro percebi o desinteresse dela em uma reeleição para o Senado. De uns tempos para cá vinha sendo muito difícil animar a Marina para concorrer a um cargo. Sabia que não seria candidata a senadora, principalmente pelo PT. Depois vi que a saída dela do partido era um processo irreversível. Mas conheço a Marina. Ainda não é certo que ela seja candidata a presidência. Ela pode não ser candidata a nada", analisou Binho.

Indagado sobre seu voto caso Marina dispute com o PT a sucessão presidencial, Binho foi claro, firme e direto. Não titubeou ao responder que como militante dos mais rígidos, dono de uma postura ética e uma disciplina herdada da militância em partido comunista seu voto não poderia ser outro. Votará no candidato do Partido dos Trabalhadores. "Com o coração partido e sofrendo muito, não tenham dúvida. Adoro a Marina", confessou.

Candidata natural do PT à uma das duas vagas do Senado, Marina deixa uma dúvida sobre quem vai disputar o cargo. "A Frente Popular tem vinte anos no Acre e muitos quadros bons. Ela ficou unida em torno do meu nome para governo quando eu era apenas traço nas pesquisas. Não tenho dúvida de que este não será o problema. Temos gente qualificada para esta disputa", disse.
Sobre uma possível candidatura ao Senado, Binho, logo após afirmar que tem compromisso com o PT e é fiel às causas partidárias, foi categórico ao dizer que não é candidato e não será.

"Ao sair para o governo houve um compromisso de que eu não seria mais candidato a nada. Não tenho este perfil de parlamentar. Se o próximo governador quiser me contratar para ser secretário eu aceito. Caso não, vou gostar muito de trabalhar nas ZAPs [Zonas de Atendimento Priorioritário] ou na Usina de Arte", comentou.