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É isso que querem fazer com a riqueza finita do petróleo?
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Ontem a borracha e no futuro o petróleo. O Congresso, o governo federal e os governos dos estados não produtores devem ter juízo. E pensar grande, sem mesquinharia. Pensar no Brasil.
O primeiro relatório do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – SNGPC – da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa –, divulgado nesta terça-feira, 30, revela que 76 das 174 drogarias do Acre com cadastro na Anvisa vendem medicamentos psicotrópicos – aqueles com alto poder de causar dependência em quem consome. A comercialização ilegal de medicamentos controlados é tido como tráfico de drogas.
O SNGPC registra cerca de três milhões e meio de arquivos de movimentação. A partir do relatório gerado, a Anvisa descobriu, por exemplo, que o maior prescritor de Femproporex (medicamento para emagrecer) do país é um médico dermatologista. Agora, drogarias e médicos envolvidos em irregularidades devem receber a visita in loco de fiscais da Anvisa.
Pioneiro no mundo, o SNGPC foi implantado no Acre em 2008 e permite monitorar, eletronicamente, as vendas de medicamentos controlados realizadas nas farmácias e drogarias. O sistema aponta hábitos de consumo, abusos na prescrição e na dispensação (entrega ao consumo) e situações de risco para a saúde da população.
Até a implantação do sistema, a movimentação (compra e venda) dos produtos e substâncias controladas, nas farmácias e drogarias do país, era escriturada manualmente em livro específico e somente a verificação in loco permitia a detecção de diferenças entre o estoque físico e o descrito nos livros de registro e outros problemas.
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A população brasileira consumiu, no ano de 2009, quase duas toneladas do anorexígeno (inibidor de apetite) Sibutramina. Curiosamente, um especialista em medicina do tráfego é um dos 10 maiores prescritores do medicamento no país. Os números integram o primeiro balanço do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), divulgado nesta terça-feira (30), pela Anvisa.
Também foram divulgados dados de consumo de outras substâncias que vêm sendo discutidas em razão do uso abusivo ou de seus efeitos secundários, como o anorexígeno anfetamínico anfepramona e o estimulante do sistema nervoso central, cloridrato de metilfenidato, usado para tratar o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). “O metilfenidato vem sendo usado indevidamente por empresários e estudantes que buscam maior concentração nas atividades, o que nos preocupa”, alerta a coordenadora do SNGPC, Márcia Gonçalves de Oliveira.
Para o secretário nacional antidrogas, Paulo Roberto Uchoa, o SNGPC é uma das ferramentas que renderam ao Brasil o reconhecimento, da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife) em 2010, pelos esforços no combate ao consumo abusivo de medicamentos. “Em 2006, o país ocupava o 1º lugar no mundo em consumo de anfetaminas, o que decresceu a partir de 2007, com a implantação do SNGPC”, aponta Uchoa. Atualmente, segundo a Jife, o Brasil ocupa a 4ª posição no ranking.
“Além de reduzir a burocracia, eliminar quilos de papel nas farmácias e dar ao farmacêutico mais tempo livre para atender os usuários, o SNGPC permite apontar abusos na prescrição e na dispensação, além de mudanças de comportamento da população”, explica o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello.
:: Confira os números e entenda como funciona o sistema.
Imprensa / Anvisa
Dirceu ensina … ética???
“Ao menos temos um verdadeiro veículo de comunicação no Acre, o seu
blog.”