Por Edmilson Alves
Sem nenhuma transparência nos gastos de campanha, três chapas disputam a eleição do DCE.
Acadêmicos do Instituto de Ensino Superior do Acre - IESACRE e União Educacional do Norte - UNINORTE votam, hoje (20) de 9 às 21h – com intervalos entre turnos, para escolha de diretoria do DCE (Diretório Central dos Estudantes). Cinco urnas, com cédulas de papel, são distribuídas entre as duas faculdades.
Sem nenhum dispositivo que regulamente os gastos de campanha, três chapas disputam o mandato de um ano para gerir os assuntos acadêmicos, inclusive, receitas financeiras advindas da confecção de carteiras estudantis e da realização de eventos.
Segundo o presidente da Comissão Eleitoral, Otênis Almeida, nada pode ser feito para que se tenha conhecimento dos gastos de campanha. “Eles [as chapas] dizem que são doações”. Afirma Almeida.
Camisas coloridas, adesivos, informativos em diversos tamanhos, gastos com combustível e pessoal constituem alguns destes custos de empreitada eleitoral.
Se há gastos e não existe prestação de contas. Abrem-se questionamentos. Quem estaria bancando tais chapas? De onde viria o dinheiro e com quais intenções? Há interesses externos na eleição do DCE?
O acadêmico José Carlos de Oliveira, candidato pela chapa 01, acredita que sim. Para ele existe infiltração de partidos políticos como PT e PC do B no financiamento de campanha. “essa eleição ta ficando mais cara que as de prefeito de interior”. Enfatiza José Carlos.
Giovanny Kley, atual presidente do DCE e candidato a vice-presidente pela chapa 03, diz não ter conhecimento do valor gasto por sua equipe. No entanto, é a turma que esbanja materiais mais caros como informativos e camisas coloridas. Giovanny nega que exista infiltração de partidos políticos em sua chapa. Mas em seguida afirma: “isso poderia ter acontecido porque os partidos financiam sim”.
Joseleide Souza, candidata da chapa 02, garante ter gastando em torno de R$ 1.000,00 com a confecção de camisas e material gráfico. A chapa 01 revela ter gastos de R$ 200,00.
Nilson Euclides da Silva, mestre em ciência política pela PUC de São Paulo, avalia como “grave” a falta prestação de contas no processo eleitoral. “Isso coloca a eleição em cheque. Todas as chapas devem ter as mesmas condições de disputa”. Para o cientista, a eleição deve seguir as mesmas regras de uma eleição maior como as de prefeito e governador por exemplo.
Quanto ao suposto financiamento de campanha avalizados pelo PT e PC do B, denunciado pela chapa 01, Nilson afirma que se cria uma relação de “permissividade” do possível grupo custeando pelos partidos. Podendo prejudicar a atuação do diretório.
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