Não existe reforma ortográfica que tenha alterado a regra
O novo acordo ortográfico, em vigor desde o primeiro dia de 2009, tem marcado inúmeras dúvidas e confusões.
No Acre, em especial, tem perturbado jornalistas e leitores. Muitos pensam que a nova reforma alterou a grafia das palavras: acriano e acriana. Elas nunca mudaram, permanecem com vogal “i”, como sempre determinou a norma culta da Língua Portuguesa, que tem, na Academia Brasileira de Letras, sua guardiã.
Não se sabe, ao certo, onde toda polêmica começou. O certo é que críticas não param àqueles que escreviam “acreano” com “e” e, agora, decidiram escrever em acordo com a regra que sempre existiu.
Segundo Batista de Sousa, 64 anos, professor aposentado pela Universidade Federal do Acre – UFAC, diz que em um passado remoto alguém que desconhecia as regras gramaticais, decidiu escrever acreano com “e”. Daí virou tradição escrever errado. Até mesmo, a escola pública “Colégio Acreano” traz o erro em sua fachada.
Marcos Luís Alves Batista, 35 anos, especialista em Língua Portuguesa pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília – CEUB, explica a regra: “acriano, que é um adjetivo pátrio, sempre foi grafado com “i”. Exemplo, quem nasce no Iraque é Iraquiano”, e quem nasce no Acre é “acriano” [com “i” e não com “e”]. Portanto, a regra é válida, também, para os acrianos.
Depreende-se, assim, que na hora de prestar vestibular, concurso público, ou na realização de trabalhos acadêmicos, lembre-se, caro leitor, de que é imprescindível a forma mais adequada, já que a maioria das defesas de teses prezam pela norma culta da língua.
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