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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Liberdade de expressão é tolhida pela concentração dos meios de comunicação, não pelo diploma do jornalista, diz diretor da Fenaj

Jaidesson Peres

O reconhecimento jurídico da necessidade de formação superior em jornalismo ocorreu no Brasil em 1969 e aperfeiçoado em 1979. Entretanto, em 2002, a juíza Carla Rister, da 16ª Vara da Justiça Federal de São Paulo, suspendeu em todo o país a necessidade do diploma para obter o registro profissional no Ministério do Trabalho. Oito meses depois, a juíza Alda Bastos, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, decidiu que o diploma voltasse a ser obrigatório.

A decisão foi novamente contestada em vários tribunais, até que em 2006 o Ministério Público Federal interpôs um recurso extraordinário dirigido ao Supremo Tribunal Federal argumentando que a exigência do diploma específico violava o direito à liberdade de expressão. O STF, por meio da Segunda Turma, confirmou a liberação para o exercício da profissão a pessoas sem formação superior.

Por isso, no próximo dia 22, o Supremo julga o recurso em plenário, bem como decidirá pela revogação ou não da Lei de Imprensa, uma lei editada na ditadura militar e que regula a liberdade de manifestação do pensamento e de informação.

Defensor árduo da exigência do diploma de formação acadêmica em jornalismo, o jornalista Carlos Torves, diretor do Departamento de Mobilização, Negociação Salarial e Direito Autoral da Federação Nacional dos Jornalistas- Fenaj- e ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, concede uma entrevista ao acadêmico de jornalismo Jaidesson Peres, do 5º período. Logo após lançar o livro “Formação Superior em Jornalismo” na Semana de Comunicação da Uninorte/Iesacre, na noite de sexta-feira, 17, Torves critica o presidente Lula, a concentração dos meios de comunicação e defende a qualidade das faculdades de jornalismo no Brasil.

Jaidesson Peres - O deputado Celso Russomano apresentou um projeto na Câmara ano passado no qual permite que pessoas sem diploma de formação superior em jornalismo exerçam a profissão, desde que tenham pós-graduação na área. O que você acha disso?

J. Carlos Torves - Esse projeto é um equívoco do deputado. Eu já falei pessoalmente isso a ele. E ele está disposto a sentar com a Fenaj para discutirmos uma alteração nesse projeto, que não tem o menor cabimento, pois seremos a única profissão que vai ter uma regra diferenciada das demais.

Jaidesson Peres - Os que rejeitam a manutenção da exigência do diploma para o jornalista se amparam na Constituição Federal e na Convenção Americana de Direitos Humanos, que diz que toda pessoa tem direito a receber e difundir informações e idéias. Qual seu argumento para isso?

J. Carlos Torves - Eu concordo que a liberdade de expressão é um direito que deve haver, é um privilégio de todo cidadão. Agora, discordo que a regulamentação numa profissão seja confundida com a liberdade de expressão. Isso não tem absolutamente nada a ver. E, primeiro, essa decisão pela ONU é uma decisão unilateral tomada pela SIP [Sociedade Interamericana de Imprensa], que é uma organização apenas de proprietários de jornais. A Constituição Federal, assim como privilegia a liberdade de expressão, também privilegia que todas as profissões possam se organizar e decidir quais são seus critérios. E o nosso critério é a formação acadêmica. E se a liberdade expressão é tolhida neste país, ela é pela concentração dos meios de comunicação, não pelo diploma do jornalista.

Jaidesson Peres - Em muitos países a formação superior em jornalismo não é condição necessária para exercer a profissão, principalmente em países desenvolvidos como a Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Inglaterra, França, etc. Por que em poucos países, incluindo-se o Brasil - que discute essa exigência-, exige-se o diploma?

J. Carlos Torves - A maioria dos países em que não exige o diploma, tipo Estados Unidos e vários países europeus, não exige porque lá eles têm uma outra base cultural, outra formação.Agora, aqui no Brasil, nós não temos a tradição de uma boa escola pública. Portanto, a maioria das pessoas não tem um ensino básico necessário para exercer o jornalismo. Então, são critérios de países com formação, educação e cultura diferente, os quais nós não podemos copiar para um país que vive uma realidade completamente diferenciada. Em compensação, lá, mesmo não sendo exigido o diploma, tem prova de dois em dois anos para o cara continuar a ter registro profissional. Por isso, cada país tem, de acordo com a sua realidade, seus critérios.

Jaidesson Peres - Os que lutam pela derrubada da obrigatoriedade do diploma específico para o exercício do jornalismo alegam baixa qualidade de ensino dos cursos superiores. Qual sua avaliação das faculdades de jornalismo no Brasil?

J. Carlos Torves - Eu não concordo. Isso é de quem não acompanha a educação brasileira no ensino de jornalismo. O ensino de jornalismo é de qualidade. Nós temos grandes jornalistas formados em universidades. Acho que temos deficiência em outros lugares, tanto é que estamos pedindo ao MEC para fazer uma revisão dos cursos, das grades curriculares, porque é uma necessidade, um acompanhamento do Estado na qualidade do ensino. Muitos profissionais que saem formados pelas universidades estão aí no mercado de trabalho fazendo um excelente jornalismo.

Jaidesson Peres - Causou muita polêmica em 2004 a proposta de criação do Conselho Federal dos Jornalistas, encaminhada ao Congresso pelo presidente Lula. Você acredita que esse conselho é um meio para controlar a atividade jornalística?

J. Carlos Torves- Sou totalmente favorável à criação desse conselho. Eu lamento que o presidente tenha se submetido à pressão do grande empresariado da mídia brasileira. Aliás, empresariado este que não queria mudança nenhuma na legislação, tanto é que a legislação da área de comunicação, não só do jornalismo, é de 40 anos atrás, completamente defasada. Atualmente, acontecem grandes transformações na área de comunicação, mas sem lei nenhuma, por isso agora os empresários querem uma mudança na lei. Estão com medo das grandes multinacionais, das de telecomunicações que vão entrar na disputa de conteúdos e, com muito dinheiro, podem engolir os grandes grupos nacionais.

Jaidesson Peres - Você pensa que há interesses políticos por trás da cassação do diploma de jornalista?

J. Carlos Torves - Não, não acho que são políticos, mas interesses econômicos. Desestruturar uma profissão completamente, poder contratar qualquer pessoa pelo salário que bem quiser e decidir quem será jornalista ou não é um critério econômico, não é político.
Jaidesson Peres - Qual sua expectativa para a decisão do STF sobre a Lei de Imprensa, que é de 1967, e o julgamento da exigência do diploma para exercer a atividade jornalística?

J. Carlos Torves - São duas coisas diferentes. Na Lei de Imprensa, eu acredito que serão derrubados apenas os artigos que são prejudiciais à imprensa, totalizando 22 artigos. Os demais artigos da lei continuarão a valer. Essa é a visão que tenho. Dois ministros já votaram pela derrubada total da Lei de Imprensa, mas eu acho que isso não vai acontecer. Quanto ao diploma, eu acho que não vamos dar um passo pra trás. Creio que teremos a exigência do diploma legalmente definida para o exercício da profissão. Vamos ganhar a ação.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Juíza diz Que Lei de Imprensa é "ultrapassada", superada"

Jaidesson Peres

O Supremo Tribunal Federal retoma no dia 22 de abril o julgamento da Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental- ADPF- apresentada pelo deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ), na qual questiona a Lei 5.250/67, a Lei de Imprensa.

A lei foi editada na ditadura militar, em 1967, no mandato do presidente Castelo Branco. Muitos alegam que ela controla a liberdade de pensamento e de informação, violando alguns preceitos constitucionais.

Os dispositivos da Lei 5.250 referentes a crimes de calúnia, injúria e difamação, por exemplo, são mais severos do que os do Código Penal. Para crimes de calúnia e difamação, o Código Penal prevê penas máximas de dois e um ano, respectivamente. Na Lei da Imprensa, três anos (calúnia) e 18 meses (difamação).

Além disso, por causa de um recurso extraordinário interposto pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo – Sertesp- e pelo Ministério Público, os ministros do STF devem julgar a exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão.
Em julgamento de liminar em novembro de 2006, o STF garantiu o exercício da atividade jornalística aos que já atuavam na profissão, independentemente de registro no Ministério do Trabalho ou de diploma de formação na área.

No debate realizado nesta terça-feira, 14, sobre a ética no jornalismo e publicidade, evento que faz parte da Semana de Comunicação da Uninorte/Iesacre, a dra. Solange Fagundes, formada em Direito pela Universidade Federal do Acre- Ufac- e titular do 1º Juizado Especial Cível e do Juizado de Trânsito, defendeu insistentemente a ética em qualquer profissão, incluindo-se o jornalismo, e polemizou ao discordar do discurso do empresário de comunicação Narciso Mendes quando este afirmou que a ética é uma utopia.


Em entrevista ao acadêmico de jornalismo Jaidesson Peres, do 5º período, Fagundes critica veementemente a Lei de Imprensa, defende um conselho federal de jornalismo e declara ser a favor do diploma de ensino superior para o exercício da atividade jornalística.

Jaidesson Peres - O que a senhora acha da Lei de Imprensa. Ela cerceia a liberdade pensamento e de informação?

Solange Fagundes – Bem, a Lei de Imprensa é de 1967. Ela nasceu no início da firme ditadura militar. Com certeza, é uma lei repressora da liberdade de expressão. E eu penso que a Lei de Imprensa sequer foi recepcionada pela Constituição Federal de hoje, que veio muitos anos depois, praticamente 20 anos depois. Se naquela época, havia essa percepção, essa conotação [falta de liberdade de expressão], imagine agora, que mais de 40 anos já se passaram. Então, realmente, a Lei de Imprensa, para mim, é uma lei ultrapassada, superada, não tem eficácia alguma.

Jaidesson Peres - A senhora acredita que esta lei, que está sendo julgada no STF, pode ser revogada totalmente ou somente alguns dispositivos dela?

Solange Fagundes - Veja bem: por enquanto, até medidas liminares já concedidas pelo STF suspendendo a vigência de parte do seu terço, com certeza o STF, não nos cabe aqui fazer nenhuma antecipação ou pré-julgamento, pode tanto declarar a ineficácia como um todo ou apenas de alguns artigos, incisos, parágrafos ou até vocábulos. Então, a expectativa é grande, e o STF tem a consciência do significado, da posição, da manifestação dele quanto a esse fato. Todas as questões serão levadas em consideração.

Jaidesson Peres - A senhora é a favor de uma nova lei que regule a profissão do jornalista ou acha que só é necessário revogar alguns dispositivos da Lei de Imprensa?

Solange Fagundes - Eu penso que não precisa ter lei de imprensa. Pra que essa lei? Pra controlar, pra regular? Quem deve regular a conduta é o eu de cada um, são os princípios e valores de cada um. Uma coisa é regular o exercício da profissão e outra coisa é controlar, fiscalizar, cercear o direito ao exercício da profissão. Eu penso que a Lei de Imprensa é excepcionalmente negativa, pois as disposições dela, além de serem controladoras e repressoras, são excepcionais à medida que, por exemplo, punem condutas que são ilícitas com penas superiores àquelas aplicadas na lei comum. Por isso, a Lei de Imprensa é excepcional, viola os princípios fundamentais do próprio exercício da profissão de jornalista. Essa é a minha opinião.

Jaidesson Peres - Então a senhora é contra o Conselho Federal de Jornalismo que o presidente Lula quis criar aqui no Brasil?

Solange Fagundes - Não, não. Eu não sou contra esse conselho. Porque conselho não é para cercear, não é para limitar, fiscalizar. Conselho, na verdade, é um órgão que todas as outras profissões têm. Ele deve existir. Não existe Conselho Seccional de OAB, dos engenheiros, do administrador? Por que não dos profissionais do jornalismo? Eu creio que órgão de classe é para proteger, defender os interesses da classe. Eu sou contra uma entidade simplesmente que cerceie o direito de liberdade de expressão e manifestação de pensamento ou que viole qualquer outro direito.

Jaidesson Peres - A senhora é a favor do diploma para os jornalistas poderem exercer a profissão?

Solange Fagundes - Sou sim. Por que não? É uma valorização do profissional que se dedica, de vocês acadêmicos que estão aqui, que passam quatro ou cinco anos, buscam se especializar. Eu acho que o contrário seria uma invasão, porque, se eu quisesse ser uma jornalista, eu estaria usurpando um direito que é só seu. Você não pode ser advogado! Então por que eu poderia ser jornalista, por exemplo? Eu sou a favor, sim, da formação.

Jaidesson Peres - Hoje, falamos muito de ética. Qual a importância da ética, em sua opinião, para que o jornalista exerça sua profissão de acordo com as leis e com a própria deontologia do jornalismo?

Solange Fagundes - Olha, eu costumo dizer que a ética é só do ser humano, a ética não é do profissional. Se o profissional não tiver ética enquanto pessoa, ele nunca terá ética no exercício da profissão. Então, tudo depende dos princípios e valores de cada pessoa, enquanto convivente imprescindivelmente numa sociedade.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Editor-chefe fala dos 40 anos de O Rio Branco

Jaidesson Peres
Em 20 de abril de 1969, chegava às bancas da capital acreana os primeiros exemplares do jornal O Rio Branco, fundado em parceria com os Diários Associados, do empresário Assis Chateaubriand.

A redação do jornal contava com máquinas datilográficas da marca Remington e a oficina era composta por duas máquinas linotipo. No comando do diário e também responsável pela contratação da primeira equipe de trabalho, estava o jornalista rondoniense Petrônio Gonçalves de Almeida.

Até 1978, O Rio Branco permaneceu sozinho no mercado. Nele, acontecimentos que marcaram o Acre, sejam eles esportivos, políticos, sociais ou policiais, foram registrados.

Diante de uma enorme crise financeira, em 1988, vendeu-se o jornal para o empresário potiguar Narciso Mendes. Nessa época, mudanças aconteceram, incluindo-se a mudança da sede do O Rio Branco para o prédio atual.

Conhecido pela implacável oposição ao governo de Jorge Viana e por ter o seu principal dono envolvido em acalorados debates políticos, hoje o diário vive um novo momento, está mais light. De acordo com Narciso Mendes, o atual governador sabe respeitar a imprensa, não gosta tanto de confrontos.

Pelo jornal, já se passaram grandes nomes do jornalismo acreano, destacando-se José Chalub Leite, Ely Assem de Carvalho, Sílvio Martinello, José Luís Alves, Luiz Carlos Moreira Jorge, Élson Martins, Aníbal Diniz, Marcos Afonso, Geraldo Mesquita, etc.

Para falar mais dos 40 anos do O Rio Branco, o acadêmico de jornalismo Jaidesson Peres, do 5º período, entrevistou o editor-chefe do diário, César Negreiros. Na entrevista - concedida nesta quarta-feira (15) após ele ter dado um depoimento sobre os 40 anos do O Rio Branco na Semana de Comunicação da Uninorte/Iesacre -, César Negreiros explica a mudança da linha editorial do O Rio Branco e confessa que alguns excessos na publicação dos jornais podem comprometer a venda nas bancas.

Jaidesson Peres - Qual o motivo da mudança tão repentina da linha editorial do ORB?
César Negreiros - Olha, todo jornal ele tende a mudar sua linha editorial. Se você fizer uma releitura de todos os jornais, sempre eles, dependendo das circunstâncias, mudam a linha editorial.

Jaidesson Peres - Narciso Mendes confessou ontem que o ORB sempre foi de oposição, teve essa tradição. Qual o governo que o ORB teve mais dificuldade para se relacionar?

César Negreiros - Bem, todos os governos quando assumem têm um conflito, isso é comum. Em virtude de a imprensa nem sempre agradar ao governo por alguma informação veiculada, há conflitos. O jornal, quando escolhe a notícia para torná-la pública à sociedade, pode cometer equívocos, pois todos os jornais o cometeram. Agora, a conseqüência reflete na banca no dia seguinte, quando os leitores terão mais resistência para comprar aquele jornal que é mais chapa-branca.

Jaidesson Peres - O jornal ORB já passou por essa crise de vendagem por causa de sua linha editorial?
César Negreiros - Qual o jornal com quarenta anos circulando nas ruas de Rio Branco não passa por esses momentos? Se você pesquisar, verá que todo órgão de comunicação tem tendência para ser de oposição ou ser subserviente ao poder. Temos aqui, por exemplo, um jornal ligado ao atual governo que nunca representa os interesses da sociedade.

Jaidesson Peres - Você disse no seu depoimento na Semana de Comunicação que o jornal ORB foi uma escola de jornalistas. No entanto, muitas vezes, o jornal teve problemas em relação aos salários de seus funcionários. A empresa valoriza seus profissionais?

César Negreiros - Com relação a essa questão salarial, ela é primordial em qualquer profissão. Eu sei que qualquer cidadão, desde que trabalhe, tem mais do que direito a receber o salário dele no final do mês. Mas ser jornalista perpassa essa questão de receber salário ou não.

Jaidesson Peres - Qual a contribuição do ORB nesses 40 anos para a imprensa acreana?

César Negreiros - Em minha opinião, foi termos contribuído para criar profissionais, princípios e solidariedade. No jornalismo tudo é coletividade. Para fazer, por exemplo, uma boa reportagem é necessário um bom fotógrafo, um bom diagramador, etc.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Sugestão de ataque





Líder do Governo na Assembleia sugere a jornalista que ataque o PSDB

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O deputado estadual Moíses Diniz, líder do Governo na Assembleia Legislativa do Acre - Aleac, em E-mail enviado ao jornalista Jaidesson Peres, nesta sexta-feira 5, sugere ataques ao PSDB. "Por que você não usa a sua ferocidade contra os tucanos, logo agora que eles querem tomar o lugar dos petistas?", escreveu.



Em correspondência eletrônica destinada ao colega Evandro Ferreira, Jaidesson Peres - que já foi filiado ao PT e PCdoB -, se diz triste com a conduta do partido comunista. "Infelizmente, essa pseudo-esquerda que está no poder envergonha os socialistas, pois fazem alianças sujas, querem manter-se no poder com o dinheiro público, são financiados pelos grandes empresários, etc", desabafa.



Em um segundo E-mail, Peres fala direto ao deputado governista, diz ter "capacidade para enxergar as ações desastrosas e calamitosas da esquerda" representada por Diniz. O jornalista lembra, ainda, que os atuais aliados do Governo do Acre representam uma elite de "direita" com altos cargos no Poder.

Com aparente tom ameaçador, Diniz recomenda que o jornalista reconha-se, profissionalmente, sob seus posicionamentos ideológicos. "No mais, espero que você não use esse sentimento anti-comunista no seu trabalho jornalístico, já que você trabalha na Agência CONTILNET, cobrindo os trabalhos da Assembléia Legislativa", relata.
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A empresa citada pelo deputado recebe verbas de publicidade da Aleac.
O jornalista avisou saber diferenciar relações de trabalho das opiniões. Mas deixou claro, permanecerá fiel às ideias que defende. "Não sou daqueles que emudecem perante as incorreções", sustenta.

O debate circula por uma lista de E-mails direcionados à imprensa.
Foto: Voz do Acre.com

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Finalmente, houve justiça!

Jaidesson Peres

Nos últimos tempos, a Justiça Eleitoral vem tomando o mandato de vários políticos e demonstrando que a compra de votos não pode ser tolerada, sobretudo numa democracia onde deve prevalecer a escolha livre e consciente. A prática da compra de votos, segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB-, na Campanha da Fraternidade de 1996, é considerada como umas das piores distorções da democracia brasileira.

Com as decisões firmes da Justiça, centenas de políticos, ou melhor, politiqueiros, foram alijados do poder e, alguns, caíram no ostracismo político, algo que, pessoalmente, é uma relevante contribuição para a saúde da nossa democracia, visto que muito destes “pilantras” usam da máquina governamental para permanecerem no poder, usam da influência ilícita do poder econômico sobre as eleições e podem manipular a administração do processo eleitoral.

Aqui no Acre, cassou-se o mandato de Vilseu Ferreira, prefeito de Acrelândia, afastaram-se Neuzari Pinheiro, de Porto Walter, e Nílson Areal, de Sena Madureira. No entanto, há ainda outros figurões que caminham para a guilhotina. Em Brasília, o governador do Maranhão e da Paraíba tiveram seus mandatos cassados.

Em 2004, João Capiberibe, conhecido por implantar o desenvolvimento sustentável no Brasil, teve seu mandato de senador do Amapá interrompido tão-somente por ser acusado de comprar dois votos por 26 reais cada.

Na decisão de ontem da juíza Thaís Abul Khalil, na qual cassou o mandato do prefeito Nílson Areal, notou-se que ainda existe justiça nesse mundo diante de tantas denúncias e escândalos envolvendo os nossos representantes, eleitos por nós, mas que continuam na impunidade. Embora a magistrada seja mulher de Pascal Khalil, integrante do mesmo grupo político de Areal, houve uma resposta incisiva e imparcial.

Confiamos que o malfadado prefeito não retorne ao poder, pois Sena Madureira não agüenta tanto sofrimento, tanta improbidade. Que o vice-prefeito, Jairo Cassiano, seja punido pela acusação de usar cheques da Câmara Municipal para pagar o aluguel de um comitê eleitoral, algo absurdo e inadmissível com o nosso dinheiro.

Os sena-madureirenses, que já fazem festa no município por causa da cassação, padecem nas ruas esburacadas, as crianças são liberadas mais cedo porque não têm merenda nas escolas, as mães choram porque os filhos vivem no tráfico de drogas e, até os índios, são burlados. Ontem, deveras, não valeu a sentença de que a justiça é cega!

*Jaidesson Peres, 19 anos, é natural de Sena Madureira e acadêmico do 5º período de Comunicação Social/Jornalismo, do Instituto de Ensino Superior do Acre- Iesacre.jaidessonperes@hotmail.com

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Avante, Sena!

Jaidesson Peres

Por questão de escolha pessoal, ainda nesse mundo tão entenebrecido há aqueles que não se curvam à injustiça, à tirania, à corrupção e ao roubo. Há os que são subservientes, que se acomodam, usufruem das regalias do poder, entretanto, como apregoava Da Vinci, não passarão de meros condutores de comida, deixando sinal algum de sua passagem pelo mundo, a não ser latrinas cheias de dejeções.

Henry David Thoreau, um filósofo do século XIX, decidiu simplesmente não pagar impostos ao governo americano porque acreditava ser errado dar dinheiro ao seu país, uma nação escravocrata e em guerra contra o México, por isso foi preso. É dele a famosa obra “A Desobediência Civil”. “Não é suficiente ser deixado em paz por um governo que pratica a corrupção sistemática e cobra impostos para fazer mal a seu próprio povo”, diz Thoreau.

Um homem à frente de seu tempo, Thoreau influenciou fortemente o anarquismo e despertou as idéias libertárias e pacifistas de Mahatma Gandhi.

Já fui criticado várias vezes por causa de minha oposição ao prefeito de Sena Madureira. Digo aos meus inquiridores que estou apenas cumprindo com meu dever de cidadão e preocupado com o futuro de meus conterrâneos. Ora, Sena Madureira, município de onde vim e fui criado, vive o pior momento de sua história, lamentavelmente tem em seus governantes o pior exemplo daquilo que Aristóteles conceituou um dia de “o meio para alcançar a felicidade coletiva”- a política.

Nílson Areal sabe que, para governar, necessita-se de virtudes. Esta palavra, considerando os últimos acontecimentos, parece não ser comum aos ouvidos do alcaide. Se soubesse, não estaria incorrendo em tantos vícios.

Caso fosse um prefeito preocupado com o bem-estar de seu povo, não teria aumentado seu salário para 15 mil reais, enquanto a população padece no desolamento e no desamparo. Como em muitos lugares do Norte e do Nordeste, Sena ainda sofre nas mãos de uma plutocracia, de velhas oligarquias, que ganham votos com demagogia e por meio do dinheiro. Utilizam-se da pobreza e da ignorância do povo!

Contudo, sonho com o dia em que estes velhos corruptos e abocanhadores do dinheiro alheio sejam execrados do nosso meio político. Enoja-me saber que a terceira maior cidade do Acre seja dirigida por gente tão impudica e vil. É verdade que não temos tantas referências na política local, mas nem por isso devemos perder a esperança.

A Justiça não pode fechar os olhos. Cabe-lhe dar-nos uma resposta concreta e dissipar de uma vez por todas esse câncer que atormenta a nossa democracia: a compra de votos. Nílson Areal deve ser responsabilizado pela compra de votos em troca de telhas. E provas não são escassas! A própria PF flagrou o ato.

Se nada acontecer para punir tamanha desfaçatez, de nada adiantará as campanhas da Justiça contra a compra de votos. A prevaricação, oxalá, não prevaleça.

Por isso, anseio pelo tempo em que os sugadores e enganadores se desterrem da nossa terra. Que caiam no ostracismo político. Todavia, para isso, pertence-nos colaborar como cidadãos atuantes.




*Jaidesson Peres, 19 anos, é acadêmico do 6º período de jornalismo no Instituto de Ensino Superior do Acre - Iesacre.


Assunto relacionado:
Até quando, meu Deus?

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pedro Ranzi assume como governador interino do Acre




Escrito por Edmilson Ferreira

Binho Marques cumpre agenda em viagem à Costa Rica, onde defende interesses do Estado. Presidente do TJ diz que Judiciário se sente honrado em cumprir compromisso constitucional

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Presidente do TJ, Pedro Ranzi, assumiu como governador em exercício (Foto: Angela Peres/Secom)
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Desembargador cumprirá agenda de compromissos oficiais, visitas e inspeções (Foto: Angela Peres/Secom)
O desembargador Pedro Ranzi, presidente do Tribunal de Justiça, assumiu nesta segunda-feira, 3, como governador interino do Acre. O governador Binho Marques se encontra em viagem à Costa Rica e Ranzi ocupa a função pelo impedimento do vice-governador, César Messias, e do presidente da Assembleia Legislativa, Edvaldo Magalhães.

Agência de Notícias do Acre

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Até quando, meu Deus?




Prefeito de Sena Madureira, Nilson Areal. Salário superior ao do presidente Lula.

Jaidesson Peres

Começo este artigo citando um dos maiores filósofos da Antiguidade e que continua a influenciar até hoje o pensamento ocidental. Para Aristóteles, “considera-se como injusto aquele que viola a lei, aquele que toma mais do que lhe é devido, como também aquele que viola a igualdade, de sorte que, evidentemente, o homem justo é, portanto, o que observa a lei e respeita a igualdade”.
Aristóteles revela ainda: “Somente a justiça, entre todas as virtudes, é o ‘bem de um outro’, visto que se relaciona com o nosso próximo, fazendo o que é vantajoso a um outro, seja um governante, seja um associado. Ora, o pior dos homens é aquele que exerce a sua maldade tanto para consigo mesmo como para com os seus amigos, e o melhor não é o que exerce a sua virtude para consigo mesmo, mas para com um outro; pois que difícil tarefa é essa”.

Refletindo sobre as palavras do filósofo, depreende-se que a justiça, “a estrela mais brilhante de uma constelação”, está longe de concretizar-se plenamente em nosso meio. A Cidade justa, tão sonhada por Aristóteles, não passa de uma Cidade injusta, que é aquela onde o governo está nas mãos dos que não pensam no bem da polis e lutam por seus interesses particulares, pela honra ou pela glória.

Sena Madureira, minha amada cidade natal, vive atualmente um momento catastrófico em sua política. Pessoas picaretas, muitas ascendidas ao poder por causa da enorme estrutura econômica que as acompanha, há tempos enganam, roubam e manipulam um povo tão sofrido, trabalhador e honesto.

Nas eleições de 2008, testemunhamos a falta de ética e escrúpulo de um político que é acusado de usar o nosso dinheiro para pagar as despesas de campanha eleitoral, especificamente de um comitê eleitoral. Nem se fala ainda de alguns cheques da Câmara Municipal os quais foram ao espaço, sumiram simplesmente.

O prefeito de Sena Madureira sabe muito bem que, embora seja protegido por um poderoso grupo político do Estado, deverá responder e explicar-se sobre um caminhão que foi retido cheio de telhas, a serem entregues aos eleitores. Além disso, espera-se da Justiça uma resposta plausível sobre as supostas fraudes no resultado das últimas eleições, sendo que, ao serem cruzadas as informações dos livros de assinaturas dos eleitores, foram encontrados casos de pessoas que assinaram a lista em 2006, mas colocaram a digital no ano passado, como se fossem analfabetas. Em algumas seções, os eleitores votaram, porém não assinaram o livro; em outras, as assinaturas simplesmente não conferem.

Para completar o caos, o audacioso prefeito, administrador de um município com cerca de 40 mil habitantes e com a maioria da população situada na linha de pobreza, aumentou seu próprio salário, de 9 mil reais, para 14 mil reais. Chega a ganhar agora mais que o prefeito de São Paulo (R$ 9.339,04), mais que o governador de Minas Gerais (R$ 10.500) e, vergonhosamente, mais que o presidente Lula (R$ 11.420,21).

Sinceramente, como sena-madureirense, sinto-me envergonhado. Meus pais e toda a minha família, moradores em Sena Madureira, não merecem viver sob a custódia de gente tão irresponsável e indecorosa. Ao mesmo tempo em que estes governantes pensam no bolso deles e empregam membros da família no poder público, milhares de famílias são vítimas dos traficantes nas periferias, as crianças prostituem-se, as ruas estão encobertas pela lama, a nossa floresta é concedida para a destruição, as escolas não têm merenda e os postos de saúde não oferecem medicamentos.

O prefeito, que já foi acusado pelos seus atuais aliados de sucatear a Fundhacre e já foi secretário de Normando Sales - ex-prefeito que fugiu de Sena debaixo de ovos -, precisa refletir acerca de seus atos e, para o bem de todos, abdicar do cargo que lhe foi confiado, isto é, se os 9.555 votos existiram realmente.

Os cidadãos de Sena Madureira não podem permanecer inertes, acomodados. Devemos salvar a nossa cidade do perigo. Urge-nos fiscalizar, criticar e protestar contra qualquer tipo de desmando e banditismo em relação aos cofres públicos, visto que nestes está o dinheiro oriundo de nosso suor.


*Jaidesson Peres, 19 anos, é natural de Sena Madureira e acadêmico do 5º período de Comunicação Social/Jornalismo, do Instituto de Ensino Superior do Acre- Iesacre.
jaidessonperes@hotmail.com

sábado, 13 de junho de 2009

Celibato: o calvário do Vaticano

O atual presidente do Paraguai, Fernando Lugo, e até, recentemente, bispo da Igreja Católica, não teria se candidatado à presidência de seu país se soubesse que várias mulheres pediriam o direito de reconhecimento de paternidade de alguns filhos dele na Justiça. Nem o próprio Lugo sabe quantos filhos ele fez neste mundo, palavras confirmadas por um de seus assessores.

Os fatos demonstram que o celibato dos padres no maior grupo religioso do mundo é uma coisa anacrônica, ou melhor, nunca deveria ter sido praticado, pois, até na Igreja Primitiva, de acordo com a Bíblia, era permitido aos presbíteros casar-se.

Os atuais escândalos de pedofilia que abalam o Vaticano e têm levado muitas dioceses a falir, em conseqüência das indenizações milionárias a algumas famílias, resultam de uma regra eclesiástica que remonta do século III e que provoca até hoje profundas marcas em muitos fiéis.

Em quase todas as religiões, os sacerdotes podem casar-se, ter filhos e viver uma vida normal. No entanto, o catolicismo romano, em todos os seus concílios, sempre optou pelo celibato, algo que, para mim, atualmente, mostra-se desnecessário e irracional.

O desejo, inerente ao ser humano, não pode ser reprimido, mas realizado, e na medida certa, assim como ensinavam os epicureus. Casos envolvendo padres com crianças devem ser creditados às autoridades católico-romanas, as quais nada fazem para prevenir e punir os abusos cometidos nas sacristias, ao contrário, protegem ou simplesmente mudam o endereço dos sacerdotes.
Enquanto a Igreja papista age com tanta veemência perante um aborto cometido em Pernambuco, age com a imbecilidade de proibir o uso de preservativos e tenta criminalizar o homossexualismo, centenas de padres depravados celebram a missas normalmente, atitude que, com certeza, Jesus Cristo reprovaria e condenaria ao inferno, recurso que o cristianismo usa tanto para amedrontar seus seguidores.


*Jaidesson Peres, 19 anos, é natural de Sena Madureira e acadêmico do 5º período de Comunicação Social/Jornalismo, do Instituto de Ensino Superior do Acre- Iesacre.jaidessonperes@hotmail.com

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Glória Perez pode, Marina não. Duas leis?

No avião, Glória Perez, avisa pelo Twitter que está a caminho do Acre


A acriana Glória Perez - escritora de novelas da Rede Globo – avisou, através de seu Twitter, a cerca de oito horas, que estaria a caminho do Acre.

Aproveitamos a vinda da novelista para lembrar. Existem duas leis que regulamentam a denominação de instituições públicas?


Sabe-se que não. Pois, no Acre, a lei vale para Marina Silva, mas para Glória Perez parece não ter o mesmo valor. Silva foi homenageada com seu nome na Biblioteca da Floresta, no entanto, o ato ilegal, foi desautorizado pelo Ministério Público Federal.

Já uma escola pública no bairro Xavier Maia permanece com o nome da global, Perez.

Instituições públicas devem obedecer à regra da impessoalidade, tais homenagens, devem ser prestadas somente aos mortos. Sabe-se que Glória dispõe de muita vitalidade. Fazer promoção pessoal com dinheiro público não é nada legal. Porém, é costume global.

Sigam Glória Perez: http://twitter.com/gloriafperez



Foto do Twitter de Glória Peres

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Testemunhas dizem que Nilson Areal doou telhas em troca de votos



Jaidesson Peres

Depois de terem modificado parcialmente a versão dos fatos em juízo, as irmãs Ana Paula Martins de Oriar e Ana Maria Martins de Oriar resolveram levar em frente as acusações que pesam contra o prefeito de Sena Madureira, Nílson Areal, por compra de votos em troca de telhas. Em depoimento prestado à Polícia Federal no mês de junho, no mesmo dia em que a juíza Thais Queiroz Borges cassou o mandato de Areal, as irmãs Oriar declararam que, de fato, as telhas foram entregues na residência de seu pai, José Pereira de Oriar, e quem as doou foi o prefeito. Na ocasião, as mulheres disseram que o motivo para terem mudado a versão dos fatos perante a Justiça se deve a um homem conhecido por Chico Conegune, o qual teria pedido para não incriminar Nílson Areal.

O acontecimento em questão reporta-se à denúncia anônima de 29 de setembro de 2008 pela qual se apreendeu uma caminhonete Toyota no bairro Ana Vieira, placa MZT 6366, dirigida por Everaldo Pinheiro Gomes Martins e Ednilson Alencar de Almeida, em que havia 155 telhas de amianto. O veículo pertencia à Cerâmica Silveira e, segundo a apuração da PF, estava sendo usado para distribuir telhas aos eleitores do bairro Ana Vieira, a mando do então candidato Nílson Areal.

Por meio de informações do motorista da caminhonete, os agentes da PF recolheram ainda mais 20 telhas de amianto pertencentes a José Pereira de Oriar, as quais supostamente teriam sido entregues e doadas por Nílson Areal às suas filhas - Ana Paula Martins de Oriar e Ana Maria Martins de Oriar. Também o motorista informou que já tinham sido entregues outras 15 telhas a Benedita Silva Ferreira e a Marivaldo de Souza Ferreira, dessa vez oferecidas pelo cabo eleitoral Antônio Pereira da Silva.

Outro fato incluso na investigação da PF se refere à doação de 180 reais, atribuída a um partidário chamado Francisco Joaquim de Lima, dirigida a Luciano da Silva Araújo para comprar 20 telhas na Cerâmica Silveira.

Conforme o parecer da juíza de Sena Madureira, uma reunião política se realizou na casa de uma senhora identificada como Juliana, no bairro Ana Vieira (às vésperas das eleições), onde estava o prefeito Nílson Areal. As irmãs Oriar aproveitaram a oportunidade para pedir ao prefeito telhas para cobrir a casa delas. O prefeito logo negou, mas depois afirmou que poderia conceder o pedido. Areal teria perguntado se confiaria nelas, quando uma teria dito que os votos estavam garantidos e não contaria nada a ninguém.

Nos três depoimentos, as irmãs Oriar mostraram contradição em relação ao documento que permitia a posse das telhas. A versão mais verossímil, segunda a juíza, seria a do pai delas, José Pereira de Oriar. Ele sustentou que as filhas chegaram de uma reunião na qual estava o prefeito e entregaram a elas um documento pedindo-lhe para solicitar na Cerâmica Silveira a entrega das telhas. José foi à cerâmica com o documento, e o entregou aos funcionários, depois voltou a recebê-lo quando as telhas chegaram à sua casa.

Em juízo, outra testemunha repete que foi visitado por Areal, o qual entregou um papel para autorização de entrega das telhas pela Cerâmica Silveira. Sebastião Freire Dias conta que entregou o documento ao comércio para entrega na residência de Francisco Faustino, entretanto as telhas não chegaram ao lugar indicado. De acordo com Sebastião, o prefeito nessa ocasião visitava a casa da irmã dele, onde não pediu votos, nem distribuiu “santinhos”. Relata o pedido de 50 reais que fez a Areal, sendo que o dinheiro foi entregue no mesmo dia, por um rapaz desconhecido.

Quanto à Cerâmica Silveira, um fato chama a atenção. A empresa é propriedade de Antônio Gadelha da Silveira, famoso na cidade pelo apelido de “Paciência”. Paciência é dono também da construtora Konstruir e aliado incondicional de Nílson Areal. As duas empresas são responsáveis pelo fornecimento de material de construção à Prefeitura. Além do mais, Chico Conegune, o que se empenhou para que a família Oriar mudasse de opinião no interrogatório, é um empresário que executa várias obras da Prefeitura.

Areal venceu as eleições contra a sua adversária Toinha Vieira por 9.555 votos, mas tem seu mandato sub judice em decorrência da suspeita de compra de votos. O julgamento do mérito do recurso impetrado pela coligação Frente Popular de Sena ocorre nesta quinta-feira, 19. Questionou-se ainda o resultado das eleições em Sena Madureira em razão dos fortes indícios de fraudes no processo eleitoral.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Pesquisa da Fecomércio aponta investimentos na composição e renovação de estoques para o Natal



Jaidesson Peres/Assessoria Fecomércio



A Federação do Comércio- Fecomércio- realizou uma pesquisa de 16 a 20 de novembro com 183 empresas do comércio de varejo de Rio Branco para saber o ambiente de preparação para o Natal.


Para 97% dos empresários ouvidos pela pesquisa, o aumento do emprego, a diminuição dos juros e o crédito fácil são sinais positivos para a economia. Essa avaliação favorece investimentos operacionais, sobretudo na composição e renovação de estoques.


De acordo com 58% dos entrevistados, o recebimento do estoque adquirido ocorrerá entre a segunda quinzena do mês de novembro, e 24% acreditam que na primeira quinzena do mês de dezembro. Os demais informaram que já estão com o estoque abastecido.


A expectativa de aumento de vendas no período do Natal de 2009 é confirmada por 66% dos comerciantes, os quais aumentaram o número de pedidos em relação aos do Natal de 2008.


O interesse para comercializar produtos importados é observado em 33% dos contatados. Segundo eles, os importados representam mais opções para o mercado de consumo interno (16%), outros afirmam que estes têm qualidade superior aos nacionais (12%), assim como há aqueles que responderam ser possível haver preços mais atrativos para o cliente (8%), com a oferta de produtos oriundos de importação.



Quanto às estratégias para vendas, 14% apostam nas promoções, seguidos de 13% que apontam o prazo do parcelamento ofertado.


A fiscalização é a forma mais eficiente para coibir o comércio informal na opinião de 70% dos empresários, bem como trabalhar com preços menores seja uma reação competitiva para a concorrência desleal.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Atos secretos do Senado: A prova da má fé


Senador Cristovam Buarque dá sua versão sobre seu nome incluso na lista

Há atos secretos que beneficiam senadores amigos. E há atos secretos que servem para prejudicar e constranger senadores que não fazem parte deste “clube”, parlamentares que são independentes e optaram por serem amigos do Brasil. Atos que são secretos com o objetivo de - caso tudo viesse à tona, como aconteceu agora - tentar manter esses senadores calados. Cristovam Buarque foi vítima desse segundo tipo de ato.

Vamos aos fatos:
A mulher de Cristovam, Gladys, é funcionária da Câmara desde 1983. Vinte anos depois, ela foi cedida, sem ônus para o Senado, para o gabinete do então senador João Capiberibe. Naquela época, essa troca de funcionários entre a Câmara e o Senado, mantendo a pessoa na folha de pagamento de seu órgão de origem, sem custos para o órgão para o qual ela fosse cedida, era comum. Na mesma situação, sem ônus para o Senado, ela foi transferida, em 2006, para o gabinete do então senador Sibá Machado, suplente da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Em 2007, ela passaria para o gabinete da liderança do PDT, liderado na época pelo senador Jefferson Peres, falecido no ano passado. Nesse momento, as regras no Legislativo mudaram, e a cessão deixaria de ser sem ônus para o Senado. Gladys passaria a receber uma gratificação de R$ 1,5 mil. Ela não aceita isso. Não queria custar um centavo para o Senado. Pede, então, para voltar para a Câmara. O ato de nomeação de Gladys foi, então, tornado sem efeito. Ela não chegou sequer a tomar posse. Ela não recebeu um dia sequer dessa gratificação do Senado.
O que aconteceu? O ato de nomeação dela para a liderança do PDT - cargo que ela não chegou a exercer - foi publicado. No entanto, estranhamente, o ato que torna a nomeação sem efeito não foi publicado (ver abaixo).

Este ato nomeou Gladys. Foi publicado. O ato abaixo tornou a nomeação sem efeito. Note que está escrito claramente que ela nem sequer chegou a tomar posse. Por um erro de impressão, a data do ato abaixo é "O" de março de 2007. Mas, em cima, está clara a data da sua publicação: 2 de março de 2007.


No que uma situação dessas beneficiaria Cristovam? Se ele, pessoalmente, quisesse esconder alguma coisa, esconderia a nomeação de Gladys. Essa nomeação foi tornada pública. Agora, alguém que quisesse criar uma confusão para no futuro constranger o senador, esconderia o ato que a devolveu para Câmara. Porque aí, pareceria a quem quer que pesquisasse que a mulher de Cristovam ainda se encontrava no Senado, num cargo no qual ela nem tomou posse.

Sem dúvida, isso sim, uma atitude de má fé, para passar a impressão de que todos os senadores são iguais, de que ninguém tem moral para cobrar nada dos outros. Para criar um pacto de silêncio que só beneficia quem gosta de fazer falcatruas. Cristovam não vai cair nessa armadilha. Continuará, como fez na segunda-feira ao sugerir ao presidente do Senado, José Sarney, que tirasse uma licença, cobrando duramente atitudes concretas para tirar o Legislativo da crise em que se encontra.

domingo, 3 de janeiro de 2010

2009-2010

A mídia na montanha russa
Por Washington Araújo
O ano que está com suas horas contadas será conhecido como aquele em que a mídia brasileira embarcou na montanha russa no exato momento em que esta começava a descida vertiginosa. E tantos foram os altos e baixos verificados nos doze meses que havermos sobrevivido já parece algo digno de comemoração.

Fazer crítica dos meios de comunicação é muitas vezes trabalho inglório. Há que se ler nas entrelinhas e não deixar que estas sejam esmagadas pelas linhas, há que se discordar das grandes maiorias e muitas vezes erguer barricadas para defender minorias. E, caso seja bem sucedido, ao final do ano há aquele traço amargo na boca de que tiramos muito leite de pedra, jogamos muita pedra na lua, escalamos montanha nevada, chovemos no molhado, nadamos muito para logo em seguida... morrer na praia. Por que tantos lugares-comuns, tantas expressões surradas em um mesmo parágrafo? Porque foi isso mesmo o que aconteceu. O que tinha de acontecer aconteceu. Ou seja:

** A novela líder de audiência foi produzida pela TV Globo. A realidade indiana foi tão falsificada e pasteurizada que, mesmo tendo estado na índia, não consegui deixar de vê-la como se nota de 3 reais fosse. Os exageros e estereótipos, a brincadeira levada a sério de crendices exacerbadas foi constante e a música produzida por máquinas entreteu nossa parte máquina quando não exauriu nossa capacidade auditiva.

** Os jornais impressos passaram inúmeros solavancos ao longo do ano. "É a rentabilidade, estúpidos!" podíamos ouvir em Londres, Nova York, São Paulo e Berlim. Acessar notícias na internet nunca foi tão fácil nem tão corriqueiro. Jornais e revistas lutaram a luta dos desiguais. Algumas vezes contra o relógio. E foram furados pelos meios virtuais em um placar de 365 a zero. Isso porque uma vez impresso nada mais se pode fazer com a notícia publicada. Mas no mundo dos bits tudo é atualizado, minuto a minuto. E ainda se corre o risco de antecipar o desdobramento dessa ou daquela notícia. Daí que algumas personalidades morreram numa hora e ressuscitaram noutra hora, não noutra vida.

Direitos humanos

** Cultura inútil e tempo desperdiçado com gente desesperada para ganhar o prêmio maior de 1 milhão de reais continuou acontecendo ao longo dos primeiros três meses do ano na TV Globo: os heróis de Pedro Bial, aquele autor da biografia do "Doutor Roberto", imparcial como ela só, transformou as pequenas misérias humanas em arremedo do sombrio futuro predito por George Orwell, em 1984. Claro que estamos falando do Big Brother Brasil. Como perseguir pontos no Ibope é o que mantém canais de televisão, não tardaria que a TV Record apostasse nas mesmas misérias humanas contadas, dessa vez, a partir de uma fazenda. Que poderia ter se chamado "As chuvas de Ranchipur em sítio de Itu", haja vista a ocorrência de chuvas dia sim e dia não também. Nem Lana Turner agüentaria a chuvarada. Mas a força do dízimo e a espontaneidade de Britto Junior pareceram imbatíveis. No quesito desvalorização da condição feminina, o BBB9 ultrapassou a fronteira do bom senso: colocou uma moça vestida de galinha pondo ovo a cada hora cheia. Ao longo de 24 horas. Será difícil A Fazenda bater a Globo, mas nunca se sabe...
** A Folha de S.Paulo deixou de correr atrás da notícia para ser, ela mesma, a notícia. Em três momentos embarcou na canoa errada: minimizou o golpe de 1964 como sendo a tal "ditabranda", publicou um dossiê falso de Dilma Rousseff e concedeu página inteira para Cesar Benjamin nos falar de um Lula absolutamente desconhecido ao tempo em que desconheceu princípios básicos do fazer jornalístico: apurar as informações, ouvir as partes, dar tratamento equânime ao contraditório.

** A revista Veja continuou em sua cruzada "vai pela direita, que é mais seguro, sempre": Che Guevara é uma invencionice de muito mau gosto; Eduardo Galeano é um historiador às avessas, um MSN (muito sem noção); João Pedro Stedile é influenciado pelo capeta, melhor, é o próprio capeta; Mercedes Sosa recebeu um dos piores obituários jamais publicados pelo carro-chefe da Editora Abril, sendo retratada como "a cantora do bumbo argentina que morreu de doenças associadas ao subdesenvolvimento latino-americano, como o mal de Chagas".

** O jornal Estado de S.Paulo não conseguiu o apoio esperado de seus congêneres na sua luta contra a censura e em algumas semanas era o próprio exército Brancaleone, aquele do "eu sozinho".

** O Correio Braziliense, de Brasília, se portou como a cinquentona Carolina, aquela da música do Chico Buarque: viu todo mundo comendo panetone mas não noticiou uma linha que deixasse o governador José Roberto Arruda mal na foto. Estranho ser furado por jornais de todo o Brasil, não é?

** O intolerante presidente iraniano Mahmud Ahmadinijad veio ao Brasil logo após Shimon Peres (Israel) e Mahmoud Abbas (Palestina). Os protestos àquele que discrimina mulheres e homossexuais, que persegue membros da religião bahá´í até a morte e que deseja varrer Israel do mapa, além de dominar o ciclo da energia atômica, receberam pouca atenção dos meios de comunicação. Ao invés de enquadrar o incômodo visitante como violador contumaz dos direitos humanos em seu país, a opção foi para festejar os 62 contratos comerciais firmados durante a visita entre o Brasil e o Irã. Pragmatismo do governo até se entende, mas pragmatismo da imprensa que tanto louva a liberdade de expressão é, no mínimo, inaceitável.

Pesos e medidas

Um ano de bate-boca, papo de botequim e briga há bem poucos metros do meio-fio. Nenhum dos Poderes da República ficou sozinho no palco. Começou com Suas Excelências Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa no austero ambiente do Supremo Tribunal Federal – trocando toras e não farpas em espetáculo deprimente de grosseria poucas vezes testemunhado por aquelas paredes brotadas da prancheta de Oscar Niemeyer.

No Senado o clima esquentou o ano todo: Eduardo Suplicy dando cartão vermelho a José Sarney e a Heráclito Fortes e depois, algumas semanas depois, vestindo cueca vermelha a pedido de Sabrina Sato; Pedro Simon desenterrando bastidores da trajetória política de Fernando Collor e Renan Calheiros e recebendo severa reprimenda de Collor bem ao estilo "engula suas palavras e as digira como achar melhor"; Tasso Jereissati e Renan Calheiros se estranhando como nunca antes e evocando manjadas figuras da política nordestina (coronel/cangaceiro adjetivados de forma pouco usual); e no Executivo ainda tivemos o ora famoso discurso presidencial no Maranhão, ocasião em que palavrão foi escolhido por melhor sintetizar a situação em que os pobres do país vivem.

Para variar mais um ano em que a doença contagiou muito mais que a saúde. O Brasil brilhou mais (muito mais!) na imprensa estrangeira. Não houve mês em que o país não estivesse nas primeiras páginas de jornal influente como The New York Times, The Times, Le Monde, El País, e não houve mês em que o Brasil deixasse de ser tema de ampla reportagem em caderno especial de revistas vistosas como Der Spiegel e Newsweek. O traço comum foi exaltar o Brasil como país do presente e não mais do futuro.

Aqui, Lula foi ridicularizado quase que invariavelmente. Lá fora Lula foi receber prêmios importantes como o concedido pela Chattam House de Londres, foi escolhido "uma das 100 pessoas mais influentes do mundo" pelos principais órgãos da imprensa norte-americana e espanhola. Aqui o apagão de algumas horas virou coqueluche nacional sem direito aos contumazes boxes "entenda o caso" para dar conta do "outro apagão", aquele que infernizou a vida dos brasileiros com o racionamento de energia e custou ao país 45 bilhões de reais, tendo a taxa de crescimento da economia brasileira caído de 4,3% em 2000 para 1,3%, em 2001.
Pois bem, este foi o ano de dois pesos, duas medidas. Esperemos o que 2010 nos reserva, além da Copa do Mundo na África do Sul em junho e as eleições presidenciais, em outubro.

Feliz ano novo.
Observatório da Imprensa

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sena agradece a decisão do TRE

Jaidesson Peres

Ao contrário de outras decisões, hoje o Tribunal Regional Eleitoral fez jus à campanha do ano passado contra a compra de votos. Apesar de uma decisão apertada, quando três membros votaram contra a cassação e três a favor, Arquilau de Castro Melo, presidente do TRE, sensato e preocupado com a democracia, preferiu manter a decisão da corajosa juíza de Sena Madureira.

Sabemos que em Sena Madureira, assim como em todo o Estado, a compra de votos é uma prática corriqueira. São muitos os politiqueiros que se utilizam da ignorância e da pobreza dos eleitores. Ganham os pleitos por meio do dinheiro, das riquezas!


Mas, para a alegria dos que não concordam com a corrupção e com essa plutocracia que se instalou em nossa terra, a Justiça cassou o mandato do prefeito que mais envergonhou os sena-madureirenses, do prefeito que mais acumula denúncias em sua gestão. Foi uma vitória para a democracia, não para a oposição!

A livre e espontânea vontade da população deve prevalecer sobre qualquer tipo de esquema ou fraude. Não podemos dar tempo para pessoas acusadas de desviar nosso dinheiro, de gerir mal os recursos públicos.

Creio que, a partir de hoje, remediou-se um câncer maldito que apodrece a democracia. Ficará na história essa decisão. Teremos orgulho de contar a nossos filhos e netos, futuramente, que em Sena Madureira não há espaço para práticas ilícitas na política. Que venham novos ares!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Sesacre promove encontros para discutir prevenção de acidentes e violência contra idosos

Jaidesson Peres

A Secretaria de Estado de Saúde realiza uma capacitação para prevenir acidentes e violências na população idosa, de 5 a 7 de maio, no auditório da Delegacia Regional do Trabalho, a partir das 8 horas. No dia 8, no mesmo local, um seminário será promovido com o objetivo de evitar acidentes com idosos nos transportes coletivos terrestres.

O primeiro evento é dirigido a 20 profissionais, com formação superior, dos serviços de atenção básica e assistência de saúde de 10 municípios acreanos com mais de 15 mil habitantes. Para o seminário, foram convidados motoristas e cobradores de ônibus e vans.

Participam dos encontros a gerente do Departamento de Vigilância em Saúde, dra. Marize Lucena, a gerente do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas- Dape-, Gerlívia de Melo Angelim, a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, dra.Luiza Horta, a gerente da Divisão da Saúde do Idoso, Rossy Ramos, a gerente da Vigilância das Doenças e Agravos Não Transmissíveis, Carla Diana Mendes, a representante do Ministério Público, Gilcely Evangelista, dra. Ellen Pernin, técnica da Coordenação Nacional de Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, e o secretário de Estado de Saúde, Osvaldo Leal.

Na ocasião, será discutido o Estatuto do Idoso; a saúde do idoso e a prevenção da violência; aspectos relevantes da saúde e envelhecimento; conceito, dados epidemiológicos e tipologia da violência; prevenção de acidentes com idosos; violência institucional, etc.

Os idosos estão hoje em 26% dos lares brasileiros. Dentre os crimes mais comuns cometidos contra eles estão os maus tratos, desvio de proventos e bens – freqüentes quando o idoso está dependente- e discriminação. No país, apenas 25% das pessoas acima de 60 anos ganham três salários mínimos ou mais.

No trânsito, as queixas da população idosa se referem às longas esperas nos pontos de ônibus e aos arranques feitos por motoristas que não esperam a acomodação nos assentos. A queda é um fato comum e trágico na terceira idade, pois, além dos problemas médicos, apresenta custo social, econômico e psicológico.

A cada ano que se passa, no Brasil, cerca de 650 mil idosos são incorporados à sociedade. Segundo o Censo 2000, a população brasileira com idade igual ou superior a 60 anos chega a 14,5 milhões de habitantes, representando 9,1 % da população. No Acre, a terceira idade corresponde a 5,44% da população geral do Estado, ou seja, são 37.403 (mais de 60 anos) segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Assessoria Sesacre

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Curso de fotografia do Sesc promove exposição

Jaidesson Peres/Assessoria Fecomércio

Ocorre nesta sexta-feira, 31, a partir das 19 horas, a abertura da exposição de fotografias no Salão de Exposições do Serviço Social do Comércio - Sesc-, ao lado da Catedral. O objetivo é mostrar o olhar fotográfico individual dos 26 participantes do curso de fotografia, que começou em junho.

Nas oficinas, os alunos puderam pensar sobre a fotografia, questões éticas e estéticas do fotografar. Os encontros foram coordenados por Antônio de Alcântara e neles os participantes praticaram diversos tipos de fotografias.

O curso chamado Fotoolhar realizava-se de segunda-feira a sábado, dividido em dois módulos, cada qual com 60 horas.

Na exposição, há temas livres, pois cada aluno optava por retratar o que lhe mais agradava. Em relação às tonalidades, haverá fotos em preto e branco, coloridas e sépias.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Pesquisa aponta desejo de compras para Dia dos Pais


Jaidesson Peres/Assessoria Fecomércio

O Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Acre- Ifepac- realizou uma pesquisa dirigida a 201 empresas e a 198 consumidores entre os dias 28 e 31 de julho sobre a expectativa de mercado para o comércio de varejo no Dia dos Pais. O resultado aponta a crise financeira como responsável por alguns prejuízos, principalmente em relação ao aumento da carteira de clientes inadimplentes. Entretanto, a maioria dos consumidores expressou que o sentido do consumo para o Dia dos Pais se sobrepõe a qualquer aspecto negativo originado da crise.


O estudo atesta que no período que antecede o Dia dos Pais, comparado com o de 2008, 53% dos empresários acreditam no aumento das vendas, 33% esperam o mesmo nível e 14%, a diminuição. Quanto às estratégias para vender, 58% prevêem a concessão de descontos à vista, 33% preferem a forma parcelada com preços à vista e 6%, com cartão de crédito ou cheques.

De acordo com a pesquisa, 34% das empresas são influenciadas para o ajuste nos preços de vendas em decorrência das constantes inovações nos estoques. Outros ajustes ocorrem por causa dos juros cobrados no mercado ou em virtude da inflação.

Constatou-se ainda que, segundo a sondagem feita a moradores de 56 bairros de Rio Branco, as roupas, perfumes, calçados e aparelhos celulares serão os presentes mais requisitados pelos consumidores. 57% dos entrevistados pretendem homenagear seus pais com presentes cujos preços variam entre 20 reais e 80 reais.

A previsão é de que 51% dos consumidores paguem suas compras preferencialmente à vista. No entanto, 25% declararam pagar por meio de parcelas, desde que não haja juros.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Acrianos opinam sobre possível candidatura de Marina Silva à Presidência

“Marina presidente é ótimo para o planeta. Ela tem um verdadeiro projeto de sustentação do meio ambiente, da vida”.

Carlos Augusto Vieira Lima, 52 anos. Atendente da farmácia.

“Maria Silva é um bom nome, tem uma trajetória de luta impecável e a causa que ela defende é muito importante para a atualidade, que é o desenvolvimento sustentável”.

Jaidesson Peres, 19 anos. Asssessor de imprensa.


“É ótimo que ela seja candidata. Isto só engrandece o Acre”.

Raimundo Nonato da Silva Pinto, 40 anos. Gerente comercial.


“Muita gente gosta dela, isso é legal. Vai haver uma divisão dos votos, o que é positivo”.

Jorge Kennedy, 25 anos. Gestão de tecnologia da informação.

“Não voto nela. Não gosto do PT. Mesmo que ela saia continuará com as ideias do PT”.

Akassyo Lima, 17 anos. Estudante.


“Sua candidatura não influi nem contribui”.

Frank Arnaldo, 20 anos. Estudante.

“Ela tem ideias muito radicais. Precisamos de pessoas para desburocratizar as nossas políticas. Com ela houve atraso de 3 anos na liberação das hidrelétricas do Madeira”.

Clécio Almeida, 47 anos. Microempresário.

Dê sua opinião: envie para o e-mail: ed1000sonalves@gmail.com



sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sociedade mobiliza-se para traçar estratégicas de controle do tabagismo

Jaidesson Peres/Assessoria Sesacre

Diversos setores da sociedade, juntamente com a Secretaria de Estado de Saúde- Sesacre- e técnicos do Instituto Nacional do Câncer, reúnem-se de 3 a 6 de agosto, no auditório do Departamento de Vigilância em Saúde, para trocar experiências e alinhar estratégias para nortear as ações referentes à gestão do controle sobre o tabagismo no Acre, seguindo recomendações globais determinadas pela Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco – documento da Organização Mundial de Saúde o qual conta com a adesão de mais de 160 países.
Segundo a gerente da Divisão de Agravos Crônico-Degenerativos do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas, Adriana Lobão, a meta é internalizar cada vez mais a temática do tabagismo nas ações das Secretarias de Saúde. “Essas oficinas que ocorrerão nesses dias se justificam pela necessidade de implantação das ações de prevenção e controle do tabagismo”, explica.

Dados de 2008 da pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico- Vigitel-, do Ministério da Saúde, revelam que Rio Branco é a sexta capital do país em número de fumantes (18,1%). Estratificando-se por sexo, Rio Branco encontra-se em 1º lugar quanto ao número de mulheres fumantes (17,5%).

“Apesar dos esforços da saúde no controle do tabaco, as últimas pesquisas demonstram que precisamos avançar muito, melhorar a integração das ações nos Estados e municípios”, argumenta Lobão.

Os temas prioritários a serem trabalhados no evento envolvem o perfil epidemiológico do tabagismo e câncer de colo do útero e mama no Acre, prevenção do fumo nas escolas – Programa Saber Saúde-, ambientes 100% livres da fumaça de tabaco e tratamento do tabagismo.
Convidaram-se os representantes da Organização Pan-Americana de Saúde- OPAS-, das Coordenações Municipais do Controle do Tabagismo, das Divisões Técnicas da Sesacre, do Hospital do Câncer, da Secretaria de Estado de Educação, do Conselho de Secretários Municipais de Saúde, do Ministério Público Estadual, deputados estaduais e vereadores.