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Por Mário Mendes
Meus caros amigos leitores, meus caros cidadãos acreanos; irmãos acreanos. Quero expor minha indignação, tristeza, amor ao próximo. Quero expor meu coração, meus sentimentos e destacá-los acima dos meus direitos de cidadão brasileiro, expressos na constituição, ou de qualquer convicção religiosa, política ou filosófica que possa vir a ter. Sei que é difícil despir-me destas vestimentas, mas busco falar do que vejo, do que sinto, do que tenho respirado e este ar tem causado mal para mim. Talvez eu respire um pouco melhor com este pequeno e gramaticalmente pobre texto.
Começo dizendo que meu coração tem sangrado diante da criminalidade contra a vida praticada neste Estado. Minha alma indigna-se diante da verbalização e apatia de nossas autoridades administrativas e legislativas e minha mente confunde-se com as decisões do judiciário.
Quando não, sinto que não tenho mente, que não tenho alma. Sinto-me como um animalzinho assustado e desprotegido, fugindo das feras que buscam devorar-me. Sem força para me defender, sem força para defender meus filhotes.
Vejo meus irmãos sendo devorados todos os dias por estas hienas e pelos irresponsáveis embriagados ou não, que conduzem veículos neste quintal que chamamos de Capital do Estado do Acre.
Quando digo um quintal, busco enfatizar a desproporcionalidade entre o número de habitantes e o número de vítimas fatais. Essa desproporcionalidade, talvez faça de mim um homem injusto, pois me faz pensar em ineficiência, incapacidade, insensibilidade, irresponsabilidade, falta de respeito, da parte daqueles que receberam; e, pediram da população, incumbência para administrar e legislar sobre nosso Estado.
Até quando derramaremos lágrimas? Até quando gritaremos por socorro e não seremos socorridos? Até quando pediremos justiça e não a teremos? Até quando seremos bois em matadouro?
Alguém me disse, uma vez, que para a receita federal as pessoas deixam de ser humanos e passam a ser contribuintes. E para os que assumiram o poder neste Estado, quando voltaremos a ser vistos como seres humanos e deixaremos de ser apenas uma variável quantitativa de urna?
Hoje li a seguinte frase no site a gazeta: “As pessoas que mandavam
Mesmo sabendo que se não importem com meus sentimentos, mesmo sabendo do efeito de som de pio de pintinho das minhas mirradas palavras, continuo acreditando que muitos pios se podem transformar em som de grande trovão.
Com estas palavras acho que aliviei um pouco meu coração, mas continuo em uma cela fétida rodeado de chacais que buscam minha carne e minha alma, e toda prisão, principalmente a injusta, desperta no homem o desejo de um grito de liberdade.
Mário Mendes do Nascimento
Licenciado em Matemática pela Universidade Federal do Acre - UFAC.
Os demais acusados pelo crime, como o ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, já foram a julgamento
Agência Estado
Após 19 horas de julgamento, o Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Rio Branco, no Acre, absolveu na madrugada desta terça-feira, 10, os três últimos acusados de participação no assassinato do mecânico Agilson Firmino dos Santos, o Baiano. O crime ficou conhecido nacionalmente como o "crime da motosserra".
De acordo com o Tribunal de Justiça do Acre, o ex-comandante da Polícia Militar do Acre, Aureliano Pascoal, o tenente Pedro Pascoal e o comerciante Amaraldo Pascoal foram acusados pelo Ministério Público de participar do crime, ocorrido entre os dias 1º e 2 de julho de 1996.
Apesar dos promotores de Justiça Leandro Portela, Rodrigo Curti e Joana D'Arc Martins haverem se manifestado pela condenação dos acusados, os jurados decidiram pela sua absolvição.
A sentença foi anunciada às 2h40 pelo Juiz Leandro Gross, que presidiu a sessão de julgamento. Diante do resultado, o Ministério Público decidiu recorrer da sentença.
Os demais acusados pelo crime, incluindo-se o ex-deputado federal e coronel da Polícia Militar do Acre Hildebrando Pascoal, já foram a julgamento em setembro deste ano.
Liminar autoriza a comercialização de medicamentos sem prescrição em gôndolas
Janyne Godoy
Algumas farmácias e drogarias estavam começando a se adequar às novas regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa - que estabelece que medicamentos sem prescrição não podem estar ao alcance dos consumidores, como ocorre hoje normalmente.
Mas a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias - Abrafarma - conseguiu uma liminar na Justiça pela qual os estabelecimentos têm o direito de manter os medicamentos em gôndolas.
As novas regras deveriam ser cumpridas a partir do dia 18 de fevereiro e fariam com que todos os medicamentos ficassem atrás do balcão, a medida também proibia a venda de diversos produtos, como pilhas, refrigerantes, sorvetes, alimentos congelados e outros.
A Anvisa informou que irá recorrer da decisão.
Para Osmar Rozam, gerente de uma farmácia em Rio Claro, comercialmente o ideal é que os produtos possam ser comercializados em gôndolas, como ocorre hoje, mas em termos de saúde para a população ele acredita que as novas regras trariam mais benefícios, já que as pessoas não teriam acesso fácil aos medicamentos.
Osmar conta que a farmácia já começava a se adaptar às novas regras. "Estávamos montando uma gôndola interna para colocar os produtos, agora vamos utilizar para outro fim", fala.
Para a aposentada Ivone Cristina Santos, a Anvisa deveria pensar em outra forma de evitar que a população não tenha acesso aos medicamentos. "Poderiam então proibir de vender sem prescrição médica para realmente evitar que as pessoas consumam inadequadamente, com essa medida a única coisa que mudaria é que as pessoas teriam de enfrentar filas para comprar, sou a favor da liminar, que autoriza a venda de produtos diversos nas farmácias e também desses medicamentos sem prescrição, pois facilita", diz.