O caminho de Cuiabá ate Vilhena, em Rondônia, foi no minimo surpreendente por dois motivos. O primeiro é que ao contrário do que imaginávamos, a estrada estava ótima, com pouco tráfego de caminhões, e com lindas paisagens do Pantanal Norte e primeiros sinais da Amazonia para apreciarmos.
Foi o jogo da final do Mundial de Clubes de futebol, entre Barcelona e Santos, que nos reservou a segunda surpresa. Ninguém da equipe torce para o time da baixada paulista, mas todos são loucos por futebol e mesmo antes de deixarmos São Paulo ja havíamos decidido que pararíamos para ver o duelo. Na estrada, decidimos que a parada seria na cidade matogrossense de Cáceres.
Restavam apenas 10 quilómetros para chegarmos quando vi uma charmosa igrejinha na beira da br 364. Alguns metros depois, surgiu um casarão imponente com escadaria, uma grande porta de entrada e seis janelas na fachada. Raoni, que estava sentado ao meu lado no banco de trás, avisou:
- Eles estão vendo o jogo!
Fizemos o retorno na estrada e estacionamos o carro na frente do casarão, que agora tinha aspecto colonial, embora nada preservado. Na cara de pau, perguntamos se poderíamos asssistir ao jogo com eles. Eram três homens, uma mulher, duas criancas, dois cachorros e uma meia duzia de galinhas.
Assistimos ao show de Messi em uma pequena TV com o sinal bastante ruim. O jogo, no entanto, foi o que menos importou, pois conhecemos a história do anfitrião da casa – que nos rendeu a primeira entrevista para o documentário.
No final do dia, ja em Vilhena, discutimos as historias de Marcos, que está sem camisa na foto, e concluímos que as descobertas estão apenas começando.
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