AUTOATENDIMENTO

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Anvisa decide nesta terça-feira sobre proibição de emagrecedores

Farmacêuticos acrianos concordam com Anvisa no banimento dos medicamentos



Nesta terça-feira (4), a partir das 7h30, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decide sobre a retirada do mercado de medicamentos controlados para emagrecimento (os princípios ativos femproporex, dietilpropiona e mazindol).

O posicionamento da Agência é tido como claramente favorável a eliminação do mercado desses remédios sobre o argumento que os transtornos causados ao pacientes são maiores que os benefícios, contudo, a decisão vai levar em conta a visão da indústria farmacêutica e de médicos que prescrevem as substâncias – contrários aos argumentos da Anvisa-.
A farmacêutica acriana Larrisa Tavares diz ser favorável à proibição dos medicamentos em questão. “Os problemas cardiovasculares causados pelos emagrecedores são terríveis para quem faz uso desses medicamentos”, disse. Tavares ainda alerta para existência de um número considerável de pessoas que usam os medicamentos para fins estéticos quando deveriam ser de uso exclusivo de pacientes com obesidade grave.
Já o farmacêutico Gustavo Dias esclarece que o uso prolongando desses medicamentos acarreta “distúrbios metabólicos e quadro de depressão”. Para Dias, a ausência de conselhos médicos é outro grave problema. “Os médicos costumam apenas prescrever os medicamentos, na maioria dos casos não fazem o acompanhamento devido”, relata.

Para Edinele Sabóia, outra farmacêutica do Acre, os medicamentos deveriam ser acompanhados de uma dieta rigorosa, mas os pacientes não costumariam obedecer. Sabóia afirma ter perdido uma amiga que morreu depois de anos lutando contra o peso. “Ela morreu em complicações pós-cirúrgica de redução de estomago, mas antes disso sofreu muito com os efeitos colaterais dos emagrecedores que tomava”, conta.

A reportagem de ac24horas ouviu outros 15 farmacêuticos e todos são favoráveis ao banimento dos emagrecedores. O Brasil é o campeão mundial no uso dessas substâncias e a maioria acredita que a melhor saída para por fim ao título incômodo seria mesmo por fim a comercialização dos produtos.

A única dúvida que ainda paira sobre a decisão da Anvisa é se a substância sibutramina, o emagrecedor mais usado no país, entra ou não no rol de proibições, é esperar pelo resultado da reunião desta terça-feira em Brasília.

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