AUTOATENDIMENTO

quinta-feira, 17 de março de 2011

O E-mail da raposa


A oposição acriana patina na tentativa de mostrar Sarney como aliado, quando na verdade o presidente do Senado está mais para inimigo


A prova material é irrefutável, o teor do E-mail escrito pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e recebido pela deputada estadual Antonia Sales (PMDB-AC) somado aos desdobramentos já conhecidos por todos nós, evidencia que o esforço da oposição acriana é um tantinho legítimo, e, também medroso.


“A questão do fuso horário deve ser resolvida brevemente: no momento estamos esperando um parecer da Comissão de Constituição e Justiça, onde está sendo relatado pelo Senador acreano Petecão”, escreve José Sarney.


Oras, esse conteúdo mostra que Sarney agiu à moda Pôncio Pilatos, tratou de largar o problema do fuso horário nas mãos de senador Sérgio Petecão (PMN-AC), pois, não queria encrenca com a sua aliada Rede Globo da qual detém os direitos de retransmissão no Estado do Maranhão, alias por falar nisso, quando Sarney irá mesmo devolver o Maranhão para o Brasil?


No E-mail, Sarney chega até mesmo a achincalhar: “Assim que receber o processo de volta da Comissão de Constituição e Justiça homologarei a decisão”. O velho é o maior especialista em Senado que o Brasil possui. Ele já sabia que o ‘processo’ jamais voltaria para suas mãos porque o assunto é delicado demais e requer um esforço do tipo “atos secretos”.


Mesmo não nutrindo amores pelos Vianas do Acre, José não podia fazer muita coisa para ajudar, exatamente como não o fez, no nada ficou. Mas a oposição acriana tem medo de admitir que estejam num barco à deriva. A matéria que pretende restituir a hora legal, científica e natural do Acre que foi apresentada pelo senador Pedro Taques (PDT-MT) não vai ao plenário do Senado, pode sair aprovada por decisão terminativa de uma comissão direta para Câmara dos deputados, e, adivinhem!. É por lá que o circo pode pegar fogo.



Os senadores, incluíndo: José Sarney, Jorge Viana, Pedro Taques, Demóstenes Torres, Eunício Oliveira não poderiam ser “condenados” porque em tese esforçaram-se para dar “legalidade” ao referendo, e, quando a matéria for derrotada ou engaveta pela Câmara, vão propagar aos ventos: “A culpa é dos deputados”, mas, talvez, a culpa seja atribuída aos acrianos que insistiram tanto por tornar estas terras num pedaço do Brasil. Se ainda fossem da Bolívia, o horário poderia mante-se em seu estado natural, uma vez que em nada atrapalhariam as planos comerciais da emissora que constitui-se sobre o sangue de muitos brasileiros mortos pela aliada Ditadura Militar brasileira.
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