O senador acriano Jorge Viana (PT) parece certo ao afirmar que o assunto do horário do Acre está ‘contaminado politicamente’. Em exposição de motivos, o senador matogrossense Pedro Taques (PDT) afirma que a mudança da hora legal do Estado não respeitou a natureza e foi pautada por interesses políticos. “Com todo respeito a essa criação [lei 11.662/08 autoria de Tião Viana] legislativa, essa lei só levou em conta aspectos políticos, não levou em conta aspectos científicos e naturais da realidade da população do Acre”, disse Taques.
Outro fato político, acredita Pedro Taques, seria aprovar o referendo sem a edição de uma nova lei no Congresso. “A lei vale até que seja declarada inconstitucional, ou até que outra lei a revogue, ou até que a lei, se ela assim estabelecer em uma condição resolutiva ou suspensiva, estabeleça a possibilidade de uma consulta popular”, relatou. A lei de iniciativa do então senador Tião Viana (PT) não estabeleceu consulta ao seu povo, nem antes (plebiscito), muito menos depois (referendo) de sua promulgação.
“Não podemos justificar um erro com outro erro”, disse Taques ao justificar seu voto favorável a edição de uma nova lei que revogue a lei criada por Viana em 2008 e ao não concordar que horário do Estado seja retomado de imediato por força do referendo realizado em outubro.
O problema é acreditar na dita boa vontade dos parlamentares de devolverem em 30 dias a “hora dos acrianos”. O mais provável é que a matéria se perca nas gavetas do Congresso e a Rede Globo saia vitoriosa, tripudiando sobre o povo acriano.
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