AUTOATENDIMENTO

sábado, 13 de junho de 2009

Celibato: o calvário do Vaticano

O atual presidente do Paraguai, Fernando Lugo, e até, recentemente, bispo da Igreja Católica, não teria se candidatado à presidência de seu país se soubesse que várias mulheres pediriam o direito de reconhecimento de paternidade de alguns filhos dele na Justiça. Nem o próprio Lugo sabe quantos filhos ele fez neste mundo, palavras confirmadas por um de seus assessores.

Os fatos demonstram que o celibato dos padres no maior grupo religioso do mundo é uma coisa anacrônica, ou melhor, nunca deveria ter sido praticado, pois, até na Igreja Primitiva, de acordo com a Bíblia, era permitido aos presbíteros casar-se.

Os atuais escândalos de pedofilia que abalam o Vaticano e têm levado muitas dioceses a falir, em conseqüência das indenizações milionárias a algumas famílias, resultam de uma regra eclesiástica que remonta do século III e que provoca até hoje profundas marcas em muitos fiéis.

Em quase todas as religiões, os sacerdotes podem casar-se, ter filhos e viver uma vida normal. No entanto, o catolicismo romano, em todos os seus concílios, sempre optou pelo celibato, algo que, para mim, atualmente, mostra-se desnecessário e irracional.

O desejo, inerente ao ser humano, não pode ser reprimido, mas realizado, e na medida certa, assim como ensinavam os epicureus. Casos envolvendo padres com crianças devem ser creditados às autoridades católico-romanas, as quais nada fazem para prevenir e punir os abusos cometidos nas sacristias, ao contrário, protegem ou simplesmente mudam o endereço dos sacerdotes.
Enquanto a Igreja papista age com tanta veemência perante um aborto cometido em Pernambuco, age com a imbecilidade de proibir o uso de preservativos e tenta criminalizar o homossexualismo, centenas de padres depravados celebram a missas normalmente, atitude que, com certeza, Jesus Cristo reprovaria e condenaria ao inferno, recurso que o cristianismo usa tanto para amedrontar seus seguidores.


*Jaidesson Peres, 19 anos, é natural de Sena Madureira e acadêmico do 5º período de Comunicação Social/Jornalismo, do Instituto de Ensino Superior do Acre- Iesacre.jaidessonperes@hotmail.com

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