AUTOATENDIMENTO

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Senac já tem mais mil inscritos em programa de gratuidade


Nayara Lessa

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac, lançou no dia 13 de abril o Programa Senac de Gratuidade. Apenas uma semana após o lançamento, o Senac já conta com mais de mil inscrições. O maior número de inscrições é para o curso Técnico em Enfermagem. Mais de seiscentos candidatos concorrem a uma das quarenta vagas oferecidas somente no curso Técnico em Enfermagem. As inscrições seguem até o sexta – feira (24).

O programa Senac Gratuidade é destinado a pessoas de baixa renda que terão nos cursos a oportunidade de crescer profissionalmente e ingressar ou permanecer em melhores condições no mercado de trabalho.

O Programa Senac de Gratuidade, também conhecido como PSG, é mais uma ação da Instituição para promover a inclusão social. O PSG oferecerá mais de 300 vagas gratuitas em cursos de educação profissional, da Formação Inicial e do Nível Técnico, com custo zero à população brasileira de baixa renda. Cursos como o técnico em enfermagem, cabeleireiro, auxiliar administrativo, operador de computador, serão alguns dos cursos oferecidos.


Oportunidade

Para a dona de casa, Raimunda Lima, o programa é uma ótima oportunidade para pessoas que como ela, está fora do mercado de trabalho. “Sempre tive vontade de fazer um curso no Senac, mas nunca tive condições para pagar. Agora é diferente. Com o programa de gratuidade, já me inscrevi no curso de cabeleireiro e espero ser selecionada e começar o curso o mais rápido possível”, explicou.

Alessandra Oliveira, 24 anos é outra que aguarda esperançosa ser selecionada no curso de técnico em enfermagem. “Estou muito feliz com essa oportunidade que o Senac está proporcionando. Estou com ótimas expectativas quanto ao curso e principalmente de conseguir um emprego assim que concluir”.

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Liberdade de expressão é tolhida pela concentração dos meios de comunicação, não pelo diploma do jornalista, diz diretor da Fenaj

Jaidesson Peres

O reconhecimento jurídico da necessidade de formação superior em jornalismo ocorreu no Brasil em 1969 e aperfeiçoado em 1979. Entretanto, em 2002, a juíza Carla Rister, da 16ª Vara da Justiça Federal de São Paulo, suspendeu em todo o país a necessidade do diploma para obter o registro profissional no Ministério do Trabalho. Oito meses depois, a juíza Alda Bastos, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, decidiu que o diploma voltasse a ser obrigatório.

A decisão foi novamente contestada em vários tribunais, até que em 2006 o Ministério Público Federal interpôs um recurso extraordinário dirigido ao Supremo Tribunal Federal argumentando que a exigência do diploma específico violava o direito à liberdade de expressão. O STF, por meio da Segunda Turma, confirmou a liberação para o exercício da profissão a pessoas sem formação superior.

Por isso, no próximo dia 22, o Supremo julga o recurso em plenário, bem como decidirá pela revogação ou não da Lei de Imprensa, uma lei editada na ditadura militar e que regula a liberdade de manifestação do pensamento e de informação.

Defensor árduo da exigência do diploma de formação acadêmica em jornalismo, o jornalista Carlos Torves, diretor do Departamento de Mobilização, Negociação Salarial e Direito Autoral da Federação Nacional dos Jornalistas- Fenaj- e ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, concede uma entrevista ao acadêmico de jornalismo Jaidesson Peres, do 5º período. Logo após lançar o livro “Formação Superior em Jornalismo” na Semana de Comunicação da Uninorte/Iesacre, na noite de sexta-feira, 17, Torves critica o presidente Lula, a concentração dos meios de comunicação e defende a qualidade das faculdades de jornalismo no Brasil.

Jaidesson Peres - O deputado Celso Russomano apresentou um projeto na Câmara ano passado no qual permite que pessoas sem diploma de formação superior em jornalismo exerçam a profissão, desde que tenham pós-graduação na área. O que você acha disso?

J. Carlos Torves - Esse projeto é um equívoco do deputado. Eu já falei pessoalmente isso a ele. E ele está disposto a sentar com a Fenaj para discutirmos uma alteração nesse projeto, que não tem o menor cabimento, pois seremos a única profissão que vai ter uma regra diferenciada das demais.

Jaidesson Peres - Os que rejeitam a manutenção da exigência do diploma para o jornalista se amparam na Constituição Federal e na Convenção Americana de Direitos Humanos, que diz que toda pessoa tem direito a receber e difundir informações e idéias. Qual seu argumento para isso?

J. Carlos Torves - Eu concordo que a liberdade de expressão é um direito que deve haver, é um privilégio de todo cidadão. Agora, discordo que a regulamentação numa profissão seja confundida com a liberdade de expressão. Isso não tem absolutamente nada a ver. E, primeiro, essa decisão pela ONU é uma decisão unilateral tomada pela SIP [Sociedade Interamericana de Imprensa], que é uma organização apenas de proprietários de jornais. A Constituição Federal, assim como privilegia a liberdade de expressão, também privilegia que todas as profissões possam se organizar e decidir quais são seus critérios. E o nosso critério é a formação acadêmica. E se a liberdade expressão é tolhida neste país, ela é pela concentração dos meios de comunicação, não pelo diploma do jornalista.

Jaidesson Peres - Em muitos países a formação superior em jornalismo não é condição necessária para exercer a profissão, principalmente em países desenvolvidos como a Alemanha, Austrália, Estados Unidos, Inglaterra, França, etc. Por que em poucos países, incluindo-se o Brasil - que discute essa exigência-, exige-se o diploma?

J. Carlos Torves - A maioria dos países em que não exige o diploma, tipo Estados Unidos e vários países europeus, não exige porque lá eles têm uma outra base cultural, outra formação.Agora, aqui no Brasil, nós não temos a tradição de uma boa escola pública. Portanto, a maioria das pessoas não tem um ensino básico necessário para exercer o jornalismo. Então, são critérios de países com formação, educação e cultura diferente, os quais nós não podemos copiar para um país que vive uma realidade completamente diferenciada. Em compensação, lá, mesmo não sendo exigido o diploma, tem prova de dois em dois anos para o cara continuar a ter registro profissional. Por isso, cada país tem, de acordo com a sua realidade, seus critérios.

Jaidesson Peres - Os que lutam pela derrubada da obrigatoriedade do diploma específico para o exercício do jornalismo alegam baixa qualidade de ensino dos cursos superiores. Qual sua avaliação das faculdades de jornalismo no Brasil?

J. Carlos Torves - Eu não concordo. Isso é de quem não acompanha a educação brasileira no ensino de jornalismo. O ensino de jornalismo é de qualidade. Nós temos grandes jornalistas formados em universidades. Acho que temos deficiência em outros lugares, tanto é que estamos pedindo ao MEC para fazer uma revisão dos cursos, das grades curriculares, porque é uma necessidade, um acompanhamento do Estado na qualidade do ensino. Muitos profissionais que saem formados pelas universidades estão aí no mercado de trabalho fazendo um excelente jornalismo.

Jaidesson Peres - Causou muita polêmica em 2004 a proposta de criação do Conselho Federal dos Jornalistas, encaminhada ao Congresso pelo presidente Lula. Você acredita que esse conselho é um meio para controlar a atividade jornalística?

J. Carlos Torves- Sou totalmente favorável à criação desse conselho. Eu lamento que o presidente tenha se submetido à pressão do grande empresariado da mídia brasileira. Aliás, empresariado este que não queria mudança nenhuma na legislação, tanto é que a legislação da área de comunicação, não só do jornalismo, é de 40 anos atrás, completamente defasada. Atualmente, acontecem grandes transformações na área de comunicação, mas sem lei nenhuma, por isso agora os empresários querem uma mudança na lei. Estão com medo das grandes multinacionais, das de telecomunicações que vão entrar na disputa de conteúdos e, com muito dinheiro, podem engolir os grandes grupos nacionais.

Jaidesson Peres - Você pensa que há interesses políticos por trás da cassação do diploma de jornalista?

J. Carlos Torves - Não, não acho que são políticos, mas interesses econômicos. Desestruturar uma profissão completamente, poder contratar qualquer pessoa pelo salário que bem quiser e decidir quem será jornalista ou não é um critério econômico, não é político.
Jaidesson Peres - Qual sua expectativa para a decisão do STF sobre a Lei de Imprensa, que é de 1967, e o julgamento da exigência do diploma para exercer a atividade jornalística?

J. Carlos Torves - São duas coisas diferentes. Na Lei de Imprensa, eu acredito que serão derrubados apenas os artigos que são prejudiciais à imprensa, totalizando 22 artigos. Os demais artigos da lei continuarão a valer. Essa é a visão que tenho. Dois ministros já votaram pela derrubada total da Lei de Imprensa, mas eu acho que isso não vai acontecer. Quanto ao diploma, eu acho que não vamos dar um passo pra trás. Creio que teremos a exigência do diploma legalmente definida para o exercício da profissão. Vamos ganhar a ação.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Enquete encerra às 23h59min desta quarta-feira, 22

A qualidade no ensino do IESACRE/UNINORTE melhorou nesse semestre? (Responda ao lado).

A pergunta acima, destinada exclusivamente aos acadêmicos do Instituto de Ensino Superior do Acre – IESACRE e União Educacional do Norte – UNINORTE, fica disponível até as 23h59min desta quarta-feira. O objetivo é conhecer a opinião dos estudantes, de ambas as faculdades, quanto às melhorias na qualidade do ensino prometidas pela direção da UNINORTE.

sábado, 18 de abril de 2009

Blog quer saber opinião de acadêmicos do Iesacre e Uninorte

Clique para ampliar
Veja o ranking de 2008 do MEC para as instituições de ensino superior do Acre


O Blog Edmilson Alves promove uma enquete para conhecer a opinião dos estudantes do Instituto de Ensino Superior do Acre – Iesacre - e União Educacional do Norte – Uninorte- sobre a qualidade de ensino de ambas instituições nestre semestre. Os interessados devem participar até o dia 22 de abril.

Para os acadêmicos, o segundo semestre do ano passado foi marcado por paralisações, protestos, denúncias na imprensa e no Ministério Público Federal. Houve ainda a intervenção da Ordem dos Advogados do Brasil/AC e do Sindicato dos Jornalistas do Acre – Sinjac.

Os motivos de insatisfação dos alunos se referiam à redução da carga horária das aulas, ineficiência dos conteúdos ministrados, demissão de professores, ausência de atividades práticas e até falta de energia, sendo que a última prejudicava a realização das aulas.

No entanto, o fracasso na avaliação da Uninorte no Índice Geral de Cursos - indicador do Ministério da Educação que mede a qualidade de ensino das faculdades de todo o país- foi o principal motivo para que os alunos se mobilizassem pelas melhorias no ensino.

Em reunião mediada por membros da OAB, no dia 5 de dezembro de 2008, os diretores da Uninorte comprometeram-se em atender as reivindicações dos discentes e realizar mudanças no semestre atual.

Chegou a hora de saber se os alunos estão percebendo as mudanças prometidas.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Hoje é o útimo dia de Semana de Comunicação IESACRE/UNINORTE

Amanhã, sábado, 18, oficinas de comunicação marcam complementação de Semana.

Confira programação de encerramento, sexta-feira, 17

18h às 19h - Rádio ao Vivo, Programa de Entrevistas e Exibição de Documentários
Local: Hall Uninorte

19h10min - AberturaLocal: Auditório Uninorte

19h20min - Palestra: Formação Superior em Jornalismo.

Palestrante: José Carlos Torves

Mini-Currículo: Jornalista e sociólogo, mestre em Comunicação pela PUC-RS e doutorando em Comunicação pela UnB. Comentarista da TVE-RS (licenciado) e ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas do RS, no período de 2001 a 2006. Atualmente é diretor do Sindicato dos Jornalistas do RS e da FENAJ. É autor do livro: Televisão Pública.

21h - Participação do Público21h30min - Lançamento do Livro: Formação Superior em Jornalismo.

22h30min - Show com a Banda Caldo de Piaba.
Local: Piola Restaurantes

Editor-chefe fala dos 40 anos de O Rio Branco

Jaidesson Peres
Em 20 de abril de 1969, chegava às bancas da capital acreana os primeiros exemplares do jornal O Rio Branco, fundado em parceria com os Diários Associados, do empresário Assis Chateaubriand.

A redação do jornal contava com máquinas datilográficas da marca Remington e a oficina era composta por duas máquinas linotipo. No comando do diário e também responsável pela contratação da primeira equipe de trabalho, estava o jornalista rondoniense Petrônio Gonçalves de Almeida.

Até 1978, O Rio Branco permaneceu sozinho no mercado. Nele, acontecimentos que marcaram o Acre, sejam eles esportivos, políticos, sociais ou policiais, foram registrados.

Diante de uma enorme crise financeira, em 1988, vendeu-se o jornal para o empresário potiguar Narciso Mendes. Nessa época, mudanças aconteceram, incluindo-se a mudança da sede do O Rio Branco para o prédio atual.

Conhecido pela implacável oposição ao governo de Jorge Viana e por ter o seu principal dono envolvido em acalorados debates políticos, hoje o diário vive um novo momento, está mais light. De acordo com Narciso Mendes, o atual governador sabe respeitar a imprensa, não gosta tanto de confrontos.

Pelo jornal, já se passaram grandes nomes do jornalismo acreano, destacando-se José Chalub Leite, Ely Assem de Carvalho, Sílvio Martinello, José Luís Alves, Luiz Carlos Moreira Jorge, Élson Martins, Aníbal Diniz, Marcos Afonso, Geraldo Mesquita, etc.

Para falar mais dos 40 anos do O Rio Branco, o acadêmico de jornalismo Jaidesson Peres, do 5º período, entrevistou o editor-chefe do diário, César Negreiros. Na entrevista - concedida nesta quarta-feira (15) após ele ter dado um depoimento sobre os 40 anos do O Rio Branco na Semana de Comunicação da Uninorte/Iesacre -, César Negreiros explica a mudança da linha editorial do O Rio Branco e confessa que alguns excessos na publicação dos jornais podem comprometer a venda nas bancas.

Jaidesson Peres - Qual o motivo da mudança tão repentina da linha editorial do ORB?
César Negreiros - Olha, todo jornal ele tende a mudar sua linha editorial. Se você fizer uma releitura de todos os jornais, sempre eles, dependendo das circunstâncias, mudam a linha editorial.

Jaidesson Peres - Narciso Mendes confessou ontem que o ORB sempre foi de oposição, teve essa tradição. Qual o governo que o ORB teve mais dificuldade para se relacionar?

César Negreiros - Bem, todos os governos quando assumem têm um conflito, isso é comum. Em virtude de a imprensa nem sempre agradar ao governo por alguma informação veiculada, há conflitos. O jornal, quando escolhe a notícia para torná-la pública à sociedade, pode cometer equívocos, pois todos os jornais o cometeram. Agora, a conseqüência reflete na banca no dia seguinte, quando os leitores terão mais resistência para comprar aquele jornal que é mais chapa-branca.

Jaidesson Peres - O jornal ORB já passou por essa crise de vendagem por causa de sua linha editorial?
César Negreiros - Qual o jornal com quarenta anos circulando nas ruas de Rio Branco não passa por esses momentos? Se você pesquisar, verá que todo órgão de comunicação tem tendência para ser de oposição ou ser subserviente ao poder. Temos aqui, por exemplo, um jornal ligado ao atual governo que nunca representa os interesses da sociedade.

Jaidesson Peres - Você disse no seu depoimento na Semana de Comunicação que o jornal ORB foi uma escola de jornalistas. No entanto, muitas vezes, o jornal teve problemas em relação aos salários de seus funcionários. A empresa valoriza seus profissionais?

César Negreiros - Com relação a essa questão salarial, ela é primordial em qualquer profissão. Eu sei que qualquer cidadão, desde que trabalhe, tem mais do que direito a receber o salário dele no final do mês. Mas ser jornalista perpassa essa questão de receber salário ou não.

Jaidesson Peres - Qual a contribuição do ORB nesses 40 anos para a imprensa acreana?

César Negreiros - Em minha opinião, foi termos contribuído para criar profissionais, princípios e solidariedade. No jornalismo tudo é coletividade. Para fazer, por exemplo, uma boa reportagem é necessário um bom fotógrafo, um bom diagramador, etc.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Rádio ao vivo é um sucesso de audiência em Semana de Comunicação


Romero César

Dentre as várias programações que estão acontecendo na 1ª Semana de Comunicação 2009 – A comunicação no contexto amazônico, na Uninorte, a Rádio ao Vivo vem chamando a atenção de toda Faculdade. A programação da Rádio ao Vivo está diversificada, onde os locutores Julie Messias e Sandro de Brito conseguem trazer aos acadêmicos, notícias gerais, entrevistas educacionais, quadros de folclore e esporte, músicas para todos os gostos e diversos sorteios de prêmios para os acadêmicos.

“Estamos superando as nossas expectativas. A Rádio ao Vivo tem sido um grande sucesso entre os acadêmicos, contamos com o apoio de vários alunos do 3º período do curso de jornalismo, onde sem eles jamais conseguiríamos este sucesso”, completa a locutora Julie Messias.

Devido à aceitação por parte da comunidade acadêmica, já existe a possibilidade de a Rádio ao Vivo continuar seu trabalho informativo durante as próximas semanas. O coordenador do curso, professor Evaldo Ribeiro disse que a intenção é continuar com este trabalho na Rádio On-line, que será inaugurada juntamente com o Laboratório de Radio jornalismo, em maio.

Juíza diz Que Lei de Imprensa é "ultrapassada", superada"

Jaidesson Peres

O Supremo Tribunal Federal retoma no dia 22 de abril o julgamento da Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental- ADPF- apresentada pelo deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ), na qual questiona a Lei 5.250/67, a Lei de Imprensa.

A lei foi editada na ditadura militar, em 1967, no mandato do presidente Castelo Branco. Muitos alegam que ela controla a liberdade de pensamento e de informação, violando alguns preceitos constitucionais.

Os dispositivos da Lei 5.250 referentes a crimes de calúnia, injúria e difamação, por exemplo, são mais severos do que os do Código Penal. Para crimes de calúnia e difamação, o Código Penal prevê penas máximas de dois e um ano, respectivamente. Na Lei da Imprensa, três anos (calúnia) e 18 meses (difamação).

Além disso, por causa de um recurso extraordinário interposto pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo – Sertesp- e pelo Ministério Público, os ministros do STF devem julgar a exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão.
Em julgamento de liminar em novembro de 2006, o STF garantiu o exercício da atividade jornalística aos que já atuavam na profissão, independentemente de registro no Ministério do Trabalho ou de diploma de formação na área.

No debate realizado nesta terça-feira, 14, sobre a ética no jornalismo e publicidade, evento que faz parte da Semana de Comunicação da Uninorte/Iesacre, a dra. Solange Fagundes, formada em Direito pela Universidade Federal do Acre- Ufac- e titular do 1º Juizado Especial Cível e do Juizado de Trânsito, defendeu insistentemente a ética em qualquer profissão, incluindo-se o jornalismo, e polemizou ao discordar do discurso do empresário de comunicação Narciso Mendes quando este afirmou que a ética é uma utopia.


Em entrevista ao acadêmico de jornalismo Jaidesson Peres, do 5º período, Fagundes critica veementemente a Lei de Imprensa, defende um conselho federal de jornalismo e declara ser a favor do diploma de ensino superior para o exercício da atividade jornalística.

Jaidesson Peres - O que a senhora acha da Lei de Imprensa. Ela cerceia a liberdade pensamento e de informação?

Solange Fagundes – Bem, a Lei de Imprensa é de 1967. Ela nasceu no início da firme ditadura militar. Com certeza, é uma lei repressora da liberdade de expressão. E eu penso que a Lei de Imprensa sequer foi recepcionada pela Constituição Federal de hoje, que veio muitos anos depois, praticamente 20 anos depois. Se naquela época, havia essa percepção, essa conotação [falta de liberdade de expressão], imagine agora, que mais de 40 anos já se passaram. Então, realmente, a Lei de Imprensa, para mim, é uma lei ultrapassada, superada, não tem eficácia alguma.

Jaidesson Peres - A senhora acredita que esta lei, que está sendo julgada no STF, pode ser revogada totalmente ou somente alguns dispositivos dela?

Solange Fagundes - Veja bem: por enquanto, até medidas liminares já concedidas pelo STF suspendendo a vigência de parte do seu terço, com certeza o STF, não nos cabe aqui fazer nenhuma antecipação ou pré-julgamento, pode tanto declarar a ineficácia como um todo ou apenas de alguns artigos, incisos, parágrafos ou até vocábulos. Então, a expectativa é grande, e o STF tem a consciência do significado, da posição, da manifestação dele quanto a esse fato. Todas as questões serão levadas em consideração.

Jaidesson Peres - A senhora é a favor de uma nova lei que regule a profissão do jornalista ou acha que só é necessário revogar alguns dispositivos da Lei de Imprensa?

Solange Fagundes - Eu penso que não precisa ter lei de imprensa. Pra que essa lei? Pra controlar, pra regular? Quem deve regular a conduta é o eu de cada um, são os princípios e valores de cada um. Uma coisa é regular o exercício da profissão e outra coisa é controlar, fiscalizar, cercear o direito ao exercício da profissão. Eu penso que a Lei de Imprensa é excepcionalmente negativa, pois as disposições dela, além de serem controladoras e repressoras, são excepcionais à medida que, por exemplo, punem condutas que são ilícitas com penas superiores àquelas aplicadas na lei comum. Por isso, a Lei de Imprensa é excepcional, viola os princípios fundamentais do próprio exercício da profissão de jornalista. Essa é a minha opinião.

Jaidesson Peres - Então a senhora é contra o Conselho Federal de Jornalismo que o presidente Lula quis criar aqui no Brasil?

Solange Fagundes - Não, não. Eu não sou contra esse conselho. Porque conselho não é para cercear, não é para limitar, fiscalizar. Conselho, na verdade, é um órgão que todas as outras profissões têm. Ele deve existir. Não existe Conselho Seccional de OAB, dos engenheiros, do administrador? Por que não dos profissionais do jornalismo? Eu creio que órgão de classe é para proteger, defender os interesses da classe. Eu sou contra uma entidade simplesmente que cerceie o direito de liberdade de expressão e manifestação de pensamento ou que viole qualquer outro direito.

Jaidesson Peres - A senhora é a favor do diploma para os jornalistas poderem exercer a profissão?

Solange Fagundes - Sou sim. Por que não? É uma valorização do profissional que se dedica, de vocês acadêmicos que estão aqui, que passam quatro ou cinco anos, buscam se especializar. Eu acho que o contrário seria uma invasão, porque, se eu quisesse ser uma jornalista, eu estaria usurpando um direito que é só seu. Você não pode ser advogado! Então por que eu poderia ser jornalista, por exemplo? Eu sou a favor, sim, da formação.

Jaidesson Peres - Hoje, falamos muito de ética. Qual a importância da ética, em sua opinião, para que o jornalista exerça sua profissão de acordo com as leis e com a própria deontologia do jornalismo?

Solange Fagundes - Olha, eu costumo dizer que a ética é só do ser humano, a ética não é do profissional. Se o profissional não tiver ética enquanto pessoa, ele nunca terá ética no exercício da profissão. Então, tudo depende dos princípios e valores de cada pessoa, enquanto convivente imprescindivelmente numa sociedade.

Programação desta quinta-feira na Semana de Comunicação IESACRE/UNINORTE

18h às 19h - Rádio ao Vivo, Exposição de Fotografia e Exibição de Documentários
Local: Hall Uninorte

19h10min - Abertura Local: Auditório Uninorte

19h20min - Palestra: Descomunicando - Alterações no processo da comunicação, fatores externos.

Palestrante: Davi Sento Sé

Mini-Currículo: Publicitário, iniciou a carreira na Bm9 propaganda, artista plástico pela UFBA, ganhador de prêmios nacionais e internacionais como: Palma de Ouro, 2 Leões de Cannes, 2 Galos de Gramado, 1 Clio Havard e Diversos Profissionais do Ano, da Rede Globo. Atualmente proprietário e diretor da Agência de Publicidade Companhia de Selva.

20h30min - Mesa Redonda: Mercado de trabalho para jornalistas e publicitários em Rio Branco.Mediadores: Profª. Graciane Costa Silva - Publicitária, e Prof. Bruno Cássio Andrade Silva - JornalistaDebatedores: Silvio Martinello - Jornalista Jornal A Gazeta Jefeson Dourado - Jornalista TV AcreRaimundo Afonso Gomes - Publicitário - ILLA Comunicação, Publicidade e PropagandaJorge Henrique - Sistema Público de ComunicaçãoRose Farias - Fundação Elias Mansour

21h30min - Participação do Público

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Confira programação desta quarta-feira na Semana de Comunicação IESACRE/UNINORTE

18h às 19h - Rádio ao Vivo, Telejornal ao Vivo e Exibição de Documentários.

19h10min - Abertura Local: Auditório Uninorte

19h20min - Radio novela

19h50min - Depoimento: 40 anos do Jornal O Rio Branco - Narciso Mendes

20h20min - Palestra: Propaganda e Marketing - da faculdade ao mercado de trabalho.

Palestrante: Viviane Bertolini - Gerente Marketing da FCS

Mini-Currículo: Graduada em Publicidade e Propaganda com ênfase em Marketing, na Faculdade de Cuiabá em 2003. Foi supervisora de Marketing pela AmBev durante 5 anos e está na FCS Comunicação Estratégica há 1 ano, como gerente de atendimento na filial em RO.

21h30min - Participação do Público

terça-feira, 14 de abril de 2009

Amazônia poderá ter a maior enchente dos últimos 50 anos



O sistema hidrográfico dos rios Negro e Solimões, em Manaus, desde 1953, quando houve uma cheia histórica recorde, que influencia diretamente toda a bacia amazônica. Naquela época o nível do rio chegou a 29,69 centímetros (cm). A previsão para este ano é que chegue a 29,68 cm no mês de junho, quando tradicionalmente ocorre o pico da cheia.

O alerta foi dado hoje (14) pelo diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil, Agamenon Dantas, durante audiência pública realizada pela Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados.

A previsão é feita em três fases: primeiramente, com 75 dias de antecedência, realizada em março, que indica 70% de chance de acerto; depois com 60 dias (que será feita no final de abril) com 87% de probabilidade de acerto e, por fim, com 30 dias de antecedência, o que garante acerto de 95% .

De acordo com Dantas, atualmente o nível dos rios está em 28,10 cm, 16 cm superior ao mês de abril de 1953. A média diária para este período é de um aumento de 2 cm diários do nível dos rios, mas apenas hoje o nível subiu 6 cm. O cálculo é realizado através da apuração pluviométrica em cerca de 300 estações distribuídas pela chamada Amazônia Ocidental.”

É importante que que estes dados sejam divulgados com antecedência. Caso se confirmem as enchentes será necessário uma preparação de todo o estado, principalmente porque temos a previsão de permanência da cheia por cerca de 60 dias”, destacou Dantas.

(Correio da Bahia com informações da Agência Brasil)

Advogado abandona defesa do casal Nardoni


O advogado Marco Polo Levorin, que defendia o casal Nardoni, afirmou hoje que deixou o caso. Ele atribui o abandono a "divergências profissionais e processuais". Contudo, ele não quis detalhar quais foram essas divergências. Segundo ele, o pedido de petição renunciando à defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foi feito ontem. Ainda segundo ele, os outros advogados do casal, Ricardo Martins e Rogério Neres, permanecem no caso.

Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá são acusados da morte da menina Isabella Nardoni - filha de Alexandre e enteada de Anna Carolina -, ocorrida no dia 29 de março do ano passado. Isabella foi atirada pela janela do apartamento do casal, no sexto andar. A informação da saída de Levorin do caso foi divulgada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo. O casal está preso em Tremembé, interior de São Paulo, à espera de julgamento.

Fonte e autor: Yahoo
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Gênova Marino

A abertura oficial de Semana da Comunicação que trouxe como tema “A Comunicação no Contexto Amazônico” se deu no auditório da Uninorte e iniciou com as falas dos coordenadores dos cursos de Comunicação Social/Publicidade e Propaganda e Jornalismo Larissa Silva e Evaldo Ribeiro respectivamente.

O jornalista Marcos Vicente fez uso da palavra e frisou a importância da formação superior acadêmica para os profissionais da área de comunicação. Também esteve com a fala o Prof. Marcos Antônio Brandão – Diretor Executivo de Assuntos Acadêmicos abordando sobre o Jornalismo na Amazônia, a Internet como ferramenta da comunicação e a integração dos dois cursos que ocorreu ano passado e o diálogo das duas grades.

Ainda dando continuidade a essa abertura, foi exibido o Documentário “Jornalismo da Uninorte”, produzido pelos acadêmicos do 7º Período de Jornalismo da Uninorte e Iesacre. E para sacramentar o evento deu-se início a palestra “O papel do comunicador nas empresas”, o papel da empresa Vivo no fomento na área de integração e comunicação entre estados e indivíduos com as palestrantes Andréia Cardoso – Assessora de Comunicação Institucional da Vivo e Monalisa Abrão – Gerente Comercial Regional.

Confira programação desta terça-feira na Semana de Comunicação IESACRE/UNINORTE

18h às 19h - Rádio ao Vivo, Exibição de Documentários.
19h10min - Abertura Local: Auditório Uninorte

19h15min - Mesa Redonda - Ética nas Profissões de Jornalista e Publicitário.

Mediadores:

Profª. Mirian Kesia Labs - Coordenadora do Curso de Direito da Uninorte e Prof. Marcos Alexandre Bezerra

Debatedores:
Marcos Afonso Pontes - Jornalista
Drª. Solange Fagundes - Juiza
Gilberto Braga - Companhia de Selva Cezar
Negreiros - Jornal O Rio Branco

21:30h - Participação do Público

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Senac lança programa de gratuidade

Vagas em cursos técnicos serão destinadas aos cidadãos de baixa renda

Nayara Lessa

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac, lançou na manhã de segunda – feira (13) o Programa Senac de Gratuidade. O programa é destinado a pessoas de baixa renda que terão nos cursos a oportunidade de crescer profissionalmente e ingressar ou permanecer em melhores condições no mercado de trabalho.

O Programa Senac de Gratuidade, também conhecido como PSG, é mais uma ação da Instituição para promover a inclusão social. O PSG oferecerá mais de 300 vagas gratuitas em cursos de educação profissional, da Formação Inicial e do Nível Técnico, com custo zero à população brasileira de baixa renda.

Cursos como o técnico em enfermagem,cabeleireiro, auxiliar administrativo, operador de computador, serão alguns dos cursos oferecidos.O PSG foi criado para atender às necessidades da população de baixa renda. Ou seja, pessoas cuja renda familiar mensal por pessoa não ultrapasse um salário mínimo e meio - a referência é o salário mínimo federal. Os candidatos a essas vagas devem ser alunos que estejam cursando, ou já tenham concluído, a educação básica e trabalhadores empregados ou desempregados.

É importante dizer que os que atender e mas duas condições - aluno e trabalhador - terão prioridade.Para se candidatar a uma vaga, primeiramente, é preciso calcular a renda bruta de todos os membros de sua família. Por exemplo, somando todos os salários e dividindo esse total por todos os componentes que dividem a mesma moradia. Se a média for até 1,5 salários mínimos federal, você poderá concorrer a uma vaga no PSG.

Lembrando que se entende por grupo familiar, além do próprio candidato, o conjunto de pessoas que residam na mesma moradia que o candidato que,cumulativamente, usufruam da renda bruta mensal familiar e tenham como candidato algum dos seguintes graus de parentesco: pai, padrasto,mãe, madrasta, cônjuge, companheiro (a), filho (a), enteado (a), irmão(ã) ou avô (ó).A qualidade sempre está presente nos programas educacionais do Senac, seja em cursos pagos ou nos gratuitos. Será o mesmo conteúdo pedagógico, a mesma carga horária e o mesmo material instrucional. Inclusive, os materiais didáticos, como livros e CDs, o material de consumo dos cursos serão distribuídos gratuitamente aos alunos que fizerem parte do PSG.

Oportunidade
Para a dona de casa, Raimunda Lima, o programa é uma ótima oportunidade para pessoas que como ela, estão fora do mercado de trabalho. “Sempre tive vontade de fazer um curso no Senac, mas nunca tive condições para pagar. Agora é diferente. Com o programa de gratuidade, já me inscrevi no curso de cabeleireiro e espero ser selecionada e começar o curso o mais rápido possível”, explicou.

Alessandra Oliveira, 24 anos é outra que aguarda esperançosa ser selecionada no curso de técnico em enfermagem. “Estou muito feliz com essa oportunidade que o Senac está proporcionando. Estou com ótimas expectativas quanto ao curso e principalmente de conseguir um emprego assim que concluir”.--

Da Assessoria de Comunicação da Federação do Comércio de Bens, Serviços eTurismo do Estado do Acre - Fecomércio

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