AUTOATENDIMENTO
quinta-feira, 12 de março de 2009
Lula lembra dificuldades de liberação das hidrelétricas do Madeira
Em cerimonial no canteiro de obras da Hidrelétrica de Jirau, em Porto Velho, há cerca de 30 minutos. O Presidente lembrou-se das dificuldades de licenciamento das obras de construção do complexo hidrelétrico de Rondônia.
Sem citar o nome da ex-ministra do Meio Ambiente - Marina Silva, mas fazendo uma clara referência a acriana, Lula comparou o projeto ao um filho que deu muito trabalho para nascer. “Esse projeto do Rio Madeira é pra mim como se fosse um filho desse País. Passou nove meses e não nasceu. E era problema pra desgraça. E ai no médico e, o médico dizia que tinha problema de IBAMA. Que tinha problema deste, que tinha problemas de não sei das quantas. Ou seja, era um parto daqueles”. Disse o mandatário da nação brasileira.
O presidente digire-se agora para o canteiro de obras da segunda hidrelétrica, a de Santo Antônio.
Dilma, a candidata de Lula a presidência em 2010. Não veio a Rondônia.
Por Edmilson Alves
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontra-se neste momento, em Porto Velho (RO), visitando os canteiros de obras das usinas do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira. Lula vai sobrevoar e conhecer as obras preparatórias da Usina de Jirau e, em seguida, a Usina de Santo Antônio, onde as obras estão mais adiantadas.
Lula foi recepcionado pelo Governador Ivo Cassol (sem partido e com risco de perder o mandato, por compra de votos), e pelo Prefeito de Porto Velho – Roberto Sobrinho.
Presidente Lula já está em Porto Velho
O presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, acaba de chegar à capital de Rondônia – Porto Velho. O Presidente desembarcou na Base Aérea às 9h35min. Lula cumpri extensa agenda.
Confira:
9h50, sobrevoo, em helicóptero, sobre a usina hidrelétrica de Jirau, seguida de visitas ao canteiro de obras e à ensecadeira da usina, assinatura de convênios para capacitação profissional de micro e pequenos empresários e para formação de 10.000 trabalhadores para as obras da usina e visita ao canteiro de obras da usina hidrelétrica Santo Antônio;
13h20, almoço privado, no Espaço Multieventos no bairro Nova Porto Velho;
15 horas, ato alusivo à visita ao “Projeto Acreditar”, no Campus da Faculdade Interamericana de Porto Velho - UNIRON ;
17 horas, cerimônia de entrega de escrituras de regularização fundiária no bairro Juscelino Kubitschek.
19 horas, embarque para Brasília.
Luana Lourenço
Enviada Especial da Agência Brasil.
Porto Velho - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita hoje (12), em Porto Velho (RO), os canteiros de obras das usinas do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira. Lula vai sobrevoar e conhecer as obras preparatórias da Usina de Jirau e, em seguida, a Usina de Santo Antônio, onde as obras estão mais adiantadas.
Os ministros Dilma Rousseff, da Casa Civil, Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Marcio Fortes, das Cidades, Carlos Lupi, do Trabalho e Emprego, Edison Lobão, de Minas e Energia, e Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social, acompanharão o presidente na visita.
As usinas estão entre as principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e têm custo estimado de R$ 21 bilhões. Jirau ainda não obteve a licença de instalação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), necessária para iniciar a construção. As obras em andamento são apenas preparatórias, autorizadas por uma licença parcial.
Além das hidrelétricas, o presidente visitará o Projeto Acreditar, que forma moradores da cidade para trabalhar nas usinas, principalmente beneficiários do Programa Bolsa Família. Em seguida, Lula participará da entrega de 2,4 mil escrituras a moradores de um bairro popular de Porto Velho beneficiados por um programa de regularização fundiária financiado pelo Ministério das cidades.
Fonte: Agência Brasil - www.agenciabrasil.gov.br
Porto Velho Shopping pode amanhecer com forro restaurado
Minutos depois outro caminhão fazia o caminho inverso - entrava no Shopping. O segundo veículo era de uma empresa especializada em forros. O que levanta a suspeita de que a empresa poderia ter sido contratada para restaurar, durante a madrugada, o forro danificado. O centro comercial costuma abrir as portas às 10 horas da manhã.
Uma segunda hipótese pode ser avaliada. A empresa poderia ser responsável apenas por interditar o local do acidente para evitar o interesse da imprensa e da sociedade, em fazer imagens do local. As hipóteses são plausíveis, uma vez que o Corpo de Bombeiros já havia vistoriado o local e, possivelmente, permitido a retirada dos destroços.
Enquanto trabalhadores faziam a retirada dos escombros, uma cortina plástica de cor preta foi afixada na porta de entrada do Shopping, o que impedia qualquer visão do lugar.
Sem saber que estava sendo gravado, um dos operários relatou detalhes dos trabalhos de limpeza. Enquanto os seguranças, que proibiam gravações e fotografias, fixavam olhar sobre qualquer equipamento eletrônico. Pelo rádio, trocavam informações sobre um suposto funcionário do Girafa’s que portava, segundo voz do alquetoque, um celular de alta resolução.
Mesmo sobre a vigilância implacável da segurança foi possível fazer imagens da movimentação. As 00h12min desta quinta-feira um deles percebeu a câmara fotográfica e o blog Edmilson Alves teve que se retirar do estacionamento do Porto Velho Shopping.
- Só foi mesmo a parte do gesso que caiu? O Senhor está até com o cabelo todo branco.
Operário:
- Vocês estão usando mascaras?
Operário:
- Não.
- Mas amanhã pela manhã estará tudo limpinho lá dentro?
- Não! Daqui a pouco.
- Ninguém chegou a se ferir?
- Só uma pessoa. A mulher.
- Então caiu sobre ela mesmo! A mulher que tinha foto nos sites?
- Aí teve muita sorte viu. O tanto de pessoas que circulam no shopping e pegar só em uma pessoa.
- Foi mais ou menos que horas? Cinco, seis horas da tarde?
- Seis horas.
Operário:
- Ta aí um caminhão de entulho (aponta) e ainda dá mais dois lá dentro.
- O caminhão não consegue sair do lugar. Comenta o operário ao olhar para veículo.
- Tá tão pesado esse carro aí. Não consegui sair do lugar.
- É! esta pesando mesmo!
Operário:
- Tu já entrou aí dentro?
- Não. Se eu entrei? Entrei não.
Operário:
- O pessoal da perícia saiu daí agora a pouco.
Operário:
- Que horas é?
- 10 para as 11 (23 horas).
- Estamos aqui desde a hora que desabou. Ligaram para a gente vir.
E os entulhos já acabou de tirar?
Ainda nada. Ainda tem mais um caminhão lá dentro ou mais.
Como está sendo a logística? O caminhão não entra lá. Estão trazendo em um carrinho de mão?
É no carrinho. E as ferragens traz nas costas.
Segurança do Shopping tenta proter porta de acesso. Ao fundo entulhos são carregados para o caminhão.
Interrompemos a conversa. Os seguranças se comunicam pelo rádio. Falam de um suposto funcionário do Girafa’s.
Segurança que se encontra dentro do Shopping:
- Tem segurança aí pela frente? Preciso...(inaudível) pela parte da frente aí.
Segurança na porta de acesso:
Sim. Câmbio.
- Ele ta com um celular de alta resolução aí. Conferi?
- Toma as medidas cabíveis nossas aí.
Ouça trecho do aúdio:
Construções em Porto Velho registra série de desastres
quarta-feira, 11 de março de 2009
Site divulga vídeo de incidente no Porto Velho Shopping
O site Rondônia Agora ( http://www.rondoniagora.com/ ) divulga vídeo que registrou instantes após o incidente no Porto Velho Shopping, hoje por volta das 18 horas, parte de sustentação e do forro, próximo a escadaria central, veio abaixo.
Veja vídeo:
Desastre: desaba sustentação e forro do teto do Porto Velho Shopping.
Até o momento acredita-se que três pessoas foram feridas.
As informações sobre o incidente ainda são pouco seguras, a direção do shopping não se pronunciou e tem impedido o acesso da imprensa ao local.
O Jornalista Eliânio Nascimento, do site de notícias Rondônia Agora, foi agredido e detido por seguranças do Shopping, segundo o site, o jornalista foi obrigado a apagar fotos que registrou o momento do sinistro.
Pedofilia X Aborto: Qual o valor de uma vida?
Você já observou como a pedofilia está estampada ultimamente? Quando vemos um jornal não é raro encontrar uma matéria relacionada ao assunto, ou algum crime ocorrido. Lamentável que existam “pessoas” que cometem essas atrocidades. Que não têm amor e respeito pelo próximo.
São tantas as notícias de abuso sexual contra menores, que ocorre o risco de isso se tornar tão banal que a sociedade não se choque mais com essa violência e passe a se acomodar.
Esta semana foi jogado em xeque, mais uma vez a posição da Igreja frente ao aborto, o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, disse que a mãe da garota de 9 anos que estava grávida de gêmeos, e os médicos responsáveis pela interrupção da gravidez da criança foram excomungados. Dado a um dos mandamentos da Lei de Deus “Não matarás”.
Além de representar um risco à vida da menor, foi também conseqüência de estupro. Os médicos tomaram a decisão mais acertada, por que a vida de uma inocente foi preservada. Aí entra a questão complexa do poder que a Igreja diz exercer sobre as pessoas. Seria bom se fosse verdade, se as pessoas seguissem regras, obedecessem às leis, respeitassem uns aos outros e principalmente se amassem ao próximo como a si mesmo! Desta forma não teríamos tanta violência estampada nas páginas dos jornais.
O arcebispo se manifestou quanto ao aborto, mais a vida desta menina foi abortada também, ou ele acha que ela não vai ter traumas e lembranças, a inocência dela foi destruída. Quem tem direito de julgar qual vida é mais importante? Ou que crime é mais aceitável?
segunda-feira, 9 de março de 2009
Acre já tem as cinco mais belas que representarão Estado em São Paulo
Garotas foram selecionadas entre 564 candidatas; todas são reconhecidamente carentes
Quadro apresentado pela jornalista Denise Barra vai ao ar no Programa Hoje em Dia, daqui a duas semanas e meia (Foto: Luciano Pontes/Agazeta.net)
Acre - Beleza na Comunidade. Veja fotos do desfile.
As garotas Lylian Maia dos Santos Silva , Tatyellen Mendonça Cardoso, Cybelle Félix do Nascimento , Gabriela Alencar da Silva e Letícia Lozano Onofre são as escolhidas.
Acre - Beleza na Comunidade. Veja fotos dos bastidores.
orkut: arteamplla@yahoo.com.br
ou: procure por: Edmison Alves
sexta-feira, 6 de março de 2009
Beleza na Comunidade promete lotar Ginásio do SESI.
Por Edmilson Alves
O evento é gratuíto e vai ao ar para todo o Brasil.
A região Norte foi destaque no edição de 2008 do concurso, as duas primeiras colocadas são da Amazônia. Amapá em primeiro e Acre em segundo lugar.
quinta-feira, 5 de março de 2009
A CIÊNCIA CONTÁBIL COMO CIÊNCIA ÚNICA.
Mais detalhadamente o Mestre “Antonio Lopes de Sá”, em sua Obra Prima “Dicionário de Contabilidade” 9ª. Edição especifica categoricamente a Contabilidade como a Ciência que estuda os fenômenos patrimoniais nos aspectos aziendais, e tem como objeto o estudo ao sistema das riquezas aziendais. E ainda especifica que quem deu vestes cientificas à Contabilidade foi “Francesco Villa”, por volta de 1840. Relatando que os registros em forma Contábil data de 8.000 mil anos, e é categórico quando afirma que o historiador “Federigo Melis” a divide em: Idade Empírica de 8.000 mil anos a 1.202 anos d.C. Idade de sistematização; de 1.202 anos a 1.494 anos; idade da literatura Contábil de 1.494 anos a 1.840 anos, e Idade cientifica de 1.840 anos até os dias de hoje.
O Mestre Antonio Lopes de Sá detalha em sua Obra, especificamente todas as formas Contábeis que conhecemos nacionalmente, Contabilidades: Administrativa, Agrícola, Analítica, Aplicada, Associativa, Autárquica, Autônoma, Auxiliar, Bancária, Comercial, Cooperativa, Criativa, Custos, Departamental, Recursos Humanos, Seguros, Transportes, Doméstica, e muitas outras... Porém com todo respeito ao Mestre, e no meu simples e humilde conhecimento, vejo como redundante quando especifica as Contabilidades “Pastoril”, e “Rural”, pois inicialmente tem o mesmo sentido.
Recentemente a RBC, Revista Brasileira de Contabilidade em sua edição setembro/outubro de 2008, com um Esplêndido “Artigo” na página nº. 79, por “Paulo Henrique Feijó e Maria Clara Cavalcante Bugarim”, Especialistas de longo conhecimento e estudos aplicados à Ciência da Contabilidade; intitulada pela portaria MF 184/2008, que mostra como um marco para implantação do Novo Modelo de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Iniciando-se em que relata que o País está vivendo um novo momento de avanços, que pode ser considerada uma verdadeira revolução contábil. E ainda na página nº. 83, que expõe o seguinte: O “Ministro da Fazenda”, no uso das atribuições, e tendo em vista o disposto no parágrafo segundo do art. 50 a Lei complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal, e feita as devidas considerações, no artigo 5º do Decreto nº 3.589, de 2000, complementadas pelas atribuições definidas no inciso XVII do artigo 10 do anexo I do Decreto nº 6.531, de 04 de agosto de 2008, e conforme artigo 18 da Lei nº. 10.180 de 6 de fevereiro de 2001;
Resolve:
No Art. 1º. Determinar a STN - Secretaria do Tesouro Nacional, o desenvolvimento das seguintes ações de promover a convergência às Normas Brasileiras de Contabilidade publicadas pela International Federation of Accountants – IFAC e às Normas Brasileiras de Contabilidade aplicada ao Setor Público editada pelo Conselho federal de Contabilidade – CFC, respeitados os aspectos formais e conceituais estabelecidos na legislação vigente. E ainda relata no Art. 2º. De normas contábeis aplicadas ao “setor público”, e não mais como “Contabilidade Pública”, e no Art. 3º. Que a portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Portanto, diante de todo o exposto, resta evidenciar que a Contabilidade é uma Ciência única, tendo como finalidade o Estudo patrimonial das entidades, sejam elas Públicas, Comerciais e tantas outras, e com um só fim.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BIBLIOGRAFIA, Teoria da Contabilidade – Sérgio de Iudicibus. – 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2000.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Fantástico visita as cidades com os menores IDHs do país. Jordão - Acre está na lista.
Veja vídeo.
Site do Fantástico:
1° de março de 2009.
Fantástico visita as cidades com os menores IDHs do país
Falta água, alimentos e empregos nas cidades.
Imagine viver num lugar onde a gasolina é mais cara do que na Europa. Onde um quilo de cenoura ou de tomate pode chegar a R$ 8. Onde existem crianças que nunca tomaram um banho de chuveiro.
Esses lugares ficam bem aqui no nosso país. Jordão e Tarauacá, no Acre; Manari, em Pernambuco; e Traipu, em Alagoas. É o Brasil dos excluídos, onde se encontram os menores índices de desenvolvimento humano do nosso país.
O Fantástico convida você a fazer conosco uma viagem pelo Brasil profundo que a população das grandes cidades não conhece.
No alto do morro fica Traipu, agreste de Alagoas, 25 mil habitantes. Logo ali embaixo corre o rio São Francisco.
Mas a água do rio é suja e não serve para essa população que espera na sombra pela chegada do caminhão-pipa. "Sai muita confusão, muita gente briga pela água", revela uma mulher.
De repente, o caminhão-pipa chega. Umas mulheres ainda têm força pra brigar pela sua vez.
"Ei, bota nesse aqui!", pede uma jovem.
Outras parecem cansadas de guerra.
O que o caminhão do governo traz uma vez por semana não dá para todos. Água encanada por aqui ainda é promessa. Qualquer pouquinho é bem-vindo.
A 130 quilômetros dali fica a cidade de Manari, no sertão de Pernambuco, onde vivem pouco mais de 17 mil pessoas. Ali, água encanada só existe nas cobranças.
“Chega o papel da água, mas não chega água. Só chega a cobrança e nada da água”, reclama o desempregado José Aureliano da Silva Filho.
Em sete meses, José Aureliano já recebeu mais de R$ 100 em contas de uma água que nunca viu.
“A gente fala para eles, eles falam que vão ajeitar para chegar a água pra cá. Como é que a gente vai pagar uma coisa que não consome? Aí não tem condições. Eu tenho que ir até na cisterna do hospital ali, e pego água. Venho e trago, boto no pote. Encho o pote ali. É como a gente sobrevive”, explica José.
Os filhos de Maria Rodrigues nunca tomaram um banho de chuveiro na vida.
"Nós tomamos banho de balde, e banheiro não tem. Quando a pessoa quer fazer as necessidades vai para o mato”, conta a dona-de-casa Maria Rodrigues.
Dona Maria jamais teve um emprego.
Fantástico: É difícil arrumar emprego aqui?
Maria: Vige. Aqui não existe isso para pobre, não.
José e Adelma também são desempregados, como quase todos em Manari. Vivem com o dinheiro de benefícios do governo e ajuda de parentes.
“A mãe dele nos ajuda um pouco. Se não fosse isso, a gente passava necessidade”, diz a desempregada Adelma da Silva.
Na língua indígena tupi 'amanari' quer dizer água da chuva.
Não é à toa que a cidade fica tão alegre quando chove.
A população aproveita para encher os baldes. Tomar banho. E a criançada brinca nos barris e caixas d'água.
No outro extremo do país, mais de três mil quilômetros a oeste dali, encontramos Jordão, estado do Acre. Um dos lugares mais remotos do Brasil. Cerca de 6.300 pessoas vivem lá.
“Isso aqui é o fim do mundo. Foi onde o vento fez a curva. O pessoal até fala um ditado 'onde o sabão não lava'", brinca o comerciante Dionísio de Farias.
Jordão fica a uma semana de barco de Tarauacá, também no Acre, município do qual depende para abastecimento.
O barqueiro Radamés Lopes acabou de voltar de lá, onde foi comprar material de construção.
'”Levei sete dias para vir de Tarauacá até aqui", conta o barqueiro.
Fantástico: Sete dias naquele barco? Como é que é essa viagem?
Radamés: A viagem é difícil. Você sai às 5h. Encosta de noite muitas vezes. Dorme dentro do barco, bebe a água do rio mesmo.
O isolamento é tamanho que muitas pessoas jamais viram um chuchu, por exemplo.
“Se você perguntar aqui na cidade, de cem pessoas, duas ou três vão saber o que é chuchu", diz Dionísio.
“Chuchu é luxo e não existe”, diz o vice-prefeito. "Aqui, se falar em chuchu, a pessoa pensa que você está chamando alguém de bonitinho. Não sabem o que é chuchu aqui”, explica o comerciante Dionísio.
Traipu, Jordão e Manari são as três últimas colocadas na classificação do IDH dos municípios brasileiros. IDH é o Índice de Desenvolvimento Humano, medida criada pela Organização das Nações Unidas para avaliar a qualidade de vida no mundo. O cálculo do IDH leva em consideração três fatores básicos: expectativa de vida, nível de educação e a renda da população.
Todos eles quesitos em que as três cidades tiram notas muito baixas.
A última colocada de todas é Manari, campeã brasileira da mortalidade infantil e segunda menor renda per capita do país. Lá, as poucas pessoas que têm emprego ganham menos de um décimo do salário-mínimo determinado pela Constituição.
Fantástico: Você trabalha?
Maria Charliana da Silva, doméstica: Trabalho.
Fantástico: Que tipo de trabalho?
Maria: Em casa de família.
Fantástico: Quanto você ganha por mês?
Maria: R$ 40.
Fantástico: A senhora trabalha todo dia?
Maria: Todo dia. É o único emprego que tem para a pessoa trabalhar aqui. Não tem outra coisa para a pessoa trabalhar por aqui. Tem que ser isso mesmo.
Fantástico: A senhora tem bolsa-família? Quanto a senhora recebe?
Maria: R$ 82.
Jane da Silva nasceu em São Paulo e foi morar em Manari em 2001. Ela trabalha na prefeitura.
“Eu tenho uma empregada na minha casa e eu pago R$ 40 para ela por mês. Ela não lava, não faz a comida, mas limpa todos os dias a minha casa. E em junho do ano passado, eu fui para São Paulo, passei dois meses lá. Para não ficar sem fazer nada, eu tenho um primo meu lá que estava sem empregada, e eu fui ficar na casa dele, para não deixar ele na mão com a família. Ele me pagava R$ 50 o dia. Eram três vezes por semana. A diferença é essa: R$ 40 ao mês e 50 ao dia.
As pessoas daqui ganham de R$ 30 a R$ 60. Mais do que isso não ganha”, explica Jane.
Salários maiores, só para quem presta concurso público e trabalha na prefeitura. Como 86% dos habitantes de Manari sabem escrever apenas o próprio nome, muitos acabam procurando uma alternativa.
“Todas essas pessoas são agricultores. E sendo agricultor, a lei permite a ele um abono do governo federal de auxilio maternidade em torno de R$ 1500. Então, uma das razões de ter muita criança aqui - na minha concepção - é por receber R$ 1500. Por isso que tem muita criança em Manari", explica Osvaldo Pita, secretário de Saúde.
“Ela mesma, minha esposa, quando está com oito meses de gravidez, já está programando o que vai comprar. São R$ 1500, onde ninguém ganha um dinheiro desse nem no decorrer de um ano. Então, o que acontece? Ele vai programar comprar uma vaca, comprar um aparelho de garrote ou dar uma arrumada na casa, comprar antena parabólica e fogão ”, conta o agricultor Cícero Vieira dos Santos.
“Eu tenho uma paciente aqui que ela teve 20 crianças, aliás, 21 crianças. E eu me bati muito com essa pessoa para que ela fizesse uma cirurgia, uma laqueadura para não ter mais crianças. E com muito trabalho eu consegui com que ela fizesse essa cirurgia. Ela me disse uma coisa interessante: 'Seu Osvaldo, eu me arrependi dessa cirurgia’. Eu disse: ‘Por que? Você não está se dando bem?’ Ela disse: 'não, porque eu deixei de receber meu dinheirinho todo mês, todo ano’”, conta o secretário.
Nesta época do ano é inverno em Jordão e Tarauacá. No inverno, a estrada que liga Tarauacá à capital, Rio Branco, fica impraticável. O motorista Edson Ferreira atravessou os 446 quilômetros da estrada recentemente. Levou 50 dias.
Repórter: Numa estrada boa em quanto tempo você faria essa viagem?
Edson: Eu faria em seis horas. E pela primeira vez que nós fomos, quando nós conseguimos voltar, pegamos a estrada meio ruim e gastamos um mês e 20 dias de viagem.
Sem a estrada, durante os meses do inverno, o abastecimento fica ainda mais comprometido. Produtos frescos só chegam de avião. E chegam muito caros.
"Você que quer encontrar verduras, frutas e legumes novinhos, frescos, que acabaram de chegar no voo das 11 horas, direto de Rio Branco?”, anuncia um vendedor.
“Quando se chega no Jordão - às vezes que chega quando um comerciante resolve trazer - é R$ 6 um quilo. Tanto faz ser da cenoura, da beterraba, do tomate. É R$ 6 a R$ 8. Normalmente é R$ 8. E às vezes, como hoje, não tem isso município", conta Elson Farias, vice-prefeito. Até os comerciantes reclamam dos preços que cobram.
"Eu cobro R$ 2 por duas tangerinas. E daria muito mais que dois reais se eu pesar porque o quilo custa R$ 7. Vou por na balança: 400g dá R$ 2,87. Eu acho caro; caríssimo. Eu me sinto ofendido. Mesmo sendo comerciante. Estou ganhando meu dinheiro com isso, mas não gosto de fazer isso.
Mas é o jeito. ”, avisa o Carlos Wagner da Silva,
Dona Maria Luciléia Oliveira é professora. Vive às voltas com o preço dos alimentos.
“A dúzia de ovos custa R$ 5. Só comprava ovos quem tinha condições mesmo e para comer. Para fazer bolo ninguém fazia não. E tudo é sacrificoso. Filé de peito de frango então nem se fala. De primeira era R$ 18 o quilo. E quem que ia comprar um quilo para dar de comer a 10 pessoas? Ia pegar cada um uma isca. Não tinha condições”, conta Maria Luciléia.
O preço médio do litro de gasolina na Inglaterra equivale a R$ 3,10. Em Jordão custa bem mais que isso: R$ 4,30.
Fantástico: Quanto você vai pagar por isso?
Cliente: R$ 8,60. É muito caro.
Fantástico: E pra que é essa gasolina?
Cliente: É pra subir na aldeia. Para usar no motor de barco.
Como é que faz para o taxista trabalhar com esse preço da gasolina?
“Rapaz, é o jeito que tem. A gente se adapta ao sistema”, diz o taxista Manuel Gomes.
O transporte aéreo é ilegal. A pista de pouso de Jordão não é homologada pela Anac, Agência Nacional de Aviação Civil.
“Acontece que nós moramos numa região dificultosa. Primeiramente, essa pista nem existe nos registros da Anac. Você vem para cá fazendo notificação de voo e plano de voo para outras cidades. Você faz Freijó e vem parar em Jordão. Essa pista não existe. Para a Anac, ela não existe, mas todo mundo sabe que opera aqui.", diz o piloto Leandro Santos.
Jordão, segundo pior IDH do país, é campeã nacional de crianças fora da escola. E com um custo de vida tão alto, tem a quarta pior renda per capita de todo o Brasil.
Na zona rural de Traipu, dona Noêmia Cordeiro de Melo bem que gostaria de ter água limpa para cozinhar.
“O arroz, que é branquinho, fica com aquela nata amarela em cima porque a água não é limpa", explica.
A terra é tão seca que nada cresce.
“É seco, não planta nada, Não dá para tirar nada da terra. Nada, nada, nada. A vida de todo mundo aqui ao redor é essa, de todo mundo. Hoje o que eu tenho para os meus filhos só é isso aqui. Mais nada. Feijão com farinha. Eles vão comer esse feijão ao meio-dia com farinha. Agora, de noite, eu faço um pouquinho de arroz e a gente come com feijão. Arroz só uma vez por dia e o feijão é duas vezes”, lamenta Dona Noêmia.
Dona Noêmia recebe o benefício bolsa-família, e, com ele, consegue fazer uma vontade da filha.
“Caldo de galinha, minha filha gosta. Ela pede para comprar. Ela mesma quem faz. Bota água para ferver, aí bota isso aqui dentro, quando desmancha, ela bota o arrozinho dela e come ela e os irmãos. O maior sonho dela é ter uma boneca que chora. Mas eu não posso dar. Eles brincam ali no juazeiro com pau, tampa de garrafa. É a brincadeira deles, eles não têm brinquedo para brincar porque eu não posso dar. O meu marido estava aqui, mas porque não suportou a vida da gente e foi-se embora. Está em São Paulo. Deve estar trabalhando, eu não sei. Não, mandou R$ 1 ainda. Ele foi no final do ano. E eu fiquei aqui mais meus filhos, e seja o que Deus quiser”, revela.
No Brasil dos excluídos, onde meninos ainda brincam de pião e crianças cuidam de crianças, há quem confie nos rezadores para tratar da saúde.
"Em nome de Jesus eu te curo, em nome do Espírito Santo. Dor de cabeça, dor ciático, sol, constipação e dor ciática. Em nome de Jesus te curo”, diz o rezador.
Fantástico: Como a senhora se sente?
Mulher: Me sinto bem. Melhor da dor de cabeça.
Fantástico: É normal aqui na região?
Mulher: É, tem muito rezador.
Fantástico: É melhor que remédio?
Mulher: Às vezes é.
Quem mora no Brasil dos excluídos e enfrenta uma fila do leite que muitas vezes não dá para todos só quer uma coisa da vida.
“Eu não quero que os meus filhos sejam analfabetos que nem que eu sou analfabeto. Eu digo por mim, porque se eu fosse, tivesse leitura hoje, não via um sofrimento desse. Vivia não. Que a mãozinha está cheia de calo, toda doída”, diz o agricultor João Vicente da Silva.
E a vida apenas segue.
Fantástico: Como sustenta a família de oito filhos e a esposa?
João Vicente: Vai tapeando. É o que o cara usa, o que o cara guarda. Feijão, farinha, milho e vai vivendo. Não é uma vidona de beleza, mas dá para tapear.
"Feliz do pobre quando tem a farinha, o arroz e o feijão. Essas três coisas são essenciais para o pobre. Quando não tem, come angu d'água, farinha d'água. Que é a água, o sal e o óleo. Jacuba, que chama. É ruim, é ruim comer jacuba, mas é o jeito”, conta a professora Maria Luciléia.
“Aqui é sofrimento triste. Vocês que vivem num lugar que tem água, que tem recurso, que tem tudo, tudo bem. Mas quantas vezes eu tive vontade de vender minha casa para ir para um lugar que tivesse água, um lugarzinho mais ajeitadinho, que tivesse um serviço para a gente. Porque a gente tem 70 anos, mas ninguém é morto, não. A gente ainda faz alguma coisa”, desabafa Aurelina da Conceição, de 70 anos.
domingo, 1 de março de 2009
Drogaria Popular e Hoje Cosmetics Inauguram Sexta Loja.
Por Edmilson Alves.
Tudo pronto para inauguração da sexta loja da Drogaria Popular e Hoje Cosmetics, que será amanhã, dia 02 de março, às nove horas da manhã, em cerimonial aberto ao público na Rua Getúlio Vargas, 1015 – Esquina da Alegria – próximo ao Palácio Rio Branco.
O novo endereço é privilegiado. Sua proximidade com o Palácio Rio Branco (Sede do Governo Estadual e Ponto Turístico da Capital) revela a estratégia das marcas: Drogaria Popular e Hoje Cosmetics. O local é um dos mais movimentados do Estado. As empresas que já são assíduas na memória da população ficam em maior evidência. “É impossível passar na Esquina da Alegria e não ver essa loja. Seja de carro ou a pé”. Diz o aposentado Joaquim da Costa, 74, frequentador do Senadinho – nome dado ao local de encontro das pessoas da terceira idade que ali se divertem, as quartas e sextas, ao som de valsa e forró.
Para o proprietário da Rede Popular, o empresário Edson de Oliveira, 34, a finalidade de mais uma loja é facilitar cada vez mais a vida de seus clientes. “O principal objetivo é atender todo o público da capital. Essa nova loja será modelo em variedade de produtos e excelência de atendimento. Além do acesso facilitado”.
Outra novidade que segue a inauguração da nova loja é distribuição de produtos para clientes que efetivarem o cartão 24 horas da Rede Popular. O cartão da Rede traz vantagens como o financiamento, sem juros, das compras que podem ser parceladas em até três meses. “Se alguém te vende algo quando você está sem dinheiro. Isso te cativa”. Lembra Rosa Maria Silva, 40, moradora do Bairro Vitória - ao falar da sua relação com a Drogaria Popular. Dona Rosa faz questão de elogiar o atendimento familiar proporcionando pelas marcas.
Já o taxista Francisco Braga, 38, ressalta a importância da Drogaria Popular e Hoje Cosmetics como empresas acrianas, citando sua capacidade de empregabilidade e reinvestimento dos lucros no próprio Acre. Braga ainda citou algumas vantagens que tem como cliente: “É uma ótima opção pra população. Tem 0800, são vários pontos bem localizados. Quando você precisa de um produto tem à pronta entrega. Tem o cartão que você pode comprar e pagar só depois”.
Após a inauguração, a loja funcionará de segunda a sábado das 7h às 19 horas.
Clientes elogiam as marcas acrianas.
Aliamento de produtos dará mais rapidez ao atendimento.