AUTOATENDIMENTO
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Administradores x Jornalismo: uma experiência inovadora no Iesacre
Ao grupo formado pelos acadêmicos Elizonir Lima da Silva, Fernanda Caren Lima Freitas, Marluce Souza Santos Filha, Núbia da Silva Neves e Roseane Lima de Farias, coube a elaboração de textos para jornal impresso, com artigo sobre a importância da Gestão do Conhecimento para os administradores, uma pesquisa com alunos de 1º, 2º, 3º , 5º e 8º períodos dos cursos de Administração, Contabilidade, Gestão Ambiental e Serviço Social, mostrando assim, que cada pessoa possui um conceito sobre o que é Gestão do Conhecimento. Além desse material, entrevistaram a gerente da Unidade de Acesso de Mercado, Informação e Tecnologia (UAMIT) do SEBRAE-AC, sobre o tema.
A importância da Gestão do Conhecimento na Administração
Roseane Lima de Farias
Todos nós somos um pouco de tudo, mas em análise bem profunda somos mais administradores. Administramos nosso lar, nosso tempo, nossos relacionamentos e quando não temos o conhecimento adequado sobre determinada situação ela acaba saindo do que planejamos e desejamos realmente, isto é, a forma simples de entender como uma empresa chega a falência. O que mais influencia nas decisões corretas na vida pessoal e profissional é a quantidade de conhecimento que adquirimos em toda nossa jornada.
A Gestão do Conhecimento deve estar presente em todas as áreas profissionais. Diferente do que muitas pessoas acham, o conhecimento é um diferencial competitivo e aliado daquele que quer fazer o melhor. As habilidades e qualidades que aplicamos em todas as áreas de nossa vida nos engrandecem enquanto cidadãos, em busca não só de ser mais um, mas de ser aquele que pode ser diferente, como a lenda do beija flor: sozinho ele não apaga o fogo, mas motiva para que todos os outros pensem de forma diferente e comecem a agir para tornar um mundo melhor, um país melhor e detentor do maior diferencial competitivo, o Conhecimento.
Lembrando sempre que no mundo em que vivemos Conhecimento e Capital Intelectual caminham juntos, onde a informação e o saber é a arma mais forte para ser um bom profissional.
“A gestão do conhecimento é um valioso recurso estratégico utilizado nas empresas”
Gestão do Conhecimento significa organizar os principais processos e ferramentas gerenciais e tecnológicas objetivando uma melhor compreensão dos processos de geração, identificação, validação, disseminação, compartilhamento e uso dos conhecimentos estratégicos para gerar resultados econômicos para a empresa e benefícios para os colaboradores. O propósito da gestão do conhecimento é organizar e sistematizar a capacidade da empresa de captar, gerar, criar, analisar, transformar, armazenar, disseminar, implantar e gerenciar a informação, tanto interna como externa. Em seguida, esta informação deve ser transformada efetivamente em conhecimento e transmitida a quem interessar.
Atualmente, há uma grande quantidade de informação disponível nos mais diferentes meios em jornal, revistas, rádio, televisão, bibliotecas, internet, etc. Essas informações, quando úteis e aplicáveis, geram conhecimento dentro da empresa, o que é fundamental para a inovação de produtos, serviços, processos, marketing e organizacional.
A gestão do conhecimento é um valioso recurso estratégico utilizado nas empresas. Cada vez mais a gestão do conhecimento é considerada como um elemento central no desempenho organizacional. É tão importante como todos os outros recursos existentes numa organização.
Oferece maior agilidade e capacidade de resposta, sendo que aumenta o rendimento dos colaboradores e contribui para que estes se tornem mais competitivos e rentáveis. Além disso, aumenta a produtividade e melhora a tomada de decisão, neste caso a tomada de decisão será feita com maior rapidez e eficiência, maximizando a obtenção de melhores resultados.
Soraya Neves, Gerente da Unidade de Acesso de Mercado, Informação e Tecnologia (UAMIT) do SEBRAE-AC
Pesquisa: Gestão do Conhecimento - que bicho é esse?
A pesquisa foi realizada com acadêmicos da Faculdade Barão do Rio Branco que integra a União Educacional do Norte (Uninorte). Em um universo de 7 mil acadêmicos, foram entrevistados 100 universitários do 1º, 2º, 3º, 5º e 8º períodos dos cursos de Administração, Gestão Ambiental e Contabilidade. O tema central da entrevista foi Gestão de Conhecimento: o que é, qual sua importância, quais etapas e qual o conceito individual de cada um. Constatou-se que hoje as pessoas já reconhecem a importância de adquirir Conhecimento e se qualificar, independente da faculdade que está cursando.
A Gestão do Conhecimento é considerada uma das maiores ferramentas impulsionadoras do crescimento profissional. De forma mais simples, os acadêmicos acreditam que se qualificar e conhecer aquilo em que trabalha contribui para o desempenho da profissão. Hoje, a velha frase “não basta ser bom, tem que ser o melhor” está em evidência. E o que proporciona tudo isto é o Conhecimento que o profissional agrega na faculdade ou mesmo durante a trajetória enquanto cidadãos.
Pode-se constatar que a maioria das pessoas detém um conceito formado sobre Conhecimento, identificando as etapas que são percorridas e onde pode leva tal Conhecimento. Entretanto, algumas ainda têm dúvidas e imaginam que o Conhecimento é apenas algo para passar em concurso público e ter estabilidade. De forma mais ampla, os acadêmicos destacam que esta é a Era do Capital Intelectual, onde as organizações avaliam o conhecimento de cada um. Em outras palavras “o que vou agregar a minha organização se contratar um profissional de marketing?”
Durante a pesquisa surgiu a pergunta: será que o Conhecimento é tão importante assim e faz com que se cresça profissionalmente? Percebeu-se que os nossos conhecimentos geram um fluxo de informação corrente que auxiliam o profissional diante de situações que exigem técnica, atitude e conhecimento da área em que atua.
Os entrevistados sabem que o Conhecimento tem várias etapas distintas. Primeiramente tem-se a aprendizagem onde se coleta as informações, depois este Conhecimento é externado para a organização; tem-se as lições de aprendizagem o que se prende ao longo da vida pessoal e profissional e com todos esses conhecimentos agregados tem-se a última etapa, a do pensamento criativo, o que se coloca prática todo o Conhecimento.
Na pesquisa realizada, o grupo selecionou algumas frases de cada faixa etária que ilustram o que os acadêmicos pensam sobre a Gestão e Conhecimento e sua importância para a sociedade (leia ao lado).
As melhores frases de acordo com a faixa etária dos entrevistados
A pergunta feita para os acadêmicos foi: defina o que é, para você, Gestão do Conhecimento e o que ela pode contribuir na sua vida profissional?
De 16 a 24
“Conhecimento é a capacidade que cada ser humano possui de descobrir onde está sua ignorância. A partir do momento que a pessoa conhece sua falha, com leituras e compartilhamento de informações, ela pode estar colaborando para a boa opção de vida como também para a sociedade”.
De 25 a 29
“Capacidade de gerenciar conhecimento próprio e alheio para aplicá-lo com a finalidade de disseminação de informações e busca de melhores resultados pessoais e empresariais”.
De 30 a 39 anos
“Gestão do conhecimento é um meio de disseminar e distribuir informações corporativas entre os membros de uma equipe, incluindo novos conhecimentos e novas formas de administrar”.
De 40 a 49 anos
“É importante porque é através da Gestão do Conhecimento que podemos alcançar o sucesso”.
De 50 a 59 anos
“Através do conhecimento podemos transmitir experiências e com isso melhorar minha auto-estima e minha vida profissional.”
A Gestão do Conhecimento nas empresas
A globalização está fazendo com que as empresas, sem as proteções oficiais das reservas de mercado, tenham que se ajustar à Nova Economia. Precisam adequar seus custos e aumentar a produtividade para serem competitivas. Por isso, muitas empresas já estão pensando em seus funcionários operacionais, administrativos e administradores, não mais como simples “Recursos Humanos”, mas sim, como “Capital Humano”.
Esse novo enfoque enfatiza que as pessoas são parte crucial de uma empresa e como tal, têm necessidade de serem desenvolvidas, gerenciadas e tratadas com o mesmo respeito distinguido a todos os outros capitais. Na Nova Economia, as mudanças ocorrem com extrema rapidez e as pessoas apesar de não acompanharem essas mudanças com a mesma velocidade, têm que se moldar às novas situações, necessitando de atenção para reduzirem ou eliminarem essa diferença e conseguirem atingir os objetivos empresariais.
Por outro lado, as empresas por muito tempo subestimaram o valor dos conhecimentos de seus funcionários. Hoje, sabe-se que a soma desse conhecimento tem um valor e que mensurá-lo e tê-lo sob controle, e acima de tudo, aplicá-lo em favor da empresa, torna-se um diferencial competitivo. Mas para ser aplicado, não basta tê-lo. Nesse momento entra outro importante e decisivo componente: a motivação do funcionário para aplicá-lo.
Somente empresas atentas ao seu Capital Humano, conseguem reter os talentos e motivá-los a utilizar o seu conhecimento em benefício de ambos. A relação ganha/ganha faz parte dos valores dessas empresas. E somente o desenvolvimento contínuo do conhecimento humano e de suas formas de aplicação permitirá o atendimento das necessidades dessa nova Era.
Assim, o grande desafio das Organizações do Século XXI será atrair e reter clientes, fornecedores e criadores de conhecimento. A estratégia empresarial necessitará estar fortemente apoiada em uma estratégia de educação continuada dos empresários, executivos e técnicos que compõem o capital humano das Organizações. Isto se fará por meio de programas estruturados sob medida para as necessidades específicas do negócio e que valorizem o raciocínio criativo, a resolução de problemas, o desenvolvimento de lideranças, o autogerenciamento da carreira, a efetividade na comunicação e na colaboração, além do desenvolvimento tecnológico.
Nesse contexto de grandes transformações, de economia globalizada, de mercados cada vez mais concorrentes entre si, o instrumento de competitividade das Organizações necessariamente deverá ser baseado em conhecimento.
Francisco Marnilson, Gilney, Luciano, Maxwell, Sandro e Laura, Acadêmicos do 8º período, turma 801
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Medicamento para reposição de imunoglobulina terá que ser recolhido
Notificações de eventos adversos registradas no exterior e que podem estar relacionadas ao uso do medicamento indicaram um aumento do risco de eventos tromboembólicos, como trombose, acidente vascular encefálico e infarto agudo do miocárdio.
O medicamento Octagam 5% é uma imunoglobulina humana obtida a partir de plasma sanguíneo e usada em pacientes com deficiência dessa proteína, que atua como um anticorpo.
Recomendações aos médicos
Os médicos devem descontinuar o uso do medicamento em seus pacientes e acompanhar aqueles que fazem uso do produto na concentração de 10%, embora o problema não tenha sido verificado para essa concentração. Devem, ainda, notificar, por meio do Sistema eletrônico de notificações (Notivisa) para as suspeitas de eventos tromboembólicos em seus pacientes durante o uso de Octagam.
Leia alerta sobre o medicamento
Imprensa/Anvisa
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Era Viana
O Globo destaca afastamento de PM’s por uso indevido do helicóptero acriano
terça-feira, 5 de outubro de 2010
SNGPC registra 14 dias de anormalidade
O SNGPC é o sistema pelo qual drogarias e farmácias informam para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa - à venda de medicamentos psicotrópicos.
De acordo com o Artigo 6° da Instrução Normativa 11 de 31 de outubro de 2007, farmacêuticos não podem ser responsabilizados pelos atrasos decorrentes de dificuldades técnicas temporárias. “Não deverão ser objeto de autuação pelo órgão de vigilância sanitária competente os problemas decorrentes de dificuldades técnicas temporárias, entendidas como dificuldade de natureza operacional ocorrida no sistema, caracterizado como falha, interrupção ou ausência de comunicação na transmissão de dados e informações por período igual ou superior a 24 horas.”
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Vitória com ajuda da Justiça Eleitoral
A interferência do TRE foi sentida nas urnas e durante o processo eleitoral, o assunto fuso horário passou quase despercebido durante a campanha, fustigando o maior trunfo da oposição, o de mostrar o autoritarismo petista.
O alerta “do fuso” surgiu com a eleição do prefeito de Feijó, Dindin Ferreira (PSDB), em novembro de 2009, na qual o jornalista Altino Machado atribuía à derrota governista à ação de Viana no Senado. “Dindin derrotou praticamente sem dinheiro uma potente máquina de guerra eleitoral que domina a cena política do Acre há mais de 12 anos. A situação começou a mudar no ano passado, quando o padre da cidade passou a tocar o sino da igreja às 6 e não às 7 horas, em protesto contra a mudança do fuso horário do Acre promovida pelo senador”.
Os marqueteiros de Tião Viana focaram atenção ao Juruá, onde o tema do horário era mais latente e a rejeição à mudança do horário fora mais sentida. A estratégia deu certo, Viana garantiu sua vitória justamente naquela região, enquanto isso, Rio Branco - maior colégio eleitoral do Estado - avalizou a vitória de Bocalom.
Voto a voto
domingo, 3 de outubro de 2010
Eleições 2010: siga as nossas tuitadas
Semana de Comunicação 2010 discute Redes Sociais
O tema deste ano é “A Comunicação nas Redes Sociais” e a abertura acontece na quarta-feira, 6, às 19 horas, com a palestra “Os informívoros na Floresta Digital”, com o professor da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Marco Bonito, mestre em Comunicação pela Universidade Paulista, na área de Cultura Midiática e Grupos Sociais.
No mesmo dia haverá um bate-papo com os membros do Encontro de Twitteiros do Acre, coordenado pela jornalista Andrea Zílio. Na quinta-feira, 7, serão apresentados trabalhos dos acadêmicos dos cursos de Publicidade e Propaganda e de Jornalismo.
A sexta-feira, 8, será destinada a dois eventos. O primeiro acontece às 14 horas quando será realizado o Seminário “Popularização da ciência: Um compromisso de todos”, com a presença do professor e jornalista Luís Victorelli, Assessor de Imprensa da Universidade de São Paulo, Campus de Bauru (CCB/USP) e especialista pelo Núcleo José Reis de Divulgação Científica e mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da USP.
O segundo evento será a mesa redonda às 19 horas, com o tema “Jornalismo, Publicidade e Propaganda; novos rumos, novos mercados”, tendo como debatedores o jornalista Silvio Martinello (Jornal A Gazeta), o publicitário Rodrigo Pires, gerente de Marketing dos Supermercados Araújo e a advogada e proprietária da VT Publicidade, Charlene Maria de Lima.
No sábado, 9, será realizada a Oficina “Jornalismo Científico: Convergência de Mídias”, também com o professor e jornalista Luís Victorelli, que atualmente preside a Comissão Municipal de Estudos da Estação Ciência de Bauru e é coordenador regional da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT/MCT).
Programação
06/10/2010 – Quarta-feira
19h – Abertura da Semana de Comunicação 2010.
19h15min - Palestra: professor MSc. Marco Bonito.
Tema: “Os informívoros na Floresta Digital”
Apresentação: Larissa Costa
20h30min - Encontro de Twitteiros do Acre
Apresentação: Jornalista Andrea Zílio.
07/10/2010 – Quinta-feira
19h – Apresentação de trabalhos acadêmicos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda.
Apresentação: Professora Janine Brasil
08/10/2010 – Sexta-feira
14 às 18h – Seminário “Popularização da ciência: Um compromisso de todos”.
Participantes:
Professor MSc. Luis Victorelli
Professor MSc. Evaldo Ribeiro (IESACRE)
João César Dotto – Secretário de Estado de Desenvolvimento Ciência e Tecnologia – SDCT e Diretor Presidente da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre – FUNTAC
Antonio Luiz Jarude Thomaz – Gerente de Desenvolvimento Institucional da FUNTAC
19h – Mesa redonda: “Jornalismo, Publicidade e Propaganda; novos rumos, novos mercados”.
Debatedores:
Jornalista Silvio Martinello (Jornal A Gazeta)
Publicitário: Rodrigo Pires (Gerente Marketing Supermercado Araújo)
Advogada e proprietária da VT Publicidade – Charlene Maria de Lima
Mediadores: Jornalista Bruno Cássio e Publicitária Sofia Brunetta.
09/10/2010- Sábado
8 às 12 e das 14 às 18 h – Oficina “Jornalismo Científico: Convergência de Mídias”
Professor MSc. Luis Victorelli
23h – Festa no “The Rock Bar”.
Patrocínio: Banco Santander e Funtac (Semana Nacional de Ciência e Tecnologia)
Apoio: Jornal A Gazeta, Jornal A Tribuna, Jornal Página 20, Rádio Difusora Acreana, Rádio Gazeta, TV Acre, TV Aldeia e Rádio Aldeia FM, TV Gazeta e TV Rio Branco e Jornal O Rio Branco
Era Viana
Minha intenção aqui não é se ater sobre o fato comemorativo do centenário da dúbia “Revolução Acreana”. Mas, antes, observar o que culminou para essa beatificação petista no Acre. E vejo que o discurso da salvação começou com o projeto da “florestania”, esta sim, é a palavra sagrada.
Este neologismo que é a junção de floresta e cidadania (claro na concepção de quem concebeu esta ideia) virou febre em todo o Estado, contagiando jovens idealistas que achavam que era possível fazer diferente. No bojo politico era expressão de vários projetos, como desenvolvimento sustentável, inclusão social do homem rural, a participação dos povos tradicionais da floresta nas politicas públicas, a valorização da economia extrativista. Resumindo, a redenção de um povo subjugado pela exploração vivida há séculos, levados agora para o seio de um Estado acolhedor. E isto tudo seria intermediado pelos Vianas, verdadeiros titãs de uma nova era, quem sabe semideuses, ou talvez heróis. Logo me recordo de Batman e Robin em Gotham City, de Homem Aranha usando sua fantasia vermelha, mas descarto este, porque é solitário no combate aos saqueadores da cidade novaiorquina, Jorge e Tião são imcoparáveis, são heróis que usam também a indumentária vermelha e ainda tem o chavão: “Quem é contra nós, é contra o Acre.”
Acreditando que estava vivendo no paraíso dos trópicos, depois de passados 12 anos desta missão promissora, resolvi perguntar para o seringueiro, o ribeirinho, ao pequeno produtor rural, ao indígena, estes que são os redimidos não pelo sangue de Cristo, mas pelo escarlate petista, sobre a redentora “florestania”. O primeiro me disse: “Floresta o quê?” O segundo: “Não sei o que é isso não moço!” O outro me responde com uma outra pergunta, “isso se come?” Enquanto o último fica com o olhar atônito, sem me dá uma resposta, mas seu silêncio foi muito mais informativo. Fiquei perplexo, pois pensava que este projeto messiânico tinha logrado êxito. Mas como pode? Toda ação do governo era centrada nesta proposta inovadora. Até então, achava piamente que os povos tradicionais da floresta estavam vivendo no gozo paradisíaco.
Começei a questionar se o neologismo “florestania” realmente foi adotado com aquela ideologia politica avassaladora. Penso, agora, que não, acho até que sua derivação é equivocada, sendo, na verdade, a soma das palavras floresta + mania. Que pode ser traduzido como um vicio excessivo de propagar sobre a floresta, ou se talvez, entrarmos na definição psicopatologista pode ser a expressão de um estado mental eufórico e de otimismo sem base. Estes dois significados são apenas alguns dos léxicos sobre a palavra mania. Ora se a politica da “florestania” não alcançou os povos da floresta, qual é o motivo para tanta excitação? Será modismo? Que aliás se for, pegou geral, pois é moda principalmente feminina andar com pulseiras e cordões atersanais de sementes, onde, inclusive, é visto sendo usado por uma parlamentar nossa, no Congresso Nacional. Demonstrando um genuíno fascismo verde.
O fato é que os povos tradicionais da floresta se tornaram objeto de emancipação politica de um grupo, que não atendeu aos anseios daqueles, que continuam vivendo no inferno quase dantiano (mas que, neste caso, não tem nada de divina comédia!). Não quero imprimir aqui a visão de Euclides da Cunha. Longe deste estigma, uma vez, que o sofrimento deles não é de ordem natural, mas sim da exploração, da expropriação causada por uma oligarquia econômica que sempre ditou as regras nesta região. Já não bastava uma história marcada por luta para constituir sua identidade, agora o governo desapropria e desnatura a luta deste povo, ou seja, desvirtua a imagem conquistada ao longo do tempo para atender a interesses de poucos.
Para olhar o fracasso e a máscara caída da “florestania” é muito fácil, basta observar os bolsões de miseráveis que se formam na periferia da capital acreana. Em especial, cito o famoso e tão falado nos jornais policiais da televisão local, o “Caladinho” que é uma área que apresenta problemas de muitas naturezas, desde de infraestrutura, condições de moradia, e as constantes noticias de violência. E o interessante, que tem este nome em razão da rápida e inesperada ocupação realizada pela comunidade, isto é, a prova irrefutável do grande fluxo de migração campo-cidade, onde o homem do campo está em busca de melhoria de vida, está deixando sua vida rural para procurar na cidade as “migalhas que caem da mesa”. Pois o modelo de “florestania” concebida e propagada pelo “Governo da Floresta” é a promessa, ainda, de um mundo que está por vir.
Fui olhar o preâmbulo da sagrada cartilha da “florestania”, foi aí que me deparei com o engodo deste projeto laboratorial, pensada por tecnocratas de gravata, que pouco se importam com as realidades do homem amazônico e suas devidas particularidades, nem conhecem o escaldante verão acreano, pois vivem em escritórios com ar climatizado. Tal projeto foi, assim, empacotado e enviado para os povos tradicionais com um simulacro de incertezas, que ao ser aberto parecia mais uma “caixa de Pandora”, ainda mais perversa, pois esta não trouxe nem ao menos a esperança, diante de tantos males espalhados ( ainda bem, que a esperança desta gente não depende desta “caixa”). Por outro lado, na contramão desta esteira, este projeto era o acesso à “Terra Prometida” para alguns poucos. Parece ser ambíguo a comparação, quando se fala de “decepção” e “satisfação” tendo ambas o mesmo ponto de origem, mas isto demonstra que a exploração da miséria de muitos é resultado da riqueza de poucos. O que para muitos continua ser a permanência no carma negativo politico, para uns é o deleite eterno de uma vida próspera.
Ainda de maneira subrepticia, quase imperceptível, utilizando o método da Sequência de Letras Equidistante na cartilha sagrada da “florestania” ( temos que utilizar todos os recursos disponíveis para decifrar este grande enigma petista!), percebe-se que toda esta excitação decorre em torno da mercantilização da Amazônia e que os principais favorecidos ainda é a velha oligaquia da madeira e da pecuária.
Pensando bem, não discordo totalmente do Toinho Alves, acho que há mesmo uma relação tênue entre Plácido de Castro e Jorge Viana, pois o primeiro veio para demarcar as terras acreanas, e o segundo apareceu, cem anos depois, para vender, hipotecar e arrendar as mesmas terras, que coincidência…
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Apenas ausência de documento oficial com foto pode impedir eleitor de votar, decide STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na tarde desta quinta-feira (30), por maioria de votos, que apenas a ausência de apresentação de documento oficial de identificação com foto pode impedir o eleitor de votar. A decisão foi tomada no julgamento da medida cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4467), ajuizada pelo PT contra a obrigatoriedade de o eleitor portar dois documentos para votar, determinação prevista no artigo 91-A da Lei 9.504/97.
De acordo com a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, a cabeça do artigo 91-A da Lei 9.504/97, com a redação dada pela Lei 12.034/2009 (chamada minirreforma eleitoral) deve ter eficácia apenas com a “interpretação que exija no momento da votação a apresentação do título do eleitor e de documento oficial comprobatório de identidade com foto, mas que ao mesmo tempo somente traga obstáculo ao exercício do voto caso deixe de ser exibido o documento com foto”.
O julgamento teve inicio na tarde de ontem, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. Na ocasião, sete ministros já haviam se manifestado pela procedência parcial da ação – a relatora, ministra Ellen Gracie, e os ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Ayres Britto e Marco Aurélio.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Neste domingo, vote Plínio 50
Promotor público aposentado e mestre em desenvolvimento econômico internacional pela Universidade de Cornell (EUA), Plínio já foi deputado federal por três vezes - uma delas na Constituinte de 1988 -, sub-chefe da Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo (1959-1961), secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura da capital paulista (1961).
Por sua firme atuação em defesa de uma verdadeira reforma agrária e dos direitos dos trabalhadores, Plínio foi um dos cem primeiros políticos cassados pelos militares e viveu doze anos no exílio. Entre 1965 e 1975 exerceu o cargo de diretor de Programas de Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU), coordenando projetos de reforma agrária em toda a América Latina e na maioria das nações caribenhas.
Fundador do Partido dos Trabalhadores, foi o autor do primeiro estatuto do PT, que assegurava à militância o poder de decisão sobre os rumos da agremiação. Candidato ao Governo do Estado de São Paulo em 1990 e em 2006, Plínio tem sua trajetória de vida e militância estreitamente vinculada à esquerda católica e à defesa do direito à terra para os trabalhadores. Em 2005, deixou o PT por não concordar com os rumos tomados pela sigla e ingressou no Partido Socialismo e Liberdade.
Atualmente é presidente licenciado da Associação Brasileira de Reforma Agrária e diretor do portal de notícias Correio da Cidadania.
domingo, 26 de setembro de 2010
Acrianos residentes em Santa Catarina serão entrevistados na Rádio Campeche
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
SNGPC inapto para transmissões
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Anvisa proíbe comércio de cigarros Free
Suspensão
A suspensão de um ou de todos os lotes de determinado produto é definitiva e tem validade imediata, após divulgação da medida no Diário Oficial. O recolhimento (retirada do mercado) é de responsabilidade do fabricante.