AUTOATENDIMENTO

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Professor Claudemir Mesquita lamenta por Igarapé São Francisco

Há 22 anos atuando com pesquisa ambiental o professor Claudemir Mesquita está escrevendo um relato sobre os problemas que o Igarapé São Francisco está enfrentando. Foram 12 anos acompanhando os igarapés que deságuam no São Francisco, que resultaram em poesias.

“Acompanhei durante este período os igarapés Dias Martins, o Igarapé Fundo, o Igarapé Amaro e o Igarapé Saituba e posso dizer que o homem está acabando com eles. O problema maior é que as águas do Igarapé São Francisco deságuam no Rio Acre”, diz o professor.

Autor de sete livros, dentre os quais “Lágrimas”, sobre o Rio Acre, Claudemir Mesquita é um apaixonado pela pesquisa e tem lutado para que as autoridades possam enfrentar um problema ambiental que poderá trazer sérios problemas para o futuro. “Hoje o Rio Acre é um rio esquecido e que vem sofrendo com os processos antrópicos”.

Quem sabe se o próximo livro não seja contando a história do Igarapé São Francisco? A seguir parte de um dos poemas de Claudemir Mesquita:

Gerações de Lágrimas

Quando tuas águas chegarem
meu olhar vai dar uma festa,
porque a crueldade que o povo
impôs ao teu leito é um
instrumento de angústia,
sofrimento e dor.

Rogo, para que a chama da luz
Que existe em cada um de nós
cresça vertiginosamente
toda vez que falo
do teu desgosto.

Assim! Quando não for possível
avançar dois passos sobre
teu leito adormecido,
desloco-me para diante
pelo menos alguns milímetros
ao encontro do teu sacrifício.

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