AUTOATENDIMENTO

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Igreja Católica compara Lula a Herodes



A Igreja Católica não consegue largar o preconceito que sempre lhe foi peculiar.

Por séculos, promoveu a discórdia entre seres humanos; Contribuiu decisivamente para a morte de milhares de nativos, principalmente no Brasil com seu apoio incondicional à Coroa Portuguesa.

Agora condena o presidente Lula comparando-o ao rei Herodes (Herodes pai mandou matar todas as crianças de até 2 anos em Belém, Judeia. Herodes filho lavou as mãos pela morte de Cristo) por ser favorável a descriminalização do aborto entre outras.

Os católicos da CNBB são contra a união homossexual.

Seria mesmo muito estranho um padre casar-se com uma criança de 5, 6 anos. Ainda bem que padres não casam e pedofilia é crime.

Permissão para desmatar

Projeto anistia multas ambientais de pequeno produtor da Amazônia

Bernardo Hélio
Perpétua Almeida: rigor legal contra agricultor familiar não pode ser o mesmo aplicado aos grandes depredadores.


Tramita na Câmara o Projeto de Lei 6313/09, da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que concede anistia, por um período de dez anos, às multas e demais acréscimos legais por infrações ambientais praticadas por pequenos produtores rurais, agricultores familiares, membros de população tradicional, residentes e domiciliados na Amazônia Legal.

Para ter direito à anistia, os beneficiados deverão desenvolver atividade exclusivamente para subsistência própria, ter renda familiar anual não superior a 30 salários mínimos de referência e possuir área de cultivo, própria ou por posse, de no máximo um módulo fiscal.

Falta de esclarecimento
Perpétua Almeida afirma que as multas ambientais são um empecilho para os pequenos produtores da Amazônia. "Desprovidos de conhecimento apropriado e sem esclarecimento do Poder Público, muitos são devedores de multas ambientais", explica a deputada.

Segundo a parlamentar, há casos extremos em que a multa aplicada chega a ser maior do que o valor da propriedade, o que acaba inviabilizando as atividades produtivas da família.

"Pequenos agricultores, produtores de pequenas propriedades, pessoas pobres que foram empurradas pelo latifúndio para condições sofríveis, se encontram impossibilitados de obter empréstimos bancários ou financiamento para agricultura em virtude de inadimplência", relata.

Diferenças regionais
Perpétua Almeida critica a rigidez com a qual os órgãos ambientais tratam as populações tradicionais da Amazônia. "É uma prova cabal da necessidade da legislação ambiental considerar as diferenças regionais do País, porque o rigor legal contra o agricultor familiar não pode ser o mesma aplicado contra os grandes depredadores", argumenta a deputada.

A anistia, segundo Perpétua, dará oportunidade de recuperação econômica para milhares de famílias. "Com a justa e necessária implantação do combate ao desmatamento e às queimadas, o que é acatado por estes cidadãos, há que se consolidar uma alternativa de geração de emprego e renda, segurança alimentar e perspectivas de desenvolvimento individual e comunitário", observa a deputada.

Tramitação
Sujeito à apreciação do Plenário, o projeto foi apensado ao PL 1876/99, do ex-deputado Sérgio Carvalho (PSDB-RO), que revoga o Código Florestal (Lei 4.771/65). A matéria está sendo analisada por em comissão especial.

Íntegra da proposta:

Reportagem - Luiz Claudio Pinheiro
Edição - Newton Araújo

Justiça

Projeto altera Lei Maria da Penha para acelerar combate a agressor

Luiz Xavier
Capitão Assumção quer reduzir prazos para a adoção de medidas contra o agressor.

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 6340/09, do deputado Capitão Assumção (PSB-ES), que modifica a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) para acelerar a adoção de medidas urgentes em casos de violência contra a mulher.

O projeto reduz de 48 para 24 horas o prazo dado à autoridade policial para enviar ao juiz o pedido da mulher ofendida, com vistas à concessão de medidas protetivas de urgência. Segundo a proposta, o juiz também terá 24 horas (e não mais 48) para adotar as providências cabíveis.

O deputado afirma que alguns agressores, mesmo após denunciados, voltam em pouco tempo a cometer atos de violência, inclusive com mais raiva, e chegam a atentar contra a vida da vítima.

"Os prazos, muitas vezes, podem decidir a vida de alguém, pois a vítima fica à espera das medidas de urgência do juiz", argumenta o autor do projeto.

Justiça lenta
Segundo o deputado, a redução dos prazos das medidas judiciais visa a resguardar vidas e obter, com menos tempo, medidas necessárias contra o autor das agressões. "Assim, ele não terá tempo de voltar com o intuito de se vingar", prevê.

Capitão Assumção cita como exemplo o caso de uma jovem recepcionista de academia, em São Paulo, assassinada pelo ex-namorado em janeiro de 2009. A jovem havia registrado quatro boletins de ocorrência e dois termos circunstanciados contra o acusado, mas isso não foi suficiente para barrar o agressor.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Reportagem - Luiz Claudio Pinheiro
Edição - Pierre Triboli

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Ensino brasileiro registra piora, aponta Unesco

País fica em 88º em ranking de ensino


Por Lisandra Paraguassú

O alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que o Brasil conquistou há dois anos não chegou à educação.


O relatório Educação para Todos, divulgado ontem pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), mostra que a baixa qualidade do ensino nas escolas deixa as crianças para trás.


É diretamente responsável por colocar o País na 88ª posição no Índice de Desenvolvimento Educacional (IDE), com resultado 0,883 (a nota varia de 0 a 1, sendo 1 a mais alta).


O Brasil está atrás de Paraguai, Equador e Bolívia.

Dos quatro dados utilizados pela Unesco, o Brasil vai bem em três e tem resultados acima de 0,900 - o mínimo para ser considerado de alto desenvolvimento educacional. São bons os números de atendimento universal, analfabetismo e igualdade de acesso à escola entre meninos e meninas. Já quando se analisa o índice que calcula quantas crianças que entram na 1ª série do ensino fundamental concluem a 5ª série, o País cai para 0,756, um baixo IDE.

Mais do que isso, a situação piorou. No estudo anterior, com dados de 2005, o índice brasileiro ficou em 0,901. O recente relatório utiliza informações de 2007, ano em que há números comparáveis para os 128 países.

Segundo Nicole Bella, analista de políticas da Unesco em Paris e uma das responsáveis pelo relatório, o Brasil perdeu pontos porque a matrícula caiu de 95,6% em 2005 para 93,5% em 2007 e a taxa de sobrevivência na 5ª série de 80,5% para 75,6% no mesmo período. "A reprovação e a retenção escolar, assim como a qualidade da educação, atrapalham o progresso do País."

O gargalo da 5ª série do ensino fundamental é conhecido. O relatório aponta três fatores que influenciam o resultado das crianças e a permanência na escola: a necessidade de identificar, nos primeiros anos de escolaridade, o quanto a criança está aprendendo e tomar medidas para sanar as dificuldades; ter escolas com um mínimo de infraestrutura física e um bom ambiente escolar; um número consistente de horas em sala de aula, garantindo que pelo menos 80% delas seja de aprendizagem efetiva. Em nenhum deles o Brasil pode servir de exemplo.

Nas rede pública, a média de horas de aula por dia é de 4,5 no ensino fundamental e 4,3 no médio, quando seriam necessárias ao menos 6. Mais de 17,8 mil escolas não têm energia elétrica e só 37% possuem bibliotecas.

Para o presidente executivo do Movimento Todos pela Educação, Mozart Ramos, os dados reforçam que o maior desafio do País é a aprendizagem na educação básica. "Melhorar a qualidade é mais caro do que colocar a criança na escola." Para a educadora Ângela Soligo, da Unicamp, o País "investe demais em avaliação e de menos na melhoria da qualidade".

O Ministério da Educação informou que ainda vai analisar o relatório, mas, inicialmente, considerou os números "estranhos" porque houve a ampliação do ensino fundamental para nove anos e queda na evasão.

Fonte: O Estado de S. Paulo

Circula na Internet

comentando.blogspot.com/

Presidente do STF suspende demarcação indígena em Roraima


O ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma liminar no Mandado de Segurança (MS) 28574 para suspender parcialmente a demarcação da terra indígena Anaro, em Roraima, somente em relação à parte que abrange a Fazenda Topografia.

A decisão atende a um pedido dos proprietários da fazenda que se sentiram prejudicados por um decreto do presidente da República, publicado no dia 21 de dezembro de 2009. Esse decreto declarou ser de posse indígena área localizada no município de Amajari (RR) com extensão de 30.473 hectares. Ocorre que desse total 1.500 hectares são da Fazenda Topografia, adquirida em 1943, conforme documentos que comprovam a compra.

Os proprietários entraram com o pedido de suspensão da demarcação no Supremo porque a União determinou a desocupação em trinta dias, “desconsiderando o fato de que a questão ainda está sob análise do Poder Judiciário”, em ação que corre na Justiça Federal de Roraima.

Os advogados sustentam que o presidente da República não tem legitimidade para a demarcação de terras indígenas, função que cabe exclusivamente ao Congresso Nacional. Além disso, afirmam que os donos da área não tiveram oportunidade de se manifestar no processo, uma vez que o estudo antropológico teria se baseado exclusivamente em entrevistas com os índios.

Alegam também que, nos termos da jurisprudência do STF, terras tradicionalmente indígenas seriam somente aquelas efetivamente habitadas por grupos de índios no momento da promulgação da Constituição Federal de 1988, o que não é o caso desta fazenda, adquirida ainda na década de 1940.


Agência STF

Projeto equipara diplomas de cursos presenciais e a distância

A Câmara analisa o Projeto de Lei 6219/09, do deputado Wilson Picler (PDT-PR), que assegura ao portador de diploma de cursos a distância as mesmas prerrogativas legais do portador de diploma de cursos presenciais. Entre as prerrogativas estão o registro profissional e a progressão de carreira.

A proposta garante a equiparação para cursos superiores de graduação e de pós-graduação e também para os de ensino médio e técnicos profissionalizantes.

Vantagens
Wilson Picler argumenta que o número de alunos do ensino a distância vem aumentando gradativamente, "resultado direto da melhora na qualidade desses cursos e da percepção, por parte da sociedade, das vantagens que essa modalidade de ensino pode representar para o estudante".

Entre estas vantagens, o deputado cita a flexibilidade de horários, que facilita ao aluno compatibilizar o estudo com o trabalho. Segundo o autor do projeto, é apenas o preconceito que leva diversos conselhos profissionais e órgãos da administração pública a hesitar em aceitar a validade dos diplomas de curso a distância.

Imbróglios judiciais
Até o momento, segundo Picler, a Justiça tem dado razão aos [alunos] formados nos cursos a distância, garantindo a eles o mesmo direito dos graduados em cursos presenciais. "Mas os imbróglios judiciais causam uma série de transtornos, desgastes e prejuízos para esses alunos, que, muitas vezes, se dedicaram mais para obter seu título do que alunos egressos da educação presencial."

Daí a necessidade, de acordo com o deputado, da aprovação do projeto de lei. "Esses litígios judiciais nada mais são do que um artifício para postergar o exercício de um direito legítimo obtido pelos graduados. É uma grave injustiça ante a qual não podemos ficar omissos", afirma.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Reportagem - Luiz Claudio- Agência Câmara

Bombeiros alertam para risco de enchente em Rondônia

PORTO VELHO - O nível do Rio Machado está acima do permitido, no município de Ji-Paraná, em Rondônia. A informação é do Corpo dos Bombeiros. As chuvas do final de semana aumentaram o risco de enchente, alguns bairros já estão alagados.

Duas famílias foram retiradas das casas depois do desabamento das residências. De acordo com o Corpo dos Bombeiros, a enchente maior está prevista para março. Pessoas estão sendo nomeadas para formar a Comissão de Defesa Civil no município
Com informações da TV Rondônia

Os mais caloteiros

A inadimplência com cheques bateu recordes em 2009
Acre é o 4º mais inadimplente



O Estado do Amapá registrou o maior porcentual de cheques devolvidos, a 10,2%, enquanto São Paulo teve o menor índice estadual, de 1,64%.
Na análise regional, o Norte lidera, com 4,95% de devolução. O Sudeste registrou apenas 1,75% de cheques devolvidos.

Porcentual de cheques devolvidos - veja os quatro mais inadimplentes

Amapá - 10,25
Maranhão - 9,65%
Roraima - 8,92%
Acre - 8,91%

Porcentual de cheques devolvidos por região em 2009
Região Norte - 4,95%
Região Nordeste - 3,70%
Região Centro-Oeste - 2,88%
Região Sul - 2,05%
Região Sudeste - 1,75%
Agência Estado

O filme Avatar é para ser vivido como uma experiência


Show de estética/beleza e ética/decência, graças à boa-técnica usada para denunciar a má-tecnica.


Por Cristovam Buarque




Avatar não é para ser visto como um filme. É para ser vivido como uma experiência. Como um carnaval em Olinda, um fim de semana em Nova Orleans (de antes do furacão Katrina), uma visita a Machu Picchu, a Chernobyl (de agora) ou a Auschwitz.


Uma experiência que está mais para dentro de nós do que para as imagens em frente, na tela ou na vida. Claro que isso é transmitido pelos efeitos especiais, ainda mais pela possibilidade de três dimensões, mas também pelo roteiro e sua oportunidade.


A história traz toda lembrança da ocupação das Américas com o genocídio e o ecocídio: os milhões de índios destruídos de Norte aa Sul do continente e a destruição das florestas, a contaminação das águas e do ar, pelo processo de ocupação que começou nos 1500 e continua até hoje com o sistema industrial em vigor.


Serve como denúncia da destruição ecológica levando ao aquecimento global e a todas suas consequências.


O filme mostra de forma magistral o confronto entre a brutal alta tecnologia alienada contra a natureza e os povos "primitivos" e a suave e integrada convivência entre esses "primitivos" e a natureza. Ainda passa o otimismo, sem ingenuidade, da vitória do suave integrado sobre o brutal alienado. Mesmo que saiamos do filme imaginando que todos os brutos, derrotados e sendo mandados de retorno para a Terra, voltarão em breve e terminarão vencendo e destruindo o equilíbrio ecológico em Pandora.



O filme é um show a favor da vida e de denúncia do poder tecnológico.Sem deixar de nos oferecer o sentimento de gratidão à tecnologia que permitiu o filme ser feito. Mostrando que o problema não está na inteligência e criatividade do ser humano, mas no modo como a inteligência e a criatividade são usadas. A luta não é apenas entre o Coronel que usa as máquinas brutais e assassinas e Jake que opta pela natureza.


É também entre os que desenham aquelas máquinas de morte e artistas como James Cameron e sua equipe que usaram a inteligência tecnológica para produzir o show, belo esteticamente e decente eticamente, que é Avatar.


terça-feira, 19 de janeiro de 2010

DENGUE: Acre e outros quatro estados decretam situação de alerta, segundo MS


Goiás, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Acre são os estados que mais registram casos de dengue no país, e encontram-se em estado de alerta, segundo informações do Ministério da Saúde (MS). O índice foi divulgado pelo jornal Bom Dia Brasil, exibido na manhã desta terça-feira (19), na Rede Globo.

Em Rondônia, dados da Agevisa apontam que o número de casos na primeira semana de janeiro de 2010 superou o registrado em todo o mês de janeiro de 2009, acentuando a situação crítica do Estado.

Os últimos números revelam que Rondônia, até a primeira quinzena deste mês, chegou a somar 21.908 casos, dos quais 2.520 foram notificados em Jaru, 2.026 em Cacoal, 1.894 em Porto Velho, 1.485 em Vilhena, 1.418 em Ariquemes e 1.342 em Pimenta Bueno.

Rondônia Dinamica.com

Projeto garante meia entrada para profissionais da educação básica

A Câmara analisa o Projeto de Lei 6209/09, do deputado Iran Barbosa (PT-SE), que garante aos profissionais da educação básica o pagamento de meia entrada em eventos culturais e de lazer. Professores, pedagogos e técnicos com formação pedagógica estão incluídos entre os beneficiários.

Para comprovação do efetivo exercício da função, o profissional deve apresentar documento de identidade oficial com foto e contracheque que identifique o órgão ou estabelecimento de ensino ao qual está vinculado, assim como o cargo que ocupa.

Exclusão cultural
"Sabemos que os índices de exclusão cultural no Brasil são alarmantes e precisamos dotar o nosso País de políticas que incentivem e permitam a participação dos profissionais da educação em eventos que lhes possibilitem a intimidade com a vida cultural brasileira", argumenta o autor do projeto.

Segundo o texto, quem descumprir a nova lei pagará multa e poderá ter o alvará de funcionamento suspenso ou mesmo cassado. Os estabelecimentos serão obrigados a fixar aviso de que profissionais de educação pagam meia entrada, e não poderão mascarar os preços com promoções de descontos para todos.

Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Reportagem - Marcello Larcher
Edição - Newton Araújo

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Manuscrito sobre a maçã de Newton vai para a internet


O manuscrito que descreveu pela primeira vez como a queda de uma maçã inspirou o britânico Isaac Newton a desenvolver a teoria da gravidade foi disponibilizado ao público nesta segunda-feira nos arquivos digitais da Royal Society de Londres. O texto faz parte de uma biografia do cientista escrita em 1752 por William Stukeley, que conta ter ouvido a história enquanto tomava chá com o físico sob a sombra de macieiras, durante uma tarde da primavera de 1726.

"Foi provocada pela queda de uma maçã, enquanto ele [Newton] estava sentado com um ar contemplativo", escreveu Stukeley em A Vida de Sir Isaac Newton. "'Por que aquela maçã sempre tem que descer perpendicularmente até o solo', pensou ele consigo mesmo... Por que ela não vai para o lado ou para cima? Mas constantemente até o centro da Terra? Certamente, a razão é que é a Terra que a puxa. Deve haver um poder de atração envolvido".

O episódio teria acontecido por volta de 1660, quando um surto de praga fechou a Universidade de Cambridge e forçou Newton a se retirar para a casa de seus familiares no norte da Inglaterra.
Veja.com

Projeto cria licença para quem trabalha na mesma empresa há 5 anos


A Câmara analisa o Projeto de Lei 6138/09, do deputado Iran Barbosa (PT-SE), que concede ao trabalhador regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5452/43) o direito de se afastar do serviço por 30 dias, sem prejuízo da remuneração, a cada cinco anos trabalhados na mesma empresa ou em instituições que pertençam ao mesmo grupo econômico.
É a chamada licença retribuição.
Segundo o autor, pelas regras atuais, um empregado, ao final de um mês de 31 dias, recebe salário referente a apenas 30 dias. No decorrer de cinco anos, são cerca de 30 dias trabalhados gratuitamente. A proposta, de acordo com Barbosa, cria uma contraprestação mais justa pelos serviços executados.

Conversão em dinheiroO texto prevê que o empregado poderá optar entre usufruir a licença retribuição ou solicitar sua conversão em dinheiro. Já o empregador terá o prazo de um ano, após concluído o quinquênio trabalhado, para conceder a licença - caso esta tenha sido a preferência do trabalhador.

Pela proposta, as faltas injustificadas ao serviço não poderão ser descontadas dos dias referentes à licença retribuição.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta:
PL-6138/2009

Reportagem - Marcelo Oliveira Edição - Newton Araújo - Agência Câmara

sábado, 16 de janeiro de 2010


Cristovam: programa de direitos humanos é positivo na intenção, mas peca na forma


Ao comentar a recente polêmica sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que "o documento é extremamente positivo do ponto de vista da intenção, mas peca pela forma como foi elaborado". Para ele, alguns temas não deveriam ter sido incluídos no programa, como é o caso dos conflitos de terras e do monitoramento dos veículos de comunicação.


Além disso - Cristovam, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado - avaliou que falta ao documento "uma ênfase muito maior" em assuntos como o acesso universal e gratuito à saúde e a erradicação do analfabetismo.
- Um país com 14 milhões de analfabetos não tem direitos humanos - ressaltou ele.


Lançado em dezembro pelo governo federal, o Programa Nacional de Direitos Humanos provocou controvérsias que envolveram, inclusive, membros do próprio Executivo. Os ministros Nelson Jobim (da Defesa) e Paulo Vannuchi (da Secretaria Especial dos Direitos Humanos) teriam ameaçado pedir demissão devido à proposta de criação da Comissão Nacional da Verdade - que tem o objetivo de investigar as violações aos direitos humanos cometidas durante a ditadura militar. Jobim, assim como diversos setores da Forças Armadas, criticou a proposta, enquanto Vannuchi a defendeu.


Sobre essa questão, Cristovam declarou que "o direito de saber o que aconteceu no país é um direito humano e, nesse contexto, a criação da Comissão Nacional da Verdade é corretíssima". Ele argumentou que "não se pode esconder do país o que aconteceu nos anos de chumbo, tanto no que se refere aos atos cometidos pela ditadura quanto aos atos daqueles que lutaram contra ela".


- Mas punir os que cometeram crimes, como é o caso dos torturadores, é um problema político, e não de direitos humanos. E não tenho certeza se vale a pena punir agora, após 40 anos - afirmou o senador.


Casamento homossexual e conflitos de terras



Segundo Cristovam, o programa "abordou coisas demais e perdeu o foco, misturando direitos humanos com direitos civis". Como exemplo, ele citou o item que trata do casamento homossexual (o documento prevê o apoio a projeto de lei sobre esse assunto). O senador frisou que é totalmente favorável à união civil de pessoas do mesmo sexo, mas observou que "isso é um direito humano, enquanto a legalização disso não é um direito humano e deve ser tratada em outro âmbito".


Para Cristovam, o mesmo problema ocorre quanto aos conflitos de terra. Ele lembrou que o direito à propriedade é um direito civil, "mas quando se propõe que a ocupação de terras não seja um assunto inicialmente da Justiça, e sim de um conselho que, em nome dos direitos humanos, avaliará se a invasão é ética ou não, transforma-se um assunto que se refere a direitos legais em um assunto que trata de ética e de direitos humanos".


- Esse tema não deveria ter entrado no programa, a não ser que não existisse mais a propriedade privada da terra. Goste-se ou não, é preciso respeitar o direito legal - avaliou o senador.



Imprensa e aborto


Quanto ao item que trata do monitoramento dos veículos de comunicação, Cristovam declarou-se contra a medida. Para ele, "o avanço que isso traria para a defesa da honra das pessoas é menor que o atraso provocado pelo controle da imprensa".


- Se alguém se sente ofendido pelo mau uso da imprensa, o que ocorre quase todos os dias, deve recorrer à Justiça - defendeu ele.


Já sobre o aborto (o programa prevê o apoio a projeto de lei que o descriminaliza), o senador afirmou que, devido à ausência de consenso na sociedade, "o assunto ainda não está maduro o suficiente para ser considerado um direito humano". Ele ressaltou, no entanto, "que é um direito civil evitar que mulheres continuem morrendo devido à criminalização do aborto, que as impede de recorrer ao sistema médico; mas, para isso, basta uma lei que defina critérios que permitam o aborto em casos como o de estupro ou de risco de vida para a mãe".


- Criminalizar todo tipo de aborto é um erro, mas ainda não está claro para a opinião pública se isso é um direito humano. Quando houver um consenso, poderá ser considerado um direito humano - disse ele.


Ao reiterar que o Programa Nacional de Direitos Humanos "misturou coisas demais e perdeu o foco", Cristovam afirmou que o documento "ficou muito preso a grupos corporativos que representam segmentos da sociedade, e não o conjunto da sociedade". Ele ressaltou que o governo poderia ter "ouvido a sociedade", por exemplo, por meio de audiências públicas nas comissões de direitos humanos da Câmara e do Senado.


Ricardo Koiti Koshimizu / Agência Senado