Eugênio Bucci, jornalista, escritor e professor da Universidade de São Paulo, em artigo publicado pelo Observatório da Imprensa, diz a respeito da mudança do fuso horário acriano:
"O que mais me comove é o efêmero estado do Acre. Pobre estado do Acre. O Acre não está mais onde costumava estar, quero dizer, no horário em que costumava existir. Àquele horário, o Acre já não pertence. O Acre sumiu dali, isto é, aquele fuso sumiu de cima do estado do Acre. Cadê o Acre?"
“Em vez de se adaptar ao relógio do telespectador do Acre, as redes de TV, que funcionam em rede nacional durante quase todo o dia, adaptaram o telespectador do Acre ao seu relógio”.
Comento:
Humilhante não é? Mas neste domingo, 31 de outubro, vamos virar o jogo, votar 77 e mostrar que acriano merece respeito. Mostrar que o acriano valoriza sua cultura, seu costume, sua antiga hora, símbolo de sua história.
Quando digo: ‘NÉ MERMO, MANIM’ – estou transmitindo fies valores acrianos. É como o nordestino que defende seu forró, seu “oxete”. É como gaúcho que briga pelo seu ‘Thêc’. Temos que lutar e resgatar o nosso antigo horário, roubado pelo poder bruto de uma lei criada para beneficiar emissoras de televisão.