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quinta-feira, 11 de junho de 2009

E NA FLORESTA RUFAM OS TAMBORES VERMELHOS

Filosofando
Todas as quintas
Odion Monte

Na modernidade tudo se modificou não se usam fumaças para a comunicação entre as tribos das grandes novidades. Até porque, não há mais novidades a contar de uma tribo para outra, pois todas já sabem que de quatro em quatro anos, se renovam os “caciques”, sejam das tribos pequenas, médias ou a maior de todas, “a grande aldeia” o “cacique chefe” de todas as tribos é eleito.

E não mais é necessário se fumar o “cachimbo da paz” para se dividir a “caça” por causa da estiagem, o período de “caçar” já é definido, sabe-se quando inicia, e quando se finda, então o “cacique chefe” dividi a aldeia por “pajés” para a correta administração das tribos, e já é definido antecipadamente, que antes da mudança para o próximo “cacique”, as “aldeias” têm que serem renovadas, pintadas, as trilhas reformadas com seus buracos tapados, construção de novas cabanas, melhoria para as canoas, novas escolas para os curumins, “poronga” para todos, de uma forma que a “maquiagem” fique perfeita, onde não apareça os defeitos das “aldeias”.

Para cadastrar novos “índios”, formam se imensas filas, exigindo-se todos os documentos pessoais, imagina! Até curriculum! Já pensou “índio” com curriculum? É o exigido para as inscrições e ascensões nas “tribos”, com uma taxa mínima, é a garantia de se tornar um “índio” da tribo, para poder caçar somente seis horas por dia, mas a única exigência é que todos “votem” nos novos “caciques” que travarão uma luta sem medir os gastos da já capenga “tribo”, pois é a única garantia de inclusão à tribo, pois aquele que não cumprirem rigorosamente as normas do “cacique” não terão direito de comer da caça dividida.

Entra “cacique” e sai “cacique”, mas as aldeias são as mesmas, o mínimo que se muda são os “pajés”, é uma renovação de acordo com a promessa de cada “pajé” de que sua próxima “magia” será mais forte que a dos “pajés” anteriores, pois logo ficam velhos, e há que se renová-los, para a garantia de seguimento do poder.

Odion Monte - contador, especialista em Filosofia Política pela Universidade de Teologia e Filosofia de Rio Branco - Acre (SINAL).É ainda, especialista em Pericia Judicial – UCG – Universidade Católica de Goiás - Bel. em Ciências Contábeis - FIRB/FAAO/AC

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