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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Caso Mensalinho

Tendo em vista os últimos acontecimentos envolvendo a Polícia Militar e Governo do Acre e atendendo ao pedido de um cidadão com desejo de manifestar-se diante dos fatos que ora ocorrem, o Blog Edmilson Alves passa a publicar textos que representam a opinião deste cidadão. Assumimos a responsabilidade de não identificá-lo, com intuito de preservar sua segurança.
O Blog Edmilson Alves é um espaço democrático e disponibiliza-se, desde já, a também publicar textos de qualquer parte que, por ventura, sinta-se atinginda pelo conteúdo expressando pelo cidadão em questão.


Segue texto:

Antes de tudo estou manifestando minha indignação pelo que tem ocorrido nestes dias com a segurança pública desse Estado. O cinismo e os interesses pessoais são preponderantes para que prevaleça a injustiça e a indiferença. É diante dessa situação demagoga que estou convencido que temos que ter espaços alternativos para contribuir a instigação da pluralidade de ideias. Porque somente com a instigação do pensamento é que se pode consolidar uma postura crítica. Com isso, enriquecer o espírito democrático.


Mais um escândalo na Polícia Militar, e o comandante geral fazendo vista grossa, quer dizer, pelo menos para o antro de oficiais que são participantes. Quando saiu na impressa uma denúncia que estaria ocorrendo desvio de verbas no setor financeiro da PM, através, de um esquema para a incorporação de um adicional para policiais que exercem atividade nas penitenciárias. Enquanto, que havia um contingente que estava no rol na folha de pagamento mais não estavam vinculados ao serviço no complexo penitenciário. O denunciante que prestou informações à impressa, fez no anonimato para se resguardar de retaliações. Claro que a Constituição veda a informação por aqueles que usam do anonimato, para não gerar um denuncianismo irresponsável. Mas diante da seriedade do que foi denunciado, que envolve uma série de infrações de natureza administrativa e penal, que podemos elencar: como improbidade administrativa, desvio de finalidade, dano ao erário público, peculato, falsificação de documento público. Como um administrador que zela pelo interesse público, o comando da polícia militar deveria ao menos ter assumido o compromisso para averiguar as denúncias com cautela e responsabilidade.
Porém, a primeira atitude do cel. Célio foi negar os fatos e procurar descobrir quem deu essa informação. Não agiu com parcialidade e nem mesmo com retidão. Logo depois do escândalo queria saber a identidade do informante para puni-lo. Senhor coronel isso é prevaricação, podendo se enquadrar dependendo do caso em condescendência criminosa. O senhor foi instituído para administrar coisa pública e não sua residência, caso fosse seu domicílio, com o seu consentimento poderiam entrar e levar aquilo que o senhor permitisse, contudo, a instituição da Polícia Militar não é sua casa. Foi instituída porque a sociedade quer segurança, e esse é o ofício da PM servir a comunidade e não destinada para o desfrute de alguns egocêntricos que querem desvirtuar o papel da instituição para seus próprios deleites.
O fato é que depois de ter driblado a mídia, o cel. Célio mesmo dito que a denúncia não procedia, aplicou uma sanção disciplinar para vários praças por este caso que ficou conhecido como mensalinho, e estão detidos no quartel geral e no comando do BOPE. Cadê a transparência? E os oficiais envolvidos coronel? Num órgão militar, toda decisão administrativa parte de um oficial que comanda aquela seção, principalmente, quando o setor é o financeiro que precisa de muita responsabilidade para dirigir com lisura e acuidade. Mais uma vez o corporativismo e o antro do oficialato foi um recurso eficiente para proteger transgressores da lei, da ética e do moralismo institucional. E que o contrasenso tem sido a lógica desse comando, pois a punição do major Rocha, homem íntegro e líder nato, demonstra que a preocupação do comandante geral não está voltada para o aperfeiçoamento da polícia, mas atender interesses pessoais e de alguns que estão em sua volta.

Um comentário:

  1. É isso mesmo meu irmão tem que abrir o verbo.


    Jorge Henrique Silva

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