AUTOATENDIMENTO

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Anvisa altera alegações nutricionais em alimentos





As alegações nutricionais, presentes nos rótulos de alimentos, deverão seguir novos critérios para serem utilizadas. É que a Resolução RDC 54/2012 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (12/11), alterou a forma de uso de termos como: ligth, baixo, rico, fonte, não contém, entre outros.

O uso da alegação ligth, por exemplo, só será permitido para os alimentos que forem reduzidos em algum nutriente. Isso quer dizer que o termo só poderá ser empregado se o produto apresentar redução de algum nutriente em comparação com um alimento de referência (versão convencional do mesmo alimento).

Anteriormente, a alegação ligth podia ser utilizada em duas situações: nos alimentos com redução e nos alimentos com baixo teor de algum nutriente. “Tal situação dificultava o entendimento e a identificação pelos consumidores e profissionais de saúde das diferenças entre produtos com a alegação light”, explica o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano.

Já os critérios para o uso das alegações de fonte e alto teor de proteínas receberam a exigência adicional de que as proteínas do alimento devem atender a um critério mínimo de qualidade. “Essa alteração visa proteger o consumidor de informações e práticas enganosas como, por exemplo, o uso de alegações de fonte de proteína em alimentos que contenham proteínas incompletas e de baixa qualidade”, afirma o diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Anvisa, Agenor Álvares.

Base de cálculo

Outra novidade apresentada pela Resolução RDC 54/2012 da Anvisa é a alteração na base para o cálculo das alegações nutricionais. O cálculo antigo previa que os critérios para uso das alegações nutricionais fosse feito com base em 100g ou ml do alimento. Por exemplo, para veicular uma alegação de sem açúcar, um alimento sólido não podia conter mais de 0,5 g de açúcares por 100 g.

A nova regra alterou essa base e passou a exigir que os critérios para uso das alegações nutricionais, na maioria dos alimentos, fossem calculados com base na porção do alimento. Neste caso, para veicular a alegação de sem açúcar, o alimento não pode conter mais de 0,5 g de açúcares por porção.
Novas alegações

Oito novas alegações nutricionais foram criadas pela nova regulamentação. Para isso, foram desenvolvidos critérios para: não contém gorduras trans; fonte de ácidos graxos ômega 3; alto conteúdo de ácidos graxos ômega 3; fonte de ácidos graxos ômega 6; alto conteúdo de ácidos graxos ômega 6; fonte de ácidos graxos ômega 9; alto conteúdo de ácidos graxos ômega 9; e sem adição de sal.

De acordo com Álvares, essas alegações foram estabelecidas com o intuito de estimular a reformulação e desenvolvimento de produtos industrializados mais adequados nutricionalmente. “Além disso, permite que os consumidores sejam informados dessas características nutricionais específicas” afirma o diretor da Anvisa.

Visibilidade e legibilidade

A Resolução RDC 54/12 da Anvisa estabeleceu, ainda, que  todos os esclarecimentos ou advertências exigidos em função do uso de uma alegação nutricional devem ser declarados junto à esta alegação. Devem também seguir o mesmo tipo de letra da alegação, com pelo menos 50% do seu tamanho, de cor contrastante ao fundo do rótulo, de forma que garanta a visibilidade e legibilidade da informação.


Segundo o diretor da Anvisa, muitas vezes, o uso de uma alegação demanda a declaração de um esclarecimento ou advertência na rotulagem a fim de proteger o consumidor da veiculação de informações incompletas e potencialmente enganosas. “Um exemplo típico é o caso dos óleos vegetais com a alegação sem colesterol. Nesses casos, os fabricantes são obrigados a informar ao consumidor que todo óleo vegetal não contém colesterol, ou seja, que essa é uma característica inerente do alimento, que não depende de sua marca”, argumenta o diretor da Agência.


Mercosul

Com a publicação da Resolução RDC 54/2012, o Brasil harmoniza os regulamentos técnicos relacionados à rotulagem nutricional no âmbito do Mercosul. “Essa harmonização tem como objetivos facilitar a livre circulação dos alimentos, evitar obstáculos técnicos ao comércio e melhorar a informação para o consumidor”, afirma Álvares

As discussões técnicas sobre a harmonização de alegações nutricionais ocorreram na Comissão de Alimentos do Subgrupo de Trabalho 3. Durante quatro anos, além de compor a delegação brasileira nas reuniões do SGT-3, a Anvisa coordenou as reuniões internas com representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça e de diferentes setores da sociedade a fim de garantir uma ampla participação e discussão dos aspectos mais relevantes para definição da posição brasileira.

A Anvisa realizou também todo o processo de consulta pública interna da proposta de regulamento técnico, que foi publicada por meio da consulta pública 21/2011.

Adequação

Os alimentos produzidos a partir de 1º de janeiro de 2014 já devem seguir o novo regulamento. Já os produtos fabricados antes do prazo fornecido podem ser comercializados até o fim do seu prazo de validade.

A norma da Agência é valida para as alegações presentes em anúncios veiculados por meios de comunicação. Aplica-se, ainda, para toda mensagem transmitida de forma oral ou escrita.

A norma não engloba alimentos para fins especiais, águas envasadas destinadas ao consumo humano, sal de mesa, bebidas alcoólicas, aditivos alimentares, coadjuvantes de tecnologia, especiarias, vinagres, café e erva-mate e espécies vegetais para preparo de chás e outras ervas, sem adição de outros ingredientes que forneçam valor nutricional.
Confira aqui a íntegra da Resolução.
Veja também um documento de perguntas e respostas elaborado pela Anvisa sobre o tema para facilitar o entendimento e a aplicação da Resolução.

Alegação nutricional
A alegação nutricional é a informação utilizada para descrever o nível absoluto ou relativo de determinados nutrientes ou valor energético presentes em alimentos. A alegação é utilizada pelos fabricantes de forma opcional.
As alegações podem ser classificadas em dois tipos: (a) INC de conteúdo absoluto e (b) INC de conteúdo comparativo.
A INC de conteúdo absoluto é aquela que descreve a ausência ou a presença (baixa ou elevada quantidade) de determinados nutrientes ou valor energético presentes no alimento. Exemplos desse tipo de INC incluem as alegações: não contém açúcares, sem gorduras trans, baixo em calorias, fonte de cálcio, alto teor de fibras e rico em ferro.
As alegações de sem adição de açúcares e de sal também são consideradas alegações nutricionais de conteúdo absoluto. Essas alegações, embora relacionadas a ingredientes, indicam aos consumidores que o alimento possui propriedades nutricionais particulares em relação ao seu conteúdo de açúcares e sódio.
A INC relativa ou de conteúdo comparativo é aquela que compara o nível de um ou mais nutrientes ou valor energético presentes no alimento em relação ao nível encontrado no alimento de referência, tais como: reduzido em calorias, reduzido em açúcares, aumentado em ferro.


Danilo Molina/ Imprensa - Anvisa

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Câmara dos Deputados é sensível às demandas da vigilância sanitária

A Câmara dos Deputados tem sido sensível às questões relativas à vigilância sanitária no Brasil. Esta é a conclusão de uma pesquisa realizada pela Coordenação Parlamentar da Anvisa. O estudo aponta que, em 78% dos projetos de lei, a posição da Anvisa é considerada pela Câmara, na primeira apreciação da Casa.

O número está próximo ao percentual do Poder Executivo como um todo, que está em torno de 83%. O estudo considerou como uma situação de sucesso a aprovação de um projeto que fortalece a legislação sanitária ou a reprovação de um projeto que possa fragilizar o sistema de vigilância sanitária no Brasil.

O trabalho avaliou 248 projetos de lei apresentados entre os anos de 1994 e 2012. Somente em 2011, foram 81 projetos apresentados. A análise sobre a posição da Anvisa em relação aos projetos de lei apontou ainda que, em 30% dos projetos, não havia necessidade de ajustes do ponto de vista da Anvisa. Outros 34% precisam de melhorias para fortalecer a legislação sanitária.

De acordo com o Coordenador Parlamentar da Anvisa, Marcos Paulo Rodrigues, o estudo demonstrou que, na maioria das vezes, o posicionamento técnico da Agência é levado em consideração pelos deputados federais. “Esses números são consequência de um diálogo sólido e constante que a Anvisa tem estabelecido com o poder legislativo e especialmente com os deputados federais”, afirmou.

O trabalho é resultado da dissertação final do coordenador para o Curso de Especialização em Direito Sanitário da Fundação Oswaldo Cruz.

Imprensa / Anvisa

terça-feira, 30 de outubro de 2012

ACRE REAL: ENQUANTO TV ACRE CONTRATA FALSAS PESQUISAS ELEITORIAS, TV GAZETA CENSURA CONTEÚDO JORNALÍSTICO

Do jornalista Assem Neto, demitido pela TV Gazeta por flagrar corrupção eleitoral:


Jornalista bom é jornalista comprado

Nunca foi segredo o que penso sobre o modelo político que aliena, domina e compra consciências no Acre.

Minhas convicções estão abertas e podem ser acessadas em meus perfis nas redes sociais – único espaço possível no Acre para manifestar expressões incensuráveis.

No domingo de eleições, antecipei a investida da quadrilha petista sobre jornalistas que os contrariam. Não deu outra.

- Cortem a cabeça deste rapaz - foi a ordem do reinado vermelho.

Ponto (?) para a canalhice subvertida. Como são maus, pilantras, vagabundos, escrotos, tiranos e tudo o mais que você possa imaginar.

Na manhã de segunda, fui proibido de deixar a redação. Fiquei na “geladeira” por horas, à espera do dono da TV, que, segundo minha editora, estava a caminho para um “pé de ouvido”.

O cidadão não me encarou. Ficaria feio demais o “menino de recado” repetir a lorota sem disfarçar que na empresa dele só sai o que o governo determina.

Que argumento convincente teria ele ao pôr na rua o jornalista que a sua própria empresa mandou ficar na cola da Polícia Federal durante a votação?

Ora, Roberto Moura, o senhor é outro que merece a quem serve. O clichê “banana do mesmo cacho” lhe cai bem. Enfim, a sentença, covarde, traiçoeira, veio por telefone a terceiros. De boa!

Minha cobertura das eleições foi minada. Os flagrantes de aglomeração de eleitores, censurados. Eram imagens que revelariam a corrupção eleitoral, mas que foram desprezadas.

Nada foi ao ar, por ordem da tropa do PT no governo, prontamente atendida pela direção de uma empresa que exibe imagens coloridas num espaço marrom. Se não era para divulgar, por que então mandaram fazer?

Pudera: ali, ao meu lado, na Baixada da Sobral, mais precisamente na Praça da Semsur, enquanto eu me concentrava em narrar o crime, estava, ao telefone, o presidente do PT, senhor André Kamai, mentiroso de marca maior.

Encangado a ele, o secretário de Educação do Estado, Daniel Zen, desordeiro insolente que o mundo conheceu pelo afrontoso “cotôco cultural”.

Ambos passaram a espalhar inverdades a outro capacho, o secretário de Comunicação, Leonildo Rosas, um apedeuta subserviente - porque a este também faltam amor próprio e dignidade.

A cretinice foi nesses termos:

- O Assem tá aqui na Baixada com o Bocalom fazendo boca de urna, usando o equipamento da TV - disparou o serviçal inescrupuloso aos ouvidos do dono da TV, que, habitualmente, execra seus funcionários em nome de uma relação incestuosa, inescrupulosa, com o erário.

- Assem, ligaram para o Moura com essa história – gaguejou o diretor-geral, Raimundo Martins, numa ligação que eu já aguardava.

Desafio que provem que utilizei a estrutura da emissora para fins pessoais, como foi dito numa nota desaforada que o seu site publicou como medida desesperada para abafar as razões de minha demissão horas após o término das eleições.
Desafio, ainda, que naquela multidão alguém prove minha aparição ao lado do candidato em questão - a quem apoiei via redes sociais e com quem jamais conversei nesta campanha política.

Tudo que meu cinegrafista gravou (conteúdo bruto) no domingo está em poder da TV. Aliás, a não veiculação das reportagens na transmissão de domingo prova que a emissora, concessão pública, estupra a Constituição ao omitir a verdade que interessa ao cidadão, altera e reescreve texto dos repórteres e adultera o sentido original que nós, redatores, pretendemos dar à notícia.
Tem sido constrangedor, na maioria das matérias, aparecer ao vídeo da TV Gazeta sendo obrigado a falar bem das corja perseguidora que domina o Acre. Na dúvida, pergunte a qualquer repórter.

Algo precisa ser feito. Quando um repórter tem sua imagem denegrida e aviltada por fazer bem o seu trabalho e prestar um serviço à população, ao noticiar fatos, este não é um problema só dele, mas da imprensa, que tem o dever de informar, e da sociedade, que tem o direito de ser informada. É disso que se trata.
Não posso e não quero ser notícia. Tampouco me deslumbrei por trabalhar no Congresso Nacional, onde, por seis anos, fui assessor de imprensa da deputada Perpétua Almeida em Brasília.

Optei por voltar ao meu estado por gostar (demais) de fazer televisão, por estar perto de meus irmãos, minha mãe e amigos. Nem a defasagem salarial, que é gritante por aqui, me fez mudar de ideia. Profissionalmente, foi um erro, admito.
Minha preocupação sempre foi contar a história do próximo. Isso me tornou um profissional respeitado e dificilmente mentiras ou inverdades vão mudar uma reputação construída com muito trabalho, honestidade e respeito pela informação.

Sinto-me aliviado por não ter sido demitido por incompetência. Se assim fosse, rasgaria meu registro profissional.

Estou tranquilo e ainda mais encorajado a denunciar os que aprisionam pensamentos e as ideias alheias, roubam do contribuinte para comprar votos, viciam contratos e licitações.

Às centenas de amigos a mim solidários, o apreço e o agradecimento.

Aos inimigos, a indiferença.
O Acre, infelizmente, nunca mais.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A Delta Agência de Pesquisa desbanca Ibope e acerta resultado das urnas em Rio Branco

Gina Menezes, da Agência ContilNet

O levantamento realizado pelo instituto de pesquisa Delta, divulgado dois dias antes da votação do segundo turno das eleições 2012 em Rio Branco, na sexta-feira, 26, o candidato da Frente Popular do Acre (FPA), Marcus Alexandre (PT), com 48% das intenções de voto contra Tião Bocalom (PSDB), da coligação Produzir Para Empregar, com 47,11%.

Considerando somente os votos válidos, foi verificada a precisão dos números apresentados, já que Marcus Alexandre (PT) teria 50,6% e Tião Bocalom 49,4%, números impressionantementes próximos aos apurados nas urnas neste domingo, 28 e outubro, onde Alexandre obteve 50,77% dos votos e Bocalom 49,23%.
O levantamento, que teve 900 entrevistados, e margem de erro de 3%, foi alvo de ironias do secretário de Comunicação do Governo do Estado, Leonildo Rosas, que preferiu desacreditar das empresas envolvidas no levantamento (Contilnet/Delta) antes mesmo dos números serem divulgados, segundo post feito em sua página no Facebook.

Comparando com o levantamento realizado no mesmo período por outro instituto, no caso o Ibope, a pesquisa Contilnet/Delta teve um acerto de mais de seis pontos percentuais, o que mostrou a seriedade das empresas envolvidas.

domingo, 28 de outubro de 2012

Delegado da PF confirma tranquilidade nas primeiras horas de votação


100% do efetivo!

Num forte sotaque nordestino, o delegado paraibano da Polícia Federal, Derly Brasileiro, responsável por dar mais  transparência no segundo turno das eleições de Rio Branco (AC), nesse domingo (28), confirma o clima de tranquilidade nas primeiras horas de votação. “Muito tranquilo, sem registro de ocorrência até o momento”, disse.

Brasileiro afirma que a madrugada deste domingo foi movimentada e marcada por intensa fiscalização no intuito de inibir a compra de votos. “Estamos com 100% do efetivo da Polícia Federal do Acre trabalhando na capital”, disse o delgado ao ratificar que os bairros periféricos receberam atenção especial por parte da PF.

O acúmulo de simpatizantes petistas vestidos com a camisa vermelha na manhã de hoje quando comparado ao primeiro turno, é tímido. “Aconselho que se evite a manifestação coletiva, pois à lei proíbe, mas nem todo aglomerado é caracterizado como infração, às vezes, são parentes que se encontram nas ruas. É necessário cautela”, diz.

O tratamento da PF no atendimento à imprensa também é outro em comparação ao primeiro turno. Solícito, o delegado paraibano presta informações precisas e é cordial com a reportagem.

      

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Pesquisas tentam driblar Justiça Eleitoral ao aplicar perguntas não previstas em questionário




 Se Lula ou Dilma ligassem para você, Mudaria seu voto?


"Eles andam de branco", diz o eleitor Valcir de Oliveira
A primeira pesquisa sobre as eleições 2012 de Rio Branco (AC) realizada pelo Instituto Ibope, a pedido da TV Acre (Rede Globo), foi parcialmente impugnada pela Justiça Eleitoral do Acre por apresentar, dentre outras razões, avaliações dos governos municipal, estadual e federal – todos do PT – conjuntamente com a intenção de voto para o 1º turno do pleito.

Na ocasião, a juíza da 1ª Zona eleitoral, Maha Kouzi Manasf e Manasf, disse que queria acreditar que o Ibope excluiria “tudo que não se trate de eleições municipais”.

Contudo, de acordo declaração de dois eleitores que foram entrevistados por pesquisadores, os institutos teriam encontrado uma maneira de enganar a magistrada Maha Manasf. 

Neste domingo (21), o entregador de medicamentos Valcir de Oliveira Neto foi entrevistado. Ele afirma que o aplicador do questionário foi insistente ao querer saber se o eleitor estaria disposto a mudar na intenção de voto. “Se Lula ou Dilma ligasse para o senhor, mudaria de voto?”, teria persistido o representante do instituto de pesquisa.

O quesito que inclui o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma, ambos petistas, não está previsto em nenhum dos três questionários de pesquisas em andamento naquela data. Duas dessas têm previsão de divulgação para essa próxima sexta-feira (26) pela TV Acre e site Contilnet – e a terceira deveria ter sido publicada nesta terça-feira (23) pelo site O Rondoniense.

Caso você tenha sido entrevistado por qualquer instituto de pesquisa entre este domingo (21) e hoje fale conosco e relate como foi à abordagem. Contatos: edmilsonacre@yahoo.com.br

Outro eleitor, o atendente Ricardo da Silva Freire afirma que na segunda pesquisa Ibope – a qual foi proibida pela Justiça Eleitoral por direcionar os nomes de Marcus Alexandre (PT) e Tião Bocalom (PSDB) como opções para o segundo turno, excluindo os demais candidatos -  foi questionado se mudaria seu voto caso o governador Tião Viana (PT) o ligasse pedido seu voto.

O sociólogo Alberto Carlos Almeida – que coordenou pesquisas eleitorais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) – afirma em sua obra “A Cabeça do Eleitor: Estratégia de Campanha, Pesquisa e Vitória Eleitoral” que “...Se dez questionários de eleitores que iriam votar no candidato A forem computados para o candidato B, isso equivale a transferir 1%  das intenções de voto de um para outro candidato, pelo menos 2% se considerados os votos válidos... ... trabalho de campo de má qualidade  é aquele que, apesar de cometer poucos erros, põe em xeque os resultados de toda a pesquisa”, diz.

O exemplo relatado pelo sociólogo é para pesquisas cujo mil pessoas são ouvidas, como as pesquisas no Acre em média são aplicadas a 600 eleitores, bastam 06 questionários errados para cada 2% de erro que comprometem toda a pesquisa.

No 1º turno da atual eleição, o Ibope repetiu o erro de pleitos passados. Equivocou-se em 9,85% na votação dada ao candidato Tião Bocalom (PSDB), número fora da margem prevista pelo próprio instituto.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Jornal O Rondoniense contrata pesquisa de opinião sobre eleições de Rio Branco (AC)



De Porto Velho (RO), o jornal O Rondoniense vai divulgar na terça-feira (23) pesquisa sobre a corrida eleitoral da capital acriana, Rio Branco. 

O questionário registrado junto à Justiça Eleitoral do Acre é sucinto, traz questões como sondagem do voto espontâneo e estimulado e sobre a rejeição dos candidatos Marcus Alexandre (PT) e Tião Bocalom (PSDB) - que concorrem no segundo turno do pleito municipal 2012.

Diferente do questionário do instituto Ibope, que será divulgado nesta sexta-feira (18) no Jornal do Acre (Rede Globo), o instituto Fonte Real não estimula o cruzamento de informações sobre o voto de primeiro turno com a intenção de voto no segundo turno.

Esse cruzamento do Ibope pode ser fonte de manipulação de dados, uma vez que tende a afirmar que determinado número de eleitores, a título de exemplo, que votaram em Fernando Melo (PMDB) no primeiro turno estaria mais disposto a votar em determinado candidato no segundo turno, assim buscando influenciar o eleitor indeciso e com tendência de mudar de posicionamento.

Ibope também não explica se ou como faria tal cruzamento ou ainda se divulgará o resultado deste ou manterá em sigilo.

Caso Fonte Real acerte os números indicados na pesquisa poderá desbancar o tradicional Ibope que permanece com o histórico de nunca ter acertado um único resultado no Acre. 

Na última eleição, realizada no começo desse mês de outubro, o Ibope da Rede Globo voltou a errar por 10 pontos percentuais. Apontou que Tião Bocalom teria 34% dos votos válidos, contudo, o tucano obteve 43,85%. O mesmo erro de 2010, quando Ibope apontou Bocalom com 39%, mas ele obteve 49% - sempre o equivoco de 10%.



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Programa do PT admite possibilidade de vitória de Bocalom e adverte que tucano poderia renunciar mandato

O programa eleitoral do candidato petista à prefeitura de Rio Branco (AC), Marcus Alexandre, desta quarta-feira (17) admitiu a possibilidade de vitória do tucano Tião Bocalom nessas eleições, contudo, adverte para possibilidade de o psdebista renunciar ao cargo de prefeito da capital para concorrer ao governo do Estado, em 2014.

Quando exercia o cargo de vereador em um município do Paraná, sua terra natal, Bocalom renunciou ao mandato para morar no Acre e implantar sua madeireira. Ele também renunciou ao cargo de prefeito de Acrelândia para concorrer ao governo do Acre, em 2006, pleito no qual foi eleito Binho Marques (PT).

Outro que também renunciou mandato eletivo foi o atual governador do Estado, Tião Viana (PT), que no final 2010, tendo cumprindo menos de 04 anos de exercício,  largou o cargo de 08 anos no Senado Federal para garantir a vaga de Aníbal Diniz como seu sucessor, o cargo é questionado na Justiça em razão de possível descompatibilização fora de prazo por parte de Diniz como secretário de Estado.

Após 11 dias da renuncia, Tião Viana assumiu o cargo de governador do Estado, porém, o mandato também é questionado na Justiça Federal que o acusa de abuso do poder econômico e dos veículos de comunicação social durante as eleições de 2010.

domingo, 14 de outubro de 2012

Apesar de errar números do 1º turno, Ibope realiza nova pesquisa sobre eleições de Rio Branco




Pela quarta eleição consecutiva, o Instituto Ibope erra números da intenção do voto do eleitorado acriano que opta pela oposição ao governo do PT.

Nas eleições de 1º turno realizadas no domingo (07), o Instituto voltou a demonstra números que não se confirmaram nas urnas. Apontou que Tião Bocalom (PSDB) teria apenas 34% dos votos válidos, encerradas as apurações, o psdebista obteve 43,85% dos votos válidos, quase 10% a mais que o apontando pelo instituto.

Como nas eleições de 2010 para governo, o Ibope acerta somente os números do PT, apontou que Tião Viana (PT) teria entre 48% e 52% dos votos válidos, algo que foi confirmado nas urnas. No último dia 07, apontou que Marcus Alexandre (PT) teria entre 47% e 53%, já que a margem de erro foi de 3%, novamente foi assertivo, ele obteve 48%.

Ao julgar pela lógica estabelecida pelo próprio instituto, caso o eleitor de oposição queria saber o número correto de seu candidato, deverá acrescentar até 10 pontos percentuais ao número que for divulgado na próxima sexta-feira (19), já que o nexo é observado há quatros eleições seguidas, virou caso de padronização. Em 2010, por exemplo, o Ibope apontou Bocalom com 39%, mas nas urnas, ele obteve 49%.

Mais uma vez, a pesquisa foi encomendada pela TV Acre (Rede Globo) ao valor de R$ 36 mil. A emissora é a principal beneficiada com a luta do PT para que o resultado do referendo realizado há dois anos não seja executado, e, que se mantenha o horário escolhido por projeto de autoria do petista Tião Viana, quando senador da República.

A quarta e quinta perguntas, se cruzada com outros itens do questionário de pesquisa, ao julgar pela tendência de apoio do Ibope ao PT, poderá demonstrar que os eleitores que votaram nos demais candidatos de oposição estariam mais dispostos a migrar para Marcus Alexandre nesse segundo turno do que para Bocalom, uma lógica inversa.

Pelos números oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), somados todos os votos dados aos candidatos de oposição no domingo (07), tem-se uma diferença de 6.004 de vantagem da oposição sobre o PT: 91.286 x 85.282.

No interior do Estado, a oposição ao petismo também foi vitoriosa com 13 eleitos contra apenas 08.

Leia:

P04) Durante a campanha o eleitor pode conhecer melhor os candidatos e suas propostas e mudar sua decisão de voto. Pelo que tem visto até este momento, o(a) sr(a) acha que seu voto para Prefeito de Rio Branco ainda pode mudar ou já é definitivo? (RU)
1( ) Ainda pode mudar
2( ) É definitivo
8( ) Não sabe
9( ) Não respondeu

P05) [DISCO 2] Em qual destes candidatos a Prefeito de Rio Branco o(a) sr(a) votou no primeiro turno das eleições, no dia 07 de outubro? (RU)
01( ) Antonia Lucia
02( ) Fernando Melo
03( ) Leôncio Castro
04( ) Marcus Alexandre
05( ) Professora Peregrina
06( ) Tião Bocalom
96( ) Não votou no 1º turno
97( ) Ninguém/ Branco/ Nulo
98( ) Não sabe
99( ) Não respondeu