AUTOATENDIMENTO

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Marina compara discurso do PV ao de JK nos anos 50


A senadora Marina Silva (AC) comparou hoje o status de seu partido, o PV, aos discursos do ex-presidente Juscelino Kubitschek na década de 50. "O PV está hoje para o debate mundial do meio ambiente como JK para a industrialização do País", afirmou, durante cerimônia de filiação de mil pessoas em Manaus.

Para a senadora, o crescimento de seu partido, com recentes filiações de empresários em São Paulo, é a prova da ligação dos ideais do partido com as preocupações das pessoas. "Em nível mundial, especialmente os jovens, quando despertam seu interesse para a política hoje ligam ao discurso sobre o meio ambiente porque é algo que lhes toca".

A senadora e o presidente do PV nacional, Luiz Penna, vieram a Manaus para a cerimônia dos novos filiados, boa parte de representantes da comunidade acadêmica e intelectuais, como o poeta Thiago de Mello. "Nessa filosofia do partido, o Amazonas é um Estado estratégico no debate sobre o desenvolvimento sustentável", afirmou.

Amigo da senadora, o médico Marcus Barros também é novo no PV do Amazonas. Barros foi indicado por Marina quando ministra do Meio Ambiente à presidência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais e Renováveis (Ibama). "Queremos Marcus Barros candidato ao Senado pelo Amazonas", defendeu Marina.

Olimpíadas

Marina comemorou o anúncio do Rio como sede das Olimpíadas em 2016 ao PV. "Fico superfeliz com isso. Todos os brasileiros se sentem honrados com a escolha e torcemos que todos os investimentos aconteçam para habilitar a cidade", disse.

DIREITOS HUMANOS QUEM REALMENTE TEM


Filosofando
Todas as quintas
Odion Monte


Rio vence e promete fazer história em 2016


Do R7


A delegação do Rio de Janeiro prometeu nesta sexta-feira (2) aos membros do COI (Comitê Olímpico Brasileiro InternacionalI), em Copenhague, Dinamarca, fazer história com os Jogos Olímpicos de 2016, destacando a paixão do Brasil pelos esportes.


Para convencer os mais indecisos de que devem levar os Jogos Olímpicos pela primeira vez à América do Sul, o Rio lançou mão de todos os seus símbolos, desde o estádio do Maracanã ao sambódromo, passando por Copacabana, e contou mais uma vez com o apoio do presidente Luiz

Rio 2016: Acompanhe ao vivo o evento que decide cidade-sede


Dica: Aperte a tecla F5 para atualizar (minuto a minuto)


12h51 - Rio vence.




12h48
Todos de pé para execução do hino olímpico.

12h47
O anúncio virá em instantes.


12h45 - Vídeos de Rio e Madri já apresentados

12h42
Os apresentadores do COI relembram as candidaturas de Chicago e Tóquio, cidades já eliminadas.


12h37
O anúncio ainda vai demorar um pouco. O COI exibe um vídeo sobre a capital da Dinamarca, Copenhague.


12h34
Começa a cerimônia e os apresentadores do COI relembram Pequim-2008.






12h30
Comitê Olímpico Internacional já começa a preparar o anúncio na mesa do Cogresso em Copenhague.







12h26min - Faltam 4 minutos para o anúncio da cidade vencedora.
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Todas as votações estão encerradas. O anúncio da disputa entre Rio de Janeiro e Madri acontece às 12h30 (horário Acre).









= A torcida brasileira torce muito pela vitória sobre Madri na praia de Copacabana. Grande expectativa na capital carioca.








= Tóquio está fora! Brasil e Madri decidem na última rodada de votações.

= Rio de Janeiro continua a cidade favorita. Madri e Tóquio estão na disputa na segunda rodada de votações.

= Chicago está fora! A cidade de Barack Obama recebeu o menor número de votos na primeira rodada.

Grupo de intelectuais lança Plínio Sampaio para Presidência

Um grupo de intelectuais lança, neste sábado, um manifesto criticando a polarização PT-PSDB, a senadora Marina Silva (PV) e apoiando o nome de Plínio de Arruda Sampaio para o cargo de presidente da República.
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Governadores votam a responder processos de cassação

Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil


Brasília - O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, ontem, por 6 votos a 4, cassar a liminar do ministro Eros Grau que suspendeu a tramitação de todos os recursos contra expedição de diploma, decorrentes de eleições estaduais e federais, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com a derrubada da liminar, terão continuidade processos de cassação na Corte Eleitoral contra quatro governadores: Marcelo Déda (PT-SE), Roseana Sarney (PMDB-MA), Anchieta Júnior (PSDB-RR), e Ivo Cassol (sem partido-RO).

Estes processos estavam suspensos desde o dia 14 de setembro, data da concessão da liminar. Os governadores de Roraima e Rondônia também respondem a outros processos de cassação originados nos tribunais regionais eleitorais de seus estados.

A expectativa do presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, é julgar até o final deste ano todos os processos de cassação contra governadores pendentes de decisão.

Inexperiência permitiu falha no Enem, diz Paulo Renato

Ministro da Educação entre 1995 e 2002 - sua gestão criou o Enem - e atual secretário de Estado da Educação de São Paulo, Paulo Renato Souza acredita que a inexperiência do consórcio que aplicaria a prova deste ano permitiu a falha de segurança e o vazamento. "Problemas de logística vinham acontecendo. Começaram a chegar casos de alunos de classe média de tal bairro que teriam de fazer a prova em favelas", conta. "No meio de falhas assim, a segurança foi mais uma falha, grave, no esquema de logística." Para Paulo Renato, com a adoção do Enem nos critérios de seleção dos vestibulares das universidades federais "a prova passou a ter um valor econômico e social muito importante, aumentando a tentação da fraude".

Maria Helena Guimarães, ex-secretária de Educação do Estado de São Paulo e diretora do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) na gestão de Paulo Renato no ministério, também atribui ao caráter de processo seletivo do novo Enem os maiores riscos de vazamento. "O risco e a complexidade de aplicar uma prova assim não se devem tanto pelo tamanho e pela quantidade de estudantes inscritos, mas pela natureza dela, que mudou. Isso exige uma dinâmica e uma logística diferentes", afirma. "Fraude pode acontecer em qualquer processo e deve ser investigada pela polícia. Mas temos de lembrar que, no caso deste Enem, tudo foi muito atropelado, muito rápido", diz.

Diretor do Colégio Etapa, o educador Carlos Bindi diz que tudo não passou de uma "catástrofe anunciada". "O que aconteceu era previsível. Uma prova de vestibular convencional envolve a vida acadêmica e a honra dos que participam da sua preparação", compara. "O Enem, não. Não existe a mesma obsessão com a segurança. Ninguém do MEC fica tomando conta da impressão, da distribuição. É uma decisão de gabinete."

A educadora Maria Inês Fini, coordenadora do grupo de autores da prova do Enem desde sua criação, em 1998, até 2002, afirma que ficou "muito chateada" com a notícia. "Em meu tempo, adotávamos procedimentos diferentes. Não existia, por exemplo, uma cópia da prova no MEC. Apenas três pessoas, eu e outros dois consultores, conheciam a íntegra do exame", relata ela. Para o coordenador de Vestibular do Curso Anglo, Alberto Francisco do Nascimento, havia "gente demais mexendo na coisa". "Mas recebi a notícia com espanto e incredulidade", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

DIREITOS HUMANOS QUEM REALMENTE TEM

Filosofando

Todas as quintas

Odion Monte

Entra dia e sai dia, semanas, meses, e anos se passam, e só se houve grandes grupos falarem em direitos humanos. Mas o que realmente é isto? Que os grupos no mundo inteiro chamam de direitos humanos? Então vamos relatar algumas aberrações que muitos sofrem e veremos se isso é direito humano, ou se é sacrifício de seres humanos.


Vamos iniciar pela grande fome nos países africanos que matam crianças de fome. Isto é direito humano? As guerras que matam milhares de pessoas. Isso é direito humano? As grandes queimadas nas florestas e os desmatamentos, que causam a morte da fauna e da flora.

Isso é direito humano? Os esgotos químicos que poluem os rios, mares e a terra causando a extinção de animais da água e da terra. Isso é direito humano? Os crimes bárbaros que muitos cometem, e por se tratar de pessoas com poder aquisitivo alto, nada sofrem. Isto é direito humano? O trânsito que mata milhares por ano, por falta de organização e educação.


Isto é direito humano? A prisão familiar em nossas casas, enquanto quem deveria estar na cadeia está solto. Isto é direito humano? Eu passaria uma infinidade aqui relatando situações, que tenho certeza que muitos considerariam como falta de direitos humanos. Mas em vista a tudo isto somente falou-se, e nada de realidade e solução foi encontrada.

Tudo se permite.O chato é ver um monte de engomados, que não sabemos quem são, de onde vem, talvez com uma vida sem ter o que fazer, ricos e sem preocupações, criticarem duramente muitos que realmente dão a vida para defesa dos outros.


E ainda quando quem comete os crimes chamados hediondos, são presos e castigados, diz-se que tal castigo não é merecido, questionando-se que é falta de direitos humanos, então logo quem comete tais crimes permanecem impunes, pois sabem que sempre o tal dos direitos humanos vai estar a seu lado, permitindo que ele novamente, cause outros crimes bárbaros, sem a devida condenação e correta punição.


Odion Monte - contador, especialista em Filosofia Política pela Universidade de Teologia e Filosofia de Rio Branco - Acre (SINAL).É ainda, especialista em Pericia Judicial – UCG – Universidade Católica de Goiás - Bel. em CiênciasContábeis - FIRB/FAAO/AC



Artigos anteriores:


PAI AMANTE CHEFE DE FAMILIA COMO SER



O MEU O NOSSO CEMITÉRIO DE CRUZES DE CADA DIAA ARTE DE MENTIR


A CASA CAIUAUTO-ESCOLAS EDUCAÇÃO OU SIMPLES COMÉRCIO


QUANDO OS RATOS AUMENTAM O QUEIJO DIMINUI


DA FAMILIA À CALÇADA E DA CALÇADA À LAMA


AS RUAS COMO CASA DE MORADA


Crimes e violência, onde está a segurança


A DITADURA FRIA E SEM LIMITESCICLISTA O PIOLHO DO TRANSITO


A FRÁGIL DEMOCRACIA NUM BARRIL DE PÓLVORAO PARTIDO CAMALEÃO


E NA FLORESTA RUFAM OS TAMBORES VERMELHOS


CUPINS VERMELHOS NA FLORESTA VERDE


A FARRA NA CASA DOS BRINQUEDOS


O QUE NÃO ENXERGAMOS POR TRÁS DA “MAQUIAGEM”


O “CHICOTE” QUE AÇOITA SEM CORTE NA PELE


Manchas negras na paisagem verde


A política sem definição

Grupo de intelectuais lança Plínio Sampaio para Presidência




Haroldo Ceravolo Sereza
Do UOL Notícias
Em São Paulo


Um grupo de intelectuais lança, neste sábado, um manifesto criticando a polarização PT-PSDB, a senadora Marina Silva (PV) e apoiando o nome de Plínio de Arruda Sampaio para o cargo de presidente da República.

"A classe trabalhadora não pode ficar refém da falsa polarização entre a candidatura do governo Lula versus a do bloco PSDB/DEM, pois, com pequenas diferenças, seus programas têm por mote a salvação do capital diante da crise e ataques à classe trabalhadora", diz o texto "Construir um projeto socialista para o Brasil".


Além disto, o texto lembra a presença de Zequinha Sarney, deputado federal pelo Maranhão e filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB) na direção do PV.

Assinam o manifesto o geógrafo Aziz Ab'Sáber, o crítico literário Alfredo Bosi, o geógrafo Ariovaldo Umbelino, d. Tomás Balduíno, bispo emérito de Goiás Velho e fundador da CPT (Comissão Pastoral da Terra), e a socióloga Heloísa Fernandes, professora da USP e colaboradora da Escola Nacional Florestan Fernandes (ligada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra), entre outros nomes.

O lançamento da pré-candidatura de Plínio é decorrência, em boa medida, da tentativa frustrada do PSOL de fazer a ex-senadora e hoje vereadora por Maceió Heloísa Helena a disputar o cargo.

Heloísa, que em 2006 disputou a Presidência, é o nome com maior densidade eleitoral do partido. Na mais recente pesquisa realizada pelo Datafolha, ela alcançou 12% das intenções de voto. Mas sua prioridade, no momento, é outra: voltar ao Senado por Alagoas.


PSOL reúne esquerda latino-americana para debater a crise que 'apenas começa'
Podemos apoiar Marina se ela discordar de Zequinha Sarney, diz dirigente do PSOL
Critica a Lula aproxima tendências do PSOL

Durante o Congresso do PSOL em agosto, quase todas as correntes defendiam o nome de Heloísa Helena para presidente, mas ela resistiu a assumir a candidatura e deu declarações favoráveis a entendimentos com Marina.

A corrente vitoriosa no encontro, ligada ao deputado federal Ivan Valente (SP), defendia o nome de Heloísa, que foi reconduzida à presidência do partido, mas que apoiou o grupo da deputada federal Luciana Genro (RS), derrotado.

O manifesto dos intelectuais, que inclui nomes não ligados ao PSOL, busca fortalecer o nome de Plínio, que já disputou o governo de São Paulo duas vezes (pelo PT em 1990 e pelo PSOL em 2006).

O manifesto afirma ainda que a crise econômica mundial coloca desafios que não poderão ser enfrentados "se não houver articulação entre os partidos de esquerda anticapitalistas, os movimentos sociais anti-sistêmicos, os sindicatos autônomos e classistas e a juventude engajada na luta política e cultural". Leia a íntegra e a lista de apoiadores
Texto defende "um projeto socialista para o Brasil"

O texto também avalia que a pré-candidatura de Plínio possui "enorme potencial de aglutinação de forças políticas e sociais, avanço no debate programático e acúmulo estratégico na direção de um projeto socialista para o Brasil".

Confira as provas do Enem que seriam aplicadas no sábado e domingo

Faça download das provas. (PDF)
1º dia
2º dia
Gabarito

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Polícia Federal vai apurar o vazamento


Ionice Lorenzoni

As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcadas para sábado, 3, e domingo, 4, foram adiadas pelo Ministério da Educação. O motivo, segundo o ministro Fernando Haddad, foi o vazamento das provas ocorrido na noite de quarta-feira, 30 de setembro, em São Paulo.


Em entrevista coletiva no início da tarde desta quinta-feira, dia 1º, em Brasília, Haddad comunicou o adiamento do Enem e as duas primeiras providências que tomou — pediu ao superintendente da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, a abertura de inquérito para apurar o vazamento das provas e convocou o consórcio Consultec, vencedor da licitação para todas as etapas de realização do Enem, para uma reunião de emergência, ainda na tarde desta quinta-feira, no Ministério da Educação.


Aos mais de 4,1 milhões de estudantes inscritos no Enem, este ano, o ministro assegurou que as provas serão realizadas em novembro, no prazo de 45 dias, aproximadamente. A previsão de Haddad é que a nova data seja anunciada na próxima semana.


Vazamento


— No encontro com a imprensa, Haddad relatou como tomou conhecimento do vazamento das provas. No fim da noite de quarta-feira, 30 de setembro, a jornalista Renata Cafardo, do jornal O Estado de S. Paulo, em ligação para o ministro, informou que o jornal fora procurado por duas pessoas que queriam vender a prova impressa.


Segundo Haddad, a jornalista disse que o jornal rejeitara a oferta, mas que ela conseguira manusear o material e fixar alguns componentes gráficos que foram repassados ao ministro para conferir a veracidade. A figura da Mafalda — personagem de história em quadrinhos que figuraria na prova de língua portuguesa — e a Bandeira do Brasil estavam entre os componentes informados pela jornalista.


Com os dados, Haddad pediu ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pela elaboração das provas, a abertura do cofre de segurança para avaliar a veracidade dos elementos. À 1h desta quinta-feira, dia 1º, o Inep confirmou que os componentes em questão eram verdadeiros. De posse da informação do instituto, Haddad decidiu adiar as provas e excluir todas as questões que fizeram parte das duas avaliações. Os itens do exame que vazaram servirão, agora, segundo Haddad, para um simulado.


Ao mesmo tempo em que a Polícia Federal vai investigar o caso, o Ministério da Educação elaborará as novas provas, que devem ser aplicadas em novembro. O ministro salientou que os inscritos no Enem serão devidamente comunicados sobre a nova data e todas as mudanças a serem feitas.


Prova do Enem 'vazou' pra benefício de filhos de deputados

- Não tenho como provar, mas o documento vazou para filhos de deputados e diplomatas em Brasília também.
A afirmação acima é de um dos dois homens que tentaram vender a prova ao R7, site da Rede Record.
Isso vazou para mim através de um colega que é da PF, de Brasília. Ele tinha cargo dentro do Congresso e perdeu por conta de uma indicação política. É uma forma de se vingar e de levantar dinheiro.
O grupo afirmou que o documento poderia "derrrubar o Enem e o Ministério da Educação".
- Sou filho de desembargador, tenho 26 anos e trabalho como auxiliar do Ministério Público.
Somos todos trabalhadores, mas isso caiu no nosso colo. Queremos vender para ganhar dinheiro com isso, mas nunca fizemos isso, não temos experiência. Tenho medo da nossa integridade física, porque isso vai derrubar a prova que vale para todas as universidades federais.

Cancelamento do Enem custará de R$ 20 a R$ 30 milhões


Valor é referente a impressão dos cadernos; nova prova será aplicada em 45 dias
Do R7
O MEC (Ministério da Educação) anunciou nesta quinta-feira (1º) que vai gastar entre R$ 20 e R$ 30 milhões a mais com a nova impressão do Enem. O preço total do exame é de R$ 110 milhões, segundo a assessoria de imprensa do ministério. O exame, que aconteceria neste fim de semana no país, foi cancelado por conta de denúncias de vazamento.

Diante da fraude, o ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou ter pedido à PF (Polícia Federal) para investigar o vazamento. Segundo ele, o inquérito já foi instaurado.

R7 também foi procurado

A reportagem do R7 também foi procurada na quarta-feira (30) por um homem que mostrou um caderno com as supostas questões que seriam cobradas no domingo - uma delas trazia no enunciado a "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias, e outra abordava a música "É Proibido Proibir", de Caetano Veloso. O tema da redação era o Estatuto do Idoso.

O caderno trazia selos do Enem, do MEC e do Inep (órgão do ministério que realiza o Enem).
Ele foi vazado na última segunda-feira (28) à noite, segundo o grupo que procurou a reportagem. Eles pediram R$ 500 mil para vender os cadernos de prova junto com um dossiê informando como foi feito o vazamento.
O R7, no entanto, não se comprometeu com a compra do material. Dois homens do grupo procuraram a reportagem com os documentos - um deles disse se chamar Fábio. Eles afirmam que "querem levantar dinheiro" e que o documento é legítimo.
O documento foi vazado por um agente da Polícia Federal, segundo um dos homens.
- Isso vazou para mim através de um colega que é da PF, de Brasília.
Ele tinha cargo dentro do Congresso e perdeu por conta de uma indicação política.
É uma forma de se vingar e de levantar dinheiro. O grupo afirmou que o documento poderia "derrrubar o Enem e o Ministério da Educação".
A prova que o grupo mostrou à reportagem tinha 45 questões de matemática, 45 de linguagens e uma redação, exatamente como o modelo que seria aplicado no domingo.
- Sou filho de desembargador, tenho 26 anos e trabalho como auxiliar do Ministério Público. Somos todos trabalhadores, mas isso caiu no nosso colo.
Queremos vender para ganhar dinheiro com isso, mas nunca fizemos isso, não temos experiência.
Tenho medo da nossa integridade física, porque isso vai derrubar a prova que vale para todas as universidades federais.
O grupo disse ter "amparo legal" de um advogado e cópias do documento registradas em cartório para o caso de serem processados.
- Não tenho como provar, mas o documento vazou para filhos de deputados e diplomatas em Brasília também.

Nota oficial do MEC sobre o adiamento das provas



Quinta-feira, 01 de outubro de 2009 - 10:02 (hora Brasília)


O Ministério da Educação informa que as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcadas para este fim de semana, foram adiadas por motivos de segurança.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) já tem uma segunda prova e deve anunciar a nova data do exame nos próximos dias, depois de reorganizar a logística de aplicação.

O Ministério da Educação já tomou providências junto ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal no sentido de apurar eventuais responsabilidades criminais relativas ao vazamento.

Os estudantes inscritos serão comunicados oportunamente, pelos meios habituais, sobre a confirmação da nova data e do local das provas.

Em razão do adiamento, a divulgação do resultado final das provas, inicialmente prevista para 8 de janeiro, deve sofrer atraso de um mês, aproximadamente.

O Ministério da Educação trabalha para minimizar os efeitos do atraso.

Assessoria de Comunicação Social

Enem vaza e ministério anuncia cancelamento do exame


Agência Estado

O vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) levou o Ministério da Educação a cancelar nesta madrugada a prova, que seria aplicada no fim de semana para 4,1 milhões de candidatos em 1,8 mil cidades do País. A decisão foi tomada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, após ter sido alertado pela reportagem do Estado sobre a quebra do sigilo do exame. "Há fortes indícios de que houve vazamento, 99% de chance", afirmou o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, por volta da 1 hora, por telefone.


Na tarde de ontem o jornal foi procurado por um homem que disse, ao telefone, ter as duas provas que seriam aplicadas no sábado e no domingo. Propôs entregá-las à reportagem em troca de R$ 500 mil. "Isto aqui é muito sério, derruba o ministério", afirmou o homem.

O Estado consultou rapidamente o material, para checar sua veracidade, sem se comprometer com a compra. Haddad, que diz nunca ter tido acesso ao conteúdo da prova, confirmou o vazamento ao consultar técnicos do Inep, órgão do ministério responsável pelo Enem. A comprovação da fraude se baseou em elementos repassados ao ministro pela reportagem, via telefone e e-mail. As questões originais estavam guardadas em um cofre, que foi aberto ontem à noite para confirmar a informação.

O encontro no qual o Estado viu trechos da prova aconteceu ontem à noite, na zona oeste de São Paulo. O homem que telefonou para a redação estava acompanhado de outra pessoa. Eles disseram ter recebido o material na segunda-feira, de um funcionário do Inep. Afirmaram que o esquema de fraude tinha cinco pessoas.

"Ninguém aqui é bandido, ninguém tem ficha na polícia, nós dois temos emprego", disse o homem. Ele afirmou que recebeu o material "de Brasília, de gente do Inep, do MEC (Ministério da Educação)". Disse que viu na situação a oportunidade de ganhar dinheiro. "Não tenho motivação política." Ele afirmou que procurou um advogado para orientá-lo. "Registramos em cartório cópias das provas."

Seu companheiro, mais incisivo, cobrou o tempo todo da reportagem uma posição sobre o pagamento dos R$ 500 mil. "Isto aqui é muito grande, eu não quero correr o risco de morrer por nada." Diante da negativa da reportagem, ele se impacientou. "A gente vende isto aqui até por mais dinheiro", disse, revelando a intenção de procurar emissoras de TV.

Novo exame

O MEC tem uma outra versão da prova do Enem pronta para substituir a que foi cancelada. A expectativa do ministério é realizar o exame em 45 dias. Como a metodologia do Enem exige que as questões sejam pré-testadas, o Inep tem um banco com cerca de 1,8 mil delas. O exame mudou este ano para funcionar como vestibular unificado nacional: 24 universidades federais tinham abolido seus processos seletivos em favor do novo Enem.