AUTOATENDIMENTO

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Berzoini tenta evitar que Marina Silva deixe o PT

Valor Econômico

BRASÍLIA - O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), disse que não existem razões para que a senadora Marina Silva (PT-AC) deixe o partido para filiar-se ao Partido Verde (PV). Marina vem sendo assediada pelo PV, que com ela já manteve uma reunião de quatro horas para analisar resultados de uma pesquisa apontando a senadora com 10% a 14% de intenção de voto para presidente da República em 2010, em diferentes cenários.

Berzoini disse não ter conversado ainda com a senadora, mas que ela é muito importante para a história do partido. " Ela é fundadora do PT, um símbolo nas lutas ao lado de Chico Mendes " , recordou.

Para Berzoini, Marina é importante não apenas para o PT, mas para o Acre. " Ela foi fundamental para que o Acre deixasse de ser dominado pelo crime organizado e passasse a ser um Estado onde a democracia virou uma regra " , elogiou o presidente petista, numa demonstração de que a eventual candidatura da senadora à Presidência preocupa o partido. " Espero que ela reflita sobre isso antes de tomar uma decisão " .

O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), considera natural que o PV queira articular uma aliança com os aliados, mas acha pouco factível que Marina aceite deixar o partido para rumar em uma candidatura presidencial por outra legenda. " Ela precisará examinar sua consciência e pesar bem antes de tomar uma decisão como esta " .

Marina desgastou-se muito durante sua gestão no Ministério do Meio Ambiente, comprando brigas com vários companheiros de Esplanada, incluindo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes e a chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff, para quem perdeu todas as batalhas. Para Vaccarezza, contudo, Marina não pode alegar decepção com o governo para tomar alguma decisão. " Ela ficou seis dos oito anos do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É co-responsável por qualquer decisão tomada ao longo deste tempo " .

Para o líder do PT na Câmara, a decepção poderia ser um argumento se ela tivesse ficado um, dois, três meses no cargo. " Mas ela ficou 75% do mandato do presidente Lula " , frisou o deputado. Berzoini foi bem mais polido, afirmando ser natural a divergência interna. " Eu fui companheiro de Ministério de Marina. Sei que ela vai ponderar isto no momento oportuno " .

Sobre possíveis divergências partidárias - há quem alegue que Marina disputa espaço político estadual com os irmãos Jorge e Tião Viana, respectivamente ex-governador e atual senador acreanos pelo PT -, Berzoini afirmou que os embates internos são uma característica marcante no partido. " Sabemos que esta é uma realidade em qualquer legenda. O PT tem o costume de expor mais estas divergências, mas não vejo nada que justifique um pedido de desfiliação de Marina " .

A senadora não se manifestou sobre o assunto. Ela viajou a São Paulo para participar da abertura do Congresso da CUT. Por intermédio da assessoria, contudo, veio apenas a confirmação do encontro com a Executiva Nacional do PV, na quarta-feira passada e a informação de que ela " avalia convite feito pelo partido aliado " . Não existe definição de quando a senadora acreana responderá, mas, pelo cronograma eleitoral, se ela quiser mudar de legenda para disputar em 2010 terá que fazê-lo até o início de outubro.

(Paulo de Tarso Lyra Valor Econômico)

Kassab quer pagar extra de 100% a PM para evitar 'bico'

O prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) enviou ontem à Câmara Municipal um novo texto que cria gratificações de até 100% sobre o salário de oficiais da Polícia Militar (PM) que trabalham em batalhões da capital paulista. A gratificação via município para um servidor estadual da corporação já é adotada em São Caetano, no interior paulista, e vale somente para os profissionais ativos. O governo defende que o bônus poderá acabar com os "bicos" realizados por policiais fora do horário de trabalho para aumentar seus vencimentos.


Pelo projeto, a gratificação de 100% será aplicada para as seguintes patentes: coronel, tenente-coronel, major, capitão, 1º tenente e 2º tenente. O índice de até 70% poderá incidir sobre os vencimentos de subtenente, 1º sargento, 2º sargento, 3º sargento, cabo e soldado.

De acordo com uma pesquisa de 2007 da Associação de Cabos e Soldados, 80% dos 70 mil policiais do Estado - ou 56 mil PMs - faziam serviço extra para complementar o salário. Na capital, conforme cruzamento de dados de escala de trabalho, remuneração e o relato de funcionários da PM, havia três vezes mais policiais fazendo bico do que no patrulhamento de rua. No projeto, o governo municipal não fez uma estimativa do impacto que as gratificações podem causar no orçamento. Se a proposta for aprovada pelo Legislativo, um decreto da Prefeitura terá de regulamentar como serão feitos os pagamentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com medo de Lula PT diz que não assinará nota da oposição contra Sarney

O líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), disse à Agência Estado que a bancada de senadores do PT não endossará a proposta feita pela oposição de assinar uma nota conjunta pedindo o afastamento de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado. Segundo Mercadante, "não há identificação" para o PT assinar uma proposta feita pelo PSDB e pelo DEM, embora a posição da bancada petista seja pelo afastamento temporário de Sarney do comando do Senado. "O PT mantém sua postura, defendemos a licença do presidente Sarney como ato de grandeza. Mas não há identidade entre o PT e a oposição para assinarmos uma nota juntos", disse o líder petista.


Mercadante explicou que fez questão de participar da reunião de hoje de manhã com os líderes do DEM, PSDB, PDT e PSB, para "reverter o clima de guerra, de confronto, e restabelecer o debate", mas acrescentou que sua presença no encontro não o obriga a fechar um acordo com a oposição. Durante a reunião entre os líderes dos partidos, a oposição defendeu a unidade de todos para pressionarem Sarney a renunciar à presidência do Senado. Como a proposta não foi aceita pelo PT e pelo PSB, os líderes da oposição sugeriram que o pedido de renúncia fosse substituído por uma sugestão de afastamento temporário.

Ainda assim, Mercadante e o senador do PSB Renato Casagrande (ES) pediram um tempo para consultar suas bancadas antes de dar o aval à nota. O senador Antônio Carlos Valadares (SE), líder do PSB, disse à Agência Estado que foi procurado pelo líder petista e que, "de comum acordo", decidiram não assinar a nota.

De acordo com Valadares, os senadores da base aliada ao governo que defendem a licença de Sarney do comando do Senado tentarão fazer valer sua posição no Conselho de Ética, onde Sarney responde a 11 ações, inclusive acusado de quebra de decoro parlamentar. "O discurso deve ser levado para o Conselho de Ética. Radicalizar os discursos em plenário não resolverá a crise", disse Valadares.
Agência Estado

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cinco partidos devem pedir afastamento de Sarney


Senadores do DEM, PT, PSDB, PDT e PSB que defendem o afastamento de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado reagiram à ofensiva promovida pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Fernando Collor (PTB-DF) e pretendem unir forças para obrigar o Sarney a se afastar da presidência do Senado. Em reunião que terminou no começo da tarde os líderes desses partidos decidiram pressionar pela saída de Sarney do comando do Senado - desta vez, não em discursos individuais, mas por meio de nota, assinada pelas cinco legendas, que o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), apelidou de "frente pela dignidade do Senado". O fechamento do acordo depende ainda do consentimento do senador Antonio Carlos Valladares (PSB-SE) e de uma decisão do líder do PT, Aloizio Mercadante (SP), que deverá consultar a bancada.


Ontem, Collor e Calheiros engrossaram o discurso em defesa a Sarney e trocaram acusações com o senador Pedro Simon (PMDB-RS), quando o parlamentar gaúcho pediu a renúncia de Sarney do comando da Casa. Calheiros disse que Simon acusava José Sarney porque era ressentido por não ter sido indicado pelo PMDB para ser vice-presidente na chapa de Tancredo Neves, em 1984, quando Sarney foi indicado em seu lugar. Collor chegou a pedir que Simon "engolisse as palavras", quando o gaúcho citou um evento de sua trajetória política.

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), disse que a atitude dos senadores que apoiam Sarney foi "condenável". "O Brasil merece o respeito à figura do senador Pedro Simon", disse Guerra. "Não ameaçamos ninguém, e não aceitamos ameaça de ninguém. Isso não é conversa de democrata, é conversa de mafioso". Na avaliação de Arthur Virgílio (AM) a "radicalização" dos discursos de Calheiros e Collor, ontem, em plenário, "foi um tiro no pé". "Foi um grande tiro pela culatra, não podia ter sido um tiro mais certeiro no pé. A opinião pública toda assistiu e percebeu que era a briga entre os 'the bads' e os 'the goods'".

Agência Estado

Lula 'busca se distanciar' de Sarney, diz Wall Street Journal

Diário americano afirma que renúncia do senador prejudicaria coalização para a eleição de Dilma em 2010

BBC Brasil

Dida Sampaio/AE

'Presidente indicou que cortou laços e sugeriu que não defenderá mais Sarney", diz jornal
- Uma reportagem do jornal americano Wall Street Journal desta terça-feira, 4, afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "busca se distanciar" do presidente do Senado, José Sarney.

No texto intitulado "Líder brasileiro busca se distanciar de aliado", o correspondente do jornal em São Paulo, John Lyons, afirma que Lula "enfrenta um possível revés em meio a acusações de corrupção que colocaram pressão para que um importante aliado renuncie do comando do Senado".

O jornal diz que inicialmente Lula defendeu Sarney das acusações, mas que na semana passada, em uma entrevista coletiva, o presidente brasileiro "indicou que cortou seus laços, sugerindo que não vai mais defender Sarney".

"Uma aliança com Sarney ajudou a garantir maiorias para Lula e seu partido de esquerda, o PT, nos últimos anos."

Popularidade 'medíocre' de Dilma
O jornal enumera algumas ações de Sarney e diz que o presidente do Senado tem falado que não vai renunciar ao cargo.

"Sarney pode enfrentar a tempestade. Mesmo se ele renunciar como presidente do Senado, ele provavelmente continuará sendo senador, dizem muitos analistas", afirma a reportagem.

"Ainda assim, uma renúncia sacudiria Sarney justo quando o presidente Lula precisa dele para liderar uma investigação no Congresso sobre práticas contábeis na estatal do petróleo [Petrobras]."

O repórter também afirma que Sarney é importante para agregar votos a Dilma Rousseff, a candidata escolhida por Lula para as eleições presidenciais de 2010.

"Depois de dois mandatos no poder, Lula não pode se reeleger, e os índices medíocres de popularidade de Rousseff sugerem que ela vai precisar de uma coalizão multipartidária para vencer."

Homem é beneficiado por Lei Maria da Penha no RS

Um homem foi beneficiado pela Justiça do Rio Grande do Sul com medidas de proteção estabelecidas pela Lei Maria da Penha, que originariamente foi criada para proteger mulheres vítimas de violência doméstica. O juiz Alan Peixoto, da Comarca da cidade de Crissiumal, concedeu no dia 17 medida de proteção de não aproximação em favor de um homem. De acordo com o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS), o magistrado determinou que a ex-companheira permaneça a uma distância mínima de 50 metros, ressalvada a possibilidade de acesso à sua residência, localizada junto ao estabelecimento comercial onde o homem trabalha.

A decisão foi motivada porque, na avaliação do juiz, a mulher "se utilizava da medida de proteção deferida em seu favor para perturbar o suposto agressor". No dia 16, uma decisão semelhante havia sido concedida determinando que seu ex-companheiro não se aproximasse e nem estabelecesse contato de qualquer forma. O pedido liminar de habeas-corpus apresentado pelo Ministério Público (MP) em favor da mulher, para reverter a concessão da medida ao ex-companheiro, foi indeferido na quarta-feira pelo desembargador Newton Brasil de Leão, da 3ª Câmara Criminal. O habeas-corpus segue tramitando no TJ-RS.
Agência Estado

Acre vai implantar Programa Nacional de Telessaúde

Mônica Araújo

A Secretaria de Estado de Saúde - Sesacre-, em parceria com o Ministério da Saúde - MS -, promove uma oficina para definir estratégias em relação à implantação do Programa Nacional de Telessaúde no Estado. O encontro ocorre de 4 a 5 de agosto, no auditório do Conselho Regional de Medicina, das 9 às 12 e das 14 às 17 horas. Pela iniciativa, busca-se promover a articulação política entre os parceiros, sensibilizar os gestores municipais de saúde, identificar os fatores facilitadores e os desafios a serem enfrentados na implantação do Telessaúde.

Participam do evento o secretário de Estado de Saúde, Osvaldo Leal; a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do MS, dra. Ana Estela Haddad; o secretário municipal de Saúde de Rio Branco, Pascal Khalil; a reitora da Universidade Federal do Acre, Olinda Batista; representantes do Conselho Regional de Medicina, do Conselho Regional de Odontologia, do Conselho Regional de Enfermagem, do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde, da Secretaria de Estado da Fazenda, das Secretarias Municipais de Saúde, da Faculdade da Amazônia Ocidental- Faao- e da União Educacional do Norte- Uninorte-; e áreas técnicas da Sesacre.

O Telessaúde Brasil tem por objetivo integrar as equipes de saúde da família das diversas regiões do país com os centros universitários de referência por meio de teleconsultorias por texto, som ou vídeo, para melhorar a qualidade dos serviços prestados na atenção primária à saúde, diminuindo custos por meio da qualificação profissional, da redução da quantidade de deslocamentos desnecessários de pacientes e por meio do aumento de atividades de prevenção de doenças. É coordenado e financiado pelo MS e pela Organização Pan-Americana de Saúde - Opas.

Outros Estados brasileiros já participam do programa, dentre eles Pernambuco, Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.



segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Felipe Massa fala sobre o acidente na Hungria


Massa agradeceu a todos que rezaram por sua recuperação


Agência Efe

O brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, afirmou nesta segunda-feira que não sentiu nada quando sofreu o grave acidente que o manteve hospitalizado por uma semana em Budapeste, na Hungria, e acrescentou que o alemão Michael Schumacher é a melhor opção possível para substituí-lo.

Na primeira entrevista do piloto depois do acidente, no qual uma mola se desprendeu do carro do compatriota Rubens Barrichello e atingiu a cabeça de Massa, publicada nesta segunda-feira pelo site da Ferrari, o piloto revelou que sua intenção é de se restabelecer para voltar o mais rápido possível ao volante de uma Ferrari.

- Sei que me aconteceu algo, mas não senti nada quando aconteceu - disse o piloto, antes de sair do hospital onde estava internado, reconhecendo que tem uma sensação um pouco estranha.

Massa disse que foi informado de que perdeu a consciência no momento do impacto e acabou na barreira de proteção, mas só acordou dois dias depois, no hospital.

- A última coisa que ficou em minha mente é de quando estava atrás de Barrichello no final da segunda sessão classificatória, mas, depois, não há nada mais - afirmou.

O brasileiro também falou sobre o sete vezes campeão do mundo Michael Schumacher e, perguntado se teria algum conselho a dar ao alemão para a condução do carro que até agora pilotou, garantiu que o amigo não precisa de nenhum.

- Ele sabe ganhar, sabe pilotar e é muito bom. Foi escolhida a melhor opção possível, dando o carro a uma pessoa fantástica, e tenho certeza de que todos ficarão felizes de vê-lo voltar a correr - disse.

Ao chegar ao Brasil, para onde se dirige de avião, a primeira coisa que Massa vai fazer é voltar para casa e, segundo ele, ver se tudo está como antes. O piloto agradeceu aos médicos do circuito de Hungaroring e do hospital em que esteve internado.

- Meu agradecimento vai para todos aqueles que rezaram por mim, que me escreveram através de meu site e o da Ferrari, e que desejaram que tudo fosse bem - disse o brasileiro, acrescentando que teria feito a mesma coisa se tivesse ocorrido com outro piloto.

Senadores planejam boicote se Sarney não renunciar


Na volta do recesso parlamentar, a partir de hoje, senadores vão pressionar para que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), deixe o cargo até quarta-feira pela manhã, antes da reunião do Conselho de Ética que analisará 11 ações contra o parlamentar. Caso Sarney resista, entrará em cena um movimento de boicote nas sessões presididas por ele.

Amigo de Sarney, ex-ministro no seu governo e companheiro de Academia Brasileira de Letras (ABL), o senador Marco Maciel (DEM-PE) será um dos integrantes do grupo escalado para convencer o presidente do Senado a abrir mão do cargo. Maciel terá a missão de explicar a Sarney o risco de constrangimento que sofrerá em plenário se insistir em permanecer no comando do Senado.

Procurado ontem pelo jornal O Estado de São Paulo, Maciel confirmou as conversas com seus colegas, mas evitou qualquer previsão. Na avaliação dele, o dia decisivo para a crise será amanhã, quando a maioria dos parlamentares estará presente em Brasília. "Conversei com alguns senadores, mas tudo informalmente", contou. "Não falei com o presidente Sarney. Nada se materializou ainda. Não tenho nada a declarar, é preciso sentir o clima até terça-feira."

Senadores contrários a Sarney articulam um boicote nas sessões em plenário caso ele fique na presidência e o Conselho de Ética arquive as cinco representações e seis denúncias protocoladas - referentes a nepotismo, envolvimento em atos secretos e desvio de recursos da Petrobras pela Fundação José Sarney. "Não terá como fazer votação. O presidente Sarney vai perceber isso", disse Cristovam Buarque (PDT-DF). "Não é golpe. É um direito nosso de não ir às sessões. Um desconhecimento à autoridade do senador. Ele não tem mais condições de continuar."

Sarney retornou ontem a Brasília, depois de passar mais de uma semana em São Paulo, onde sua mulher, dona Marly, fez uma cirurgia após uma fratura no ombro. Ele pretende comandar hoje a primeira sessão de retorno aos trabalhos, mas deve retornar a São Paulo até amanhã para acompanhar sua mulher, que permanece em repouso na capital paulista.

Censura

Na sexta-feira, o desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, atendeu a um pedido de Fernando Sarney e pôs o jornal O Estado de São Paulo sob censura, proibindo o jornal de publicar os diálogos gravados pela Polícia Federal com autorização judicial na Operação Boi Barrica, que investiga o filho do presidente do Senado. A iniciativa do clã Sarney de tentar censurar a imprensa só agravou a situação política do senador entre os colegas, que aumentaram a pressão para que renuncie. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 2 de agosto de 2009

Lula pedirá ao PT que evite 'último tiro' em Sarney

Sem conseguir o apoio fechado do PT ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o governo quer agora que o partido se comprometa a não dar o "tiro de misericórdia" no aliado. Ainda irritado com a nota na qual o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), pediu o afastamento de Sarney, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamará o petista para uma conversa nesta semana em que o Congresso retoma as atividades, após 17 dias em férias.


A pelo menos dois auxiliares, o presidente contou que pedirá a Mercadante mais cautela em suas ações. O raciocínio de Lula, segundo esses assessores, pode ser resumido na seguinte frase: "Se o PT não puder ajudar, pelo menos que não atrapalhe."

Dos 12 senadores que compõem a bancada petista, oito defendem o afastamento do presidente do Senado. Lula avalia que o PT está sendo "ingênuo" ao cobrar a licença de Sarney, alvo de denúncias de nepotismo, desvio de recursos de uma fundação que leva seu sobrenome e uso de atos secretos para nomeação de amigos. No diagnóstico do Planalto, uma derrota de Sarney com o empurrão petista colocará em risco a governabilidade. Pior: fará o senador guardar o ódio na geladeira para dar o troco na campanha de 2010.

Lula falou com Sarney por telefone e sabe que ele tem sido pressionado pela família a renunciar. O presidente acredita, porém, que o PT precisa ajudar o PMDB a construir uma saída negociada em qualquer cenário, e não jogar combustível na crise. Nos bastidores, o nome citado como alternativa da base governista para o caso de substituição de Sarney é o do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que tem boas relações com todos os partidos.

A bancada do PT no Senado tem reunião marcada para terça-feira, quando está prevista a primeira sessão do Conselho de Ética. Sarney é alvo de 11 ações naquele colegiado: cinco representações (duas do PSOL e três do PSDB) e seis denúncias. A tropa de choque sarneyzista, comandada pelo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), promete revidar o ataque tucano, apontando a artilharia para o senador Arthur Virgílio (AM), que dirige a bancada do PSDB. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 1 de agosto de 2009

Expoacre 2009: Mega-Sena acumula novamente

Os sorteios da Loteria Federal ocorrem no espaço da Expoacre 2009

Rio Branco (AC) - Neste sábado, 1 de agosto, não houve ganhador no concurso 1.096 da Mega-Sena. O prêmio ficou novamente acumulado e agora deve pagar R$ 35 milhões para o próximo sorteio, que será realizado na quarta-feira.

Confira o resultado:
03 - 13 - 14 - 16 - 41- 52

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Ninguém acerta Mega-Sena da Expoacre 2009

Mega-Sena sorteia hoje R$ 25 milhões, caminhão da sorte encontra-se na Expoacre 2009

Censura ao Estado mostra "Brasil arcaico", diz sociólogo

O sociólogo Gláucio Ary Dillon Soares, do Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro (Iuperj), pesquisador, entre outros temas, de regimes ditatoriais, criticou os argumentos da defesa de Fernando Sarney de que o Estado publicou diálogos íntimos dos Sarney e que "em se tratando de família da mais alta notoriedade (...), os demais meios de comunicação deram especial atenção ao assunto, leiloando a honra, a intimidade, a privacidade, enfim, aviltando o direito de personalidade de toda a família Sarney".

O Estado publicou uma série de conversas telefônicas gravadas com autorização judicial que tratam da nomeação de Henrique Dias Bernardes para uma vaga no Senado. Bernardes era namorado da neta de Sarney Maria Beatriz, filha de Fernando Sarney.

"Se a consideração na direção da prevenção foi devida ao caráter notório da família, então ela representa o argumento arcaico de um país que o Brasil gostaria de deixar para trás", afirmou Gláucio. "O País com duas amplas experiências de censura, durante a ditadura Vargas e no regime militar, deve ser especialmente sensível à censura à mídia", destacou.

O sociólogo também contesta a tese da violação de intimidade. "Não estamos falando de diálogos íntimos, mas sim de solicitações de cunho nepotístico onde se pretende que a pessoa obtenha um cargo não pelo mérito mas pela relação particular com uma pessoa notória e poderosa. É o Brasil arcaico que não acabou", disse o professor.
Agencia Estado

Senadores repudiam censura feita ao "O Estado"


A decisão judicial que proibiu o jornal O Estado de S. Paulo de publicar reportagens sobre a investigação da Polícia Federal contra Fernando Sarney foi repudiada por senadores. Na avaliação dos parlamentares, o caminho adotado pela família Sarney de censurar o jornal só agrava a situação do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), mergulhado em denúncias de nepotismo, envolvimento em atos secretos e desvio de verbas da Petrobras. "O homem da transição democrática agora comete um ato da ditadura. Ele perdeu seu último argumento. Isso é terrível. O presidente Sarney tem de renunciar", disse Pedro Simon (PMDB-RS).



Ontem, o desembargador Dácio Vieira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, pôs o Estado sob censura. Em liminar, ele impede o jornal de publicar as conversas telefônicas gravadas pela Polícia Federal, com autorização judicial, que mostram, entre outras coisas, Fernando Sarney discutindo com o pai a contratação do namorado da neta do senador por meio de ato secreto no Senado.

Para o petista Eduardo Suplicy (SP), a decisão da Justiça fere princípios constitucionais. "A Constituição assegura a liberdade de imprensa, sobretudo àqueles diálogos gravados com autorização judicial. É um direito da população ser informada pela imprensa sobre diálogos que ferem a ética", disse.

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) considera "inadequado" o caminho encontrado pelo clã dos Sarney. A situação política do senador, segundo ele, se complica ainda mais com a censura imposta pela Justiça ao Estado. "Isso agrava a situação dele. Não vejo o Senado votando mais. Não vai mais funcionar", afirmou. "Esse caminho pela Justiça é um retrocesso terrível e injustificável. O Estado já viveu essa situação em plena ditadura, mas hoje isso não pode acontecer, a não ser que o Sarney se considere um homem incomum, como diz o presidente Lula", afirmou.

Na opinião de Eduardo Suplicy, a Justiça deve rever a censura imposta ao jornal, não só por causa dos preceitos constitucionais, como também pela relação próxima entre o juiz que concedeu a liminar e o presidente José Sarney. "Avalio que isso deve ocorrer porque há essa relação próxima do juiz com a família do senador", disse.

O líder do PMDB e aliado de Sarney, Renan Calheiros (PMDB-AL), não quis comentar a decisão judicial que botou o Estado sob censura. O senador apenas reafirmou que o presidente do Senado não cogita renunciar ao cargo nos próximos dias. "O presidente Sarney está firme. Não interessa ao governo, nem ao partido, a sua saída. Isso só interessa à oposição", disse.
Agencia Estado

Consulta pública sobre a Olimpíada de Matemática

Os ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia realizam a partir deste sábado, 1º de agosto, até 30 de setembro consulta pública para avaliar o impacto da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas.

Os ministérios querem saber dos alunos por que e como participaram, qual a avaliação que fazem da prova e se isso os ajudou a melhorar o desempenho em outras disciplinas. Quanto aos professores, as perguntas abordam o impacto na escola e no desempenho dos estudantes, na prática cotidiana do professor e nas atividades extraclasse. Cada questionário tem de quatro a cinco perguntas. Os questionários estão disponíveis na página eletrônica do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, organização social responsável pela consulta pública.

Escolas de Rondônia e Sergipe recebem cursos de capacitação educacional

Técnicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) visitarão escolas públicas de Rondônia e de Sergipe, na próxima semana, para conferir a execução do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).
Os técnicos também ministrarão cursos para capacitar gestores locais sobre normas do programa e como devem ser usados os recursos repassados pelo Fundo.
A intenção é a de evitar falhas na execução das ações e restringir a possibilidade de suspensão da transferência financeira.
Em Rondônia, as visitas vão ocorrer de 3 a 5 de agosto. Serão avaliadas escolas em Porto Velho, e municípios vizinhos. No dia 6, com o apoio da Secretaria de Estado de Educação, haverá capacitação para 150 técnicos da secretaria, das regionais de ensino e diretores escolares. No período da tarde, o tema da capacitação será o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

No dia 7, o curso será para gestores, técnicos educacionais e conselheiros municipais de Porto Velho, Candeias do Janari, Guajará-Mirim, Itapuã do Oeste, Jaru e Nova Mamoré. A formação será promovida em parceria com a prefeitura de Porto Velho e vai englobar informações sobre o PDDE, o Pnae e o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate).

Sergipe – Em Aracaju e municípios vizinhos, as visitas a escolas estaduais e municipais, para verificar a execução do PDDE também serão realizadas de 3 a 5 de agosto. Em seguida, serão destinados dois dias para capacitação sobre os programas educacionais, realizada com apoio da Secretaria de Estado de Educação. No dia 6, gestores recebem informações sobre os programas de alimentação e de transporte escolar e, no dia 7, do Dinheiro Direto na Escola.

Assessoria de Comunicação Social do FNDE