AUTOATENDIMENTO

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Ensino superior

Instituições do Paraná conseguem boas notas, mas ainda estão longe do topo 09/09/2008 00:00 Katia Brembatti, da sucursal, com agências

Um novo índice integrado do Ministério da Educação (MEC) mostra que o Paraná está acima da média nacional na qualidade do ensino superior, mas que não consegue destaque na elite das instituições brasileiras. A quase centenária Universidade Federal do Paraná (UFPR), por exemplo, ficou apenas com a 98ª posição entre todas as instituições de ensino superior no ranking do Índice Geral de Cursos (IGC). Entre as universidades, a posição da UFPR é melhor: 41º lugar. O novo parâmetro de avaliação, divulgado ontem, leva em conta as provas aplicadas aos acadêmicos, a infra-estrutura disponível, a qualificação dos professores e o desempenho dos cursos de pós-graduação. O período de dados considerados é de 2004 a 2007.
A região Sul é a que concentra maior percentual de instituições com IGC máximo: 11,3% alcançaram conceitos 4 ou 5. A seguir vêm as regiões Sudeste (8,8%), Nordeste (7%), Centro-Oeste (3%) e Norte (0,9%). O índice usa parâmetros iguais para avaliar universidades, centros universitários e faculdades ou escolas. Mas também considerou as três categorias em separado. No país, instituições públicas são as que reúnem maior percentual de IGC 4 e 5: 35,5%, contra 4,9% das privadas. Três em cada dez universidades brasileiras estão nas duas maiores faixas do índice.
ultima = 0;

Saiba mais
Veja lista das instituições
A primeira instituição paranaense a aparecer no ranking é a Universidade Estadual de Maringá (UEM) – que está na 26ª posição entre as universidades e na 63ª colocação dentre o total de estabelecimentos pesquisados. Na seqüência, aparecem a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade Estadual do Oeste (Unioeste). Nenhuma das universidades paranaenses ficou em situação considerada crítica pelo MEC – com conceito inferior a 3.
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) foi apontada como a melhor universidade do país. Numa escala que vai de 0 a 500, a Unifesp teve 439 pontos – na faixa da nota 5 do IGC. Instituições renomadas, como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) não constam no ranking porque não foram avaliadas. Os estabelecimentos públicos estaduais não são obrigados a participar do processo. De todas as instituições cadastradas no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), 32,2% não foram avaliadas. O MEC consolidou os dados referentes a 173 universidades, 131 centros universitários e 1.144 faculdades.
Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, o novo indicador servirá como parâmetro para visitas de técnicos do MEC que poderão, no limite, descredenciar universidades com notas baixas. “O índice é um orientador da avaliação in loco. São instituições que exigem mais atenção do Ministério da Educação”, afirmou. Haddad acredita que o IGC pode também auxiliar estudantes na escolha da universidade. O ministro considerou “preocupante” que 25 universidades e centros universitários tenham tirado notas 1 ou 2, na escala até 5, do IGC. O motivo é que essas instituições podem criar cursos e aumentar vagas sem licença específica do governo. “Como uma instituição que goza de autonomia pode ter indicadores débeis como uma nota 2?”, questiona.
Além das nove universidades e dos 16 centros universitários “reprovados” com notas 2, outras 429 faculdades também tiveram fraco desempenho, com conceitos 1 ou 2. O ministro disse que as instituições com notas 1 e 2 ainda não podem ser consideradas reprovadas. Isso porque o IGC é calculado com base nos conceitos preliminares de cursos, que consideram apenas 4 de 10 variáveis previstas em lei: corpo docente, currículo, infra-estrutura e pós-graduação. Atividades de extensão, por exemplo, não foram analisadas.
Uma em cada quatro instituições privadas de ensino superior ficou com nota baixa (conceito 1 ou 2). Os dados do IGC servirão de base para o recadastramento das instituições, que deve ocorrer nos próximos 12 meses. O resultado definitivo – de descredenciamento ou não – será dado após a inspeção in loco. Segundo o ministro, no entanto, os avaliadores que quiserem aumentar a nota de uma instituição terão que apresentar justificativas consistentes.


Fonte: http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/economia/conteudo.phtml?id=806130

Nenhum comentário: